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terça-feira, 17 de maio de 2016

Dilma diz que lutará até o fim e acusa Temer de conspiração

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (18) ser "estarrecedor" o fato de o vice-presidente Michel Temer ter, segundo ela, conspirado "abertamente" contra seu governo. Um dia depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado a abertura do impeachment, a presidente disse que não vai se abater com a decisão, que vai continuar enfrentando o processo e que esse não é o começo do fim. "Nós estamos no início da luta." 
Segundo Dilma, não se pode chamar de impeachment a "tentativa de eleição indireta" liderada por seus opositores. Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, a presidenta disse que "nenhum governo será legítimo" se não chegar ao poder por meio do voto secreto e direto das urnas. 

"Acredito que é importante reconhecer que é extremamente inusitado e estranho, mas sobretudo é estarrecedor que um vice-presidente em exercício de seu mandato conspire contra a presidente abertamente. Em nenhuma democracia do mundo uma pessoa que fizesse isso seria respeitada. A sociedade não gosta de traidores. Porque cada um de nós sabe a injustiça e a dor que se sente quando se vê a traição no ato", disse, referindo-se a Temer. 

Bolsonaro é considerado 'persona non grata' em Campinas


Câmara Municipal da cidade natal do deputado federal aplicou moção de protesto depois que Bolsonaro chamou representantes políticos da cidade de otários e desocupados

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi tornado 'persona non grata' pela Câmara Municipal de sua cidade natal, Campinas.
A moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal de Campinas Correio Popular, na edição do domingo de 1º de maio.
Em entrevista ao jornal Correio Popular o parlamentar  declarou: "Essa Câmara Municipal de vocês aí é fraca. Estou me lixando para esses vereadores que votaram isso. Eles não têm o que fazer, são uns desocupados… Esses vereadores são uns otários", disse ao jornal sobre uma moção aprovada no município.

Bolsonaro partiu para o ataque após a Câmara de Campinas aprovar um documento de repúdio a homenagem que ele fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante seu voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Camara dos Deputados.

Logo do governo interino usa bandeira da Ditadura Militar com apenas 22 estados

A bandeira utilizada pela equipe do presidente interino Michel Temer (PMDB) para fazer o logotipo do governo federal foi a da época da Ditadura Militar. Na marca apenas 22 Estados brasileiros estão representados, mesma quantidade que aparecia no início da Ditadura Militar (1964-1985) e no fim da Quarta República (1946-1964). Essa versão de bandeira vigorou entre 1960 e 1968.
A versão usada pela equipe de Temer ignora Acre, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantis. A primeira unidade federativa foi incluída na bandeira em 1968, enquanto as últimas só foram atualizadas em 1992, que também incluiu a substituição do extinto Estado da Guanabara pelo Mato Grosso do Sul.
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Atualmente, o bandeira do Brasil simboliza todas as 27 unidades federativas – os 26 Estados mais o Distrito Federal.
A bandeira que ilustra o logo do atual governo interino traz as estrelas vistas no céu do Rio de Janeiro no início do dia 15 de novembro de 1889, quando da proclamação da República. O responsável por criar o símbolo de Temer não cobrou pelo trabalho, mas chegou a afirmar que a imagem custaria R$ 100 mil se fosse feita por uma agência de publicidade.
Para ler a reportagem completa de Paula Reverbel, da Folha de S. Paulo, clique aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Ao barrar investigação, Gilmar suspende até depoimento de Aécio

Entre as diligências canceladas pelo Gilmar está a coleta de evidências no material apreendido pela operação Lava Jato que poderia contribuir com o esclarecimento do caso


