InfoPress

domingo, 24 de abril de 2016

``The Guardian`` A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment


Corrupção é só um pretesto para os ricos e poderosos que falharam em derrotá-la nas eleições.
























Ahistória da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.
Aliás, a maioria dos grandes grupos de mídia atuais – que aparentam ser respeitáveis para quem é de fora – apoiaram o golpe militar de 1964 que trouxe duas décadas de uma ditadura de direita e enriqueceu ainda mais as oligarquias do país. Esse evento histórico chave ainda joga uma sombra sobre a identidade e política do país. Essas corporações – lideradas pelos múltiplos braços midiáticos das Organizações Globo – anunciaram o golpe como um ataque nobre à corrupção de um governo progressista democraticamente eleito. Soa familiar?
Por um ano, esses mesmos grupos midiáticos têm vendido uma narrativa atraente: uma população insatisfeita, impulsionada pela fúria contra um governo corrupto, se organiza e demanda a derrubada da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, e do Partido dos Trabalhadores (PT). O mundo viu inúmeras imagens de grandes multidões protestando nas ruas, uma visão sempre inspiradora.




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Brazilian president Dilma Rousseff faces impeachment - video explainer

Mas o que muitos fora do Brasil não viram foi que a mídia plutocrática do país gastou meses incitando esses protestos (enquanto pretendia apenas “cobri-los”). Os manifestantes não representavam nem de longe a população do Brasil. Ao contrário, eles eram desproporcionalmente brancos e ricos: as mesmas pessoas que se opuseram ao PT e seus programas de combate à pobreza por duas décadas.
Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Rousseff seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.
O partido de Dilma, de centro-esquerda, conseguiu a presidência pela primeira vez em 2002, quando seu antecessor, Lula da Silva, obteve uma vitória espetacular. Graças a sua popularidade e carisma, e reforçada pela grande expansão econômica do Brasil durante seu mandato na presidência, o PT ganhou quatro eleições presidenciais seguidas – incluindo a vitória de Dilma em 2010 e, apenas 18 meses atrás, sua reeleição com 54 milhões de votos.
A elite do país e seus grupos midiáticos fracassaram, várias vezes, em seus esforços para derrotar o partido nas urnas. Mas plutocratas não são conhecidos por aceitarem a derrota de forma gentil, ou por jogarem de acordo com as regras. O que foram incapazes de conseguir democraticamente, eles agora estão tentando alcançar de maneira antidemocrática: agrupando uma mistura bizarra de políticos – evangélicos extremistas, apoiadores da extrema direita que defendem a volta do regime militar, figuras dos bastidores sem ideologia alguma – para simplesmente derrubarem ela do cargo.
Inclusive, aqueles liderando a campanha pelo impeachment dela e os que estão na linha sucessória do poder – principalmente o inelegível Presidente da Câmara Eduardo Cunha – estão bem mais envolvidos em escândalos de corrupção do que ela. Cunha foi pego ano passado com milhões de dólares de subornos em contas secretas na Suíça, logo depois de ter mentido ao negar no Congresso que tivesse contas no exterior. Cunha também aparece no Panamá Papers, com provas de que agiu para esconder seus milhões ilícitos em paraísos fiscais para não ser detectado e evitar responsabilidades fiscais.


