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domingo, 1 de abril de 2018

Dallagnol faz “jejum e oração” por prisão de Lula

O procurador Deltan Dallagnol, da lava jato, conhecido por seu fundamentalismo, faz greve de fome pela prisão do ex-presidente Lula. A informação foi publicada por ele no Twitter.O procurador Deltan Dallagnol, responsável pelo power-point usado para condenar sem provas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi às redes sociais neste domingo de Páscoa para dizer que fará jejum e orações pela prisão de Lula; no entanto, ele reconheceu que o cenário é negativo para a Lava Jato, numa indicação de que o Supremo Tribunal Federal deve derrubar a prisão sem segunda instância; “O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país”, escreveu o procurador

Paraná 247 – O procurador Deltan Dallagnol, responsável pelo power-point usado para condenar sem provas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi às redes sociais neste domingo de Páscoa para dizer que fará jejum e orações pela prisão de Lula. No entanto, ele reconheceu que o cenário é negativo para a Lava Jato, numa indicação de que o Supremo Tribunal Federal deve derrubar a prisão sem segunda instância. “O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país”, escreveu o procurador.

Confira o tweet:
4ª feira é o dia D da luta contra a corrupção na . Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país.


P.S do Falandoverdades: Dallagnol teve encontro na véspera do Impeachment de Dilma, com o homem da mala de Temer, o encontro foi registrado na Folha de São Paulo. Dallagnol tinha jantares com o deputado do DEM Onyx Lorenzonni, que confessou que fez caixa 2.

segunda-feira, 12 de março de 2018

VEM AO CASO? Marcos Valério Quebra O Silêncio E Entrega O Esquema De Corrupção Do PSDB

Por Joaquim de Carvalho, no DCM – Na sexta-feira da semana passada, o publicitário Marcos Valério ficou sete horas no Departamento Estadual de Investigações sobre Fraudes em Belo Horizonte, no primeiro depoimento que prestou depois que fez um acordo de delação premiada com a Polícia Civil de Minas Gerais.“O Valério implodiu o PSDB”, disse uma pessoa que acompanhou o depoimento. Conversei com outras pessoas que estiveram presentes no depoimento. Os relatos são impactantes. Rodrigo Pinho de Bossi, chefe do Departamento, não deu entrevista, mas anunciou que deve falar sobre o caso em coletiva.
Ele, entretanto, não liberará o depoimento até que o acordo de delação premiada seja homologado pela Justiça.

sábado, 10 de março de 2018

STF VAI SUJAR AS MÃOS! ONU Considerará Lula Preso Político, Diz Advogado Internacional

O advogado de Lula no Comitê de Direitos Humanos da ONU, Geoffrey Robertson, vem reiterando que nunca teve dúvidas de que seu cliente seria condenado e sempre achou sua prisão inevitável. Porém, Robertson, conselheiro da Rainha da Inglaterra e advogado da ONU, um dos ativistas pelos direitos humanos mais respeitado do mundo, diz que a prisão do ex-presidente permitirá desmascarar a parcialidade da Justiça brasileira diante do mundo.
Antes de qualquer coisa, eu, Eduardo Guimarães, quero dizer a cada um dos brasileiros que sofre com a perseguição ao ex-presidente Lula que devemos honrá-lo tendo coragem como a que ele vem exibindo diante da perseguição criminosa que o Estado brasileiro empreende contra si. Nada de desânimo. Cumpre-nos lutar pela democracia com altive e coragem, como Lula.Dito isso, pelo sim, pelo não todos temos que nos preparar para nos engajarmos na campanha internacional pela liberdade do ex-presidente se for o caso.Essa campanha contará com personalidades, autoridades e até organismos de todas as partes do mundo, e com o aval precioso da Organização das Nações Unidas, já que o acolhimento da denúncia de Lula por parte do Comitê de Direitos Humanos da Organização é questão de tempo e deve ser acelerado se a prisão dele se materializar.
A ONU, como se sabe, dá prioridade a processos em que as supostas vítimas estejam presas ou até condenadas à morte.
A abertura de processo contra o Brasil por violar os direitos humanos de Lula é inevitável diante da fartura de provas, tais como a velocidade do processo só para ele enquanto políticos de tendência política oposta, como os do PSDB, são poupados sistematicamente pela mesma Justiça que age como carrasco e não como julgadora do ex-presidente.Além disso, existem manifestações políticas aos montes dos que julgaram Lula. A postura do presidente do TRF4 de tomar partido contra Lula pela imprensa escandalizou a ONU, diz Geoffrey Robertson.
Claro que é ruim para o Brasil e para a democracia que o líder absoluto das pesquisas eleitorais sobre a campanha eleitoral para a Presidência da República seja encarcerado por acusações de um tipo que não causam problemas aos seus adversários políticos por evidente partidarização do Judiciário brasileiro, mas essa prisão, se ocorrer, irá favorecer a esquerda na eleição.
Isso porque a decisão da ONU de acolher a denúncia contra o Brasil por violar os direitos humanos de Lula será tomada concomitantemente ao início da campanha eleitoral no país e isso certamente cairá como uma bomba no cenário eleitoral.
O lugar em que Lula eventualmente vier a ser preso iria virar ponto de grandes manifestações, o que produziria uma repercussão enorme mundo afora.
O discurso da candidatura de esquerda que representar Lula será fortalecido pela decisão da ONU de processar o Brasil por violar seus direitos humanos e, aliada ao desejo do brasileiro de mudar o modo vigente de governar o Brasil, levará essa candidatura à vitória.
A eventual prisão de Lula irá tirar a direita do poder mais cedo e redemocratizará o Brasil com a eleição de um presidente progressista. E Lula acabará libertado. Quem viver, verá.
Blog da Cidadania