Ao suspender as diligências do inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou os depoimentos do parlamentar e de testemunhas, inicialmente marcados para cumprimento em 90 dias, e a coleta de evidências na documentação e arquivos apreendidos pela operação Lava Jato que pudessem contribuir no caso.
Na decisão que barra o avanço do inquérito e manda o pedido de apuração de volta para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para sua reavaliação, o ministro considerou não haver elementos novos que justificassem a continuação da investigação. Entre a abertura do inquérito para investigar o senador e o cancelamento das diligências foram cerca de 24 horas.
O procurador-geral havia pedido ainda à Corte autorização para obtenção e juntada aos autos de cópias de documentos da Operação Norbert, de apreensões feitas na Youssef Câmbio e Turismo, na época da deflagração do caso Banestado – – escândalo de evasão de cerca de R$ 30 bilhões do Banco do Estado do Paraná na década de 1990. Estas diligências também foram suspensas.Uma das bases do pedido de Janot é a delação do senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT-MS), em que ele liga Aécio Neves à suposta corrupção na estatal de energia em Furnas. A outra é a Operação Norbert, deflagrada no Rio. Na petição ao Supremo, por meio da qual pede abertura de inquérito contra o senador tucano, Janot afirmou que a investigação sobre a suspeita de corrupção ‘merece reavaliação’.

Em março de 2015, o Supremo arquivou, a pedido do próprio Janot, a investigação sobre o presidente nacional do PSDB. O procurador apontou ‘inexistência de elementos mínimos’. Naquela época, os investigadores tinham em mãos a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato, citando Aécio.
Delcídio Amaral disse que ‘sem dúvida’ o tucano recebeu propina em um esquema de corrupção em Furnas que, segundo o ex-líder do Governo Dilma Rousseff, era semelhante ao da Petrobrás, envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.
O ex-senador, cassado na semana passada por suspeita de tramar contra a Lava Jato, tem experiência no setor elétrico, conhece o ex-diretor de Engenharia de Furnas Dimas Toledo, apontado como o responsável pelo esquema de corrupção, e disse ter ouvido do próprio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que Aécio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.
Janot afirmou ao Supremo. “Diante do novo depoimento, colhido no bojo da colaboração celebrada por Delcídio do Amaral, no qual trata dos mesmos fatos agora, sob a perspectiva de alguém que ocupava uma posição privilegiada no que diz respeito ao conhecimento dos fatos, o quadro merece reavaliação.”
Segundo o procurador-geral, a versão apresentada por Delcídio, ‘que se agrega ao anterior relato de Alberto Youssef, mostra-se plausível’. Janot sustenta que ‘orbitam em torno de ambos os relatos alguns elementos confirmatórios’.
No documento ao Supremo, Janot cita uma denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo e contra Airton Antonio Daré, em 2012, perante a 2ª Vara Federal do Rio ‘por participação num esquema de arrecadação de vantagens indevidas (propinas) no âmbito de Furnas, custeadas mediante superfaturamento de obras e serviços’.
A denúncia, afirma Janot, posteriormente declinada à Justiça Estadual, ‘narra modus operandi muito semelhante ao noticiado pelos colaboradores Alberto Youssef e Delcídio do Amaral, com o pagamento de vantagens indevidas para servidores públicos e políticos no âmbito da empresa Furnas por empresas interessadas em contratar’.
“Há menção ao ex-diretor de Furnas, Dimas Fabiano Toledo. Este seria o responsável por gerenciar uma espécie de ‘fundo’ de valores ilícitos, que eram recursos disponibilizados a políticos para financiar campanhas”, aponta o procurador-geral da República.
“Ouvido no Inquérito 1835/2005 perante a Polícia Federal do Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 2006, Dimas Fabiano Toledo afirmou que conhece o então governador de Minas Gerais Aécio Neves e que este último ‘costumava procurar o declarante em Furnas para assuntos envolvendo os municípios onde o atual governador tinha base eleitoral’ , que ‘mantém com o sr. Aécio Cunha [pai de Aécio Neves], conselheiro de Furnas, relação de amizade, já que o avô do declarante já era companheiro de partido do avô de Aécio Cunha.”
Ao Supremo, Janot citou ainda a irmã do presidente nacional do PSDB. “A irmã de Aécio Neves, mencionada por Delcídio do Amaral e Alberto Youssef, possui (ou ao menos possuía) diversas empresas em seu nome e, na época dos fatos, mantinha inclusive empresa de factoring, criada em 1993 e que teve atividades ate 2010, conforme pesquisa na Junta Comercial de Minas Gerais.”
O procurador apontou também a operação Norbert, que tramitou perante a Justiça Federal do Rio. Na ação, foram apreendidos ‘diversos documentos, por ordem judicial, na casa dos doleiros Christiane Puchmann e Norbert Muller’.
“Referidos documentos revelaram que diversas pessoas, valendo-se das atividades dos doleiros, criaram mecanismos de interposição de personalidade jurídica, com o intuito de manter e ocultar valores no exterior, inclusive na Suíça e no Principado de Liechtenstein, na Europa. Como fruto das referidas apurações, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ofereceu denuncia em face de Christine Puschmann (vúuva de Norbert Miiller) e suas filhas Christine Miiller e Ingrid Maria Miiller Lusguinos”, destacou o procurador.
O inquérito, que fazia referência à Inês Maria Neves Faria, mãe do senador Aécio Neves, foi posteriormente arquivado. De acordo com o Ministério Público Federal no Rio o arquivamento ‘alude ao fato de os valores dos depósitos no exterior serem inferiores àquele fixado pelo Banco Central como de comunicação obrigatória, além da inviabilidade de colaboração internacional [com Liechtenstein] com o fim de dar prosseguimento às investigações’.
Quando o inquérito foi aberto, o senador Aécio Neves se manifestou desta forma:
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nota na quinta-feira, 12, e voltou a chamar de falsas as acusações feitas contra ele pelo ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
“Quando uma delação é homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como ocorreu com a delação do ex-senador Delcídio Amaral, é natural que seja feita a devida investigação sobre as declarações dadas. Trata-se de temas que já foram analisados e arquivados anteriormente”, diz o comunicado. “O senador Aécio Neves tem convicção de que, como já ocorreu no passado, as investigações irão demonstrar a falsidade das citações feitas.”
AGÊNCIA ESTADO