É impossível marchar de forma convincente atrás de um banner de “contra a corrupção” e “democracia” quando simultaneamente se trabalha para instalar no poder algumas das figuras políticas mais corruptas e antipáticas do país. Palavras não podem descrever o surrealismo de assistir a votação no Congresso do pedido de impeachment para o senado, enquanto um membro evidentemente corrupto após o outro se endereçava a Cunha, proclamando com uma expressão séria que votavam pela remoção de Dilma por causa da raiva que sentiam da corrupção.
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Como o The Guardian reportou: “Sim, votou Paulo Maluf, que está na lista vermelha da Interpol por conspiração. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. ‘Pelo amor de Deus, sim!’ declarou Silas Câmara, que está sob investigação por forjar documentos e por desvio de dinheiro público.”
Mas esses políticos abusaram da situação. Nem os mais poderosos do Brasil podem convencer o mundo de que o impeachment de Dilma é sobre combater a corrupção – seu esquema iria dar mais poder a políticos cujos escândalos próprios destruiriam qualquer carreira em uma democracia saudável.
Um artigo do New York Times da semana passada reportou que “60% dos 594 membros do Congresso brasileiro” – aqueles votando para a cassação de Dilma- “enfrentam sérias acusações como suborno, fraude eleitoral, desmatamento ilegal, sequestro e homicídio”. Por contraste, disse o artigo, Rousseff “é uma espécie rara entre as principais figuras políticas do Brasil: Ela não foi acusada de roubar para si mesma”.
O chocante espetáculo da Câmara dos Deputados televisionado domingo passado recebeu atenção mundial devido a algumas repulsivas (e reveladoras) afirmações dos defensores do impeachment. Um deles, o proeminente congressista de direita Jair Bolsonaro – que muitos esperam que concorra à presidência e em pesquisas recentes é o candidato líder entre os brasileiros mais ricos – disse que estava votando em homenagem a um coronel que violou os direitos humanos durante a ditadura militar e que foi um dos torturadores responsáveis por Dilma. Seu filho, Eduardo, orgulhosamente dedicou o voto aos “militares de 64” – aqueles que lideraram o golpe.

Women carrying flowers take part in a demonstration against the impeachment process of Dilma Rousseff
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 Women carrying flowers take part in a demonstration against the impeachment process of Dilma Rousseff Photograph: Eraldo Peres/AP

Até agora, os brasileiros têm direcionando sua atenção exclusivamente para Rousseff, que está profundamente impopular devido a grave recessão atual do país. Ninguém sabe como os brasileiros, especialmente as classes mais pobres e trabalhadoras, irão reagir quando verem seu novo chefe de estado recém-instalado: um vice-presidente pró-negócios, sem identidade e manchado de corrupção que, segundo as pesquisas mostram, a maioria dos brasileiros também querem que seja cassado.
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O mais instável de tudo, é que muitos – incluindo os promotores e investigadores que tem promovido a varredura da corrupção – temem que o real plano por trás do impeachment de Rousseff é botar um fim nas investigações em andamento, assim protegendo a corrupção, invés de puni-la. Há um risco real de que uma vez que ela seja cassada, a mídia brasileira não irá mais se focar na corrupção, o interesse público irá se desmanchar, e as novas facções de Brasília no poder estarão hábeis para explorar o apoio da maioria do Congresso para paralisar as investigações e se protegerem.
Por fim, as elites políticas e a mídia do Brasil têm brincado com os mecanismos da democracia. Isso é um jogo imprevisível e perigoso para se jogar em qualquer lugar, porém mais ainda em uma democracia tão jovem com uma história recente de instabilidade política e tirania, e onde milhões estão furiosos com a crise econômica que enfrentam.
http://www.theguardian.com/commentisfree/2016/apr/22/razao-real-que-os-inimigos-de-dilma-rousseff-querem-seu-impeachment 

Grávida afirma receber sinal de Deus em seu ultrassom ao ver no exame a imagem de Jesus crucificado

Uma grávida acredita ter visto um sinal de Deus em seu ultrassom de gravidez.
Alexandra Meyer, de Evansville, em Indiana, EUA, mostrava o exame a amigos quando um deles notou algo na imagem que lhe chamou atenção.
Após tirarem uma fotografia usando um telefone celular, eles observaram mais atentamente e chegaram à conclusão de que se tratava da imagem de Jesus Cristo crucificado.
“Você pode ver o cabelo e as pernas cruzadas, e tudo mais”, afirmou a gestante. Ela acredita que o que viu era um sinal de que ficaria bem, pois recentemente havia tomado um medicamento para tratar a Doença de Crohn, uma condição inflamatória crônica do intestino.Alexandra Meyer, uma grávida de Evansville, EUA, acredita ter visto um sinal de Deus em seu ultrassom de gravidez: a imagem de Jesus Cristo crucificado.
Foto: 14news
A fotografia foi postada no Facebook por Alexandra e rapidamente se tornou viral. A mulher também levou a imagem à sua cidade natal para mostrar às pessoas que não possuíam conta na rede social.Foto: 14news
Desde então a avó de Meyer comprou um crucifixo para ser pendurar no berçário da criança, que se chamará Easton e que deverá nascer em junho deste ano.
Foto: 14news
Fonte: Metro

