InfoPress

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Pânico na Globo e Globo News: Demissões em massa de jornalistas

Por Altamiro Borges*
Em protesto no final de 2016 por melhores condições de trabalho, jornalistas denunciaram as demissões que vêm ocorrendo na emissora.Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, há fortes temores de que uma nova onda de cortes atingirá os profissionais da TV Globo e da GloboNews. Vale a pena conferir a postagem abaixo.Após cortes, pânico toma conta do jornalismo da Globonews e da Globo

Por Ricardo Feltrin

Uma enorme insegurança abateu as equipes de jornalismo da Globo e da Globonews, no Rio e em São Paulo. As demissões de Luiz Ernesto Lacombe e Bianca Ramoneda, da Globonews, são apenas o começo de um processo de “reestruturação” no canal pago, e que provavelmente vai se estender não só aos demais canais da Globosat, mas até à própria Globo, segundo fontes ouvidas pela coluna nesta terça-feira (17). Lacombe e Ramoneda trabalhavam no Grupo Globo havia quase duas décadas e foram tomados de surpresa com a demissão repentina.

O caso de Ramoneda causou ainda mais surpresa, já que ela vinha preparando novos programas especiais “Ofício em Cena”, onde estrelas da dramaturgia nacional são entrevistadas na Globonews. E os cortes ainda devem continuar. Embora esteja longe de ter prejuízo, a expectativa do Grupo Globo é de queda nos lucros no balanço de 2016. Essa é a justificativa para a suposta necessidade de “ajustes” e “reestruturação”, como foi informado a funcionários na última segunda.

Na TV Globo, as equipes de jornalistas dos SPTV e RJTV primeira e segunda edição, por exemplo, já estão trabalhando no “osso” desde o ano passado. Muitas pautas chegam a ser descartadas simplesmente porque não há quem faça. O temor agora é que a Globo inicie um processo de corte de todos os contratos mais antigos no jornalismo, assim como tem feito na dramaturgia. Muitos jornalistas veteranos com contrato vencendo este ano estão em pânico, pois acham que emissora não fará a renovação”.

*****

A mesma informação – que pelo jeito não foi repassada à otimista Eliane Cantanhêde – foi confirmada por Keila Jimenez, do site R7. “Depois de não renovar contrato com Luís Ernesto Lacombe, a Globo dispensou uma das apresentadoras mais antigas da emissora, Bianca Ramoneda… A jornalista era muito conhecida pelo casting global, uma vez que já fazia entrevistas com estrelas da casa há muitos anos. A saída de Ramoneda e Lacombe (que deixou a Globo na semana passada após quase duas décadas) mostra que a dança de cadeiras no jornalismo da rede não acabou. Além da não renovação de contratos mais antigos, o canal está trocando seus correspondentes internacionais, dispensando a turma mais velha. Novas dispensas estão à caminho”.

A fortuna dos filhos do Marinho

A informação vem à tona na mesma semana em que a ONG Oxfam apresentou um estudo no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), revelando que os três filhos de Roberto Marinho estão entre as oito pessoas mais ricas do Brasil. A fortuna acumulada por estes ricaços em 2016 foi estimada em R$ 285,8 bilhões – equivalente à “riqueza” de mais de 100 milhões de brasileiros. Completam a lista dos mais ricos no país: Jorge Paulo Lemann (dono da Ambev, Budweiser, Burger King e Heinz); Joseph Safra (dono do banco Safra); Marcel Herrmann Telles (sócio da Lemann); Carlos Alberto Sicupira (outro sócio de Lemann); e Eduardo Saverin (cofundador do Facebook).

Já cada um dos filhos de Roberto Marinho – João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu – são donos de um patrimônio avaliado em R$ 13,92 bilhões. Na soma, a fortuna da famiglia Marinho atinge quase R$ 42 bilhões. Não dá para alegar falta de grana aos demitidos e arrochados funcionários do império global. E, mesmo assim, ainda tem jornalista que chama o patrão de companheiro. Eliane Cantanhêde nem vacila em saudar o “clima de otimismo da economia” e defender o Judas Michel Temer, que só chegou ao poder graças ao “golpe dos corruptos” protagonizado pelos seus patrões.

*Altamiro Borges é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

EUA devia ao Brasil em 2015, 256 bilhões de dólares, será que Temer e Serra cobrarão?

Dados do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos apontam que o Brasil terminou dezembro de 2014 com US$ 256 bilhões aplicados em títulos públicos do governo norte-americano. Montante aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2013 e põe o Brasil como o quarto maior credor individual da dívida pública americana; ranking dos maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA é liderado pela China, que tem US$ 1,244 trilhão aplicados em títulos americanos.247 – Dados do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, divulgados recentemente, apontam que o Brasil terminou dezembro de 2014 com US$ 256 bilhões aplicados em títulos públicos do governo norte-americano. Montante aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2013 e põe o Brasil como o quarto maior credor individual da dívida pública americana.O ranking dos maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA é liderado pela China, que reduziu o volume de US$ 1,244 trilhão em dezembro de 2014, ante US$ 1,270 trilhão no final de 2013. Depois da China, aparecem Japão e Bélgica.

