InfoPress: 06/30/16

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cadê as pesquisas Datafolha e Ibope sobre o governo Temer?

Já são quase 50 dias do governo interino de Michel Temer.
E os dois principais institutos de pesquisa do Brasil estão em silêncio.
Nenhum número, nenhum percentual. 
Não sabemos como anda a popularidade do presidente em exercício.
Onde estão Datafolha e Ibope para aferir a percepção da sociedade brasileira sobre o governante que está substituindo Dilma Rousseff?
Quando a CNI (Confederação Nacional da Indústria)*, que no ano passado encomendou para o Ibope quatro pesquisas sobre a gestão Dilma, vai ouvir o que a opinião pública tem a dizer sobre este governo?
Ao longo do segundo mandato da petista, interrompido em 12 de maio passado, foram dez pesquisas Datafolha e cinco Ibope. Praticamente uma sondagem divulgada por mês.
Os brasileiros estamos curiosos em saber como a população está sentindo os 50 primeiros dias de Temer à frente do País.
Neste período, tivemos:
- a ausência de negros, maioria na composição racial do Brasil, da equipe que governa o País;
- a queda de três ministros -- dois alvos da Operação Lava JatoRomero Jucá(Planejamento) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), e outro crítico das investigações da Polícia Federal, Fabiano Silveira (nomeado para Transparência!!!);
- a divulgação de áudios do homem-bomba deste governo, Sérgio Machado, quecompromete a cúpula do PMDB -- tão enrascada quanto a do PT no esquema decorrupção da Petrobras;
- o reajuste do Poder Judiciário em meio a uma das maiores crises econômicas do País, com impacto bilionário aos cofres públicos;
- a Reforma da Previdência em discussão, em que integrantes do governo cogitam até 70 anos como idade mínima para a aposentadoria;
- o lançamento de um plano vazio de combate à violência contra a mulher após o estupro coletivo no Rio de Janeiro;
- o estado de calamidade pública no Rio de Janeiro, decretado pelo governador interino Francisco Dornelles (PP) e premiado por Temer com R$ 2,9 bilhões da União.
Qualquer novo governo (mesmo que interino) é sacudido por uma série de novas medidas, muitas controversas. Ainda mais num contexto de crise política e econômica aguda como o nosso.
Por isso, nos questionamos o quanto mudou para os brasileiros desde o último levantamento do Datafolha, de 10 de abril, um mês antes da aprovação do impeachment no Senado.
O governo Dilma era rejeitado por 63% e aprovado apenas por 13%. A nota da presidente era 3,5 num máximo de 10 pontos.
E agora, qual será a avaliação de Dilma e de Temer?
Será que os brasileiros querem continuar com o peemedebista no comando?
Estão satisfeitos com as primeiras ações do governo provisório?
Ou flertam com a volta da petista, que ainda tem uma última (remota) chance de regressar depois da votação definitiva do Senado em meados de agosto?
Cadê Datafolha e Ibope para nos responder?

Gregório Duvivier a Marco Feliciano: 'Jesus Cristo teria muita vergonha de você'

Gregório Duvivier e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) debateram ao vivo nesta semana durante o programa de rádio Pânico, da Jovem Pan, nesta semana.
“Quando ele diz que não é do PT. Onde é que já se viu isso? Assume, amigo. Ele é mais petista do que qualquer um de nós. Ele é mais vermelho do que o próprio Fidel Castro. O meu problema com Duvivier é que eu queria saber por que ele não faz uma charge, não faz humor com o Islã, com o Estado Islâmico, com Maomé. Por que faz só com o cristianismo?", perguntou o deputado, que já chegou a processar o grupo de humor.
“Porque não tem nenhum deputado islâmico que está roubando o meu dinheiro, senhor”, respondeu o ator.
O clima, claro, esquentou no debate. Em dado momento, Marco Feliciano tentou ligar Gregório aos desvios da Lei Rouanet que a Polícia Federal (PF) encontrou nesta semana:
"Parece que vocês estão na mira do Ministério Público, hein? Com esse filme [Contrato Vitalício, do grupo Porta dos Fundos, que está sendo lançado]. A Lei Rouanet está mira",
"Este filme não tem Lei Rouanet, estúpido", rebateu Gregório. "Vamos estudar?", completou.
"Somos 40 milhões de evangélicos. Somado aos católicos, que são mais ou menos 70 milhões, nós somos 110 milhões que nos sentimos ofendidos com o vídeo", afirmou Feliciano.
"Não fale em nome de 110 milhões de pessoas que o senhor é uma vergonha para muito evangélico", retrucou o ator. "Jesus Cristo teria muita vergonha de você".

