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sábado, 2 de janeiro de 2016

Você sabe por que o homem nunca mais foi à Lua?






























 As missões que levaram o homem à Lua, iniciadas pela Apollo 11 em 1969, foram finalizadas com a Apollo 17, em dezembro de 1972. Foram seis naves tripuladas lançadas ao satélite natural da Terra, que colocaram o homem na superfície lunar. Além dessas, mais uma tinha o intuito de pousar no corpo celeste, a Apollo 13, mas não obteve êxito em função de problemas mecânicos.


A missão Apollo 17 foi a última que levou o homem à Lua, e, passados mais de 43 anos, nunca mais um ser humano esteve por lá. Mais do que isso, sequer houve uma nave tripulada que tenha ultrapassado uma órbita terrestre baixa. Sobre isso, nós publicamos um artigo com vídeos aqui no Mega em 2012, quando a última missão tripulada à Lua completou 40 anos.
A importância de viagens espaciais tripuladas que ultrapassem os limites da nossa órbita e levem a humanidade a explorar não só a Lua novamente, mas também, se possível, outros planetas e corpos celestes, é enorme. Além de representarem uma grande conquista científica para o homem, elas poderão contribuir para um maior entendimento sobre a origem do nosso planeta, do Sistema Solar e até do Universo. E essas são apenas algumas das vantagens que esse tipo de empreitada pode nos proporcionar.
Mas se há muito o que ganhar com essas missões espaciais tripuladas, por que elas nunca mais aconteceram? Um artigo publicado pelo site IO9 conta a verdadeira história por trás da missão Apollo 17 e apresenta os fatos que a fizeram ser a última que levou o homem para além dos limites da órbita terrestre. Baseados nessa publicação, nós aqui do Mega apresentamos os pontos que explicam esse fato.

O início e os altos investimentos

Os investimentos em pesquisas e tecnologias para missões espaciais começaram a ser feitos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Com o advento da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética começaram a disputar informalmente quem apresentava as melhores e mais fortes tecnologias, com o intuito de demonstrar superioridade.
Foram desenvolvidos foguetes e mísseis mais rápidos, capazes de atingir qualquer território inimigo ao redor do mundo. Essa disputa evoluiu para os experimentos de missões espaciais tripuladas. Alguns anos após o primeiro satélite ser lançado em órbita, a URSS fez de Yuri Gagarin o primeiro humano a viajar pelo espaço.As tensões só aumentaram, e isso fez com que o governo americano passasse a destinar uma maior parte dos gastos do capital político e governamental para o programa espacial. É importante dizer que esses investimentos foram no campo científico e aéreo, o que ajudou a manter uma mensagem otimista e pacífica.
De qualquer forma, em 1966, a NASA teve o maior recebimento de sua história, quase US$ 6 bilhões, o que nos valores atuais representam cerca de US$ 43 bilhões (R$ 166 bilhões). Com isso, os EUA concluíram os programas espaciais existentes e projetaram a próxima fase do programa Apollo. A partir daí os investimentos começaram a ficar menores e praticamente se encerraram após o sucesso da missão Apollo 11, que levou o homem à Lua pela primeira vez. Mesmo assim, a NASA conseguiu continuar com mais 6 missões até a última, a Apollo 17.