Temer Se Reúne Com Cármen Lúcia Na Casa Dela Após “Caso Lula” Ter Sido Tirado Da Pauta

Da MSN:
O presidente Michel Temer visitou neste sábado (10) a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.
O encontro ocorreu na casa da ministra, em Brasília, e foi feito a pedido do presidente, que telefonou para ela durante a semana para pedir a reunião.Na saída do encontro, Temer disse que ambos trataram sobre segurança pública e sobre a intervenção no Rio de Janeiro. “A ministra vai colaborar enormemente com essa questão em todo o país”, disse.
A visita faz parte de estratégia do presidente para que seja reconsiderada a inclusão de seu nome em inquérito para apurar repasses da Odebrecht ao MDB em 2014.
Segundo a reportagem apurou, o presidente marcou o encontro com Cármen Lúcia com o objetivo de apresentar argumentos contrários à investigação do seu nome.Na saída do encontro, perguntado se trataram do assunto, ele negou. “Não foi tratado nada disso”, disse.
O argumento de Temer, que ficou irritado com a inclusão de seu nome, é de que um presidente em exercício não pode ser investigado por acontecimentos anteriores ao mandato.
A tese, contudo, foi questionada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que pediu a inclusão do emedebista na investigação. A solicitação foi acolhida pelo ministro Edson Fachin, do STF.
Nesta semana, ele enviou carta a Dodge, na qual apresenta tese do jurista Ives Gandra Martins sobre a impossibilidade de investigação de fatos anteriores ao mandato.
A ofensiva de Temer deve se estender a outros ministros do Supremo. O assunto foi tratado na sexta-feira (9) pelo presidente com seu advogado, o criminalista Antônio Mariz.
Nas últimas semanas, Temer tem ensaiado uma reaproximação com Cármen Lúcia. Em evento de aniversário da AGU (Advocacia-Geral da União), ele a chamou de “amiga” e se lembrou do tempo em que foi seu professor de direito.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Moro valida recibos apresentados por Lula