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Vídeo tenso mostra criança presa pela cabeça em grade de janela no apartamento de sua família

Um vídeo chocante mostrou o momento em que um menino ficou pendurado em uma janela de um prédio na China.
O menino, que não foi identificado, teve a cabeça presa em uma grade de metal do apartamento de sua família em Hebei, na China.
Ele foi salvo por três pessoas que o viram na situação e resolveram ajudar. Um dos homens subiu na grade do apartamento do andar debaixo para erguer a criança e colocá-la de volta em seu apartamento.
Não se sabe onde a família da criança estava durante o incidente.
Vídeo chocante mostrou o momento em que um menino ficou pendurado em uma janela de um prédio na China, preso apenas pela cabeça.

terça-feira, 19 de abril de 2016

ALOYSIO BLINDA CUNHA, DETONA OEA E DIZ QUE TEMER TAMBÉM PEDIU AJUDA AOS EUA

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) lhe telefonou na véspera da viagem para os Estados Unidos preocupado com a difusão do discurso de que "há um golpe em curso no país" e pedindo ajuda para desmontar a tese.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio afirma em entrevista à BBC Brasil que defenderá a legitimidade do impeachment em suas reuniões com as autoridades norte-americanas.
"Conversei pouco antes de vir com Temer, quando ele manifestou preocupação com esse tipo de orquestração promovida pelo governo brasileiro, que é profundamente lesiva aos interesses permanentes do país. Uma das coisas que nos distinguem de muitos desses Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e outros que concorrem conosco por investimentos internacionais é ser um país onde as instituições democráticas funcionam normalmente, os direitos são respeitados, a imprensa é livre, há segurança jurídica", disse o tucano.
Na entrevista, o senador critica o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. "Creio que o diálogo com esse senhor não resultará luz nenhuma. Ele se transformou num propagandista desta tese que o PT vem sustentando, de que há em curso um golpe no Brasil", afirma.
O tucano diz não ver problemas que o impeachment na Câmara tenha sido conduzido por Eduardo Cunha. "Ele tem essa função. É o presidente da Câmara e será presidente da Câmara até fim do ano.  O que está sendo julgado no impeachment não é o presidente da Câmara, é a presidente Dilma Rousseff. Ela cometeu delitos que são próprios da Presidência da República", ressaltou.
Ele ainda defende que o Brasil mude suas relações com outros países da América do Sul. "O PT, durante muito tempo, fez política externa baseado numa convicção de que os EUA eram uma potência decadente, um país imperialista, e era preciso então que o Brasil se alinhasse a um novo bloco. Isso levou a um desvirtuamento do Mercosul, que de bloco econômico visando a facilitar trocas comerciais e investimentos se transformou em plataforma política. E levou a um alinhamento com países como Venezuela, Equador, Bolívia, com prejuízos de interesses brasileiros. Nós queremos mudar isso. Os EUA têm de ser um grande parceiro nosso", afirmou.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