Fim do programa Apollo e troca de prioridades

O investimento nos programas Apollo foi grande, mas acabou por alguns motivos. Entre eles está o das novas prioridades estabelecidas pela NASA. A construção de uma estação espacial foi um deles e culminou no cancelamento da, até então prevista, missão Apollo 20. Com novos cortes, até a Apollo 18 acabou sendo extinta, e isso fez com que Harrison Schmitt, que estava em treinamento e seria o primeiro cientista levado em uma viagem espacial nessa missão, acabasse tendo a experiência antecipada para a Apollo 17.
As outras prioridades foram tomando conta dos investimentos governamentais dos EUA. A NASA se limitou então a focar mais em programas de pesquisa e missões científicas. No âmbito do espaço, podem ser citados os programas do laboratório e dos ônibus espaciais, além de diversos satélites e sondas robóticas lançadas. Também foram feitos investimentos em programas espaciais de cooperação internacional, como a Estação Espacial Internacional, e instrumentos científicos mais importantes, como os robôs enviados a Marte.
Outro ponto que vale a pena lembrar é que não só investimentos espaciais impossibilitaram novas missões tripuladas à Lua, mas acontecimentos prioritários no planeta. Um exemplo é a Guerra ao Terror travada pelo governo americano, que, estima-se, custará cerca de US$ 5 trilhões aos cofres públicos, contando o que já foi e o que ainda será gasto nesse sentido.
Portanto, essas são as razões para que a Apollo 17 tenha sido a última missão espacial que levou o homem à Lua e, sobretudo, para além da órbita terrestre. Para se ter uma ideia, não há nem mais fabricação das peças utilizadas para o lançamento dos foguetes Saturno V, os responsáveis por levar as missões Apollo ao satélite. As máquinas fabricadas que não foram utilizadas na época atualmente estão todas em museus para apreciação do público.
FONTE(S) 

GUGA NOBLAT CONCEDE 'PRÊMIO CARA DE PAU' A AÉCIO















"Depois de passar 2015 acusando o governo de corrupção na Petrobrás, o senador mineiro do PSDB foi mais uma vez citado como um dos políticos que desviou dinheiro de lá", escreve o jornalista, filho do colunista Ricardo Noblat

247 – O jornalista Guga Noblat, filho de Ricardo Noblat, do Globo, concedeu neste sábado o "prêmio cara de pau da semana" ao senador tucano Aécio Neves (leia aqui).
"Depois de passar 2015 acusando o governo de corrupção na Petrobrás, o senador mineiro do PSDB foi mais uma vez citado como um dos políticos que desviou dinheiro de lá", justifica.
Guga Noblat lembra que "em março do ano passado, Aécio tinha sido citado por Youssef, mas o STF preferiu não investigar o senador. Quando voltar do recesso em fevereiro, o procurador-geral da República Rodrigo Janot dirá se pedirá para investigarem Aécio."

* Inaugurado primeiro templo de “adoração a Lúcifer ” na America do Sul.

Postado em 





















Embora ao longo dos séculos o satanismo tenha existido com diferentes nomes, sua versão moderna é uma criação do norte-americano Antony LeVey (1930-1997), que escreveu a “Bíblia Satânica” e criou uma religião que na essência seria ateísta, pois servir a Satanás para eles seria basicamente viver sem um deus, mas fazer o que determina sua consciência.
O uso do nome satanismo seria apenas uma maneira de simbolizar tudo que se opõe a Deus e sua lei moral.
Recentemente conseguiu ser reconhecido como religião nos EUA com os mesmos direitos do cristianismo. Isso inclui cerimônias públicas e a divulgação da sua fé em lugares públicos.
Agora, esse tipo de manifestação religiosa inaugura seu primeiro templo oficial num país da América do Sul e fala em se espalhar pelo continente. Liderado pelo satanista Damian Victor Rozo, que se intitula “pastor luceferiano”, foi inaugurado dia 27 de dezembro o templo “Sementes da Luz e de Adoração ao Diabo” na cidade de Quindio, Colômbia.
Em seus perfis nas redes sociais, Rozo se apresenta como “feiticeiro, espiritualista, bruxo de magia negra, vodu e macumba”. Explica ainda que ensina adoração a Lúcifer porque “é o nosso anjo de luz, que se rebelou contra o grande ditador que para nós é Deus”.
Além de oferecer trabalhos de magia negra, afirma que pode ensinar as pessoas como venderem sua alma a Satanás em troca de riquezas.
A inauguração do templo, que segundo ele foi construído com doações de satanistas do mundo inteiro, gerou grande polêmica na Colômbia. Contudo, uma vez que a igreja satânica cumpriu todos os requisitos legais, não pode ser impedida de atuar pois a constituição colombiana garante liberdade de culto.
Em declarações à imprensa, o pastor satanista salientou que “Lúcifer não tem absolutamente nada a ver com a figura do diabo que os cristãos acreditam”. Negou ainda que faça sacrifícios de animais ou humanos. Comparou a prática de sua igreja com os cultos cristãos, onde se canta louvores, fazem orações, pedidos, ensina-se a doutrina e desejam conquistar mais almas.
A Igreja católica da Colômbia emitiu um comunicado rejeitando esse tipo de culto. Em uma carta aberta, assinada pelo bispo Pablo Salas Anteliz Emiro e divulgada pela imprensa, pediu que os fiéis “vivam autenticamente a nossa fé e rejeitem qualquer forma de pecado e seduções enganosas do diabo”.
Também afirma estar preocupada com “a integridade das pessoas e especialmente as crianças, adolescentes e jovens de Quindio”. Ressalta que já pediu providências às autoridades, uma vez que a lei que regula a liberdade de religião na Colômbia, não inclui “atividades relacionadas ao estudo e experimentação de fenômenos psíquicos ou parapsicológicos e práticas mágicas ou supersticiosas”, como classificou o satanismo.

