InfoPress: setembro 2017

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Delator da Odebrecht pede investigação sobre prova apresentada contra Lula

Jornal GGN - Não é apenas a defesa de Lula que pediu uma perícia em documentos apresentados pela Odebrecht como provas em uma ação penal na qual o ex-presidente é acusado de receber vantagens indevidas da empreiteira. Um dos delatores da empresa, Paulo Melo, também pediu uma investigação sobre um documento que supostamente leva sua assinatura, mas ele nega a autoria.
"Designado em 2010 pela Odebrecht para avaliação de imóveis para uma nova sede do Instituto Lula, o engenheiro Paulo Ricardo Baqueiro de Melo solicitou à Justiça realização de exame grafotécnico para negar a paternidade de um documento fornecido pela empreiteira à Operação Lava Jato como sendo de sua autoria", informou a Folha desta quinta (21)."Com o requerimento apresentado nesta terça-feira (19), o ex-diretor superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) pretende provar que não é o signatário de uma anotação indicando uma conta no exterior de onde teria saído o dinheiro para a compra de um terreno na Vila Clementina", acrescentou.
Segundo a reportagem, em um banco de dados da Odebrecht obtido no exterior surgiu um arquivo denominado "Paulo Melo x MO (Marcelo Odebrecht)", com a data de 21 de setembro de 2010. "No arquivo, escrito à mão, há um bilhete com dados de uma empresa offshore e de uma conta no exterior. Sob as informações, a assinatura P Melo."O delator nega que essa seja sua assinatura. Mas, de acordo com a reportagem, se ficar atestado que o vínculo do engenheiro com o bilhete, ele pode perder benefícios do acordo de delação.
Isso porque Melo afirmou às autoridades que teria acompanhado Lula na visitia de avaliação de um imóvel comprado pela Odebrecht para o Instituto, mas negou que tenha cometido crime de lavagem de dinheiro. Ele reconheceu apenas que o imóvel seria escriturado por um valor R$ 3 milhões abaixo do o que foi pago, o que configura crime de sonegação.
O advogado André Damiani afirmou ao jornal que, dentro do departamento de propina da Odebrecht "nunca houve delegação para autorização de pagamentos", logo, Melo não tinha poder para autorizar a remessa do dinheiro. "Esse exame grafoscópico vai comprovar o relato ofertado por ele no âmbito de sua colaboração", disse o defensor.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Xadrez sobre a falsificação de documentos na Lava Jato, por Luís Nassif

De Luís Nassif, no Jornal GGN, informação gravíssima  que ajuda a entender porque a insistência em negar acesso aos bancos de dados e documentos da delação “em lote” dos 78 executivos da Odebrecht:
O livro-bomba sobre a Lava Jato, prometido pelo doleiro espanhol Tacla Duran, começa a dar frutos.

Tacla é o doleiro cuja declaração de renda comprovou pagamentos a Rosângela Moro, ao primeiro amigo Carlos Zucolotto e a Leonardo Santos Lima.

Alguns capítulos do livro ficaram por alguns dias no site de Tacla. No livro, ele diz que a delação da Odebrecht teve vários pontos de manipulação, com a montagem de documentos, provavelmente por pressão dos procuradores, atrás de qualquer tipo de prova contra Lula.


O juiz Sérgio Moro facultou apenas aos procuradores da Lava Jato o acesso ao banco de dados especial da Odebrecht. Aparentemente, os procuradores entram lá e pinçam apenas o que interessa.,Analistas foram atrás das dicas levantadas por Tacla e quase todas se confirmaram.
Evidência 1 – extrato da Innovation tem somas erradas.
Evidência 2 – os extratos com erros são diferentes de outros extratos do mesmo banco apresentados em outras delações.
Evidência 3 – os extratos originais do banco apresentam números negativos com sinal -, ao contrário do extrato montado, em que eles aparecem em vermelho.
Evidência 4 – a formatação das datas de lançamento é totalmente diferente de outros documentos do banco, que seguem o padrão americano: Mês/Dia/Ano.
Evidência 5 – a formatação nas datas de lançamento é idêntica ao da planilha PAULISTINHA, preparada por Maria Lúcia Tavares, a responsável pelos lançamentos no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.Evidência 6 – nos anexos da delação de Leandra A. Azevedo consta ordem de pagamento, com data de 28 de setembro de 2012, de US$ 1.000.000,00 da conta da Innovation para a Waterford Management Gourp Inc. Mas no extrato bancário supostamente montado, a transferência consta como saída de 27 de setembro de 2012, ou seja, antes da ordem de pagamento.
Agora, se coloca o juiz Sérgio Moro em situação complicada. Como pretende julgar o processo sem facultar o banco de dados da Odebrecht à defesa, para se identificar os documentos falsificados e os verdadeiros.

domingo, 17 de setembro de 2017

Luis Nassif: prova de pagamento de doleiro a mulher de Moro é contundente

O jornalista Luís Nassif faz uma análise da contundente denúncia da mulher de Moro ter recebido dinheiro do doleiro que acusou o amigo de Moro de querer propina de 5 milhões para diminuir penas na Lava Jato.
Assista: 

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