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terça-feira, 2 de maio de 2017

Quantia que Globo, Friboi, Itaú e empresas devem ao INSS daria para dobrar valor pago por aposentadoria

Temer e a base aliada do governo, composta majoritariamente pelo PSDB (de Aécio), DEM (de ACM Neto) e PSC (de Feliciano e Bolsonaro) querem aprovar o quanto antes a reforma da Previdência. O pretexto é que há um déficit e o governo está gastando milhões em propagandas em canais aliados de rádio e TV (SBT, Globo, Record) para tentar convencer o povo a ficar sem se aposentar e pagar esse pato.Só que há um problema: o governo não conta que o montante devido por granes empresas ao INSS supera em 3 vezes este déficit. Mais: se todo mundo pagasse hoje, além de não haver mudanças na idade de aposentadoria, o governo teria saldo para dobrar o valor pago a cada aposentado.O próprio relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-GO) tem uma empresa que deve R$ 159 mil ao INSS. A Friboi (que doou milhões a deputados e senadores) deve mais de R$ 1 bilhão ao INSS. Empreiteiras envolvidas na Lava Jato também devem milhões e a própria Rede Globo deve.Enquanto isso, o governo Temer perdoou uma dívida de R$ 25 bilhões do Itaú referente a outros impostos, o Itaú que deve mais de R$ 400 milhões ao INSS. E o governo também deu R$ 4 bilhões ao Bradesco, que também deve centenas de milhões à Previdência.

E movimentos pagos pelo governo, como o MBL, são chamados às pressas para tentar convencer a população de que a reforma é benéfica. Agora responda: qual é o benefício em perder seu direito à aposentadoria, trabalhar a vida inteira e ver grandes empresas que devem bilhões ao governo terem suas dívidas perdoadas? O pior: sabendo que se as mesmas pagassem as dívidas você não só poderia se aposentar como também ganharia o dobro.

É muita cara de pau

Jantar 'secreto' de FHC e Cármen Lúcia levanta dúvidas sobre isenção do tribunal

Por Helena Sthephanowitz - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) já foi citado em pelo menos três delações de ex-executivos da Odebrecht, todas no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do juiz Sergio Moro. Recentemente, o dono da construtora, Emílio Odebrecht, afirmou ter feito "pagamentos ilícitos" durante as campanhas eleitorais de Fernando Henrique à Presidência da República, nos anos de 1993 e 1997. 
A acusação do empresário deveria ser motivo de constrangimento para quem costuma se apresentar como campeão da moralidade. Mas não. Só fez mudar o discurso: conforme as acusações vão chegando nos tucanos, mais se fala que caixa dois não é corrupção, é "apenas" um "ilícito" contábil. E é assim, com a fidelidade da mídia tradicional, que trata bem diferente as irregularidades de que acusam o PT, que Fernando Henrique continua circulando pelas altas rodas, certo de sua impunidade.E foi com tal capacidade de potencializar o cinismo que Fernando Henrique esteve em Brasília, na terça-feira da semana passada (25 de abril), para um jantar com a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro não constava da agenda da ministra e o teor da conversa foi mantida em absoluto sigilo, o que torna esse encontro inadequado, para dizer o mínimo.
O ex-presidente não é investigado no STF. Por não ter mais foro privilegiado, o ministro Edson Fachin enviou à Procuradoria da República em São Paulo o inquérito para investigar as acusações feitas contra o tucano máximo. Mas o PSDB, partido de Fernando Henrique, é.

São sete dos 12 parlamentares tucanos – três no Senado e quatro na Câmara – que serão julgados pelo Supremo. Quatro deputados do PSDB são acusados de participação no núcleo de propina da Odebrecht. 

Entre os senadores, estão dois ex-candidatos à presidência da República: Aécio Neves (MG) e José Serra (SP). O primeiro figura em cinco inquéritos. A lista ainda tem o atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Ferreira Nunes.

Outras figuras, como a ex-governadora e deputada federal Yeda Crusius (RS), o ex-senador José Aníbal (SP) e o ex-governador de Minas Antonio Anastasia também são denunciados nos processos.

Tucanos graúdos, como os governadores Geraldo Alckimin (SP), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO), além do prefeito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira, e o de Manaus, Arthur Virgílio Neto, tiveram os processos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O mesmo tribunal onde Fernando Henrique esteve na semana passada participando de um seminário. O mesmo STJ que abriga os ministros Humberto Martins, e Benedito Gonçalves, citados Coincidentemente, após as visitas aos amigos nos tribunais superiores, o ex-presidente declarou à imprensa "não há razões para eu estar em apuros". De fato. Os tucanos são imunes à Justiça. Apesar das inúmeras denúncias, não há nenhuma iniciativa do Judiciário contra os figurões do PSDB.

Uma nova denúncia envolvendo o governador Geraldo Alckmin evidencia, mais uma vez, os dois pesos e as duas medidas da justiça brasileira. O depoimento do ex-executivo da Odebrecht em São Paulo Luiz Bueno foi excluído do processo de investigação contra o governador tucano nos documentos entregues ao Supremo Tribunal Federal.

