InfoPress: 05/15/17

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Moro solta Youssef que seria condenado a 121 anos de prisão e cumprirá 3 anos em domiciliar

Uma das armas mais potentes contra a reeleição de Dilma Rousseff em 2014, o doleiro Alberto Youssef, pivô da Lava Jato, conseguiu reformular seu acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal e vai cumprir em sua casa, com autorização e sob as regras de Sergio Moro, os últimos quatro meses que faltam para completar três anos de regime fechado.Sem delação premiada, a somatória das punições pelos crimes praticados por Youssef só na Lava Jato poderiam rende 121 anos e 11 meses de prisão. Com o acordo de cooperação, o doleiro, inicialmente, deveria cumprir 3 anos em regime fechado. Saíra da carceragem da Polícia Federal de Curitiba, por determinação de Moro, em 17 de novembro, com 2 anos e oito meses de prisão para concluir os outros quatro meses em regime domiciliar.
Em sua decisão, Moro disse que não há verba para manter Youssef escoltado e, por isso, basta uma tornozeleira eletrônica para monitorar os passos do doleiro. O juiz, que teve de revogar um acordo feito na operação Banestado porque Youssef voltou a praticar crimes, também disse que não acredita que justo na reta final de sua pena em regime fechado, o condenado tentará fugir.Youssef estará liberado para receber visitas apenas de familiares e advogados, entre 8h e 12h. Poderá se deslocar até a academia do condomínio para fazer sessões de fisioterapia. Terá, ainda, um celular à sua disposição, que poderá ser grampeado.O doleiro já foi condenado em nove processos da Lava Jato nesse momento. Assim que encerrar seus três anos de prisão, ele ficará impedido de praticar crimes por 10 anos. Se reincidir, estará sujeito a ter sua pena em todos esses processos executada na íntegra.

Fundador do PSDB diz que Lava Jato deixou de combater corrupção, para perseguir Lula

Do Facebook do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira.A operação Lava Jato teve duas fases. A primeira foi a da descoberta de um grande esquema de corrupção na Petrobras pela Polícia Federal, a ação de sua força tarefa de prender e processar os criminosos e a do juiz Moro de condená-los; foi um grande momento do sistema judiciário brasileiro; o Brasil tornou-se maior.
Muito diferente vem sendo sua segunda fase – a das delações premiadas.

A lógica agora não é mais a da justiça, mas a da moralização autoritária envolvendo abuso de direitos.

Aqueles ameaçados por sentenças elevadas são presos sem base legal – sem que ameacem fugir ou impedir o funcionamento da justiça – e são mantidos presos até que façam uma delação de acordo com as suspeitas dos procuradores e do juiz.Ao mesmo tempo, as delações são vazadas para a imprensa, para que a sociedade continue a apoiar a Lava Jato e os acusados já sejam desmoralizados antes de qualquer prova contra eles.

Definitivamente, não foi para isso que nós, brasileiros, lutamos pela democracia

Publicidades

B01 340x40

Publicidades

Banner Futebol 320x50

Anúncios

Logo_120x60