O Brasil passou a ganhar destaque como um dos maiores financiadores do mundo dos EUA quando as reservas internacionais do País começam a crescer. Atualmente elas estão em US$ 372 bilhões. Parte destes recursos estão aplicados em papéis norte-americanos, considerados os mais seguros do mundo.

Segundo o blog do Altamiro silva, com exceção da China, os estrangeiros aumentaram as compras de títulos do Tesouro dos EUA no ano passado. O estoque de papéis detidos no exterior fechou dezembro em US$ 6,154 trilhões, um crescimento de 6,2% em 12 meses. O Japão foi um dos países que aumentou seu estoque, em 4%, para US$ 1,231 trilhão.

Economistas destacam que a queda dos rendimentos dos títulos públicos na Europa, sobretudo em países como a Alemanha, ajudou a atrair recursos externos para os EUA, principalmente em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai elevar os juros este ano, no primeiro aumento nas taxas desde 2006.

O aumento do interesse dos estrangeiros pelos Treasuries dos EUA tem feito o dólar se valorizar ante as principais moedas do mundo. Para os economistas do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, a tendência é que a moeda norte-americana continue forte nos próximos meses.

Clique aqui para ler mais.

MBL: Maior parte dos 8 mais ricos do mundo é de esquerda. Nenhum é de direita"

Senador Lindbergh: "Aquele momento em que você toma um susto e descobre que as definições de picaretagem e indigência intelectual foram atualizadas. O MBL - Movimento Brasil Livre ganhou o troféu de post mais patético da semana!"Como tem tanta gente que leva esse grupo a sério?

Presidente do FMI diz que governo Temer/PSDB massacra os pobres

Presidente do FMI contradiz Meirelles e afirma que prioridade deve ser combate à desigualdade social

Marina Wentzel, de Basiléia (Suíça) para a BBC Brasil. Após ouvir o ministro da Fazenda brasileiro, Henrique Meirelles, defender a necessidade de adotar amargas reformas, como o governo Michel Temer tem feito no país, a presidente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde afirmou nesta quarta-feira que a prioridade das políticas econômicas precisa ser o combate à desigualdade social.O comentário de Lagarde ocorreu durante a participação de ambos em um painel do Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça.

Questionado pela moderadora sobre como convencer a classe trabalhadora a aceitar reformas que exigirão dela “grandes sacrifícios”, Meirelles havia dito que o Brasil, diferentemente dos países ricos, não tem a tradição de uma classe média sólida, o que tornaria necessário o pacote de medidas – que inclui a instituição de teto para os gastos públicos, afetando áreas como saúde e educação.

“Nos países em desenvolvimento temos uma dinâmica diferente, não temos uma história de classe média crescente ou grande parte da população sendo classe média, como é nos países desenvolvidos. Isso é um fenômeno recente no Brasil”, afirmou o ministro.

“Nos últimos quinze anos, vimos a proporção da classe média na população dobrar. E isso aconteceu ao longo da última décadaPor causa da recessão que vimos nos últimos anos, essa dinâmica se inverteu, mas isso é um problema de curto prazo”, disse Meirelles.

Lagarde respondeu na sequência.

“Não sei por que as pessoas não escutaram a mensagem (de que a desigualdade é nociva), mas certamente os economistas se revoltaram e disseram que não era problema deles. Inclusive na minha própria instituição, que agora se converteu para aceitar a importância da desigualdade social e a necessidade de estudá-la e promover políticas em resposta a ela”, afirmou a francesa.

Desigualdade no foco

Meirelles também havia argumentado que os problemas brasileiros são recentes.

“Isso se deve à recessão dos últimos anos e está afetando a classe média e, em particular, a de baixa renda. Em resumo, a saída para uma economia como a brasileira é voltar a crescer de novo, criando empregos novamente e se modernizando abrindo o mercado de forma a se tornar mais eficiente”, afirmou.

“Estamos em um outro momento do que as economias ricas. Estamos estabelecendo a classe média, fazendo ela crescer com a abertura da economia”, defendeu.

Em sua fala, porém, Lagarde destacou que a desigualdade social precisa estar no centro das atenções dos economistas se eles quiserem um crescimento sustentável e, como consequência, uma classe média forte.

“Nosso argumento é de que, se há excesso de desigualdade, isso é contraprodutivo para o crescimento sustentável ao qual os membros do G-20 aspiram”, disse.

“Se quisermos um pedaço maior de torta, precisamos ter uma torta maior para todos, e essa torta precisa ser sustentável. O excesso de desigualdade está colocando travas nesse desenvolvimento sustentável”, afirmou, retomando a mensagem central do discurso de abertura que fez no Fórum de 2013.

Desemprego e Quarta Revolução Industrial

Um estudo do próprio FMI de 2013, assinado pelos especialistas Jaejoon Woo, Elva Bova, Tidiane Kinda e Y. Sophia Zhang, aponta que políticas de controle de gastos públicos resultam na geração de desemprego a curto prazo, o que contribui para a contração da classe média e o aumento do fosso social entre ricos e pobres.

O estudo mostra que pacotes de ajustes fiscais como o adotado pelo Brasil podem ter resultados adversos, dependendo das estratégias escolhidas na gestão pública.

“Pacotes de cortes nos gastos públicos tendem a piorar mais significativamente a desigualdade social, do que pacotes de aumentos de impostos”, afirma o levantamento.