Segundo relatos que integram o processo da Procuradoria-Geral da República (PGR), Alckmin recebeu R$ 8,3 milhões em 2014 e R$ 2 milhões em 2010 "não declarados". No inquérito, Bueno foi descrito pela PGR, como "peça-chave" por ser o responsável por negociar valores e organizar os repasses da propina para Marcos Monteiro, hoje Secretário de Planejamento e Gestão de Alckmin, nos esquemas que envolvem a campanha de Alckmin em 2014 – Metrô de SP, trens da CPTM, Rodoanel e outras grandes obras na capital paulista incluídas.

Apesar de o juiz Sergio Moro já ter afirmado, em entrevistas e palestras – que hoje no Brasil ninguém esta acima da lei, fato é que até o momento nenhum político tucano sofreu condução coercitiva, foi interrogado, investigado, teve seu nome achincalhado na Rede Globo ou foi preso.

Nada indica que, nos casos de FHC, Serra, Aécio e outros tucanos de alta plumagem, será adotado o mesmo procedimento que adversários políticos de Moro e do PSDB receberam e continuam recebendo.

É preciso lembrar à ministra Carmem Lúcia, parodiando um antigo dito popular, "o cala-boca ainda não morreu". Os brasileiros vão continuar questionando os tribunais, perguntando e insistindo: quando veremos um tucano na cadeia?

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Pobres pagam “preço amargo” de “soluções superficiais” no Brasil, diz Papa a Temer

Jornal GGN - Além de recusar o convite de Michel Temer para visitar o Brasil, o papa Francisco chamou a atenção do presidente da República de que os problemas brasileiros, "sobretudo com os mais pobres" que "pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais", vão "muito além da esfera meramente financeira".
 
As afirmações foram colocadas em uma carta do papa Francisco a Temer, negando o convite do mandatário, no fim de 2016, que convidava o líder da Igreja Católica a participar das celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, que serão comemorados neste ano. O Jornal GGN - Além de recusar o convite de Michel Temer para visitar o Brasil, o papa Francisco chamou a atenção do presidente da República de que os problemas brasileiros, "sobretudo com os mais pobres" que "pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais", vão "muito além da esfera meramente financeira".
 
As afirmações foram colocadas em uma carta do papa Francisco a Temer, negando o convite do mandatário, no fim de 2016, que convidava o líder da Igreja Católica a participar das celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, que serão comemorados neste ano. O O Papa afirmou que não poderia visitar o país devido a sua intensa agenda.
 
Na correspondência, o papa deu outros recados a Temer. Disse que está "rezando pelo país" e que acompanha "com atenção" os acontecimentos da maior nação da América Latina. Em clara referência às tentativas de aprovação das reformas, como a da Previdência, a Trabalhista, além do próprio Teto dos Gastos já em vigor, o Pontífice afirmou que "não se pode confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado".E foi além: "Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo".
 
Continuando: "Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira".No último ano, durante a inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, Francisco já havia manifestado que o Brasil estava passando por um "momento triste", em referência à crise política, desde o impeachment de Dilma Rousseff. O papa também havia enviado uma carta não oficial em apoio à ex-presidente.
 
Nesta quarta-feira (19), Michel Temer e seus aliados tentaram minimizar a correspondência do representante da Igreja Católica. "Como latino-americano, o Papa reconhece a gravidade da crise e acreditamos que a reforma da previdência representa a síntese que responde a todas as questões apresentadas na carta", contornou um parlamentar aliado de Temer, segundo a revista Época.
 
De acordo com a publicação, fontes do Planalto negaram que a recusa do papa seja um sinal de desaprovação ao governo Temer. "Ao ler a carta, Temer ficou feliz e viu que a mensagem do Papa coincide com o que ele tem feito no governo", disse o deputado Arthur Maia (PPS-BA) após um encontro com o mandatário peemedebista.

domingo, 30 de abril de 2017

VÍDEO: Polícia joga bomba em manifestantes da Greve Geral enquanto cantavam o Hino Nacional



Em uma ação gratuita e truculenta, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, atirou uma bomba de gás lacrimogênio em cima do palco durante o momento que brasileiros cantavam o hino nacional. UMA VERGONHA.