Blog do Ricardo Tristão: PIG censura que em 10 anos, redução da extrema pob...

Blog do Ricardo Tristão: PIG censura que em 10 anos, redução da extrema pob...: Acabamos de iniciar o ano de 2016 e sou obrigado a voltar ao velho tema da  censura  praticada cotidianamente pelo Partido da Imprensa Gol...

5 evidências científicas que dão sentido a episódios da Bíblia






























































Tem quem não acredite em nada que está escrito na Bíblia, há quem acredite cegamente no que ela diz... Independente de vínculos religiosos, cada vez mais evidências históricas e científicas são trazidas à tona. Confira cinco delas:
1- A física da Arca de Noé
Quatro alunos de física da Universidade de Leicester, na Inglaterra, decidiram investigar a possibilidade de a arca de Noé flutuar enquanto carregava um par de cada espécie animal. Para isso, no ano de 2014, os estudantes começaram a analisar de acordo com a física o passo a passo das instruções encontradas na Bíblia.
Primeiramente, o grupo converteu os cúbitos, medida utilizada na Bíblia, em centímetros, determinando que um do primeiro correspondia a 48 do segundo. Seguindo esse raciocínio, a arca teria 145 metros de comprimento, 24 metros de largura e 14 metros de altura.
Noé foi instruído a construir a arca com a “madeira de gofer” cuja densidade é parecida com a do cipreste, que foi utilizada pelos estudantes para realizar os cálculos. Com isso, eles descobriram que a arca vazia teria um peso de 1,2 milhão de quilos. Para flutuar, a densidade da embarcação teria que ser menor do que a da água.
Com base nessas pesquisas, os estudantes concluiram que a arca poderia carregar 51 milhões de quilos, ou seja, ela poderia ter carregado um casal de cada espécie animal existente na época de Noé.
2 - A pedra de Pôncio Pilatos
Enquanto escavava, em 1961, um teatro construído por Herodes, o Grandes, em Cesareia, em Israel, uma equipe de arqueólogos descobriu uma pedra. Ela possuia uma inscrição na lateral com os dizeres: “Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia, a dedica”. Essa foi a primeira evidência física da existência do personagem bíblico.

