InfoPress: 06/27/17

terça-feira, 27 de junho de 2017

Vídeo- ‘Tenho certeza que a possibilidade de ganhar as eleições é muito grande’, diz Lula à Itatiaia

O ex-presidente Lula concedeu entrevista à Rádio Itatiaia na manhã desta terça-feira. Entre outros temas, o petista falou sobre a corrida presidencial do próximo ano, a denúncia criminal feita pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, a possibilidade de eleições diretas, além da sentença do julgamento sobre o caso do tríplex do Guarujá.
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada pelo jornal ‘Folha de São Paulo’ nessa segunda-feira colocou Lula em primeiro lugar nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, com 30% da preferência do eleitor. Na sequência, estão Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede), com 16% e 15%, respectivamente.
Além de praticamente confirmar sua candidatura, o petista mostrou muita confiança na vitória. “Sabe qual é a impressão que eu tenho depois de olhar a pesquisa? É que eles estão tentando fazer uma procura de um candidato para me enfrentar. Qualquer dia eles vão colocar placa num poste, como se estivessem procurando emprego. Ou seja, procura-se alguém para tentar derrotar o Lula. Eu vou te dizer uma coisa com muita humildade. Se for necessário ser candidato, serei candidato. E se for candidato, tenho convicção, tenho certeza que a possibilidade de ganhar as eleições é muito grande”, disse o ex-presidente.
Sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva no caso JBS, Lula não quis condenar o peemedebista antecipadamente. “O Temer pode cair, mas um processo qualquer que aconteça contra um presidente, ou contra qualquer ser humano, precisa ser investigado para saber se são verídicas as denúncias, se tem provas concretas. Se tiver provas concretas, efetivamente o Temer não tem como continuar na Presidência da República. Verdade que ele tem uma maioria no Congresso, mas é verdade que essa maioria também está fragilizada, tal é a grandeza da vontade da sociedade que o Temer deixe a Presidência da República”, analisou.
Nos próximos dias, o juiz federal Sérgio Moro pode anunciar a sentença do julgamento em que Lula é acusado de receber propina da construtora OAS por contratos da empreiteira com a Petrobras através da compra e reforma de um apartamento tríplex no Guarujá, no litoral paulista. O petista negou mais uma vez que seja do imóvel. “Sinceramente, se tiver uma decisão que não seja a minha inocência, eu quero dizer para você que não vale a pena você ser honesto neste país”, afirmou. “Desafio o Ministério Público a provar que o apartamento é meu, que tem um documento, que tem um centavo, que tem um real, que tem um documento assinado, que tenha alguma coisa no cartório. Ou seja, eu continuo desafiando o Ministério Público a apresentar uma prova, porque não é possível que eu tenha um apartamento que não é meu, que não tem documento, que eu nunca fui lá, nunca morei”, assegurou.
Ouça acima a entrevista completa do ex-presidente Lula à repórter Edilene Lopes:

TRF4 reverte decisão de Moro e absolve Vaccari em processo da Lava Jato

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) absolveu hoje (27) em segunda instância o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ele havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em uma ação penal resultante da 10ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2015.
Por maioria de votos, a 8ª Turma do TRF4 considerou que as provas contra Vaccari são insuficientes por se basearem apenas em delações premiadas.
“A existência exclusiva de depoimentos prestados por colaboradores não é capaz de subsidiar a condenação de 15 anos de reclusão proferida em primeiro grau de jurisdição, uma vez que a Lei 12.850/13 reclama, para tanto, a existência de provas materiais de corroboração que, no caso concreto, existem quanto aos demais réus, mas não quanto a João Vaccari”, disse o desembargador federal Leandro Paulsen ao proferir seu voto.
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no TRF4, defendeu a condenação do ex-tesoureiro do PT, mas foi voto vencido.
O TRF4 também aumentou a pena do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, condenado por Moro a 20 anos e oito meses de prisão. Com a decisão da segunda instância, a pena foi elevada para 43 anos e nove meses de prisão.
O julgamento desta ação havia sido suspenso no dia 6 de junho, quando o desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus pediu vistas do processo.

