InfoPress: Câmara cria 14.419 cargos, quase 4 vezes o que Temer prometeu cortar

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Câmara cria 14.419 cargos, quase 4 vezes o que Temer prometeu cortar

A Câmara dos Deputados aprovou a criação de 14.419 cargos federais, quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu cortar. A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" desta sexta-feira (3).
A autorização estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas até 2019.
No dia 13 de maio, o então ministro do Planejamento de Michel Temer, Romero Jucá, mais tarde derrubado, deu entrevista à imprensa dizendo que a intenção de Temer é rever a estrutura organizacional e a meta é um corte de 4.000 postos de trabalho e a simplificações de 51 denominações de cargos públicos até o final deste ano."Em tese, fizemos uma reserva de espaço de 25% que depois será ajustado à necessidade de funcionamento. A meta fixada é de 4.000 postos", disse Jucá. "Todas as empresas e todos os bancos estão sujeitos a esse novo ordenamento de comando que é simples e direto: gastar menos nos com ele e mais com a atividade de fim", acrescentou.
Agora, com a aprovação pela Câmara dos Deputados, o governo está autorizado a contratar, por meio de concursos públicos, por exemplo, 4.732 novos cargos apenas na área de educação.
O projeto aprovado pela Câmara agora precisa passar pelo Senado.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o Senado irá revisar a pauta bomba aprovada pelos parlamentares que criou mais de 14 mil cargos federais.

Caso isso não ocorra, segundo ele, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) irá vetar a proposta. A criação dos cargos foi incluída em um projeto de lei que reajusta salários de servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), segundo o jornal 'Folha de S.Paulo'.
Rossi admitiu que a proposta não foi percebida pelos parlamentares e sequer foi detectada pela assessoria parlamentar antes de ser aprovada. "Essa proposta não tem justificativa, não foi discutida, será revisada no Senado ou, em última instância, o presidente Temer a vetará", disse o deputado após participar de um evento em Ribeirão Preto (SP).




O líder do PMDB defendeu ainda a aprovação do reajuste de 21,6% ao funcionalismo público, aprovado na madrugada de ontem pelos deputados. "Temos uma máquina pública, é importante valorizar o funcionalismo. Essa proposta de aumento foi discutida e aprovamos apenas a reposição da inflação", concluiu Rossi
Fonte: Agencia Estado 

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