InfoPress: 05/31/16

terça-feira, 31 de maio de 2016

Movimentos realizam Dia Nacional de Mobilização contra o golpe

13240576_1785266395029485_1777937777778971402_n (1)Organizado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, ato será realizado no dia 10 em defesa dos direitos sociais e contra o golpista Temer

A Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo vai realizar, na próxima sexta-feira (10), o Dia Nacional de Mobilização. A manifestação tem o intuito de ocupar as ruas e avenidas de todo o país em defesa dos direitos dos brasileiros e pela retirada do presidente golpista Michel Temer do poder.
“Com menos de um mês da aplicação do golpe, a conta já chegou aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, FIES, PROUNI e PRONATEC, criminalização e perseguição dos movimentos sociais.”, diz a convocatória do evento.O ato irá acontecer simultaneamente em diversas cidades do País. De acordo com Bruno Elias, secretário Nacional de Movimentos Populares do PT, está será uma mobilização decisiva da luta contra o golpe. Ele ressalta a importância da participação popular.
“Estamos com um golpe de Estado em curso e os primeiros dias do governo interino já mostraram certamente o programa neoliberal e conservador de Temer, então a nossa mobilização quer ganhar apoio da classe trabalhadora para esse enfrentamento, uma vez que serão os setores populares os mais atingidos por esse conjunto de retiradas de direitos anunciados nos últimos dias.”, diz.
Bruno Elias também comenta que o centro dessa mobilização é a defesa da democracia, contra o golpe e em defesa dos direitos sociais que estão sendo retirados pelo governo interino e golpista do Michel Temer. “A palavra de ordem que tem mobilizado a convocação dessa grande manifestação do dia 10 é: Não ao Golpe, Fora Temer e Em Defesa dos direitos sociais”, finaliza.

Os reais motivos do golpe


Ficam cada dia mais evidentes os motivos e as razões para o golpe que afastou temporariamente a presidenta Dilma Rousseff e colocou à frente de um governo ilegítimo do vice conspirador.

As gravações até agora divulgadas dos grampos atribuídos ao presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB e ex-PSDB) confirmam a maquinação dos golpistas de barrarem as investigações da Operação Lava Jato – pelo menos das apurações de corrupção em que estiveram (estão?) envolvidos. 

Até então, com atropelos a direitos fundamentais -– como o habeas corpus—, conduções coercitivas espetaculosas, vazamentos seletivos, prisões temporárias excessivas para forçar delações, e condenações sem provas, a Lava Jato servia de instrumento para a mídia monopolizada criminalizar o PT e viabilizar o impeachment. Mesmo assim, a presidenta Dilma, que nunca compactuou com a corrupção, em nenhum momento agiu para impedir qualquer investigação.

Daí porque um dos grampeados afirmar que, para conter a “sangria” das investigações em torno deles, era necessário depor a presidenta.

Um outro motivo para o golpe – talvez o mais importante – transparece nas primeiras medidas promovidas pelo governo usurpador, com Temer à frente  e Eduardo Cunha manipulando os cordéis nos bastidores. Trata-se do programa regressivo antecipado no documento “Uma Ponte para o Futuro”, que enfrenta resistência e protesto dos partidos, movimentos e setores democráticos e populares.

Do cancelamento das 11.500 moradias do Minha Casa Minha Vida – Entidades, passando pela idéia de privatizar tudo o que for possível, chegando aos cortes na saúde, na educação, na reforma agrária, na Previdência – para citar apenas algumas maldades, o governo ilegítimo faz o serviço para o grande capital e seus aliados.

Como já ocorreu em outros momentos de nossa história, a classe dominante, sobretudo nos períodos de crise, não tolera por muito tempo governos democráticos e avanços das forças populares. Antes, eram os golpes militares; agora os golpes amparados no Parlamento, na mídia e em setores do Judiciário. Um e outro, golpes contra a democracia e a soberania popular.

Para nossa reflexão e enquanto nos mobilizamos para as manifestações da semana, que devem culminar no grande ato nacional do dia 10 de junho, vai aqui um trecho do livro “Buying Time – The Delayed Crisis of Democratic Capitalism”, de Wolfgang Streeck“, sobre o momento atual aqui e no mundo: 

“Os cortes de despesas propostos afetarão essencialmente pessoas cuja baixa renda as torna mais dependentes de serviços públicos. O emprego será reduzido ainda mais, e os salários no setor público serão arrochados, o que será acompanhado de novas ondas de privatização, bem como de diferenças salariais mais amplas. O acesso aos serviços públicos universais – por exemplo, nos setores de saúde e de educação – será crescentemente diferenciado dependendo da capacidade de compra das diferentes clientelas. No conjunto, o corte de gastos e a redução dos níveis de atividade governamental reforçarão o mercado como principal mecanismo de distribuição de oportunidades na vida, estendendo e complementando o programa neoliberal de desmantelamento do estado de bem-estar.

Fonte:  Agência PT

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