"Temer está dizendo que o povo não cabe no orçamento público"

Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, analisa os possíveis cortes em investimentos na educação brasileira.
O presidente interino Michel Temer mal ocupara o cargo com seus 24 ministros quando começaram a surgir as primeiras notícias dos planos de seu escolhido, José Mendonça Bezerra Filho (DEM-PE), para a pasta da Educação e Cultura -- no retorno a um modelo que vigorou de 1953 a 1985 no país.
Mendonça nunca demonstrou afinidade especial com nenhuma das áreas, e destacam-se em seu currículo o voto a favor da redução da maioridade penal no ano passado, o apoio à candidatura de Aécio Neves e a citação na lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Entre as medidas consideradas, está a possibilidade de reestabelecer a desvinculação das receitas da União destinadas ao setor. "Querem desconstruir uma medida que foi recentemente aprovada pelo Congresso Nacional sem que os direitos tenham sido consagrados. Se tivessem, seria diferente, daria para discutir se é possível recortar. Mas não foram", avalia Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
"Não dá para constituir uma nação que respeite os direitos de seus cidadãos com um governo que chega reformando o financiamento dos direitos sociais", avalia o especialista. Leia a entrevista a seguir.
CartaCapital: Como ficam as metas de creche para todos, de alfabetização na idade certa entre as outras metas do Plano Nacional de Educação com o corte dos 10% dos royalties para a educação aventado por alguns dos novos ministros?
Daniel Cara: A situação é preocupante. O Brasil, ao longo dos anos, determinou um marco legal para o financiamento dos direitos sociais. Primeiro foi a Constituição de 1988 que estabeleceu, no artigo 212, que 25% das receitas de estados e municípios e 18% dos impostos da União deveriam ser investidos em educação.
Na sequência, de 1994 para 1995, Fernando Henrique Cardoso edita a desvinculação das receitas da União, retirando 20% desses 18% de investimento. Foi a primeira iniciativa de desconstruir o que a Constituição tinha estabelecido.
Na gestão de Lula, em 2009, acaba esse mecanismo de desvinculação das receitas da União. É muito recente a reincorporação dos valores e já tem senadores que querem reestabelecer a desvinculação e querem criar também a desvinculação de estados e municípios, cortando de 20% a 30% os 25% da receita destinada à educação. Isso acaba com toda a previsibilidade da gestão dos recursos.
E agora querem desconstruir uma medida que foi recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, sem que os direitos tenham sido consagrados. Se tivessem, seria diferente, daria para discutir se é possível recortar. Mas não foram.
Não dá para constituir uma nação que respeite os direitos de seus cidadãos com um governo que chega reformando o financiamento dos direitos sociais.
CC: E de onde esse dinheiro pode vir se as vinculações forem reduzidas?
DC: Essas vinculações apontadas no artigo 212 já são insuficientes para as necessidades da educação. Não são capazes de garantir o pagamento do piso, as melhorias na infraestrutura das escolas ou a formação continuada dos professores. Está ruim, mas, se as vinculações forem cortadas, a situação será dramática.
Se o Brasil quiser de fato investir adequadamente na educação será necessário vincular mais recursos, além de manter o marco legal que já existe hoje, com as vinculações constitucionais e petrolíferas e o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação].