Para Ciro, Temer e só parte de um golpe mais profundo

Em entrevista ao Diário do Centro do Mundo (DCM), na TVT, que foi ao ar nesse domingo (26), o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) afirma ter documentos que apontam para a “roubalheira” envolvendo autoridades, entre elas o presidente em exercício, Michel Temer. De acordo com ele, embora difícil, as chances de se evitar a consumação do golpe contra a presidente afastada, Dilma Rousseff, e, consequentemente, contra a democracia brasileira, ainda está no Senado.
Para o pedetista, o golpe, atende a três blocos de interesses associados, exclusivamente, à “conveniência de se fazer o golpe”. E o primeiro é formado por um sindicado de políticos que quer o fim da Lava Jato. “Todo mundo fazendo de conta, elogiando o [Sérgio] Moro por cima da mesa, mas, por baixo do pano, há um esforço imenso trabalhando pesadamente pelo fim da Lava Jato”.
O segundo bloco, de acordo com Ciro, é formado por “agiotas”, formados, de acordo com Ciro, por 10 mil famílias que se apropriam de R$ 600 bilhões por ano que é “dinheiro do povo” e cujo líder, é o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
E o terceiro grupo pró-golpe, cujo encarregado é o senador José Serra, é formado para atender a interesses estrangeiros, eliminando parcerias comerciais atualmente importantes para a economia do país, e quebrando o monopólio da exploração do pré-sal, por meio do Projeto de Lei 131/2015, de autoria de Serra, em trâmite no senado.
“O BRICS poderia abrir para o Brasil, em um futuro muito próximo, um regime de preferências comerciais que nos dariam uma escala ala de quase três bilhões de consumidores… A Lei da Partilha do pré-sal brasileiro é onde está o dinheiro para revolucionar a história da pobreza no Brasil”, assevera Ciro Gomes.
Assista à entrevista na íntegra:
Parte I:
Parte II


Eduardo Cardozo, afirmou que o processo de impeachment no Senado provou que não houve dolo por parte dela nas irregularidades apontadas pela acusação

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro José Eduardo Cardozo, que representa a presidente afastada Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o processo de impeachment no Senado provou que não houve dolo por parte dela nas irregularidades apontadas pela acusação e repetiu que irá "oportunamente" ao Supremo Tribunal Federal.
De acordo com Cardozo, a perícia feita por técnicos e os depoimentos de diferentes técnicos do governo, mostrando que a presidente não foi avisada de que poderia haver incompatibilidade da edição de decretos de gastos suplementares com a meta fiscal, provam que não houve crime. "Eu queria provar e nós provamos", disse a jornalistas.
Cardozo afirma ainda que não vai neste momento ao STF porque quer a absolvição da presidente no Senado.
"Podemos ir ao Supremo no momento certo. Eu quero a absolvição da presidente no Senado. Eu não quero no meu país a pecha de que a Justiça vai corrigir os erros do Senado", afirmou.
Cardozo informou ainda que não há definição se Dilma irá pessoalmente ou enviará um representante à seu depoimento da comissão de impeachment do Senado, marcado para o dia 6 de julho. "Fiquei de conversar com a presidente depois da apresentação da perícia", disse.
Sobre a possibilidade de convencer senadores da tese de inocência da presidente, disse acreditar que a grande maioria dos senadores "tem a razoabilidade como parâmetro".
"Se alguns estão contaminados pela ação política e querem o golpe, acho que nem todos o querem", afirmou.
(Por Lisandra Paraguassu)

