InfoPress: 03/16/17

quinta-feira, 16 de março de 2017

Vaza áudio de uma coordenadora de campanha de Holiday do MBL

O Buzzfeed conseguiu áudio de uma coordenadora de campanha de Holiday em que ela admite que pagou panfleteiros que não foram contratados pela empresa Classe A, que ele cita, em sua prestação de contas, como a única que lhe teria prestado serviços de panfletagem.

Apareceu o que faltava para apressar o fim do golpe: o povo nas ruas

Por Paulo Nogueira-Pronto. Apareceu o que faltava para apressar o fim do golpe: o povo nas ruas.O governo Temer não tem a menor condição de enfrentar as ruas.

A mensagem delas é clara: primeiro, não às reformas, feitas para beneficiar os ricos à custa dos pobres. (Parece uma simplificação, mas é assim mesmo.)Depois, e sobretudo, não ao regime que se instalou com o golpe.

Como tudo na vida, golpes pegam ou não pegam. Este não pegou. Foi rapidamente desmascarado como mais uma manobra da plutocracia para manter ou ampliar seus privilégios.

Confira também: Em vídeo, Wagner Moura explica desmonte da aposentadoria de Temer

Os golpes clássicos do passado tinham tanques e bombas para neutralizar os insurgentes.

Os golpes modernos têm, para sustentá-los, o jornalismo de guerra, juízes e parlamentares.

Convenhamos: é muito mais difícil derrotar tanques do que jornais, por mais poderosos que estes sejam.

O povo nas ruas é mais forte que a mais forte organização de mídia.

O brasileiro parece farto de tudo. Farto de Temer. Farto da Globo. Farto de uma Justiça que não se empenha sequer em simular imparcialidade. Farto de uma plutocracia corrupta que fez do país um dos campeões mundiais em desigualdade.

É improvável — extremamente improvável — que Temer chegue até 2018.

Não restará saída senão convocar eleições diretas para quanto antes. É complicado, mas muito mais complicado é o país seguir sob um governo morto em vida.

A única coisa que prolongaria a agonia do regime seria o povo arrefecer e sair das ruas.

Mas é uma hipótese remota, quase impensável, visto o triunfo inspirador das manifestações desta quarta.

Temer talvez deva preparar as malas para mais uma mudança de endereço em breve. Agora, não por medo de fantasma, mas pela realidade áspera da rejeição maciça a um golpe que, repito, não pegou.

"Não vi nenhuma manifestação que tivesse um relevante apoio popular', diz relator da reforma da Previdência

Protestos contra mudanças nas regras de aposentadoria levaram milhares às ruas nesta quarta-feira.Relator da Proposta de Emenda à Constituição 287/16, que muda as regras de aposentadoria, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), minimizou o impacto de manifestações em seu relatório. "Agente sabe que quem fez essa manifestação, quem está patrocinando essa manifestação são setores que historicamente foram contra a reforma da Previdência. Portanto, do ponto de vista da cabeça do relator, isso não muda absolutamente nada.

Arthur Maia
Apesar de defender o direito à manifestação, ele questionou a legitimidade dos atos desta quarta-feira (15). "Eu não vi nenhuma manifestação que tivesse um relevante apoio popular", afirmou nesta quarta-feira (15).


O deputado afirmou, por outro lado, que têm ouvido colegas e irá considerar em seu parecer as emendas apresentadas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu prorrogar até a próxima sexta-feira (17), o prazo para a apresentação de emendas à PEC.

Até o prazo anterior, terça-feira (14), foram apresentadas 146 emendas. A maior parte relacionada a pontos específicos como benefícios assistenciais, professores, trabalhadores rurais, policiais, servidores públicos e mulheres.
Pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) aponta que 54% dos brasileiros reprovam a reforma da previdência.

Protestos

Nesta quarta, milhares de pessoas foram às ruas contra a proposta do governo de Michel Temer em ao menos 23 capitais e no Distrito Federal. Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem sindicatos, entidades estudantis e outras As quatro faixas da avenida Paulista foram ocupadas. A estimativa dos organizadores é que mais de 200 mil manifestantes tenham participado do ato. A polícia militar não informou o número.

No ato, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou que "está ficando cada vez mais claro que o golpe dado nesse país" foi para "acabar com as conquistas da classe trabalhadora ao longo de anos, com a reforma trabalhista e da Previdência". "Quem pensa que o povo está contente está errado", disse o petista.
Em Belo Horizonte, organizadores estimam que 150 mil participaram e a PM não informou.

No Rio, a concentração foi na Igreja da Candelária e, às 17h30, os manifestantes iniciaram caminhada até a Central do Brasil, pela Avenida Presidente Vargas, que teve todas as 16 faixas interditadas ao trânsito.
Segundo o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro, que representa os profissionais da rede particular, mais de 15 mil aderiram à paralisação.
A Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer do Rio de Janeiro confirmou que a paralisação ocorreu em 40 escolas, 10 creches e oito Espaços de Desenvolvimento Infantil, que atendem, juntos, a 16.354 alunos. Já a Secretaria de Estado de Educação informou que a rede estadual funcionou normalmente.

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