ANA LUIZA ALBUQUERQUE
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Em uma vitória para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz Sergio Moro decidiu nesta quarta (7) que os recibos apresentados pelo petista para comprovar pagamento de aluguel ao empresário Glaucos da Costamarques não são "materialmente" falsos.
Isso significa que, na visão do juiz, não foram adulterados, mas não necessariamente comprovam o pagamento efetivo do aluguel, que será analisado posteriormente.
O juiz ressaltou que o próprio Costamarques, identificado pela acusação como laranja de Lula na compra de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo (SP), admitiu que assinou os recibos.
Anteriormente, o juiz havia alertado de que havia dúvida sobre a necessidade de perícia nos recibos, já que não poderia esclarecer a suposta falsidade ideológica. Na decisão, Moro voltou a dizer que a perícia se mostrou "inútil".
"No máximo, ela poderia confirmar que parte dos recibos foi assinada extemporaneamente, mas isso não levaria à conclusão de que os aluguéis não foram pagos."
Na ação penal, Lula é réu sob acusação de receber propina da Odebrecht para adquirir o apartamento e um terreno para o Instituto Lula, em São Paulo.
O Ministério Público diz que o apartamento foi comprado com dinheiro da Odebrecht por meio de Costamarques. Ainda segundo a Procuradoria, o apartamento teria sido ocupado pelo presidente, que nunca teria pagado aluguel pelo uso.
A defesa do petista, ao ser cobrada por Moro para mostrar provas do pagamento da locação, apresentou em setembro de 2017 um conjunto de recibos assinados por Costamarques.
O empresário afirmou a Moro que assinou uma série de recibos de anos anteriores enquanto esteve internado no Hospital Sírio-Libanês, no fim de 2015.
Ele disse que firmou contrato de aluguel com Marisa Leticia, mulher de Lula, morta no ano passado, mas que não recebeu qualquer depósito até 2015, quando foi visitado no hospital pelo advogado Roberto Teixeira, amigo do ex-presidente.
DEFESA
Em nota, a defesa de Lula disse que a decisão de Moro confirma o que vem sendo afirmado: que "os recibos foram emitidos e assinados pelo proprietário do imóvel alugado à d. Marisa, o sr. Glaucos da Costamarques".
"A improcedência das alegações do Ministério Público também deve ser reconhecida em relação à própria ação penal. O sr. Costamarques afirma que é o proprietário do apartamento que foi alugado à d. Marisa e que o imóvel foi adquirido com recursos próprios, sem qualquer relação com a Petrobras."

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Temer vê dificuldade em aprovar reforma da Previdência depois de fevereiro

“Qual é a nossa tese?: isso tem que ser votado pelo menos em primeiro turno até o final de fevereiro, começo de março. Se não for votado, aí realmente nós reconhecemos que fica difícil”, completou, em entrevista à Rede TV, ontem (5) à noite.
Ele reforçou que, a partir de junho, o Congresso deve se voltar principalmente à questão eleitoral e lembrou que o governo precisa tocar outras reformas. “E temos que ir para outras pautas. Agora, se não votar [a Previdência], já fizemos [outras] reformas fundamentais para o país. E vamos continuar com a chamada simplificação tributária”.
Temer mencionou a conta do governo, de que faltam cerca de 40 votos para chegar aos 308 necessários à aprovação da reforma. “São só 40 votos. Você sabe que essas coisas… no instante em que se pegue a onda de que pode aprovar, de que é necessário, isso traz os votos com muita facilidade. Eu conheço bem o Congresso, fui três vezes presidente da Câmara dos Deputados”.
Ele lembrou ainda que há cerca de 70 deputados considerados indecisos, que podem ser convencidos a votar com o governo. A reforma da Previdência está marcada para ir a plenário no dia 19 de fevereiro.
O presidente tem concedido entrevistas a programas de TV, como os de Silvio Santos e Ratinho, para convencer a população de que a reforma é importante para o país. Ele afirmou que a participação nesse tipo de programa ajuda muito. “Porque o comunicador tem a fidelidade do seu público. E, na medida em que ele dá um aval para aquilo que o governo está falando, tem grande significação”. Segundo o presidente, um público convencido da reforma torna mais fácil uma posição favorável dos deputados, menos pressionados.
CPI da Previdência
O presidente discordou do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social, apresentado em outubro. O relatório diz que não há déficit na Previdência, e sim má gestão.
“Essa CPI é equivocada. Quem quiser, vá ao setor de Previdência do Ministério da Fazenda e verifique os dados”. O presidente disse que o déficit na Previdência chegou a R$ 268 bilhões no ano passado e que pode chegar a R$ 320 bilhões no ano que vem.
Candidatura
Perguntado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República nas eleições deste ano, Temer afirmou que não pensa nisso. Prefiro que [as pessoas do seu partido] não pensem nisso”.
Ele disse ainda acreditar que sua esposa, a primeira-dama Marcela Temer, não gostaria que ele participasse de uma corrida eleitoral pela presidência e revelou que seu desejo é ser lembrado por esta gestão. “Meu desejo, e vou ser um pouco pretensioso, é fazer uma gestão histórica. De um presidente que pôs o país nos trilhos. Isso é mais que suficiente”.
Fonte: EBC

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Delator da Odebrecht pede investigação sobre prova apresentada contra Lula