MAIOR REVISTA ALEMÃ DENUNCIA “INSURREIÇÃO DOS HIPÓCRITAS” NO BRASIL

A revista Der Spiegel, a maior da Alemanha, classificou a sessão da Câmara que aprovou o início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff como uma "insurreição de hipócritas".
Der Spiegel afirma que o Congresso brasileiro mostrou sua "verdadeira cara" e, com o uso de meios "constitucionalmente questionáveis", colocou o "avariado navio Brasil" numa "robusta rota de direita".
"A maior parte dos deputados evocou Deus e a família na hora de dar o seu voto. Jair Bolsonaro até mesmo defendeu, com palavras ardentes, um dos piores torturadores da ditadura militar", diz a revista, lembrando que tanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como o vice-presidente Michel Temer são alvos de investigações por corrupção.
A publicação diz também que os deputados que votaram a favor do impeachment vão cobrar postos no governo de Temer, caso ele assuma a Presidência da República, e que muitos deles esperam que, com a vitória da oposição, as investigações da Operação Lava Jato desapareçam.
Outro veículo semanal importante da Alemanha, o jornal Die Zeit, afirma que a votação na Câmara "mais parecia um carnaval" e que uma pessoa desavisada que visse a sessão não poderia ter ideia da gravidade da situação. "Nesse dia decisivo para o destino político da sétima maior economia do mundo, o que se viu foram horas de deputados aos berros, que se abraçavam, tiravam selfies e entoavam canções", relata o correspondente Thomas Fischermann.
Já o diário alemão Süddeutsche Zeitung destaca que "inúmeros parlamentares que impulsionaram o impeachment de Dilma são, eles próprios, alvos de processos por corrupção". O correspondente Benedikt Peters lembra que o processo contra Rousseff é controverso, e que o processo contra ela é considerado político. "Contra Dilma nenhum ato de corrupção foi provado."
O jornal espanhol El País também ridicularizou a sessão da Câmara que aprovou o pedido de impeachment de Dilma, dizendo que Dilma foi derrubada por "Deus" (leia mais).

A vitória dos corruptos e o elogio da tortura

Octavio Ribeiro, o "Pena Branca", foi o maior repórter policial da imprensa brasileira sem escrever uma linha. Enturmado com os malandros dos morros cariocas, quartel general dos bandidos da "época romântica", exímio conversador, bebia nas fontes mais quentes e, dono de um grande poder narrativo, contava suas histórias ao redator mais próximo, o que resultava nas reportagens que viravam manchete e que lhe deram fama – foi personagem do seriado "Plantão de Polícia", da TV Globo – e até um Prêmio Esso.
Outro segredo que só os mais chegados – aos quais chamava carinhosamente de "Piroca" – conheciam era a sua paixão pela cocaína, pelo "pó", que consumia em quantidades industriais, nariz adentro, a qualquer hora do dia ou da noite.
Quando, no entanto, era instado a responder publicamente sobre consumo e liberação das drogas, tinha posição definida: "Sou contra"!
Aos parceiros de vício, que não entendiam a aparente contradição justificava com a simplicidade mais deslavada do mundo: "Piroca, se liberarem para todos não vai sobrar para mim".
Eu me lembrei dele ao assistir ao desfile de notórios corruptos que anunciaram ontem, no microfone do plenário da Câmara dos Deputados seu voto "contra a corrupção". A lógica embutida no seu súbito acesso de moralidade era a mesma do "Pena Branca": "Se a corrupção aumentar, vai sobrar menos para mim".
Até mesmo os que nunca se corromperam no passado, nem corromper-se-ão no futuro, ao gritarem o "sim" ao impeachment, com a justificativa mais inocente, sem deixar de ser imbecil – "pelo meu filho", "pela minha família", "pelo meu gatinho de estimação" – entregaram o seu voto de bandeja ao réu por corrupção que, por uma dessas peculiaridades do nosso tempo estava presidindo a sessão "histórica" e que foi o maior vitorioso da noite.
Do mesmo modo, todos aqueles que soltaram rojões, estouraram champanhes, bateram panelas, entraram em êxtase na Avenida Paulista e arredores no momento em que a contagem chegou ao ponto de não-retorno fizeram reverência e se curvaram ao Sr. Corrupção que a tudo assistia sem mover um músculo do rosto, como só os psicopatas são capazes.
Mas nada disso sequer chegou aos pés da cena mais abominável da noite negra que se abateu sobre o país, mais uma vez.
Cabelo caído na testa, olhos saltando das órbitas, o deputado Jair Bolsonaro dedicou seu voto "sim" ao torturador-símbolo da ditadura, Carlos Alberto Brilhante Ustra, pisando nas vítimas que ele afogou nos banhos de sangue do DOI-Codi, dando ânsia de vômito em todas as pessoas de bem e de novo quebrando o decoro parlamentar, pela enésima vez, mas que não será a última se ele não for expurgado, finalmente, da Casa da Democracia com a qual não sabe e não quer conviver.

