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O interino Michel Temer concedeu uma entrevista reveladora ao jornalista
Roberto D'Ávila, na noite de ontem, na Globonews. Num ato falou, admitiu a
existência de um golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Numa inconfidência,
revelou que só tomará medidas duras, como aumentos de impostos e da idade
mínima para a aposentadoria, após a segunda votação no Senado. E, numa
demonstração de certo receio, sinalizou que não irá processar Sergio Machado, o
ex-presidente da Transpetro que o acusa de pedir doações oriundas de propina
para a campanha de Gabriel Chalita, em 2012. O ato falho ocorreu quanto
Temer explicou por que impede que a presidente Dilma Rousseff utilize o avião
presidencial em seus deslocamentos. Ele afirmou que ela "utiliza o avião,
ou utilizaria, para ir fazer campanha denunciando o golpe", sem falar em
"suposto golpe" ou "o que ela considera ser um golpe".
"A senhora presidente tem o palácio da Alvorada, tem o palácio do Torto,
tem avião para se locomover para o seu estado. Sim, porque, convenhamos, ela
não está no exercício da presidência, portanto não tem atividades de natureza
governamental", disse ainda Temer, que também afirmou que "jamais faltou
comida" para a presidente afastada – numa referência ao bloqueio dos
cartões de crédito do Alvorada. Plebiscito sobre novas
eleições
Temer
também questionou a tese sobre novas eleições, defendida por setores do PT e
pela própria presidente Dilma Rousseff. "Eu
não acho útil para a senhora presidente. Porque, no instante em que ela diz que
aceita um plebiscito para eleições, é porque ela deseja voltar para depois não
governar. Não é útil porque, se vai voltar para depois convocar eleições, então
é porque não quer governar", disse Temer. Na verdade, o que se
busca, com o plebiscito, é apenas uma saída democrática para o País, que
devolva à população um governo com legitimidade. A tese de novas eleições
também já é defendida pela maioria do povo brasileiro, como comprovam pesquisas
de opinião já realizadas. Reforma da previdência
Na entrevista, Temer também explicitou a lógica de seu governo. Na interinidade, benesses para os aliados. Após o impeachment, medidas duras, como o aumento de impostos e da idade mínima para aposentadoria. "Então certas questões que neste momento ainda não deu tempo de tratar, eu tratarei depois. A questão da reforma da Previdência. Acho que eu só poderei pleitear uma reforma da Previdência se tiver a efetivação", afirmou. Ele também disse que não pensou em elevar impostos "ainda". Caso Sergio Machado
Citado na delação de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro que o acusa de pedir uma doação oriunda de propina para Gabriel Chalita, Temer também disse por que não irá processar seu acusador. "O que ele [Machado] mais deseja é isso. [...] Ele quer polarizar com o presidente da República. Eu não vou dar esse valor a ele. Eu não falo para baixo", afirmou o peemedebista. Ao comentar a situação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de manter diversas contas no exterior, Temer disse que o correligionário "está se defendendo como pode" e que é "batalhador no campo político e no campo jurídico."
Na entrevista, Temer também explicitou a lógica de seu governo. Na interinidade, benesses para os aliados. Após o impeachment, medidas duras, como o aumento de impostos e da idade mínima para aposentadoria. "Então certas questões que neste momento ainda não deu tempo de tratar, eu tratarei depois. A questão da reforma da Previdência. Acho que eu só poderei pleitear uma reforma da Previdência se tiver a efetivação", afirmou. Ele também disse que não pensou em elevar impostos "ainda". Caso Sergio Machado
Citado na delação de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro que o acusa de pedir uma doação oriunda de propina para Gabriel Chalita, Temer também disse por que não irá processar seu acusador. "O que ele [Machado] mais deseja é isso. [...] Ele quer polarizar com o presidente da República. Eu não vou dar esse valor a ele. Eu não falo para baixo", afirmou o peemedebista. Ao comentar a situação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de manter diversas contas no exterior, Temer disse que o correligionário "está se defendendo como pode" e que é "batalhador no campo político e no campo jurídico."
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