3 - O Reservatório de Siloé
No livro de João na Bíblia, após curar um cego de nascença, Jesus lava os olhos deste com as águas do Reservatório de Siloé. A comunidade acadêmica acreditava que João não estava fazendo uma referência a um local de verdade, e sim usando um conceito religioso para ilustrar a passagem. No entanto, em 2005, um grupo de encanadores encontrou a reserva de água na Cidade Velha de Jerusalém. “Encontramos o Reservatório de Siloé exatamente onde João disse que ele estava”, afirma James Charlesworth, especialista no Novo Testamento.
4 - A parede do rei Salomão
Segundo o primeiro livro dos reis, no Antigo Testamento, há o relato de que o rei Salomão ordenou a construção de uma muralha em Jerusalém. Em 2010, uma parte da construção foi encontrada durante uma escavação conduzida pela Universidade Hebraica de Jerusalém. A muralha possuia 70 metros de comprimento e 6 metros de altura e, além dela, foram escavadas uma guarita de segurança e uma torre.
5 - Cidadela da Primavera
Após 20 anos escavando a Cidade de Davi, principal sítio arqueológico de Jerusalém, foi descoberta a fortaleza “Cidadela da Primavera”. “A cidadela foi construída para salvar e proteger a água da Fonte do Giom dos inimigos que queriam conquistar as cidades, bem como proteger as pessoas que queriam beber água e voltar para a cidade”, afirma Oriya Dasberg, diretor de desenvolvimento da Cidade de Davi.
Os arqueólogos acreditam que essa é a mesma estrutura conquistada pelo rei Davi em passagem de Samuel e o mesmo local onde Salomão foi ungido rei.

CRISE? COPACABANA PALACE TEM UM DOS MELHORES RÉVEILLONS DA HISTÓRIA



Festa de réveillon do tradicional hotel carioca, que teve ingressos de até R$ 3.300 por pessoa, não ficava tão lotada há dez anos; um salão extra precisou ser montado para comportar os convidados; entre eles, o prefeito Eduardo Paes e celebridades como Zeca Pagodinho

Rio 247 – A crise que afetou o País ao longo de 2015 passou longe do Copacabana Palace, que há dez anos não tinha uma festa de réveillon com os salões tão lotados. E isso com ingressos de até R$ 3.300 mil por pessoa.

Foi preciso até abrir um salão extra para comportar todos os convidados. Entre eles, celebridades como Zeca Pagodinho e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que circulava de cadeira de rodas acompanhado da mulher – ele quebrou o pé na véspera.
"Estamos muito felizes, a festa está linda e temos pessoas do mundo todo por aqui", comemorou Andrea Natal, diretora-geral do hotel, segundo a coluna de Bruno Astuto, da Época.

Já e obrigatório o acordo ortográfico no Brasil!

por Simone Moraes

As regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa são obrigatórias no Brasil a partir de hoje (1º). Em uso desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são oficiais com a entrada em vigor do acordo, adiada por três anos pelo governo brasileiro.
Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de 2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1° de janeiro de 2016.
O Brasil é o terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as mudanças, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente as novas regras ortográficas.
Com a padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.
Alfabeto, trema e acentos
Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.
O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.
Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.
O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo.
Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes “éi” e “ói”), dando nova grafia a palavras como colmeia e  jiboia.
O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada).
A grafia correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), disponível no site daAcademia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para smartphones etablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo Google Play, e em dispositivos da Apple, pela App Store.

Fonte: EBC

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"A herança dos últimos 15 anos foi a ascensão dos excluídos"

Presidente do Ipea critica os vícios do pensamento brasileiro
por Miguel Martins — publicado 01/01/2016 04h05, última modificação 01/01/2016 08h02

Atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o sociólogo Jessé de Souza é conhecido pelo pensamento agudo e a argumentação desassombrada. Seu novo livro, A Tolice da Inteligência Brasileira, confirma essas características. Ao analisar o desenvolvimento do pensamento no e sobre o País, Souza não poupa ninguém, nem mesmo Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. Segundo ele, o pensamento culturalista brasileiro tornou-se um instrumento das elites para influenciar a classe média na demonização das instituições e da classe política, o que esconderia a verdadeira intenção da parcela mais rica do País: apropriar-se novamente do Estado brasileiro. 
Na entrevista a seguir, Souza também critica o conceito de nova classe média criado por seu antecessor no Ipea, Marcelo Neri. Os setores médios tradicionais, argumenta, possuem privilégios não materiais inacessíveis aos novos trabalhadores. Essa classe média tradicional, acrescenta, é um dos três pilares da atual “gramática do golpe”. Os outros dois são a mídia e a Justiça, que substituiu as Forças Armadas nesta aliança.
CartaCapital: No livro A Tolice da Inteligência Brasileira, o senhor critica a perenidade dos mitos nacionais. A busca dessa identidade teria reforçado preconceitos sobre o brasileiro ser corrupto, levar tudo “no jeitinho”, ser hospitaleiro e amável, entre outros estereótipos. Neste ano de recrudescimento conservador no País, os mitos estão mais fortes?
Jessé de Souza: Os jornalistas, os professores e os livros no Brasil ainda recorrem a intelectuais que moldaram nossa interpretação em torno dessas questões. São ideias equivocadas, não valem um vintém do ponto de vista científico, mas convencem e mandam no País. Sempre que um governo popular chegou ao poder, as elites recuperaram o pensamento culturalista formulado desde 1933.
CC: O ano do lançamento de Casa-Grande e Senzala.
JS: Exato. A genialidade de Gilberto Freyre foi interpretar o País em uma comparação com os Estados Unidos, o grande outro do Brasil. Ele valorizou o encontro de raças e o classificou como um encontro de culturas. Como sempre perdíamos na comparação com os norte-americanos, era preciso criar um mito positivo, algo que a população pudesse aceitar e incorporar. Formulou-se então um mito que valoriza nosso corpo, sentimento e sexualidade. Embora absurdo, tendemos a aceitar que os norte-americanos e os europeus representam o espírito, a racionalidade, são mais produtivos e confiáveis, não são corruptos. Em Freyre, isso ainda é ambíguo.
Quando Sergio Buarque de Holanda reproduz esse mito no homem cordial, acaba por absorver apenas a parte negativa do antecessor, ao opor o homem cordial brasileiro ao homem racional norte-americano. Para pintar o Brasil como o país do atraso, os conflitos reais têm sido postos na sombra em nome de uma disputa entre Estado e mercado que passa a ser incensada. Não existe esse conflito. Cria-se esse falso certame para silenciar a luta de classes, na qual quem monopoliza o conhecimento e domina o capital cultural são as elites e a classe média.
CC: Embora não se veja dessa forma, a classe média brasileira é privilegiada?
JS:  Sem dúvida. Apesar de não ter acesso ao capital econômico do 1% mais rico, a classe média tem uma herança invisível, como estímulos emocionais e a capacidade de concentração, algo que os pobres não têm. Muitos entram na escola como potenciais analfabetos funcionais, antes mesmo de sua trajetória escolar. O liberalismo defende que a escola pode resolver os problemas sociais. A questão não é, porém, apenas a qualidade do ensino, mas toda uma construção emocional, sentimental, de estar aberto ou não ao pensamento abstrato, ao cálculo, ao pensamento prospectivo. Nada disso é natural, é um privilégio. A classe média tem tempo para planejar sua carreira ao longo da vida. Por batalharem demais no presente, os trabalhadores precarizados não têm essa perspectiva. 
CC: Há uma crítica no livro à prevalência do economicismo nas análises de Marcio Pochmann e Marcelo Neri, seus antecessores no Ipea, sobre a ascensão social dos últimos anos. Esse foco excessivo na criação de empregos e na distribuição de bens materiais tem pago um preço neste momento de crise econômica?
JS: Esse é o ponto principal. Até 2010, só se falava em nova classe média. Passei a defender então o conceito de nova classe trabalhadora precarizada. Os trabalhadores tradicionais têm diminuído, enquanto o capitalismo financeiro ergue uma classe trabalhadora para suas próprias necessidades, não somente no Brasil, mas na China, na Rússia, em todos os locais onde há quem se disponha a fazer de tudo por muito pouco. E são esses precarizados que cresceram entre nós.
Os governos petistas não fomentaram a formação de uma nova classe média. Os batalhadores continuam sem qualquer privilégio de nascimento. A grande herança desses últimos 15 anos foi a manutenção desse processo de ascensão dos excluídos para uma classe trabalhadora, mesmo precarizada. Há inclusão no mercado, emprego formal e a possibilidade de investimento em educação para os filhos dos batalhadores. É preciso mudanças consequentes para se formar uma classe trabalhadora qualificada com alta produtividade, o grande desafio para o Brasil deixar de ser um exportador de matéria-prima. 
CC: Muitos dos novos trabalhadores têm ficado alheios à atuação sindical, e explicam sua ascensão social mais por méritos próprios ou pela intervenção divina do que pelo sucesso de políticas públicas. Isso fragiliza a base de apoio a um governo popular?
JS: Se a esquerda não construir uma alternativa, a única narrativa válida para os batalhadores será o pentecostalismo, que atrela em grande medida essa classe aos interesses de mercado. Isso não é, contudo, chapado. No Nordeste, essa classe percebe a relação da ascensão com os programas sociais, até porque lá a miséria anterior era muito maior. Sabem que devem a Lula. No Sudeste, a visão de que Deus ou o mérito pessoal foram mais relevantes é mais forte. Têm uma visão egoísta de mundo, atrelada a interesses de mercado. Essa própria classe não percebe quem são seus aliados políticos. O que mostra a pobreza de narrativa da própria esquerda. 
CC: Sobre as manifestações de junho de 2013, seu livro afirma que o dia 19 foi a grande virada, com a formação de um novo pacto conservador. Como o senhor interpreta a atual crise política em face desse pacto?
JS: Existe uma estrutura, uma gramática do golpe no Brasil. Ele mudou, modernizou-se, mas mantém a mesma estrutura. O golpe precisa do “bumbo” tocado pela imprensa conservadora, do suporte da classe média e de um elemento constitucional para dar a aparência de legalidade à captura da soberania popular. Nos governos democráticos de Getúlio Vargas e João Goulart, esse elemento eram os militares, pois a Constituição previa a intervenção das Forças Armadas em caso de desordem. Essa gramática modernizou-se: não está ancorada mais na botina do general, mas na toga da lei. O elemento constitucional atual são as agências de controle, a Polícia Federal, os juízes justiceiros, postos para além do bem e do mal. 
CC: Vivemos um momento crucial?
JS: É uma esquina da nossa história. Ou aprofundamos o que conquistamos nos últimos 15 anos, um processo abortado há 60 anos, ou voltamos a um Brasil governado para 20%, aquele erguido pelo golpe de 1964. 
*Entrevista publicada originalmente na edição 876 de CartaCapital, com o título "O demolidor"