O documento de 2013 revisou políticas de ajuste fiscal executadas durante os últimos 30 anos por países desenvolvidos e em desenvolvimento.

A conclusão foi de que o primeiro reflexo de cortes nos gastos públicos é um aumento do desemprego e consequente aumento da desigualdade social, indicador medido pelo índice Gini – um coeficiente Gini 0 representa a plena igualdade, enquanto que 1 é o máximo de desigualdade.

Na média, um corte nos gastos da ordem de 1% do PIB gera aumento de 0.19 ponto percentual no nível de desemprego durante o primeiro ano, enquanto o aumento da desigualdade no índice Gini oscila de 0,4% a 0,7% nos dois primeiros anos, afirma o estudo.

Em termos amplos, é o desemprego gerado pelo corte nos gastos o grande vilão.

“De forma aproximada, cerca de 15% a 20% do aumento de desigualdade social por conta de pacotes fiscais ocorrem por causa do aumento de desemprego”, diz o relatório.

Políticas públicas

No debate em Davos, Lagarde recomendou a escolha cautelosa de políticas públicas no contexto da quarta revolução industrial, de modo que governos como o do Brasil não olhem apenas para os desafios imediatos da globalização, mas se preparem para o futuro de longo prazo.

“Estamos agora em um momento muito oportuno para colocar em prática as políticas que sabemos que irão funcionar (…) Um momento de crise, como o ministro (Meirelles) disse, é o momento de avaliarmos as políticas que estão em ação, o que mais podemos fazer, que tipo de medidas tomamos para reduzir a desigualdade social?”, questionou a presidente do FMI.

“Qual tipo de redes de apoio social temos para as pessoas? Qual o tipo de educação e treinamento que oferecemos? O que temos em ação para responder não apenas à globalização, mas às tecnologias que irão descontinuar e transformar o ambiente de trabalho no longo prazo?”, acrescentou.

“Há coisas que podem ser feitas: reformas fiscais, reformas estruturais e políticas monetárias. Mas elas precisam ser graduais, regionais, focadas em resultados para as pessoas e isso provavelmente significa busca uma maior distribuição de renda do que há no momento”, reforçou Lagarde.

À BBC Brasil o professor e ex-ministro do Planejamento e do Trabalho Paulo Paiva afirmou que a produtividade é o grande desafio que o Brasil tem pela frente para a retomada do crescimento e, a julgar pela história recente, os ventos demográficos não estão a favor do país.

“O crescimento econômico é composto de crescimento da força de trabalho e da produtividade. Tivemos dois períodos distintos na nossa história recente: de 1950 a 1980 e de 1980 até hoje”, introduziu.

“De 1950 a 1980 a economia brasileira cresceu a uma taxa média de 7% ao ano. Se eu decompor esse número em crescimento da força de trabalho e ganho de produtividade, houve um aumento de 2,8% do PIB por causa da população e 4,2% de ganho de produtividade, que inclui melhor qualificação do trabalhador e ambiente de trabalho.”

“De 1980 pra cá, decompondo o crescimento da mesma forma, 0,9% se de deu pelo aumento da população e 1,5% pelo ganho de produtividade. Então isso dá 2,4% de crescimento médio anual do PIB”, acrescentou.
“O problema é que a partir de 2015-30 a população não vai mais crescer, então se o Brasil não fizer nada (para aumentar o ganho de produtividade) está fadado a um crescimento de 1,5% ao ano. Essa é a visão mais dramática que temos pela frente e você pode imaginar o impacto dessa quarta revolução industrial numa situação dessa.”

Vendendo o Brasil

Depois do painel, Meirelles participou de entrevista coletiva em conjunto com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

No encontro com a imprensa, ele buscou vender a ideia de que o Brasil está em plena recuperação – e de que é um bom momento para investidores estrangeiros aportarem no país.
O ministro reforçou que as reformas da Previdência e trabalhista irão permitir ao Brasil se beneficiar ainda mais da globalização.

“No caso dos emergentes, a globalização foi definitivamente positiva. No caso do Brasil especificamente, o que precisamos fazer é reformar a economia para obtermos maiores vantagens da globalização, porque esse não foi o caso até o momento”, afirmou.

“O crescimento brasileiro no passado foi muito baseado no mercado doméstico. Temos que aproveitar melhor a globalização como outros emergentes o fizeram, e estamos caminhando nessa direção.”

O Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, fez questão de apontar que o Brasil têm reservas da ordem de 20% do seu PIB e deverá utilizar esse recurso para manter as taxas cambiais dentro do esperado, amortecendo qualquer ataque ou volatilidade inesperada em relação ao real.

Exposto por Dória, sem teto espera almoço que prefeito prometeu em cena

DCM- A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) fica na Rua Libero Badaró, a poucos metros da Prefeitura de São Paulo.Ali em frente vive o mendigo Gerson, de 41 anos, que ficou famoso após estrelar umapublicação do prefeito João Doria Jr. no Facebook.Doria passava pela área, viu Gerson e achou que a cena renderia. Câmeras flagraram o “encontro”. Sua equipe fez o resto do serviço.

O nome de sua filha foi citado. “A mãe dela a proibiu de ver o pai por conta do alcoolismo”, lê-se.