A China vai às compras

Acompanhada de seis ministros de Estado e dos presidentes da Volkswagen, BMW, Siemens, ThyssenKrupp, Lufthansa e Airbus, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, desembarcou em Pequim na segunda-feira 13 para tratar de assuntos estratégicos com o primeiro-ministro Li Keqiang e o presidente Xi Jinping.
Um dos temas principais, antecipou a mídia internacional, seria a preocupação com o assédio, pela China, de empresas de ponta da maior economia da Europa Ocidental. 
Os alarmes dispararam com a proposta de compra, por 5 bilhões de dólares, da indústria de robôs Kuka, apresentada no mês passado pela fabricante de utilidades domésticas Midea, da província de Guangdong.
A oferta é parte de uma intensificação das iniciativas do país asiático, neste ano, para incorporar companhias de alta tecnologia da Europa e dos Estados Unidos. Ao contrário do ocorrido em anos recentes, aspropostas de compra agora partem mais de empresas e grupos de investidores privados e menos de estatais.
Só em janeiro, firmas chinesas anunciaram planos para se apoderar de 66 companhias estrangeiras, com valor de mercado total de 68 bilhões de dólares. Em fevereiro, a estatal ChemChina ofereceu 43,8 bilhões de dólares pela suíça Syngenta, supridora global de pesticidas e sementes. 
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No primeiro trimestre, as fusões e aquisições externas somaram 108 bilhões de dólares, valor superior em 1 bilhão ao total de 2015. Nos próximos cinco anos, o investimento direto no exterior deverá aumentar em 1 trilhão de dólares, prevê o think tank Instituto Mercator.
A tentativa de a China Resources e de a Hua Capital assumirem o controle da fabricante de semicondutores Fairchild, no começo do ano, por 2,6 bilhões de dólares, provocou inquietação em Washington, por causa do uso daqueles componentes também na indústria militar.
Em 2010, a então secretária de Estado, Hillary Clinton, declarou no Vietnã que o Mar do Sul da China “faz parte do interesse nacional dos Estados Unidos”, que se sentem no direito e no dever de participar de qualquer conflito e negociação regional.
Quem esperava, entretanto, um embate em Pequim no estilo da Guerra Fria frustrou-se. Não queremos travar uma guerra comercial, disseram os estadistas. A mandatária alemã reafirmou que, em princípio, concorda em apoiar o reconhecimento da China pela Organização Mundial do Comércio como economia de mercado e Li Keqiang disse contar com o empenho da colega para convencer os europeus reticentes.
Aceita aquela mudança, a economia do país oriental não será mais considerada protegida pelo Estado e as suas exportações deverão aumentar. Merkel cobrou, entretanto, a abertura do setor bancário aos investimentos da Europa e o fim das restrições às ONGs estrangeiras atuantes no Mar do Sul.
As relações sino-germânicas são tão importantes quanto delicadas. Entre 2000 e 2014, os chineses investiram 7 bilhões de euros na Alemanha, 65% nos setores automotivo e de equipamentos industriais, mas o mix foi ampliado e agora inclui tecnologia da informação, serviços financeiros e empresariais e produtos de consumo.
Entre 2005 e 2014, as exportações do país europeu para o asiático triplicaram para 74 bilhões de euros e os grandes fabricantes de veículos, entre outros, ganharam dinheiro e compensaram parte das perdas resultantes da queda das vendas aos vizinhos do continente. No ano passado, entretanto, as exportações àquele mercado asiático caíram pela primeira vez em duas décadas.  
A China não vive seu momento mais exuberante, mas deverá crescer 6,5% neste ano, o dobro da média mundial, de 3,2%, e quatro vezes a taxa da União Europeia e da própria Alemanha, de 1,5%, prevê o Fundo Monetário Internacional.
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O Ocidente domina, porém, a pesquisa de ponta e os chineses até agora só conseguiram emplacar um grupo global líder de setor, a Huawei, de equipamentos para telefonia, que há alguns anos desbancou a Siemens.
Não conseguiram fabricar aviões de grande porte e tornaram-se os maiores importadores da Boeing e da Airbus. O insucesso do esforço para desenvolver tecnologia de informações para o sistema financeiro foi seguido pelo domínio absoluto da IBM no setor. A importância de ter firmas globais em 16 setores está definida no último Plano Quinquenal.
A estratégia parte da constatação de que entre duas e dez empresas com marcas globais e progresso técnico contínuo, denominadas integradoras, controlam de 50% a 100% do mercado mundial em 22 setores-chave, uma concentração que se repete nas suas redes de fornecedores. 
Não será fácil ao Ocidente estagnado resistir ao assédio. A China responde por 25% do crescimento mundial e é parte necessária das decisões estratégicas tanto da Europa quanto dos Estados Unidos.
A competição entre os europeus pelo capital chinês intensificou-se e isso enfraqueceu o poder do continente diante de Pequim em importantes questões estratégicas, analisam os economistas Thilo Hanemann e Mikko Huotari, do Instituto Mercator e do Grupo Rhodium.
“A perspectiva de aumento dos ativos globais da China, de 6,4 trilhões de dólares em fevereiro deste ano para quase 20 trilhões em 2020, exigirá dos líderes mundiais ajustar a configuração das suas políticas econômicas ao rumo desse país, tanto para colher os benefícios do próximo estágio de integração global quanto para minimizar novos riscos potenciais”, recomendam. 
O plano Made in China 2025 prevê o aumento gradual do uso de componentes domésticos nos setores prioritários de informação avançada e robótica, para 40%, em 2020, e 60%, em 2025.
Segundo o estudo, a digitalização no setor automotivo é mais rápida na China, comparada à da Europa e a dos Estados Unidos, com governo e empresas de tecnologia da informação, smartphones, telecomunicações, seguros e equipamentos militares unidos no desafio de viabilizar a “internet dos veículos”.  
A autonomização do suprimento afetará as vendas externas dos fabricantes estrangeiros daqueles itens, mas a visão de um Ocidente encurralado pelo país oriental não procede. As multinacionais respondem por mais de dois terços da produção chinesa de alta tecnologia e 90% das exportações desse segmento, calcula o economista Peter Nolan, da universidade de Chong Hua e consultor de Pequim.
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“As firmas globais estão profundamente inseridas no sistema de negócios chinês e pressionam fortemente para aumentar a sua presença sem restrições.” Na comparação do investidor Andrew Hallam, “elas avançam como Gêngis Khan.” 
Apesar do alarde da mídia europeia e estadunidense quanto às incursões recentes, a base de comparação é pequena. Em 2010, as empresas chinesas possuíam 6% do investimento global nos negócios.
“O Reino Unido, em 1914, e os Estados Unidos, em 1967, chegaram a ter 50%”, compara Nolan. Os motivos da expansão externa, em todos os casos, foi a necessidade de adquirir matérias-primas, tecnologia e acesso a mercados externos.
Os planos chineses são meticulosos e de longo prazo.  “Não há necessidade de os Estados Unidos ficarem nervosos”, aconselha a revista The Atlantic. “A China não tem pressa para se tornar líder. Ela deverá deixar os EUA manterem a sua posição, enquanto isso for o melhor para os dois lados.”
A competição sino-ocidental por indústrias e alta tecnologia deveria estimular discussões correlatas no Brasil, onde o peso porcentual da manufatura no PIB caiu de 25% nos melhores momentos para cerca de 10% antes do início da recessão, há um ano e meio. A situação ruim vai piorar.
Segundo a Fiesp, o investimento da indústria de transformação em máquinas, equipamentos e instalações deverá diminuir em 50,4% neste ano diante de 2015