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Presidenta Dilma sanciona lei que prevê plástica no SUS para mulher vítima de violência



Foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União a Lei 13.239, que dispõe sobre a oferta e realização, no Sistema Único de Saúde (SUS), de cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por violência contra a mulher.
O texto já havia passado pelo Senado e foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados em novembro deste ano, quando seguiu para sanção da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a lei, hospitais e os centros de saúde pública, ao receberem vítimas de violência, deverão informá-las da possibilidade de acesso gratuito à cirurgia plástica para reparação das lesões ou sequelas de agressão comprovada.
Ainda segundo o texto, a mulher vítima de violência grave que necessitar de cirurgia deverá procurar uma unidade de saúde que realize esse tipo de procedimento portando o registro oficial de ocorrência da agressão.
A lei prevê também que o profissional de medicina que indicar a necessidade da cirurgia deverá fazê-lo por meio de diagnóstico formal, encaminhando-o ao responsável pela unidade de saúde respectiva, para autorização.
Ao final, o texto prevê ainda a possibilidade de punição aos gestores que não cumprirem com a obrigação de informar as mulheres vitimadas sobre seus direitos.
Agência Brasil
FONTE: http://ptnacamara.org.br/index.php/component/k2/item/25862-presidenta-dilma-sanciona-lei-que-preve-plastica-no-sus-para-mulher-vitima-de-violencia

JANOT VAI ANALISAR APÓS RECESSO SE ABRE INQUÉRITO CONTRA AÉCIO



Senador tucano foi citado em delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, entregador do doleiro Alberto Youssef; também foram citados por ele os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP); os três casos serão analisados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apenas em fevereiro, após o recesso do Judiciário