DESESPERO! Temer ataca Janot e insinua que procurador levou dinheiro da JBS


247 – Michel Temer partiu para o ataque contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em pronunciamento feito à imprensa na tarde desta terça-feira 27 para se defender da denúncia por corrupção passiva apresentada contra ele.Temer ironizou ao dizer que não queria fazer “ilações”, ou “acusações sem provas” – como afirmou terem feito contra ele -, mas insinuou que Janot teria recebido dinheiro da JBS por meio de um ex-procurador, Marcelo Miller, que segundo Temer “abandonou o Ministério Público” para ir trabalhar “numa empresa que faz delações”, onde teria ganhado “milhões em poucos meses”.“Ainda não está claro o que moveu Janot, que homologou uma delação e distribuiu o prêmio da impunidade”, declarou, em alusão aos benefícios recebidos pelo dono da JBS, o empresário Joesley Batista, autor da delação que o atinge.

Segundo Temer, a denúncia da PGR apresentada ontem “é uma peça de ficção”, uma “denúncia frágil e precária”, baseada em uma delação de alguém movido pelo “desespero de se safar da cadeia”, em referência a “Joesley e seus capangas”, como descreveu o dono da JBS.

A respeito do encontro no Palácio do Jaburu, onde recebeu Joesley num domingo à noite, sem que o empresário se identificasse antes de entrar, Temer disse que recebia na residência oficial da vice-presidência “o maior produtor de proteína animal do País, senão do mundo”. Para ele, a gravação feita por Joesley “é uma prova ilícita, inválida para a Justiça”.

Temer criticou ainda o fatiamento da denúncia pela PGR: querem “provocar fatos semanais contra o governo”. E afirmou que “inexistem” provas concretas de recebimento de valores indevidos por ele. “Vejam vocês que fui denunciado por corrupção passiva, a essa altura da vida, sem ter recebido qualquer valor ilícito”, disse. “Este é um ataque injurioso, indigno, infamante à minha dignidade pessoal”, acrescentou.

No auge do cinismo, Temer disse que está “recolocando o país nos trilhos”, e que por isso tem sido “vítima dessa infâmia”, e afirmou ainda que não sabe como ‘Deus o colocou na presidência’, ignorando o golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff do poder.

“Eu tenho orgulho de ser presidente, é algo tocante. Não sei como Deus me colocou aqui, me dando uma tarefa difícil. Tenho honra do trabalho que estou fazendo pelos avanços que meu governo praticou, não fugirei de batalhas”.

Temer orientou Cunha a derrubar todos projetos de Dilma e deixar governo travado para derrubá-la

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a Casa já “derrubou o governo” e que não será votado qualquer projeto enviado pelo governo Dilma Rousseff, como o projeto que renegocia a dívida dos estados e do Distrito Federal, enviado ao Congresso em março. “A não ser que seja para derrubar”: — Acho que não vai ser votado nenhum projeto do governo aqui, a não ser que seja para derrubar.

Ele também disse que os deputados não devem participar de uma sessão do Congresso Nacional para apreciar alterações na meta fiscal de 2016. Caso ela não seja apreciada pelo Congresso até o dia 22 de maio, segundo integrantes da equipe econômica do governo, será preciso fazer um novo contingenciamento de gastos que vai paralisar a máquina pública, o chamado shutdown.E voltou a defender que o Senado dê celeridade ao julgamento do processo de impeachment.

— Então o Senado deveria votar rapidamente, porque a Câmara dificilmente vai participar de uma sessão do Congresso Nacional para votar esse projeto.

Perguntado se a votação não deveria ocorrer já de olho num governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), Cunha deu de ombros:

— Não importa, é uma questão política, é um projeto vindo do governo mudando a meta. Não há condição política de votar um projeto desse, não se votará. Se o Brasil vai entrar em shutdown por isso, então mais uma razão para o Senado apressar.

Para o presidente da Câmara, a ‘Câmara já derrubou o governo’.
— Para o país, essa postergação (no Senado) vai causar muitos prejuízos porque, na verdade, a Câmara derrubou o governo. A Casa já fez sua parte da avaliação, então para a Câmara não tem governo, ficou um meio governo. O Senado tem o direito até de rever a decisão da Câmara. Mas, enquanto o Senado não rever, a decisão política prevalecendo para a Câmara é a que ela proferiu — disse, chamando Dilma de “ainda presidente”.

— O que vai acontecer a partir da semana que vem é que temos uma ainda Presidente da República e ninguém vai reconhecer absolutamente nada para efeito de matérias. É uma paralisia do Congresso Nacional até o Senado decidir — afirmou Cunha.

Publicidades

B01 340x40

Publicidades

Banner Futebol 320x50

Anúncios

Logo_120x60