Expansão fiscal de Temer já incomoda mídia aliada

247 – Basta revisitar edições dos jornais de um ano atrás para concluir que a presidente Dilma Rousseff teria quebrado o Brasil com suas "pedaladas fiscais". Embora ela não tenha responsabilidade pelas tais pedaladas, o que se discute no Senado é se ela, com 54 milhões de votos, será cassada por créditos suplementares de R$ 2 bilhões.

No entanto, os jornais de hoje, que se engajaram no golpe, constatam que nunca houve expansão fiscal como no governo interino de Michel Temer. Na manchete do Estado de S. Paulo, informa-se que o "pacote de bondades" de Temer custará R$ 125 bilhões. No Globo, condena-se o aumento do Bolsa-Família e do Judiciário, apesar da crise.

Como Temer é interino e precisa de 54 votos no Senado para consolidar o impeachment, ele abriu os cofres da República. Por baixo, a conta do golpe parlamentar ficará em pelo menos R$ 100 bilhões. Depois da eventual aprovação do impeachment, é que virão medidas duras como a volta da CPMF e a reforma da Previdência, num modelo que já fala em aposentadoria aos 70 anos – acima da expectativa de vida em alguns estados do País.

Os jornais que apoiaram o golpe vendendo a tese de que Dilma havia quebrado o País começam a se dar conta de que, na melhor das hipóteses, foram enganados.


Cunha transita no submundo da corrupção desde os anos 90, na Telerj

Não é de hoje o envolvimento do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) com o submundo da corrupção. Numa série histórica, os jornalistas Jânio de Freitas e Elvira Lobato, da Folha de S. Paulo retrataram a passagem de Cunha pela presidência da Telerj – Empresa de Telecomunicações do Rio de Janeiro. À época, pesaram sobre Cunha graves denúncias de fraudes em licitações.

Essas denúncias começaram a ganhar foco em 1991, quando a concorrência para a produção e comercialização das listas telefônicas do Estado do Rio de Janeiro foram contestadas por um grupo de empresas que se sentiram prejudicas pelas “falhas” nas licitações. As reportagens apontam que Cunha vedava a participação de alguns grupos e beneficiava a Listel, empresa do grupo Abril.

Já em 1993, o escândalo de superfaturamento envolvendo a implantação da telefonia celular no Rio de Janeiro derrubou Cunha da presidência da fluminense de telecomunicações. Nesse caso, Cunha só foi advertido pelo Tribunal de Contas da União. 

A escolha de PC Farias – A presidência da Telerj foi dada a Cunha por PC Farias, em agradecimento ao apoio que o peemedebista deu a Fernando Collor de Melo, então presidente da República - que sofreu impeachment em 1992.

Benildes Rodrigues

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