Jornal GGN - Não é apenas a defesa de Lula que pediu uma perícia em documentos apresentados pela Odebrecht como provas em uma ação penal na qual o ex-presidente é acusado de receber vantagens indevidas da empreiteira. Um dos delatores da empresa, Paulo Melo, também pediu uma investigação sobre um documento que supostamente leva sua assinatura, mas ele nega a autoria.
"Designado em 2010 pela Odebrecht para avaliação de imóveis para uma nova sede do Instituto Lula, o engenheiro Paulo Ricardo Baqueiro de Melo solicitou à Justiça realização de exame grafotécnico para negar a paternidade de um documento fornecido pela empreiteira à Operação Lava Jato como sendo de sua autoria", informou a Folha desta quinta (21)."Com o requerimento apresentado nesta terça-feira (19), o ex-diretor superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) pretende provar que não é o signatário de uma anotação indicando uma conta no exterior de onde teria saído o dinheiro para a compra de um terreno na Vila Clementina", acrescentou.
Segundo a reportagem, em um banco de dados da Odebrecht obtido no exterior surgiu um arquivo denominado "Paulo Melo x MO (Marcelo Odebrecht)", com a data de 21 de setembro de 2010. "No arquivo, escrito à mão, há um bilhete com dados de uma empresa offshore e de uma conta no exterior. Sob as informações, a assinatura P Melo."O delator nega que essa seja sua assinatura. Mas, de acordo com a reportagem, se ficar atestado que o vínculo do engenheiro com o bilhete, ele pode perder benefícios do acordo de delação.
Isso porque Melo afirmou às autoridades que teria acompanhado Lula na visitia de avaliação de um imóvel comprado pela Odebrecht para o Instituto, mas negou que tenha cometido crime de lavagem de dinheiro. Ele reconheceu apenas que o imóvel seria escriturado por um valor R$ 3 milhões abaixo do o que foi pago, o que configura crime de sonegação.
O advogado André Damiani afirmou ao jornal que, dentro do departamento de propina da Odebrecht "nunca houve delegação para autorização de pagamentos", logo, Melo não tinha poder para autorizar a remessa do dinheiro. "Esse exame grafoscópico vai comprovar o relato ofertado por ele no âmbito de sua colaboração", disse o defensor.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Xadrez sobre a falsificação de documentos na Lava Jato, por Luís Nassif

De Luís Nassif, no Jornal GGN, informação gravíssima  que ajuda a entender porque a insistência em negar acesso aos bancos de dados e documentos da delação “em lote” dos 78 executivos da Odebrecht:
O livro-bomba sobre a Lava Jato, prometido pelo doleiro espanhol Tacla Duran, começa a dar frutos.

Tacla é o doleiro cuja declaração de renda comprovou pagamentos a Rosângela Moro, ao primeiro amigo Carlos Zucolotto e a Leonardo Santos Lima.

Alguns capítulos do livro ficaram por alguns dias no site de Tacla. No livro, ele diz que a delação da Odebrecht teve vários pontos de manipulação, com a montagem de documentos, provavelmente por pressão dos procuradores, atrás de qualquer tipo de prova contra Lula.


O juiz Sérgio Moro facultou apenas aos procuradores da Lava Jato o acesso ao banco de dados especial da Odebrecht. Aparentemente, os procuradores entram lá e pinçam apenas o que interessa.,Analistas foram atrás das dicas levantadas por Tacla e quase todas se confirmaram.
Evidência 1 – extrato da Innovation tem somas erradas.
Evidência 2 – os extratos com erros são diferentes de outros extratos do mesmo banco apresentados em outras delações.
Evidência 3 – os extratos originais do banco apresentam números negativos com sinal -, ao contrário do extrato montado, em que eles aparecem em vermelho.
Evidência 4 – a formatação das datas de lançamento é totalmente diferente de outros documentos do banco, que seguem o padrão americano: Mês/Dia/Ano.
Evidência 5 – a formatação nas datas de lançamento é idêntica ao da planilha PAULISTINHA, preparada por Maria Lúcia Tavares, a responsável pelos lançamentos no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.Evidência 6 – nos anexos da delação de Leandra A. Azevedo consta ordem de pagamento, com data de 28 de setembro de 2012, de US$ 1.000.000,00 da conta da Innovation para a Waterford Management Gourp Inc. Mas no extrato bancário supostamente montado, a transferência consta como saída de 27 de setembro de 2012, ou seja, antes da ordem de pagamento.
Agora, se coloca o juiz Sérgio Moro em situação complicada. Como pretende julgar o processo sem facultar o banco de dados da Odebrecht à defesa, para se identificar os documentos falsificados e os verdadeiros.