Greve Geral deu prejuízo de 5 bilhões para elite brasileira

A greve geral de ontem pode ter provocado um impacto negativo de R$ 5 bilhões no faturamento do comércio em todo o país. Apenas no estado de São Paulo, o baque deve ter chegado a R$ 1,6 bilhão, apontam estimativas da Federação do Comércio local (FecomercioSP), que não reconheceu a paralisação e considerou o 28 de abril um dia útil de trabalho. “No momento econômico difícil que o país atravessa, após três anos de recessão, resultando em mais de 14 milhões de desempregados, não são mais admissíveis paralisações que tragam custos às empresas ou dificuldades de deslocamento de trabalhadores”, informou a Fecomercio.Outro ramo que também sentiu, embora em menor escala, os efeitos da greve foi o da educação. Dos mais de 40 mil estabelecimentos de ensino particular no país, 20% paralisaram as atividades, afirmou o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amabile Pacios. “Esse percentual corresponde às escolas filantrópicas que pararam atendendo orientação da CNBB, contra o fim das isenções”, disse Amabile. No Distrito Federal, apenas cinco escolas particulares aderiram. O diretor financeiro do Sindicato das Escolas Particulares do Distrito Federal (Sinepe-DF), Clayton Braga, considerou baixa a adesão. “Não chega a 2% do total de 600 mil alunos dessas instituições”, disse.
Para centrais sindicais e movimentos sociais, a greve foi um sucesso. Postaram filmes e fotos de cidades, de todas as regiões do país, totalmente paradas. No entanto, há controvérsias: parte das entidades empresariais de setores estratégicos garantiram que não houve mudança na rotina laboral. A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) informou que as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) não sentiram o impacto da paralisação.

Vídeo-Jornalista pergunta por que o governo não cobra os bilhões que os banqueiros devem a Previdência


Reforma Trabalhista servirá para aumentar lucro dos patrões e sonegação

Por Vanessa Patriota da Fonseca*
Fruto de uma concepção neoliberal de desenvolvimento, o Projeto de Lei da Reforma Trabalhista aprovado na Câmara dos Deputados propõe drástica alteração da CLT, ao argumento de que melhorará a vida dos trabalhadores. Mas, atrás do biombo da geração de empregos, encontra-se escondido o interesse de aumento de lucro das empresas com a sonegação de direitos trabalhistas.A Constituição da República diz que a convenção e o acordo coletivo de trabalho possuem força de lei, desde que implementem melhoria da condição social dos trabalhadores (art. 7º, caput, e XXVI). E, assim, a lei é a base, podendo os instrumentos normativos, sobre ela, soerguerem vários outros direitos.
O Projeto de Reforma estabelece a prevalência da convenção e do acordo coletivo de trabalho em face da lei quando tratarem de treze temas. E prevê que, se acionada, a Justiça do Trabalho deve, “preferencialmente”, se limitar à análise dos elementos formais do instrumento, a exemplo de realização de assembleia para sua aprovação, sem se debruçar sobre a análise do seu conteúdo – o que afronta o direito de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CR). O substitutivo ao projeto de lei (PL) traz um pacote de maldades ainda maior. Impõe à Justiça do Trabalho que se detenha, “exclusivamente”, na verificação dos requisitos formais, e torna taxativos apenas os dispositivos que não podem ser alterados, no total de 29 (vinte e nove) pontos da CLT. Permite alteração no limite diário de jornada, intervalo intrajornada, trabalho noturno, prorrogação de jornada em ambiente insalubre e outros.Ora, se a Magna Carta já prevê que o instrumento normativo possui força de lei em situações mais vantajosas para os trabalhadores, qual a razão da alteração proposta pelo projeto senão permitir que seja negociada redução de direitos sem controle do Judiciário? O projeto prescreve que deve ser assegurada uma vantagem compensatória, mas apenas nos casos de flexibilização das normas relativas a salário e jornada de trabalho. Como garantir que a vantagem concedida esteja em um patamar compensatório se o Judiciário não pode analisá-la?
O país não possui mecanismos efetivos para reprimir práticas antissindicais, como o impedimento do direito de greve e a perseguição a sindicalistas, e conta com cerca de 11.300 sindicatos de trabalhadores, muitos dos quais sem legitimidade alguma para defender as respectivas categorias. É nesse contexto que o negociado prevalecerá?
Pior, o substitutivo ao PL possibilita que acordo individual de trabalho promovido entre empregado e empregador prevaleça sobre o legislado se o trabalhador possuir diploma de nível superior e que receber salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência. Esquece da vulnerabilidade do trabalhador em função da ameaça de desemprego. Se um médico não aceitar a proposta de ser contratado como autônomo por um hospital, por exemplo, não será contratado diante do contingente de médicos ávidos para ingressar no mercado de trabalho.Alguns afirmam que as normas trabalhistas estão obsoletas, mas a CLT teve mais de 560 artigos alterados, mostrando que ela é uma senhora moderna, que ao longo da vida foi se adaptando às demandas sociais. Com fundamentos rasos, tentam justificar uma alteração brutal na legislação e derrubar seus alicerces por completo.
O PL fomenta a burla à configuração à relação de trabalho ao permitir a contratação do autônomo, mesmo com exclusividade e continuidade, sem vínculo de emprego; facilita a sonegação de verbas rescisórias ao dispensar a homologação das rescisões contratuais; possibilita o trabalho intermitente em que o trabalhador é remunerado pelas horas efetivamente laboradas, não havendo pagamento pelo tempo em que ele estiver à disposição do empregador, sem existir, sequer, estipulação prévia da quantidade mínima de horas ou de remuneração mensal a ser percebida, o que aumenta a vulnerabilidade do trabalhador, etc.
Como gerar empregos nesse contexto? O que gera empregos é o aquecimento da economiaO empresário não aumentará o número de postos de trabalho se não houver aumento de demanda por bens e serviçosComo promover tal aumento com redução do poder aquisitivo da sociedade em função de redução salarial? De igual forma, com a extensão da jornada de trabalho, como pode haver ampliação de posto de trabalho?
É preciso levantarmos o véu da reforma trabalhista e mostrarmos a sua face cruel, apontando as falácias que giram em torno da modernização das relações de trabalho com o intuito de salvaguardarmos direitos trabalhistas conquistados a duras penas.
Vanessa Patriota da Fonseca é Procuradora do Trabalho, Vice Coordenadora Nacional da Coordenadoria de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho

FGV: Greve geral foi o evento mais comentado na internet da história do Brasil

Via O Cafezinho
Estudo da Fundação Getúlio Vargas conclui que as menções à greve geral do último dia 28 de abril a tornaram um evento, nas redes sociais, mais importante que as manifestações pró-impeachment de 2015 e 2016.
Todos os recordes foram batidos.E a maioria das posições nas redes foram, de maneira esmagadora, positivas à greve, como se vê no gráfico acima.

Abaixo, trecho da conclusão.

***
Abaixo, o estudo completo:

Diretor da OAS, desmente Léo Pinheiro e diz que tripléx nunca esteve reservado para Lula

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-diretor-financeiro e presidente da OAS Empreendimentos, Fabio Yonamine, disse que Léo Pinheiro nunca afirmou que o ex-presidente Lula tinha um apartamento “reservado” no Condomínio Solaris, no Guarujá; “Doutor Léo nunca me disse que tinha uma unidade reservada para o ex-presidente”, disse Yonamine nos minutos finais de seu depoimento a Moro, que durou cerca de duas horas. Segundo o executivo, o apartamento 164-A era, no seu entendimento, um “estoque” da OAS, “não era uma unidade reservada para Lula”Por Cíntia Alves, Jornal GGN – A Lava Jato colheu mais um depoimento de empresário que contraria o testemunho de Léo Pinheiro no caso triplex. Fabio Yonamine, ex-diretor-financeiro e presidente da OAS Empreendimentos, disse em depoimento ao juiz Sergio Moro, na quarta (26), que Pinheiro nunca afirmou que Lula tinha um apartamento “reservado” no Condomínio Solaris, no Guarujá.
“Doutor Léo nunca me disse que tinha uma unidade reservada para o ex-presidente”, disse Yonamine nos minutos finais de seu depoimento a Moro, que durou cerca de duas horas. Segundo o executivo, o apartamento 164-A era, no seu entendimento, um “estoque” da OAS, “não era uma unidade reservada para Lula”. “Não posso dizer se estava à venda ou não”, acrescentou.Um dos argumentos da Lava Jato para acusar Lula de ser o proprietário oculto do triplex é o fato de a unidade – que recebeu aprimoramentos que custaram em torno de R$ 1,2 milhão – não ter sido vendida ainda. Outros dirigentes da OAS já afirmaram a procuradores da Lava Jato que o imóvel, que sempre esteve em nome da OAS e consta como ativo da empresa, poderia ser “vendido a qualquer cliente”, inclusive a Lula.
Já em seu depoimento a Moro, Pinheiro disse que foi “orientado” por Vaccari a não colocar o apartamento à venda porque Lula e sua família tinham interesse no imóvel. Ainda de acordo com Pinheiro, a OAS não ficaria no prejuízo porque os investimentos feitos no triplex poderiam ser abatidos de uma conta virtual que a construtora mantinha com o PT, chamada de “caixa geral”.Yonamine disse que recebeu de Pinheiro um pedido para “decorar” o apartamento, para “deixar mais bonito” com o intuito de vender ao ex-presidente Lula. Quem tocou o projeto com detalhes, porém, foi a equipe da OAS Empreendimentos em São Paulo, liderada por Roberto Moreira. Como informou o GGN, Moreira já disse à procuradores da Lava Jato que o triplex não havia sido “destinado” oficialmente a Lula, apesar da personalização da unidade.
Segundo Yonamine, o apartamento ficou pronto às vésperas da prisão de Léo Pinheiro na Lava Jato. Por isso, ninguém procurou Lula e dona Marisa Letícia para saber o que o casal pretendia fazer com a unidade. “Nunca fui atrás nem mandei ninguém atrás”, comentou.Ainda de acordo com Yonamine, 100% dos recursos empregados na construção e reforma do triplex eram da OAS Empreendimento, e “só têm recursos legais”. Todos os pagamentos eram feitos com recebimento de nota fiscal, pagamento de tributos e prestação de contas, informou. Além disso, ao contrário do que suspeita a Lava Jato, a OAS Empreendimentos nunca teve qualquer relação com a Petrobras.
Segundo o executivo, o apartamento 164-A era, no seu entendimento, um “estoque” da OAS, “não era uma unidade reservada para Lula”. “Não posso dizer se estava à venda ou não”, acrescentou.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