247 – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai analisar após o recesso do Judiciário se deverá ou não abrir um inquérito para investigar os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Os três parlamentares foram citados na Lava Jato pela delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Rocha disse que Aécio recebeu R$ 300 mil em propina de um diretor da empreiteira UTC Engenharia.
A denúncia contra o tucano foi publicada nesta quarta-feira 30 na Folha de S. Paulo. Aécio afirmou em nota que a denúncia é absurda e irresponsável e que tem como objetivo desviar o foco das investigações, além de "constranger o PSDB".
Segundo o delator, Renan teria sido o destinatário de R$ 1 milhão, entregue entre janeiro e fevereiro de 2014, enquanto o senador do Amapá teria recebido R$ 200 mil. Os dois negam as acusações. Randolfe classificou a denúncia como "incabível"

Chance de ser atingido por um raio é 33 vezes maior do que ganhar na Mega-Sena



Ainda há tempo para apostar na Mega-Sena da virada, que vai pagar hoje ao ganhador mais de R$ 280 milhões. As casas lotéricas funcionam até as 14 horas. Contudo, é preciso saber que é quase impossível acertar as seis dezenas. Cálculos da Caixa Econômica Federal apontam que a chance de ganhar sozinho a loteria de final de ano é de uma em 50 milhões. Para se ter uma ideia, é 33 vezes mais fácil ser atingido por um raio do que receber o prêmio integral da Mega-Sena da Virada.Um acidente com raio tem probabilidade de 1 em 1,5 milhão de acontecer. Já na primeira bolinha 90% das pessoas caem, afirma o matemático Davi Castiel Menda, que fez um levantamento de probabilidades dos sorteios desde o primeiro concurso da Mega Sena, em 1996. Veja exemplos do que é mais fácil acontecer: Morrer num acidente de avião ? 1 chance em 2 milhões Ficar grávida de gêmeos quádruplos naturalmente ? 1 em 700 mil Ficar grávida de trigêmeos naturalmente ? 1 em 8 mil

 Fonte: Rádio Itatiaia

Retrospectiva 2015: relembre os fatos que marcaram o Brasil e o mundo

2015, o ano que o papa Francisco enfrentou seu maior desafio no comando da igreja


Papa Francisco teve ano complicado (Tiberio Barchielli/ Palazzo Chigi)