domingo, 17 de setembro de 2017

Luis Nassif: prova de pagamento de doleiro a mulher de Moro é contundente

O jornalista Luís Nassif faz uma análise da contundente denúncia da mulher de Moro ter recebido dinheiro do doleiro que acusou o amigo de Moro de querer propina de 5 milhões para diminuir penas na Lava Jato.
Assista: 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Professor da PUC desmonta argumentos de Moro para condenar Lula

Fernando Hideo* 1. Não me proponho a exaurir o tema, tampouco entrar num embate próprio das militâncias partidárias, relatarei apenas as minhas impressões na tentativa de traduzir o juridiquês sem perder a técnica processual penal. 2. OBJETO DA CONDENAÇÃO: a “propriedade de fato” de um apartamento no Guarujá.
Diz a sentença: “o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa eram PROPRIETÁRIOS DE FATO do apartamento 164-A, triplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá”.

Embora se reconheça que o ex-presidente e sua esposa jamais frequentaram esse apartamento, o juiz fala em “propriedade de fato”.
O que é propriedade ?

Código Civil – Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Portanto, um “proprietário de fato” (na concepção desse juiz) parece ser alguém que usasse, gozasse e/ou dispusesse do apartamento sem ser oficialmente o seu dono.


Esse conceito “proprietário de fato” não existe em nosso ordenamento jurídico. Justamente porque há um outro conceito para caracterizar essa situação, que se chama POSSE:

Código Civil – Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

E não foi mencionada na sentença qualquer elemento que pudesse indicar a posse do ex-presidente ou de sua esposa do tal triplex: tudo o que existe foi UMA visita do casal ao local para conhecer o apartamento que Léo Pinheiro queria lhes vender.

Uma visita.

Portanto, a sentença afirma que Lula seria o possuidor do imóvel sem nunca ter tido posse desse imóvel. Difícil entender ? Impossível.

3. TIPIFICAÇÕES:

– corrupção (“pelo recebimento de vantagem indevida do Grupo OAS em decorrência do contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobrás”)

– lavagem de dinheiro (“envolvendo a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas”).

4. PROVAS DOCUMENTAIS: um monte de documento sobre tratativas para compra de um apartamento no condomínio do Guarujá (nenhum registro de propriedade, nada que indique que o casal tenha obtido sequer a posse do tal triplex) e uma matéria do jornal o globo (sim, acreditem se quiser: há NOVE passagens na sentença que fazem remissão a uma matéria do jornal o globo como se prova documental fosse).

Esse conjunto de “provas documentais” comprovaria que o ex-presidente Lula era o “proprietário de fato” do apartamento.

Mas ainda faltava ligar o caso à Petrobras (a tarefa não era assim tão simples, porque a própria denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo — aquela mesmo que citava Marx e “Hegel” — refutava essa tese)…

5. PROVA TESTEMUNHAL: aí entra a palavra dos projetos de delatores Léo Pinheiro e um ex-diretor da OAS para “comprovar” que o apartamento e a reforma seriam fruto de negociatas envolvendo a Petrobras.

Não há nenhuma prova documental para comprovar essas alegações, apenas as declarações extorquidas mediante constante negociação de acordo de delação premiada (veremos adiante que foi um “acordo informal”).

6. CORRUPÇÃO

Eis o tipo penal de corrupção:

Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem

Portanto, deve-se comprovar basicamente:
– solicitação, aceitação da promessa ou efetivo recebimento de VANTAGEM indevida; e
– CONTRAPARTIDA do funcionário público.

No caso, o ex-presidente foi condenado “pelo recebimento de vantagem indevida do Grupo OAS em decorrência do contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobrás”.

O pressuposto mínimo para essa condenação seria a comprovação:
– do recebimento da vantagem (a tal “propriedade de fato” do apartamento); e
– da contrapartida sobre o contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobrás.

Correto ?

Não.

Como não houve qualquer prova sobre a contrapartida (salvo declarações extorquidas de delatores), o juiz se saiu com essa pérola:

“Basta para a configuração que os pagamentos sejam realizadas em razão do cargo ainda que em troca de atos de ofício indeterminados, a serem praticados assim que as oportunidades apareçam.”

E prossegue, praticamente reconhecendo o equívoco da sua tese: “Na jurisprudência brasileira, a questão é ainda objeto de debates, mas os julgados mais recentes inclinam-se no sentido de que a configuração do crime de corrupção não depende da prática do ato de ofício e que não há necessidade de uma determinação precisa dele”.