[VÍDEO] Glauber Braga humilha Bolsonaro que entra em desespero

Glauber e Bolsonaro tiveram um forte embate no plenário 3, da Câmara dos Deputados, onde os dois parlamentares participaram de uma atividade do Estágio Visita (programa que possibilita a universitários de todo o país o acesso a conhecimentos relacionados ao funcionamento da Câmara e a forma de atuação de seus representantes, incentivando a participação democrática e o exercício da cidadania).Bolsonaro falou que algo mais grave que a corrupção é a questão ideológica que forma “militantes com cérebro de ovo cozido”, desrespeitando claramente os presentes. Glauber respondeu. Assista!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Moro admite que depoimento de Léo Pinheiro pode ser falso

Ex-sócio da OAS incluiu acusação a Lula em testemunho a fim de obter acordo de delação premiada com o MPF-PRO 

O juiz Sérgio Moro, responsável por processo que tem como acusados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Léo Pinheiro, ex-sócio da construtora OAS, afirmou que o depoimento deste último à Justiça concedido na semana passada pode ter sido feito em meio a uma negociação do réu com o Ministério Público Federal para a obtenção de um acordo de delação premiada, e que pode conter inverdades, mas que o depoente tem direito de dizê-las.
A afirmação foi proferida pelo juiz quando o advogado de Lula indagou, antes que tivesse início o depoimento de Pinheiro na semana passada, a respeito da condição jurídica em que o réu se encontrava na oitivia que estava para começar.  
O defensor Cristiano Zanin Martins afirmou que a situação indefinida de Pinheiro era prejudicial à defesa de Lula. "Hoje, o interrogando tem direito de ficar calado e até mentir [pois é co-réu], mas se ele é delator, a situação se altera", disse Martins. lembrando que um colaborador da Justíça presta um depoimento atrelado à sua delação, que por sua vez é concedida dentro de uma estratégia acusatória montada pelo Ministério Público Federal. "Se há versões sendo negociadas, a Defesa tem que saber", ponderou o advogado.
Moro concordou com o defensor a respeito da possibilidade de ser mentira o que viria a contar Léo Pinheiro, entendendo que, como co-réu, ele teria direito a dar suas versões dos fatos, "quer sejam verdadeiras, quer não sejam verdadeiras". O juiz disse ainda que o fato de existir acordo em andamento sem que se saiba se isso vai ser efetivado não seria suficiente para suspender o andamento do processo.
O advogado Cristiano Zanin Martins solicitou à Procuradoria Geral da República uma investigação sobre o depoimento de Léo Pinheiro a Sergio Moro. Isso porque a imprensa publicou, dias antes da audiência em Curitiba, que Pinheiro "negociou" com os procuradores da Lava Jato os detalhes de tudo que deveria ser dito contra Lula. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Pinheiro daria diante de Moro um "aperitivo" de tudo que poderia dizer contra Lula em sua delação premiada acordada com os procuradores da Lava Jato. Além disso, no mesmo dia da audiência de Pinheiro em Curitiba, o jornal Valor Econômico antecipou, com base em fontes ligadas ao processo, tudo que ele iria dizer e efetivamente disse.

domingo, 23 de abril de 2017

Globo e Folha ignoram provas de U$ 65 milhões a Temer

Folha e O Globo trazem hoje relatos sobre as provas oferecidas pela Odebrecht e pela OAS para ratificar as declarações dos delatores contra, respectivamente, Michel Temer e o ex-presidente Lula.A Odebrecht apresentou , segundo o jornal paulista, “extratos que seriam de pagamento de propina vinculada por delatores a uma reunião com o presidente Michel Temer em 2010”.Os valores superam os US$ 40 milhões que, segundo ex-executivos, tiveram o repasse acertado em encontro com o hoje presidente, em seu escritório político paulistano.

A propina é ligada, de acordo com a Odebrecht, a um contrato internacional da Petrobras, o PAC-SMS, que envolvia certificados de segurança, saúde e meio ambiente em nove países onde a estatal atua. O valor inicial era de US$ 825 milhões.
Já a OAS, diz o jornal dos Marinho, pretende apresentar a agenda de seu executivo Léo Pinheiro como prova de que este teve encontros com Lula, à qual a Força Tarefa pretende anexar um relatório de pedágio demonstrando que os carros que servem a Lula teriam ido, ao longo de dois anos, seis vezes ao Guarujá. É capaz de eu ter ido umas seis vezes a Petrópolis ao longo de dois anos, que fica do Rio mais ou menos à mesma distância e nem por isso tenho um “simplex” lá, que dirá um triplex.

De um lado, situações objetivas, retratando a movimentação de mais de uma centena de milhões de reais – “os extratos atingem US$ 54 milhões, mas a soma de planilhas anexadas chega a US$ 65 milhões – saídos de cinco empresas em “mais de 50 depósitos em offshores fora do Brasil que vão de US$ 280 mil a US$ 2,3 milhões”.

Ou seja, de onde veio e para onde foi. Uma riqueza probatória que nem mesmo no caso das contas suíças de Eduardo Cunha se dispunha.

