InfoPress: Oposição tenta barrar nomeação da esposa do governador de MG

sábado, 30 de abril de 2016

Oposição tenta barrar nomeação da esposa do governador de MG

A nomeação da primeira dama Carolina Oliveira ao comando da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais, está sendo contestada por parlamentares de oposição ao governo de Fernando Pimentel (PT), que entraram com dois recursos para barrar a indicação.
A mulher de Pimentel é investigada na Operação Acrônimo e ganharia foro privilegiado, fazendo com que eventuais processos contra ela sejam julgados pela segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) – e não mais pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A oposição argumenta que o governador petista tem muito mais influência no TJ do que no STJ, que já tomou decisões desfavoráveis contra ele na Lava Jato.
Gustavo Valadares (PSDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa de Minas, protocolou nesta quinta (28) um projeto de resolução para sustar os efeitos do ato de Pimentel publicado hoje no Diário Oficial. Valadares comparou a nomeação de Carolina à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil, cuja posse ainda está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “É similar ao que Dilma fez com Lula, quando o chamou para integrar um ministério. Há indícios de que Pimentel quis dar maior segurança à mulher. Temos notícias de que o caldo engrossou para ela na Operação”, disse o parlamentar. O pedido precisa ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e passar pelo plenário da Casa, onde Pimentel tem maioria.
O deputado, prevendo dificuldades no trâmite do requerimento, avisou que vai entrar com uma ação na Justiça, com pedido liminar, para impedir a posse da primeira-dama, nesta sexta (29). De acordo com o parlamentar, o agora ex-secretário André Quintão, que será substituído por Carolina, era um dos melhores quadros da gestão Pimentel, dada a sua experiência na área como sociólogo e deputado de quatro mandatos. “Não faz sentido ele tirar este secretário, que tem toda uma trajetória, para colocar alguém que não tem nenhuma formação na área”. A primeira dama é formada em jornalismo e atualmente é presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) do Estado de Minas.
O governo mineiro afirmou, em nota, que a indicação partiu do próprio Quintão. “Ele vê na presidente do Servas a substituição natural para que não haja descontinuidade nas políticas públicas da pasta, que já vinham sendo tocadas em parceria com a instituição”. A tal atuação conjunta seria um projeto de combate ao uso de drogas feitas pelas duas pastas. No texto, o governo reitera que a nomeação de Carolina já era planejada e “aguardava apenas o retorno da primeira dama da licença maternidade”.
Para ler a reportagem completa clique aqui.

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