O post de 13 de janeiro teve 186 mil curtidas e mais de 40 mil compartilhamentos na rede. Um público equivocado de esquerda pagou mico inventando que ele era “fake”, alguém fantasiado. A realidade é pior.

Gerson não autorizou o uso de sua imagem como peça de propaganda política. Ele contou ao DCM que não gostou do comportamento de Doria, do assédio da mídia e de como a fotografia foi divulgada sem o seu consentimento.

“Quando o prefeito passou por aqui, eu pedi pra ele parar de tirar os moradores de rua. Eu tava bravo porque o ‘rapa’ tava levando os cobertores de todo mundo. Mas, depois, ele disse que me ajudaria”, afirma.

“Nunca pedi nada pro Doria. Só peço dinheiro sempre porque vivo na rua, como peço agora pra você. Ele prometeu almoçar conosco, algo que não cumpriu até agora”.

Gerson possui problemas psiquiátricos e recebe tratamento. “Estou bem melhor hoje porque tenho assistência”, declara.

Tem dois amigos. Um deles é Paulo César Vieira Sousa, que foi também fotografado por Doria sem camisa e ilustrou uma reportagem da Veja sobre doações de sabonete e xampu a abrigos. O outro é o senhor Natalino, o “Natal”.


Paulo César
“Foi só a foto girar na internet que vieram a Globo, o SBT e a Veja aqui. Só que nenhum deles ouve direito a história e chegaram a divulgar que eu era um mendigo falso. Dividimos a comida e temos ajuda da Secretaria de Direitos Humanos”, comenta.

“Eu poderia processar o prefeito por ter tirado foto sem a minha autorização. Mas não vou fazer isso. Dá muito trabalho”.

No Facebook, Doria elogia uns tais “Espaços Vida, que vão ajudar o Gerson e as mais de 16 mil pessoas que vivem nesta situação a terem oportunidades de uma vida mais digna”. Um factoide.

Há um pedido da Secretaria de Direitos Humanos para que o retrato seja retirado do Facebook por causa da exposição indevida de uma pessoa em situação de rua.

A Secretaria de Comunicação teria concordado, mas a imagem continua na rede social. A tramitação do requerimento está emperrada por conta da transição da gestão Haddad para a atual. A equipe de DH deve ser substituída em breve.

Ainda que o apelo de Direitos Humanos chegue ao gabinete do prefeito, é pouco provável que ele seja respeitado. O estilo populista de Doria é baseado nesse tipo de estratégia barata, de vale tudo eleitoreiro.

Os amigos Paulo César e Natal reclamaram que a prefeitura não foi ajudá-los com as chuvas recentes na cidade. “Não fizeram nada por nós ainda. Eu tomei banho é na chuva”.

CIA libera milhares de documentos sobre o Brasil na internet

Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) liberou na internet documentos secretos que mencionam o Brasil. São mais de 11 mil arquivos que fazem parte de uma leva de 13 milhões de páginas.Em agosto de 2016, a agência já havia divulgado milhares de documentos sobre ufologia. Os relatórios traziam detalhes sobre investigações realizadas durante as décadas de 1940 e 1950 e abordam relatos de aparições de objetos voadores não-identificados (UFOs, em inglês).Os arquivos sobre o Brasil foram produzidos entre 1940 e 1990 e usam telegramas, análises e matérias de jornal para acompanhar a situação do país. Um relatório "especial" de 1970, por exemplo, mostra que a agência simpatizava com o militar, Emilio Garrastazu Médici, classificando as denúncias de tortura no país como "alegados casos".

Um dos documentos produzido em 1986, ressalta o esforço que o PT estava realizando para deixar de ser "apenas um partido operário" e conquistar novos eleitores, criando uma base de militância. O relatório revela ainda que Luis Inácio Lula da Silva estava reforçando suas relações com o líder cubano Fidel Castro, de quem era grande admirador. 

Os papeis mostram ainda um interesse em produzir armas no Brasil. Um documento de 1988 analisa a criação de uma empresa de fabricação de mísseis, a Orbita, "apoiada por governo e militares". 

Confira os arquivos completos aqui.

(Com informações de Folha de S. Paulo)

Confira também, Aécio Neves: O vídeo que está chocando a internet. 


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Vídeo :Geoffrey Robertson diz que Sergio Moro é parcial e está “fora de controle”