Ou seja, como não dá pra saber em troca de que a OAS teria lhe concedido a “propriedade de fato”do triplex, a gente diz que foi em troca do cargo pra que as vantagens fossem cobradas “assim que as oportunidades apareçam” e está tudo certo pra condenação !

Para coroar, as pérola máxima da sentença sobre o crime de corrupção:

– “Foi, portanto, um crime de corrupção complexo e que envolveu a prática de diversos atos em momentos temporais distintos de outubro de 2009 a junho de 2014, aproximadamente”.

Haja triplex pra tanta vantagem…

– “Não importa que o acerto de corrupção tenha se ultimado somente em 2014, quando Luiz Inácio Lula da Silva já não exercia o mandato presidencial, uma vez que as vantagens lhe foram pagas em decorrência de atos do período em que era Presidente da República”.

Haja crédito pra receber as vantagens até 4 anos depois do fim do mandato…

7. LAVAGEM DE DINHEIRO

A condenação por corrupção se baseia em provas inexistentes, mas a pior parte da sentença é a condenação pelo crime de lavagem de dinheiro.

Hipótese condenatória: lavagem de dinheiro “envolvendo a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas”.

Ou seja, o ex-presidente Lula teria recebido uma grana da OAS na forma de um apartamento reformado e, como não estava no nome dele, então isso seria lavagem pela “dissimulação e ocultação” de patrimônio.

Isso é juridicamente ridículo.

Lavagem é dar aparência de licitude a um capital ilícito com objetivo de reintroduzir um dinheiro sujo no mercado. Isso é “esquentar o dinheiro”. Exemplo clássico: o cara monta um posto de gasolina ou pizzaria e nem se preocupa com lucro, só joga dinheiro sujo ali e esquenta a grana como se fosse lucro do negócio.

Então não faz o menor sentido falar em lavagem nesses casos de suposta “ocultação” da grana. Do contrário, o exaurimento de qualquer crime que envolva dinheiro seria lavagem, percebem ?

Não só corrupção, mas sonegação, roubo a banco, receptação, furto… Nenhum crime patrimonial escaparia da lavagem segundo esse raciocínio, pq obviamente ninguém bota essa grana no banco !

8. DELAÇÃO INFORMAL (OU SEJA, ILEGAL) DE LÉO PINHEIRO

Nesse mesmo processo, Léo Pinheiro foi condenado a 10 anos e 8 meses (só nesse processo, pois há outras condenações que levariam sua pena a mais de 30 anos).

Mas de TODAS AS PENAS a que Léo Pinheiro foi condenado (mais de 30 anos) ele deve cumprir apenas dois anos de cadeia (já descontado o período de prisão preventiva) porque “colaborou informalmente” (ou seja, falou o que queriam ouvir) mesmo SEM TER FEITO DELAÇÃO PREMIADA OFICIALMENTE.

Ou seja, em um INÉDITO acordo de “delação premiada informal”, ganhou o benefício de não reparar o dano e ficar em regime fechado somente dois anos (independentemente das demais condenações).

Detalhes da sentença:

“O problema maior em reconhecer a colaboração é a FALTA DE ACORDO de colaboração com o MPF. A celebração de um acordo de colaboração envolve um aspecto discricionário que compete ao MPF, pois não serve à persecução realizar acordos com todos os envolvidos no crime, o que seria sinônimo de impunidade.” –> delação informal

“Ainda que tardia e SEM O ACORDO DE COLABORAÇÃO, é forçoso reconhecer que o condenado José Adelmário Pinheiro Filho contribuiu, nesta ação penal, para o esclarecimento da verdade, prestando depoimento e fornecendo documentos” –> benefícios informais

“é o caso de não impor ao condenado, como condição para progressão de regime, a completa reparação dos danos decorrentes do crime, e admitir a progressão de regime de cumprimento de pena depois do cumprimento de dois anos e seis meses de reclusão no regime fechado, isso independentemente do total de pena somada, o que exigiria mais tempo de cumprimento de pena” –> vai cumprir apenas dois anos

“O período de pena cumprido em prisão cautelar deverá ser considerado para detração” –> desses dois anos vai subtrair o tempo de prisão preventiva

“O benefício deverá ser estendido, pelo Juízo de Execução, às penas unificadas nos demais processos julgados por este Juízo” –> ou seja, de todas as penas (mais de 30 anos) ele irá cumprir apenas dois anos em regime fechado…

9. TRAUMAS E PRUDÊNCIA

Cereja do bolo: o juiz diz que “até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, mas “considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação”.