"Rezem por mim", suplicou o argentino Jorge Mario Bergoglio repetidamente durante a primeira semana de seu Pontificado, em março de 2013. O pedido, apesar de ser visto como um simples gesto de humildade do novo Papa - o primeiro latino-americano e com o nome de Francisco -, na verdade era uma sinalização do líder católico em busca do apoio que precisava para realizar as reformas que tanto queria dentro da Igreja.
Desde o início de seu Pontificado, Francisco deixou claro que abalaria as estruturas da Igreja e que não mediria esforços para reparar e reorganizar o que julgava necessário, desde as denúncias de pedofilia até a reforma da cúria e o funcionamento das organizações financeiras do Vaticano. No entanto, o seu jeito espontâneo de lidar com o público, seus discursos cativantes e as frequentes quebras de protocolo em eventos oficiais fizeram o mundo inteiro concentrar o olhar apenas na personalidade do Papa - e não no que ele estava promovendo no interior do Vaticano.
Quase três anos depois de sua eleição, ocorrida às pressas devido à histórica renúncia do papa Bento XVI, os efeitos das reformas de Francisco vieram à tona e provocaram o maior escândalo de sua gestão: o chamado "Vatileaks2", o segundo vazamento de documentos oficiais da Santa Sé (o primeiro ocorreu em 2012 e é considerado o estopim para a saída de Bento XVI do cargo). Uma das primeiras decisões de Francisco como líder católico, entre julho e agosto de 2013, foi a formação de comitês para análises de reformas econômicas e para supervisão de atividades financeiras da Santa Sé. As medidas foram adotadas em conjunto com uma série de novas normas contra lavagem de dinheiro, financiamentos ilícios e corrupção. Uma das principais comissões, a de Reforma Econômica-Administrativada Cúria, era composta por sete especialistas laicos e por um religioso, o padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, de 54 anos, que era secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos da Santa Sé e membro da Opus Dei.
Por um ano, o grupo se reportou diretamente ao Papa, aconselhando-o sobre assuntos econômicos e sobre como melhorar a transparência do Vaticano. Mas o que deveria ser apenas um passo para uma reforma nos organismos financeiros e nas contas do Vaticano, sobretudo no banco Instituto para as Obras de Religião (IOR), acabou se tornando a maior crise da gestão de Francisco até agora. Parte dos documentos redigidos pela comissão foi vazada e comprovou uma clara resistência de uma ala do purpurado ultraconservador às mudanças implantadas pelo Papa. Ao centro do escândalo está o próprio Vallejo Balda, junto com a italiana laica Francesca Immacolata Chaouqui, 33, uma das integrantes da comissão. Ambos foram presos preventivamente pelo Vaticano no mês passado por suspeita de vazamentos de relatórios confidenciais, em meio à publicação de dois livros na Itália inspirados nestes documentos.
"Avarizia" ("Avareza", na tradução do italiano) é assinado pelo jornalista Emiliano Fittipaldi e relata a constituição do império financeiro da Santa Sé, denunciando o gasto excessivo de membros da Igreja em passagens aéreas, imóveis, artigos de luxo e roupas, financiado com desvios de obras de caridade.
Já a obra "Via Crucis", do também jornalista Gianluigi Nuzzi, conta como Francisco tem encontrado dificuldades em realizar suas reformas. Em entrevista à ANSA, o teólogo e professor Fernando Altemeyer Júnior disse que "Francisco continua quixotescamente fazendo aquilo que precisava ser feito, enquanto outra ala da Igreja permanece lutando por seus privilégios". "Um dos maiores problemas da Igreja é que a cúria pensa que manda mais que o Papa. É como se o dragão se virasse contra o feiticeiro", comentou o especialista. Para o teólogo, apesar do escândalo dos vazamentos ser "um freio brutal" no projeto de Igreja idealizado por Francisco, seriam necessárias ao menos duas décadas para todas as reformas serem concluídas. "Francisco é apenas um 'turning point' na história", disse.
Além disso, Altemeyer afirmou que o mais novo episódio do vazamento está relacionado ao escândalo de 2012, "pois são as mesmas pessoas se opondo ao Papa, as mesmas resistências, o mesmo posicionamento da Opus Dei". "O Vatileaks foi uma facada nas costas de Bento XVI e contribuiu para sua renúncia. Francisco, certamente, poderá também renunciar, mas ele não é covarde e tentará primeiro completar suas reformas e suas 'limpezas'. Ele renunciará apenas se se sentir isolado e sozinho, ou quando não tiver mais forças físicas para aguentar o peso do cargo", analisou o especialista.
De acordo com Altemeyer, a tendência é que o Papa tente resolver o novo escândalo o mais rápido possível e se concentre em outros temas que são cruciais em seu Pontificado, como o meio ambiente, tema de sua encíclica "LaudatoSí". "Francisco não pode governar pensando somente em Roma. Precisa pensar no mundo todo e nos desafios", ressaltou.
Relembre o caso do Vatileaks1
Em 2012, cartas sigilosas que explicitavam divergências entre o então papa Bento XVI e o seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, levaram à prisão do mordomo italiano Paolo Gabriele. O caso ficou conhecido como "Vatileaks" e foi Nuzzi quem publicou os documentos, no livro "Sua Santidade: As Cartas Secretas de Bento XVI". Mesmo após ter concedido indulto ao mordomo, em dezembro de 2012, Bento XVI não conseguiu se livrar das consequências do vazamento e, devido também às suas condições debilitadas de saúde, anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013.

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