Justificando conversou com Geoffrey Robertson, advogado australiano que defende o caso do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na ONU e já atuou em casos de repercussão mundial, como na defesa do ativista Julian Assange, na acusação contra a Turquia pelo genocídio armênio e contra o tráfico internacional de armas por Israel para o cartel de Medellin, na Colômbia .
Para Robertson, são várias violações de direitos humanos cometidas pelo juizSergio Moro no processo de Lula, como o grampeamento de ligação de telefoneque foram divulgadas na mídia, além da postura de criar uma expectativa de culpa no ex-presidente.
Isso é ilegal, esse é um juiz que está fora de controle. Além disso, todos merecem um julgamento imparcial e justo. Moro e todos os procuradores da Operação Lava Jato estão acusando Lula de ser culpado há um ano, eles não estão sendo imparciais”, afirma. Para ele, Moro está muito envolvido com o processo investigativo e a grande imprensa condena Lula em suas manchetes, com uniforme de de presidiário, por exemplo.
A parcialidade de Sergio Moro se expressa com a permissão destes aspectos ilegais que vêm ocorrendo no processo de investigação de Lula, mas que por outro lado o reforça como um ‘grande combatente da corrupção’. “Eu vim para o Brasil e não pude acreditar que esse juiz está nas capas de jornal, parecendo o Eliot Ness, o grande bastião da corrupção. Ele se coloca por aí como um grande inimigo de Lula”, diz.
Robertson destaca a necessária distinção entre juiz investigador e juiz que julga a causa, como é feito em várias países do mundo. Ao contrário disso, Moroinvestiga e julga, portando-se como investigador/promotor e se distanciando da necessária sobriedade para julgar a causa.
Outro ponto destacado é a atuação dos procuradores da república, que se valem da mídia para criar uma expectativa de culpa em Lula. Além disso, aceitam prêmios internacionais por processos em andamento, vangloriando da perseguição ao ex-presidente.
Para ele, em razão do fato de Lula ser reconhecido internacionalmente, o mundo espera um julgamento justo. Isso não significa que ele não é corrupto ou que não deva ser investigado, diz o advogado, mas a forma como o julgamento é conduzido pelo juízes e pelos procuradores é fundamental para a imagem do país no estrangeiro.
Na defesa da ONU, o advogado enfatiza que caso haja uma condenação que diga que o processo de Lula violou direitos e foi ilegal, é dever político do país reverter a situação, uma vez que assinou o tratado e o ratificou em processo legislativo nacional.

A prisão de Guilherme Boulos é uma ameaça para quem pretende resistir

Pragmatismo Politico- O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Guilherme Boulos foi detido pela Polícia Militar na manhã de hoje (17), após ação de reintegração da Ocupação Colonial, na região de São Mateus, zona leste de São Paulo. A PM alegou desobediência para justificar a prisão. Arbitrariamente, também citou a participação de Boulos em atos contra o governo Temer."Temos horas de filmagens suas de outras manifestações e ocupações e sabemos que você é liderança, você está detido por desacato, obstrução da via, obstrução da justiça e incitação de violência”, disse um integrante da Tropa de Choque, em fala colhida pelo coletivo Jornalistas Livres. Ele foi levado ao 49º DP, onde presta depoimento.Em nota, o MTST afirmou ser “absurda” a detenção de Boulos, que tentava buscar uma solução que evitasse o conflito. “Foi uma detenção absolutamente ilegal. Ele estava na tentativa de interceder para evitar o conflito. O MTST não tem atuação na região. O Guilherme tentava apenas mediar. Nada mais”, disse Felipe Vono, advogado do MTST.

As cerca de 700 famílias da Ocupação Colonial queriam o adiamento da reintegração para que pudessem ser inscritas em programas de habitação da prefeitura. Uma ação do Ministério Público que também pedia o adiamento foi ignorada pela PM, antes mesmo de ser apreciada pela Justiça.

“Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajuda-los”, diz o MTST, que também denuncia a perseguição política aos movimentos sociais.


Prisão política
Ainda detido, Boulos afirmou que sua prisão foi política. “Foi uma prisão política, evidente. Alegaram incitação à violência. Eles despejam 700 famílias com violência, e eu que incitei?”, questionou o líder do MTST, que prestou depoimento, assinou termo de responsabilidade e foi liberado por volta das 15h.
Inaceitável

A presidenta destituída Dilma Rousseff afirmou em seu perfil no Facebook que a prisão de Guilherme Boulos é inaceitável.

“Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação”, diz Dilma. “Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso. Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo.”

A atriz e ativista Letícia Sabatella também manifestou, por meio de sua rede social, apoio às famílias da Ocupação Colonial, na região de São Mateus, zona leste de São Paulo, e ao líder do MTST. Sua mensagem faz referência ao fato de as lutas populares em defesa de direitos e de acesso à cidadania são mecanismos de combate à escalada de violência decorrente das desigualdades. “Três mil sem ter para onde ir. Quantas sobreviveriam longe da criminalidade se não estivessem em um movimento que que lhes dá suporte?”, escreveu. “Todo apoio ao MTST e a Guilherme Boulos.”


Recado do Estado
Para Leonardo Sakamoto, jornalista e Doutor em Ciência Política, a prisão de Boulos é um recado do Estado a quem quiser resistir. “Daqui para a caça aberta nas ruas, escolas e empresas é um pulo”, diz Sakamoto, em texto publicado em seu blog no UOL. Leia a íntegra abaixo:

A acusação de que Guilherme Boulos incita ao crime por mediar uma reintegração de posse e sua detenção são tão bizarras quanto as ações que foram movidas contra o coordenador do MTST por ter afirmado que parte da sociedade iria resistir nas ruas às reformas que reduzem direitos propostas pelo governo Michel Temer.

A Polícia Militar de São Paulo deteve Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na manhã desta terça (17). Ele dava apoio a cerca de 700 famílias em uma reintegração de posse na ocupação ”Colonial”, em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.