É a prova (agora sim, uma prova !) de que não se julga mais de acordo com a lei, mas pensando nos traumas e na (im)prudência…

_______

Independentemente da sua simpatia ideológico-partidária, pense bem antes de aplaudir condenações dessa natureza.

Eis o processo penal de exceção: tem a forma de processo judicial, mas o conteúdo é de uma indisfarçável perseguição ao inimigo !

Muito cuidado para que não se cumpra na pele a profecia de Bertolt Brecht e apenas se dê conta quando estiverem lhe levando, mas já seja tarde e como não se importou com ninguém…

*Fernando Hideo é advogado e professor da PUC-SP

Ciro Gomes: Condenação de Lula ocorre sem prova e gera perplexidade

A condenação de Lula pelo juiz Sergio Moro se deu sem que houvesse uma prova e gera perplexidade na maioria da população. A avaliação é de Ciro Gomes (PDT), potencial candidato à presidência em 2018. 




“Ninguém está acima da lei e imune ao alcance da Justiça, mas esta condenação acontece ante uma grande revolta dos simpatizantes de Lula, uma estranhíssima e patológica euforia dos que o odeiam e ante uma grande perplexidade da maioria do povo que não consegue entender uma sentença sem uma prova cabal e simples, que todos possamos entender como base de uma pena justa”, afirmou em nota.

Ex-ministro no governo Lula, Ciro tem sido um crítico do petista como responsável pelo governo Michel Temer (PMDB). O político diz que Lula foi traído, no entanto, acrescenta: “A ele, e somente ele, devemos a imposição de um corrupto notório na linha de sucessão do Brasil, o senhor Michel Temer.”“Mas isto não significa que ele não tenha direito ao devido processo legal. 

E é a isto que devemos nos ater. Que ele recorra às instâncias superiores, que preserve a franquia democrática do devido processo legal e que - torço – tenha, enfim, provada sua inocência.”

(Marcos de Moura e Souza | Valor)

quarta-feira, 12 de julho de 2017

'Temer é um homem honesto, probo, correto e decente', diz deputado Paulo Maluf na CCJ

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi o primeiro a discursar em defesa do presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quarta-feira, destinada aos debates sobre a denúncia da PGR contra o peemedebista por corrupção passiva. 
"Conheço Temer há 35 anos e em 35 anos de convivência não dá para a gente se enganar. Temer é um homem honesto, probo, correto e decente que está sendo acusado de maneira absolutamente imprópria", declarou Maluf. Ele avaliou que a denúncia contra Temer é "vazia".
Maluf defendeu que os parlamentares "larguem de hipocrisia" e rejeitem o parecer pela admissibilidade do processo "pelo bem do País". Ele disse que, se o peemedebista pediu dinheiro ao partido, "não fez mais do que a sua obrigação" como presidente da legenda.
"Se eventualmente Temer ajudou o partido pedindo algum recurso, nada mais fez do que sua obrigação, mas posso garantir que ele não adicionou nenhuma propriedade ao seu patrimônio com dinheiro público", afirmou.
Ele também criticou o acordo de delação premiada firmado pela Procuradoria-Geral da República com o empresário Joesley Batista dono da JBS, e posteriormente homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 
Para Maluf, Joesley "induziu conversa (com o presidente) em que não teve absolutamente nenhum tipo de crime". "O melhor cargo que existe é o do procurador da República", ironizou Maluf, fazendo referência ao salário e a benefícios da função.
"Temer é vítima de um complô, pois os criminosos não estão no Palácio, são aqueles que assaltaram a Nação e compraram frigoríficos do mundo inteiro com dinheiro do Brasil", afirmou sobre os donos da JBS.
Maluf lembrou que, caso Temer seja afastado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiria a função por até 180 dias até o julgamento. "Vamos interromper isso aqui e colocar Maia na Presidência?", questionou.
Ele recomendou que Maia adquira "mais experiência para administrar o País". "Maia deveria ser prefeito, ser governador do Rio de Janeiro, ter um pouco de experiência de praticidade no Executivo, para depois comandar o Brasil."

terça-feira, 4 de julho de 2017

Vídeo -Gleisi Hoffmann para dar mais uma lição para o Aécio Neves.


Pânico no Planalto: depois de Geddel, Padilha e Moreira Franco estão na mira de Janot

Do Estadão: Com a prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, nesta segunda-feira, 3, chamado de “mensageiro” pelo empresário Joesley Batista, da JBS, o Palácio do Planalto agora se preocupa com possíveis investidas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Investigados na Operação Lava Jato, eles são os auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer.