Do outro lado: “eu digo que foi”, “eu tenho meu diário”, ninguém ouviu, mas ele me disse” e outras coisas do gênero que podem ser acusações, mas não adquirem a materialidade da prova: um documento, um depósito, um registo bancário, uma procuração, nada que se possa usar para dizer: sim, o apartamento pertenceu a Lula.

O Globo, porém, produz a melhor das provas circunstanciais de que Léo Pinheiro mentiu em sua delação.

É que informa que o jornal publica, desde 2010, reportagens dizendo que o tríplex seria de Lula.

Não seria preciso apenas ser corrupto, mas muito burro para operar um favorecimento na troca de um apartamento no Guarujá que há quatro anos já despertava os inquisidores da “Lava Globo”.

O contraste das duas investigações é impressionante.

Uma é tudo o que se quer que seja. Na outra, mesmo estando evidente que é, não é para ser.

Ou, pelo menos, enquanto não de quiser um novo impeachment.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lula elege Globo como inimiga e aponta hipocrisia da emissora

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu a Globo como sua principal adversária em uma entrevista concedida nesta manhã a uma rádio de Sergipe. Lula destacou que a emissora terá de provar as acusações que faz contra ele e lembro que "já apareceu" que o "candidato deles" tem conta no exterior.Eles vão ter que provar tudo o que eles estão falando", afirmou, pouco depois de dizer que estava tranquilo sobre o depoimento que prestará ao juiz Sergio Moro no próximo dia 3 de maio. "São eles que vão ter que provar que eu sou culpado, não sou eu que tenho que provar que sou inocente", lembrou.A Globo vai ter que provar que o apartamento é meu, vai ter que provar que a chácara é minha, vai ter que provar que eu tenho conta, porque os candidatos deles já têm conta, porque já apareceu. Então eu tenho dito isso, eu quero que eles apresentem uma conta de um centavo meu", declarou, expondo um dilema da emissora, que tem seus aliados políticos envolvidos em escândalos da Lava Jato.
No início do mês, o senador Aécio Neves foi capa da revista Veja com a acusação do delator Benedicto Junior, da Odebrecht, de que teria recebido propina da empreiteira em uma conta em Nova York, nos Estados Unidos, operada pela irmã e braço-direito do tucano, a jornalista Andrea Neves. Campeão de citações nas delações de executivos da Odebrecht, Aécio é o político que recebeu uma das mais altas somas da construtora, R$ 70 milhões.

Antes, Lula já havia criticado a cobertura da Globo sobre ele: "Tem gente que fala mal de mim 365 dias por ano. Se você pegar um jornal da Rede Globo de Televisão, você percebe que nesses últimos oito meses teve mais de 16 horas de notícia negativa contra o Lula. Todo o dia o Lula acabou, é no jornal da manhã, é no jornal do meio-dia, é no jornal da noite, da tarde, da madrugada, todo dia o Lula acabou. Não tem uma notícia favorável ao Lula, é só notícia contra o Lula"

domingo, 16 de abril de 2017

Vídeo- Temer, à vontade, diz que golpe saiu por chantagem não atendida.

A confissão de Michel Temer  – feita para que se acredite no inacreditável, que o presidente da Câmara agiu isoladamente no golpe – de que Eduardo Cunha colocou em votação o processo de impeachment da Presidenta da República apenas porque o PT (ele não diz, mas também Dilma) se recusaram a dar três votos que o absolveriam no Conselho de Ética do parlamento é estarrecedora.
Um homem de algum caráter, ainda mais porque era o beneficiário direto de um impedimento da Presidente, não tinha o direito de tratar de algo tão grave como se fosse uma conversinha íntima destas que a gente tem, não concorda, mas deixa para lá, por desimportante.
O que Temer está dizendo é que se rompeuo processo democrático por simples mera  chantagem para beneficiar um escroque, flagrado de posse  de contas obscuras na Suíça. E ele diz isso candidamente, como se fosse um episódio normal, até um folclore da política.
Michel Temer porta-se como quem tem a canalhice como naturalidade. Não tem padrão moral para dirigir um boteco, o que dirá o quinto maior país do mundo.
Ganha a companhia de uma crônica política, na grande mídia que partilha, contra seus inimigos, deste mesmo padrão ético: “é, isso é triste, mas nos deu a alegria do impeachment”. É ela que permite que um desclassificado moral faça isso impunemente.Sabe aquilo tudo que você teve de ouvir sobre “pedaladas fiscais”, operações de crédito em desacordo com a Lei de Responsabilidade Social, tudo isso servido ao molho de Lava Jato? Conversa fiada, o impeachment , nas palavras de Temer, é fruto da retaliação de um corrupto a quem não lhe quis ceder à chantagem e garantir sua impunidade.
Assista o trecho de sua entrevista á Band e veja que não há exagero em dizer a Temer, de fato, cabe a frase sobre a ousadia dos canalhas.

Emílio Odebrecht: “Por que não fizeram isso há 10, 15, 30 anos?”