Boulos tentava mediar, junto com outras pessoas, o diálogo entre os moradores e a Tropa de Choque e foi acusado de incitação à violência e desobediência. ”Cometem a violência de despejar 700 famílias e eu que sou preso por incitação à violência?”, afirmou Boulos a este blog. Um comandante da polícia militar que participava da reintegração afirmou que o caso de incitação à violência era uma reincidência e citou manifestações realizadas com a participação de Boulos perto da casa de Temer.

Levado para o 49o Distrito Policial, em São Mateus, ele foi ouvido pelo delegado e, até a publicação deste post, não havia sido solto. A PM afirmou, em nota, que atendeu a uma solicitação de apoio aos oficiais de Justiça e que moradores resistiram à reintegração de posse com pedras, tijolos e barricadas com fogo.

Resistência significa utilizar os meios possíveis e ao alcance de cada um para demonstrar sua insatisfação. Isso ocorre com as elites econômica e social brasileiras, que não fazem de rogadas ao usar recursos financeiros para fazer valer sua vontade. Mas quando trabalhadores e movimentos sociais prometem resistência, ocupando ruas, avenidas e outros espaços, a ação vira caso de polícia? Onde o pessoal acha que está? Ou quando gostaria que estivéssemos? No Brasil do final do século 19 ou em plena ditadura civil-militar?

A criminalização da resistência de apenas um dos lados mostra o quanto os atores de nosso sistema político são incapazes de entender o que é, de fato, uma democracia. Chamar de violenta toda forma de resistência com a qual não concordamos é, no mínimo, infantil. Como, por exemplo, mostrar resistência diante de uma injustiça, como aquela que ocorre quando se retira centenas de famílias em um dia de chuva, sem saberem para onde ir, nem como.

Dessa forma, ao que tudo indica, a detenção de Guilherme Boulos não ocorre por sua atuação na mediação da manhã desta terça, mas por seu papel na resistência social e política brasileira. Sua voz tem sido uma das principais nas críticas ao governo Michel Temer, assim como também era durante o governo Dilma Rousseff. Ou seja, essa é sim uma prisão política.

Por isso, é preciso calá-lo ou reduzir sua credibilidade. Para que a narrativa da criminalização de movimentos sociais seja efetiva na mídia, nas redes sociais, nos espaços políticos. Narrativa que quer inverter os sentidos das palavras e transformar resistência popular em ameaça à democracia e à governabilidade.

Boulos é liderança do principal movimento social de massa deste país em termos de centralidade da pauta, capacidade de mobilização e visão de atuação hoje. Um movimento com uma agenda antiga, mas com uma equipe que sabe se comunicar e influenciar a disputa simbólica da narrativa, pela mídia, pelas redes sociais.

E vem exatamente do posicionamento crítico adotado contra a administração federal anterior o respeito de vários setores da esquerda para com o movimento e com ele. Esse respeito e essa capacidade de mobilização, que conseguem colocar dezenas de milhares de militantes nas ruas quando preciso, assusta muita gente.

Que prefere vê-lo preso do que articulando ou em cima de um caminhão de som.

Essa seria uma forma do poder público de São Paulo, mas não apenas ele, dar um ”recado” aos movimentos sociais, de acordo com fontes ligadas a ele ouvidas por este blog. Daqui para a caça aberta nas ruas, escolas e empresas é um pulo. Esse tipo de ação é uma amostra do que está acontecendo com parte da esquerda brasileira, com um macarthismo à brasileira se instalando aos poucos, como ação sistemática de limpeza ideológica. Já vimos, aqui e ali, a perseguição a quem usa roupas vermelhas e a agressão em espaços públicos contra quem defende determinado ponto de vista. Até o juramento de Hipócrates foi rasgado por médicos que acham normal não prestar atendimento a alguém que não compartilha da mesma opinião política que eles.

Daqui para a caça aberta nas ruas, escolas e empresas é um pulo.

Apesar de conquistas sociais obtidas na última década, o governo do PT não atendeu às pautas históricas propostas pelos movimentos sociais – o que, como já disse aqui, não seria nenhuma ”revolução”, mas melhoraria a vida de milhões de brasileiros que se mantêm excluídos. Pelo contrário, em nome da ”governabilidade” fez alianças espúrias, apoiando forças econômicas e políticas que eram contrárias a esses interesses populares, ignorando o suporte oferecido por esses mesmos movimentos para um mandato que significasse uma mudança de paradigma.

E o Brasil sob Michel Temer só piora esse quadro, com o desmonte do simulacro de Estado de bem-estar social que temos por aqui por conta da Constituição Federal de 1988 e por décadas de lutas do sociais.

Todos os movimentos sociais sabem o que é serem considerados criminosos simplesmente por lutarem pelos direitos que lhes são garantidos pela Constituição. Sabem o que é levar cacete por representar o que está em desacordo com a visão hegemônica de ”progresso” e crescimento econômico, seja no campo ou na cidade. E ainda guardam na memória as cicatrizes deixadas pelo passado, temendo que voltem a ser caçados dependendo do clima político do país.

Você pode não gostar de Guilherme Boulos. Mas, se preza pela liberdade, deveria repudiar a sua criminalização e dos movimentos sociais populares, da mesma forma que deve ser repudiada a criminalização de qualquer liderança social, de direita ou esquerda.

Pois, hoje é com ele. Depois, com uns sindicalistas, operários, padres, jornalistas…

Amanhã, quem sabe, não vai ser com você?