A Procuradoria-Geral da República (PGR) pode agora tentar acelerar as apurações contra os dois peemedebistas, na avaliação de assessores do Planalto. Com isso, a prisão de Geddel na Operação Cui Bono?, um amigo pessoal de Temer há mais de 30 anos, reacendeu a preocupação com a crise política, uma vez que a semana havia começado em um clima mais “tranquilo”, nas palavras de um aliado.Com as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira passada, de devolver as funções parlamentares de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Senado e soltar o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o Planalto avaliava que poderia se concentrar nas articulações com a base para ter voto suficiente na Câmara para barrar a denúncia por corrupção passiva apresentada por Janot contra Temer. São necessários 342 votos para dar prosseguimento da acusação.

Agora o governo quer evitar que o caso Geddel contamine as negociações na Câmara. Embora aliados tentem minimizar o impacto da prisão, sob a alegação de que não tem relação com o caso JBS, foi com base nos depoimentos de Joesley e também do operador Lúcio Funaro que a prisão preventiva foi decretada. Em entrevista a Época, o empresário afirmou que Geddel era o “mensageiro” de Temer para tratar de interesses do Grupo J&F e o responsável por averiguar se Funaro e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ambos presos na Lava Jato, não fariam delação.

Oficialmente, o governo não comentou a prisão de Geddel e lembrou de sua saída em novembro passado, quando foi acusado pelo então ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo a produzir um parecer técnico para viabilizar um empreendimento imobiliário em Salvador em área tombada.

Interlocutores do Planalto, no entanto, já diziam que a prisão do ex-ministro seria um baque para o presidente. Logo depois de tomar conhecimento da prisão de Geddel, auxiliares de Temer não conseguiam disfarçar o desânimo com mais uma notícia negativa para o governo.

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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Geddel Vieira Lima é preso pela PF sob suspeita de obstruir investigação

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi preso nesta segunda (3) pela Polícia Federal, na Bahia.
A prisão é preventiva, ou seja, sem tempo determinado de duração, e foi determinada a pedido do Ministério Público e da Polícia Federal, para quem o ex-ministro de Michel Temer tentou atrapalhar as investigações.
A Polícia Federal deflagrou em janeiro a operação Cui Bono? ("A quem beneficia?", em latim), que mirava Geddel e sua gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013.
A investigação começou a partir de elementos colhidos em um antigo celular do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
De acordo com nota da Procuradoria da República no Distrito Federal, a prisão "tem como fundamento elementos reunidos a partir de informações fornecidas em depoimentos recentes do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva".
Segundo a Procuradoria, o "objetivo de Geddel seria evitar que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. Para isso, tem atuado no sentido de assegurar que ambos recebam vantagens indevidas, além de monitorar o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo."
Em reportagem publicada no último dia 21, a Folha mostrou que Funaro, preso pela Operação Lava Jato, entregou à PF registros de chamadas telefônicas que Geddel fez para sua mulher, Raquel, por meio do aplicativo Whatsapp.
Na versão do operador, Geddel ligou para sua mulher várias vezes "sondando" sobre a possibilidade de ele, Funaro, fechar acordo de delação. Os registros das ligações mostram 12 ligações de "Carainho" -apelidado dado a Geddel na agenda telefônica de Raquel- em oito dias diferentes, após a imprensa divulgar a delação da JBS.
O número atribuído a "Carainho" na agenda, com código de área de Salvador, coincide com o número de celular de Geddel, segundo a Folha apurou.
"Na petição apresentada à Justiça, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome "carainho", sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF", destaca a nota da Procuradoria.
"Para os investigadores, "os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa." A Justiça acatou tambpém os pedidos de quebra de sigilos fiscal, postal, bancário e telemático do ex-ministro.
O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. A ordem foi cumprida na tarde desta segunda, segundo a Procuradoria no DF. Geddel deve ser transferido para Brasília.
Folha não conseguiu até às 17h desta segunda contato com o advogado do ex-ministro.
Geddel deixou o governo Temer, de quem é amigo de longa data, sob acusação de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Cultura) para viabilizar um empreendimento na Bahia, conforme revelou a Folha.
Também fazem parte do esquema, segundo a investigação, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários. Os investigadores suspeitam que o grupo tenha praticado crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.
Fonte:Folha

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