InfoPress: "Não vi nenhuma manifestação que tivesse um relevante apoio popular', diz relator da reforma da Previdência

quinta-feira, 16 de março de 2017

"Não vi nenhuma manifestação que tivesse um relevante apoio popular', diz relator da reforma da Previdência

Protestos contra mudanças nas regras de aposentadoria levaram milhares às ruas nesta quarta-feira.Relator da Proposta de Emenda à Constituição 287/16, que muda as regras de aposentadoria, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), minimizou o impacto de manifestações em seu relatório. "Agente sabe que quem fez essa manifestação, quem está patrocinando essa manifestação são setores que historicamente foram contra a reforma da Previdência. Portanto, do ponto de vista da cabeça do relator, isso não muda absolutamente nada.

Arthur Maia
Apesar de defender o direito à manifestação, ele questionou a legitimidade dos atos desta quarta-feira (15). "Eu não vi nenhuma manifestação que tivesse um relevante apoio popular", afirmou nesta quarta-feira (15).


O deputado afirmou, por outro lado, que têm ouvido colegas e irá considerar em seu parecer as emendas apresentadas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu prorrogar até a próxima sexta-feira (17), o prazo para a apresentação de emendas à PEC.

Até o prazo anterior, terça-feira (14), foram apresentadas 146 emendas. A maior parte relacionada a pontos específicos como benefícios assistenciais, professores, trabalhadores rurais, policiais, servidores públicos e mulheres.
Pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) aponta que 54% dos brasileiros reprovam a reforma da previdência.

Protestos

Nesta quarta, milhares de pessoas foram às ruas contra a proposta do governo de Michel Temer em ao menos 23 capitais e no Distrito Federal. Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem sindicatos, entidades estudantis e outras As quatro faixas da avenida Paulista foram ocupadas. A estimativa dos organizadores é que mais de 200 mil manifestantes tenham participado do ato. A polícia militar não informou o número.

No ato, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou que "está ficando cada vez mais claro que o golpe dado nesse país" foi para "acabar com as conquistas da classe trabalhadora ao longo de anos, com a reforma trabalhista e da Previdência". "Quem pensa que o povo está contente está errado", disse o petista.
Em Belo Horizonte, organizadores estimam que 150 mil participaram e a PM não informou.

No Rio, a concentração foi na Igreja da Candelária e, às 17h30, os manifestantes iniciaram caminhada até a Central do Brasil, pela Avenida Presidente Vargas, que teve todas as 16 faixas interditadas ao trânsito.
Segundo o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro, que representa os profissionais da rede particular, mais de 15 mil aderiram à paralisação.
A Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer do Rio de Janeiro confirmou que a paralisação ocorreu em 40 escolas, 10 creches e oito Espaços de Desenvolvimento Infantil, que atendem, juntos, a 16.354 alunos. Já a Secretaria de Estado de Educação informou que a rede estadual funcionou normalmente.

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