No Brasil, seis pessoas têm fortuna igual a 100 milhões de brasileiros pobres

247-Relatório da ONG Oxfam aponta que os seis homens mais ricos do Brasil possuem uma fortuna equivalente ao registrado pela metade da população mais pobre do país, cerca de 100 milhões de pessoas.Na lista dos mais ricos estão o sócio da Ambev, Jorge Paulo Lemann, o dono do banco Safra, Joseph Safra, outros dois sócio da Ambev Marcel Hemann Telles e Carlos Alberto Sicupira, o cofundador do Facebook, Eduardo Saverin, além do herdeiro do grupo de comunicações Globo, João Roberto Marinho.Segundo a Oxfam, que utilizou dados da revista Forbes e um relatório do banco Credit Suisse para elaborar o levantamento, a fortuna acumulada por estes empresários chega a US$ 79,8 bilhões.

O levantamento da Oxfam aponta, ainda, que a sexta posição é divida por João Roberto Marinho e os irmãos José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho, cada um com um patrimônio avaliado em cerca de R$ 13,92 bilhões. Caso os este patrimônio seja somado, a desigualdade com o restante da população seria ainda maior.

Ainda segundo a Oxfam, entre os anos de 2001 e 2012 a distância entre os mais pobres e mais ricos caiu um pouco, apesar de ainda ser bastante elevada. Conforme a ONG, os salários pagos aos 10% mais pobres neste período subiram mais que os salários pagos aos 10% mais abastados.

O documento aponta que a desigualdade segue um padrão semelhante no restante do mundo. Em todo o globo, apenas oito pessoas acumulam a mesma riqueza que a metade mais pobres da população mundial, cerca de 3,6 bilhões de pessoas.

Dentre os mais ricos em nível mundial estão Bill Gates, cofundador da Microsoft, o dono da rede de moda Zara, Amancio Ortega, e o cofundador e presidente da rede social Facebook, Mark Zuckerberg.

Escândalo que envolve Globo e FHC “dorme” nas mãos do Procurador-geral da República

Enviado ao Cafezinho

“Escândalo Panamá Papers, que envolve Globo e FHC, ‘dorme’ nas mãos de Janot há quase um ano” denuncia Pimenta.Há quase um ano, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) busca junto ao Ministério Público Federal que seja aberta uma investigação para apurar as conexões entre a Rede Globo, a FIFA, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.Em março de 2016, Paulo Pimenta e o deputado Wadih Damous (PT-RJ) entregaram farta documentação à Procuradoria-Geral da República e protocolaram uma representação, subscrita por mais de 30 parlamentares, solicitando abertura de investigação. No dia 8 de março de 2016, diante do surgimento de novos fatos, os parlamentares fizeram novo pedido ao MPF.

Sem qualquer resposta, Pimenta protocolou mais uma representação no dia 10 de maio de 2016. Segundo o deputado, em todas oportunidades, os parlamentares ouviram como resposta que o MPF “estaria adotando todos os procedimentos necessários e que seriam informados sobre a adoção dessas medidas”.

Ontem (16), Pimenta fez nova tentativa, e mais uma vez cobrou informações acerca das providências adotadas pelo MPF até o momento sobre o escândalo Panamá Papers. “Ao que tudo indica, a documentação está parada há quase um ano nas mãos da Procuradoria”, lamentou Pimenta.

Panamá Papers

De acordo com as investigações jornalísticas, empresas de papel criadas pela Mossack Fonseca auxiliaram na ocultação de fortuna pelo mundo. Essa empresa panamenha ganhou – e logo perdeu – os holofotes da grande mídia brasileira por conta das operações policiais Lava Jato.

Representantes da Mossack Fonseca no Brasil, Carolina Auada e Ademir Auada foram interceptados pelos investigadores da PF destruindo provas. Por esse crime eles foram presos, mas, pouco depois, o juiz Sérgio Moro mandou soltá-los, sob justificativa de que “apesar do contexto de falsificação, ocultação e destruição de provas, (…) na qual um dos investigados foi surpreendido, em cognição sumária, destruindo quantidade significativa de provas, a aparente mudança de comportamento dos investigados não autoriza juízo de que a investigação e a instrução remanescem em risco”.

O que se soube depois é que a Globo possui ligações com a Mossack Fonseca. A mansão da família Marinho, em Paraty (RJ), e um heliponto usado pelos filhos de Roberto Marinho estão registrados no nome de uma empresa de fachada ligada à Mossack Fonseca, a Vaincre LCC.

Nesse emaranhado de empresas de papel, surge também Brasif, outra empresa vinculada à Mossack Fonseca. A Brasif, por sua vez, está ligada à Globo pelo pagamento de Miriam Dutra, jornalista e ex-namorada de FHC.

A Brasif era proprietária da Eurotrade Ltd, com sede nas Ilhas Cayman. A Eurotrade Ltd. firmou, em 2002, contrato com a jornalista Miriam Dutra, segundo a qual FHC – com quem ela teria um filho – usou essa empresa para bancá-la no exterior. A Brasif era concessionária das lojas ‘dudy free’ nos aeroportos.