CUNHA PEDE PRESSA E RENAN NEGA: SEM ATROPELO

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta segunda-feira que não irá acelerar o rito do golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff.
"Vamos garantir o contraditório e o direito de defesa, respeitar o devido processo legal", afirmou Renan. "Pretendemos fazer isso com absoluta isenção e imparcialidade. Não podemos acelerar o processo de modo que pareça atropelo. Nem podemos demorar, de modo que pareça procrastinação".
Renan recebeu a visita do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tentou pressioná-lo, ao dizer que "a demora no processo é muito prejudicial ao país". "Hoje, o Brasil não tem governo, mas um meio governo. E isso não é bom para ninguém", afirmou Cunha.
Conforme adiantou 247 nesta manhã, Renan deve agir como o avesso de Cunha, no segundo tempo do impeachment (leia mais aqui).

DILMA: NÃO COMEÇOU O FIM. É SÓ O INÍCIO DA LUTA

A presidente Dilma Rousseff classificou como "violência contra a verdade, a democracia e o Estado Democrático de Direito" a aprovação do processo de impeachment na Câmara, nesse domingo, 18.
"Eu tenho ânimo forca e coragem suficientes para enfrentar essa injustiça. Eu não vou me abater, não vou me deixar paralisar por isso, não vão matar em mim a esperança. A democracia é sempre o lado certo da história. Não começou o fim, estamos no inicio da luta. Será muito longa e demorada, não envolve apenas o meu mandato. Não é por mim, mas é pelos 54 milhões de votos que eu tive. É uma luta pela democracia em nosso pais. Sem democracia, não há e não haverá crescimento econômico", disse a presidente.
"Pode parecer que eu esteja insistindo numa tecla só: mas os crimes que eles me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mime, e não foram caracterizados como atos criminosos. Os atos foram praticados baseados em pareceres técnicos, e não beneficiam a mim. Não é para que eu me enriqueça indevidamente. São praticados por todos os presidentes da República, baseado em toda uma cadeia de decisão. Ter a consciência tranquila Não os fiz ilegalmente. Pior, tenho certeza que sabem que é assim. Todos sabem. Não há contra mim nenhuma acusação de desvio de dinheiro", disse a presidente. 
Dilma ressaltou que não foi acusada de ter contas no exterior. "Por isso me sinto injustiçada. Porque aqueles que praticaram atos ilícitos que tem contas no exterior presidem a sessão que trata de uma questão tão grave como é o impedimento. Vejam que contra mim praticaram sistematicamente a tática do quanto pior, melhor. Pior pro governo, melhor para a oposição, e isso se expressa em pautas-bomba. Num quadro de problemas fiscais, inviabilizava a ação do governo", afirmou. 
"Essa situação só pode provocar em mim uma imensa sensação de injustiça, de que há uma violência no Brasil contra a verdade, a democracia e o Estado Democrático de Direito. Eu acredito que é muito ruim para o Brasil que o mundo veja, que a nossa jovem democracia enfrenta um processo assim. Se é possível condenar um presidente da República sem que ele tenha qualquer culpabilidade, o que é possível de ser feito contra o cidadão qualquer, que é aquele que todos nós somos", afirmou. 
"É inadmissível que um vice-presidente, no exercício do seu mandato, conspire contra a presidente. Abertamente. Em nenhuma democracia do mundo, uma pessoa que fizesse isso seria respeitada", afirmou Dilma sobre o vice Michel Temer. 

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