Revista Fórum- O empresário Emílio Odebrecht, ao qual analistas e imprensa se referem como “patriarca” da empreiteira considerada um dos grandes alvos da Operação Lava Jato, afirmou em depoimento a procuradores da República, em Brasília, que a mídia sempre soube dos fatos hoje denunciados como escândalo. Ele manifestou perplexidade e “tristeza” com a dimensão dada às revelações, que, graças aos elos estabelecidos com a Petrobras, serviram de combustível para o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e continua a alimentar a crise política.“O que me entristece (…) é que a imprensa toda sabia que efetivamente o que acontecia era isso. Por que agora estão fazendo isso? Por que não fizeram isso há 10, 15, 30 anos?”, questionou Odebrecht. “A imprensa sabia disso e agora fica com essa demagogia.”
Segundo ele, as informações divulgadas a partir das investigações da Força Tarefa estão longe de ser novidade e são conhecidas de políticos, empresários e imprensa há 30 anos.O que me surpreende é quando vejo todos esses poderes, até a imprensa, todos como se fosse uma surpresa. Me incomoda isso. Não exime em nada nossa responsabilidade. Não exime em nada nossa benevolência. Não exime em nada que nós praticamente passamos a olhar isso com normalidade. Porque em 30 anos, é difícil não ver isso como normalidade”, disse Odebrecht. De acordo com o depoimento do empresário, as práticas que hoje são sinônimo de crime eram um “negócio institucionalizado” no país.

Iniciada em março de 2014, a Lava Jato é considerada por diversos analistas um catalisador da grave crise econômica e política brasileira e responsável por iniciar a destruição da indústria naval do Brasil.

Memória técnica
Em seminário realizado em São Paulo ainda no final de 2014, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo já alertava para os riscos de se comprometer os investimentos no país, fundamentais para a então esperada retomada de um crescimento econômico a médio prazo. “Tem de separar as malfeitorias e punir. Tem de substituir a direção das empresas e preservá-las. Porque não se vai reinventar de repente uma grande construtora que participou, por exemplo, de Itaipu e outras grandes obras. Você não vai substituir a memória técnica dessas empresas por outra que se vai inventar na hora”, afirmou na ocasião.

destruição da indústria naval brasileiracomeçou com a Operação Lava Jato em 2014. No segundo mandato do governo Dilma Rousseff, o setor empregava 83 mil trabalhadores. Depois da crise, com o agravamento da recessão, são pouco mais de 30 mil.

Em debate na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, há um ano, o jurista Gilberto Bercovici e o jornalista Luis Nassif também discutiram o tema com abordagem semelhante. “Ninguém é contra combater a corrupção, mas não se pode violar direitos e garantias individuais, nem se pode punir empresas no lugar de punir pessoas”, afirmou Bercovici, professor de Direito Econômico da Universidade de São Paulo (USP), no evento.

sábado, 15 de abril de 2017

Odebrecht pagou 50 milhões de reais para Cunha sabotar Dilma

Tijolaço- Começam a aparecer os sinais de que a Odebrecht se meteu numa conspiração com a turma do PMDB, capitaneada por Michel Temer e Eduardo Cunha, para detonar a autoridade política de Dilma Rousseff na presidência.Fica-se sabendo, por uma pequena nota noValor, de uma pequena pérola de R$ 50 milhões , não mencionados por Marcelo Odebrecht, dados pela empreiteira a Eduardo Cunha para que comprasse apoio para minar a posição de Dilma Rousseff, contrária à entrada de Furnas no negócio da Hidrelétrica do Jirau, em Rondônia, em 2009.
“Doutor Marcelo [Odebrecht] me deu o número de R$ 50 milhões para eu colocar na mesa como oferecimento ao doutor deputado Eduardo Cunha para que ele, com esse dinheiro, buscasse o apoio político a critério dele, buscasse distribuir de tal forma que obtivesse o apoio político necessário para neutralizar esta ação, principalmente da Casa Civil”, disse o o ex-presidente da Odebrecht Energia, Henrique Valladares, em sua delação premiada.A Casa Civil, à época, era comandada por Dilma Rousseff.

Repare bem, a Odebrecht pagaria (ou pagou) a Eduardo Cunha R$ 50 milhões para sabotar a posição de Dilma Rousseff.

Isso é coisa de quem é “amigo” da ex-presidente? Ou de quem acertava negócios às suas costas e, depois, no máxim, saía pela tangente, como no caso do contrato com a Petrobras que ele narrou ontem, curiosamente o mesmo que motivou a reunião, presidida por Temer, para o achaque de US$ 40 milhões (R$126 milhões).

Juntem as histórias, senhoras e senhores, e vejam porque Graça Foster e Dilma Rousseff estavam de cabelo em pé com os boatos e qual a razão de Odebrecht ter mandado fazer chegar aos ouvidos de Michel Temer que a ex-presidenta estava querendo saber se seu vice “metera a mão”?