A Brasif, segundo a Folha de São Paulo, conseguiu “derrubar medida criada no governo FHC para limitar a US$ 300 por pessoa (eram US$ 500) o gasto nos free shops, além de ter dominado praticamente sozinha a concessão desse tipo de loja em aeroportos.



Confira também, Policial militar manda recado para Valdemiro e bispo Macedo.

Carmen Lúcia lavou as mãos e Temer pode dar 100 bilhões para as teles a qualquer momento

Tijolaco: A Ministra Carmem Lúcia “lavou às mãos” no caso da maracutaia que doa, segundo os cálculos do Tribunal de Contas da União, cerca de R$ 100 bilhões em patrimônio público entregue às empresas de telecomunicações quando de sua privatização, no Governo Fernando Henrique Cardoso.Disse que “não há urgência” no pedido para que a nova Lei das Teles seja apreciada no plenário do Senado e não apenas nas comissões onde foi aprovada.
O caso, agora, vai, depois do recesso, voltar ao relator, ministro Teori Zavascki, sem prazo para decidir.
E, portanto, a lei volta a ter condições de ser sancionada por Michel Temer.
Até agora, com a suspensão do processo decretada na antevéspera do natal, não poderia.
É inacreditável que “não haja urgência” em algo desta grandeza.
Mesmo que fosse correto o “desconto” que a Anatel estima no valor, para R$ 20 bilhões de reais, é uma bolada.
100 ou 20 bilhões, uma vergonha.
Que, claro, não é urgente deter.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Celular apreendido de Eduardo Cunha tem provas que podem derrubar Temer

Um aparelho celular em desuso encontrado, em dezembro de 2015, na casa do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levou à deflagração da Operação Cui Bono? nesta sexta-feira, 13.A investigação da Cui Bono? é um desdobramento da Operação Catilinárias, realizada em 15 de dezembro de 2015.

Naquela oportunidade, segundo a Federal, os policiais federais encontraram um aparelho celular em desuso na residência de Eduardo Cunha.

“Submetido a perícia e mediante autorização judicial de acesso aos dados do dispositivo, a Polícia Federal extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas entre o Presidente da Câmara à época e o Vice-Presidente da Caixa Econômica Federal de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013. As mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos junto à Caixa Econômica Federal, o que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro”, diz nota da PF.

Diante destes indícios os policiais passaram então a investigar o caso, que tramitava no Supremo Tribunal Federal em razão de se tratar de investigação contra pessoas detentoras de prerrogativa de foro por função. Porém, em virtude dos afastamentos dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o Supremo Tribunal Federal decidiu declinar da competência e encaminhar o inquérito à Justiça Federal do DF.

As 7 medidas de busca e apreensão foram determinadas pelo Juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal para investigar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal que teria ocorrido pelo menos entre 2011 e 2013.

COM A PALAVRA, A CAIXA


Alvo da Polícia Federal, que fez buscas no edifício-sede da instituição, em Brasília, a Caixa informou, em nota, que ‘presta irrestrita colaboração com as investigações’.

“Em relação à Operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (13 de janeiro) e no que diz respeito à CAIXA, esclarecemos que o banco está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com as investigações, procedimento que continuará sendo adotado pela CAIXA.”

COM A PALAVRA, A J&F


“Todas as relações da J&F e de suas empresas com a Caixa Econômica Federal e com bancos públicos em geral são feitas sempre de forma profissional e na mesma forma de concorrência e tratamento com instituições privadas — ou seja, relações comerciais transparentes, abertas e legais.

A J&F tem o máximo interesse no esclarecimento de todos os fatos que por vezes colocam em dúvida a transparência e lisura de seus negócios. Pois, afinal, tais acusações provocam imensos danos às nossas marcas e reputação.”
Sobre o diálogo entre Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha a J&F esclarece que:
Dado que a Companhia nunca procurou os políticos para pedir facilidade ou intermediação em quaisquer de suas operações financeiras, causam estranheza o conteúdo exposto na conversa e o imenso interesse de ambos em interferir nas relações entre a Caixa Econômica Federal e a J&F. Sendo assim, a Companhia considera fundamental que as autoridades deem celeridade para o completo esclarecimento dos fatos.

COM A PALAVRA, A JBS


“A JBS informa que não foi alvo da operação Cui Bono? realizada hoje pela Polícia Federal e não foi notificada sobre a decisão judicial referente à essa operação. A empresa pauta suas relações na ética e profissionalismo e tem convicção da regularidade das suas práticas. A Companhia ressalta ainda que sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade.”

COM A PALAVRA, A MARFRIG

“Diante das notícias veiculadas hoje pela imprensa, a Marfrig informa que não foi alvo de qualquer medida da Polícia Federal, que a Caixa Econômica Federal ou qualquer um de seus fundos não são acionistas relevantes da Companhia e esclarece que as operações com tal instituição financeira sempre foram feitas em condições de mercado, com custos equivalentes aos dos bancos privados, com garantias reais e sem qualquer tipo de privilégio. Ainda informa que todas as operações contratadas durante o período apurado nas investigações (2011-2013) foram devidamente liquidadas no prazo e condições, não restando em relação a estas quaisquer débitos em aberto.”

Publicidades

B01 340x40

Publicidades

Banner Futebol 320x50

Anúncios

Logo_120x60