Não nego a possibilidade de que alguém do PT, como disse Odebrecht, tenha entrado no negócio e, amadores como são perto da turma do PMDB, tenham levado alguma “merreca” – Odebrecht não menciona o valor – para entrar na lambança e ficar enlameado.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Documento e delação mostram que Moro ajudou Temer a encobrir reunião de acerto de propina

Tijolaço- O mais importante, agora, é que se investiguem os fatos nos depoimentos dos executivos da Odebrecht com muito mais afinco do que as alegações e, de toda a batelada de informações que ontem vieram à tona um fato com local, hora e participantes absolutamente definidos, caracterizando um verdadeiro achaque, coordenado pessoalmente pelo então candidato a vice-presidente da República e hoje o homem no comando do país.Um fato que não pode permanecer no limbo pela simples alegação de que ele, por salvaguarda constitucional, não pode ser criminalmente responsabilizado até que se encerre a sua passagem pelo Palácio do Planalto, até porque há outros participantes que detinham (e um deles ainda detém) funções públicas.
Foi essa situação, chocante e escusa, da qual Sérgio Moro protegeu o Sr. Michel Temer ao vetar a pergunta de número 34 da lista de questões feitas por Eduardo Cunha a ele, que transcrevo, literalmente:

34-“Vossa Excelência tem conhecimento se houve alguma reunião sua com fornecedores da área internacional da Petrobrás com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010, no seu escritório político na Avenida Antônio Batuíra, nº 470, em São Paulo/SP, juntamente com João Augusto Henriques?”Pois ago
ra surge a informação precisa desta reunião: foi neste endereço, no dia 15 de julho de 2010, às 11h30. Não é preciso muito esforço, está na lista telefônica que ali é o escritório de Michel Elias Lulia Temer, telefone 3816-39XX

Temos um fato concreto, com data, hora, local e lista de participantes. Há fartos meios de prova, como passagens aéreas e agendas dos envolvidos. E não há um pedido de ajuda para campanha, mas um ato de exigir vantagens financeiras para a assinatura de um contrato.

Esta é a primeira providência: confirmar, objetivamente, a reunião do achaque, o destino e a forma dos pagamentos da impressionante quantia de US$ 40 milhões (por favor, evite-se histórias de mochilas, para que não se tenha de fazer as contas do volume, porque é maior do que uma caixa d’água de mil litros cheia até à boca com notas de R$ 100).

Isto é, faço questão de apresentar aos neojornalistas e neopoliciais-procuradores, abastecidos de convicções, o que antigamente chamávamos de “Sua Excelência, o fato”.

Ou para esta imensa teia que temos aí só interessam as “moscas selecionadas”?

As denúncias em relação a Lula, Dilma e outros que estão fora do poder devem ser apuradas, mas estão na base do “tenho certeza de que era para eles”.

Esta tem nome, sobrenome, endereço e fartas impressões digitais.

Vai prevalecer o veto do Doutor Moro e a Procuradoria e a mídia também vão deixar para lá, pois não vem ao caso?

“Grosseira manipulação”: ex-editor do JN critica cobertura do caso Dilma/Odebrecht

Publicado no facebook do Mario Marona, ex-editor do JN.A GloboNews acaba de botar no ar longo trecho de depoimento de Marcelo Odebrecht em que ele cita Dilma. Uma história sobre corrupção na Petrobras, com flagrante tom de fofoca. A emissora vende a notícia como se fosse uma denúncia de envolvimento da ex-presidenta.Mas o vídeo demonstra exatamente o oposto: Dilma não sabia do caso de suborno abordado no interrogatório e, quando soube, cobrou responsabilidades dos supostos envolvidos. Marcelo chega a relatas que o então ministro Edison Lobão contou a ele que foi duramente interpelado por Dilma, depois deste encontro. E diz que Dilma surpreendeu-se, inclusive, ao ser informada por ele que gente do PT também poderia estar recebendo propina. Marcelo ressalta que esta foi a única vez em que tratou este tipo de assunto com Dilma.Posteriormente, depois desta suposta conversa, Dilma afastou vários executivos da Petrobras, justamente por ter passado a suspeitar da idoneidade deles.

Mas a imprensa transforma a declaração do delator no seu exato oposto.

Interpreta como sinal de culpa o que na verdade é uma indicação de lisura.

Os comentaristas da Globo News fazem este jogo.

Invertem o sentido da declaração do delator.

AS TVs e os jornais impressos de amanhã farão o mesmo.

Cinco minutos depois de ter ido ao ar, o trecho é repetido, introduzido pela chamada: “Neste trecho do depoimento Marcelo Odebrecht cita a ex-presidente Dilma”.

Esta farsa será repetida à exaustão, até que ganhe ares de verdade.

Em tempo: há minutos, a âncora da Globo News entendeu que precisava incitar ainda mais os dois comentaristas: “Marcelo revelou que Lula e Dilma sabiam do A-P-O-I-O que a Odebrecht deu às campanhas do PT”.

Como não saberiam? A Odebrecht apoia as campanhas de praticamente todos os partidos desde sempre.

No depoimento exibido, Marcelo não diz em nenhum momento que Lula e Dilma conheciam alguma irregularidade nas doações. E acrescenta que sempre patrocinou as candidaturas de Aécio e que o senador tucano nem precisava pressionar porque receberia o que fosse necessário a qualquer momento. Bastava ligar ou mandar algum preposto ligar.

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