Para tanto, faz-se necessário editar o imposto sobre heranças e fortunas, que está previsto na Constituição, mas não está regulamentado, e rever as alíquotas tributárias, fazendo com que a população que ganha mais, pague mais tributos.
A carga tributária brasileira não é alta considerada as demandas sociais brasileiras, mas incide sobre quem não pode pagar. Os mais ricos pagam menos tributos e, quando podem, ainda criam offshores para não pagar nada.
Pelas declarações, Temer não vê isso como uma possibilidade concreta, trata-se de um governo vinculado ao interesse dos mais ricos e não da população geral.
CC: E como fica a qualidade da educação, quando ela não melhora se não subir o custo por aluno?
DC: Temos dois problemas na educação. O primeiro deles diz respeito à necessidade de expandir muitas matrículas. Temos que construir pelo menos 3,4 milhões de matrículas em creches, quase um milhão na pré-escola, 500 milhões no ensino fundamental, e 1,5 milhão no ensino médio.
Se já parece muito, ainda faltam 2 milhões de matrículas nas universidades públicas e quase quatro milhões nas escolas técnicas de nível médio. A demanda é enorme. Não tem como criar matrícula e contratar professor se não aumentar o investimento.
A segunda questão é que é preciso qualificar as matrículas que já existem, e não tem como fazer isso sem aumentar o investimento. O cálculo que temos é que precisamos de 40 bilhões de reais a mais por ano se considerarmos só as atuais 40 milhões matrículas na educação básica. E a Constituição Federal e o PNE vão dizer que esse recurso deve vir do governo federal.
CC: O pastor Silas Malafaia pediu "cuidado" para Temer no momento de nomear alguém para a Educação, em referência às discussões de  gênero nas salas de aula. Essas e outras questões atualmente em debate podem estar ameaçadas com José Mendonça Bezerra Filho (DEM-PE) na pasta?
DC: O Mendonça Filho é do Democratas, partido dividido em dois grupos: um que é plenamente liberal, tanto em termos econômicos quanto sociais. A outra parte é ultraliberal na área econômica, mas conservadora em termos de direitos sociais e civis. É preciso saber qual é o grupo do Mendonça Filho.
Os ataques aos direitos humanos e civis são inconstitucionais, embora eles sejam feitos pelos neofascistas brasileiros, “neo” porque não são como os do século passado, mas isso já acontece no Congresso Nacional, pela coalização ultraconservadora.
A tendência é que esses ataques sejam judicializados e o Supremo Tribunal Federal (STF), por aquilo que vem afirmando quando é questionado sobre o tema de direitos humanos e civis, dê ganho de causa pela defesa. Se Mendonça Filho embarcar no ultraconservadorismo, certamente vai perder na judicialização que será promovida e levada ao STF.
O Supremo pode cometer equívocos na pauta política, econômica, federativas, mas não tem falhado em relação aos direitos e, pela composição dos ministros, dificilmente essa tendência mudará. Vale frisar: não é que eles sejam progressistas, mas têm uma ideia básica de direitos humanos e sociais e civis. É muito básico, não tem como ir contra.
CC: Em relação a seus antecessores, considerando seu histórico político, Mendonça Filho tem preparação e conhecimento técnico para ser ministro da Educação e Cultura?
DC: Nenhum ministro que assumiu a pasta ao longo da história do Brasil tinha essa preparação. Quem se aproximou mais disso foi o Renato Janine Ribeiro, mas que só conhecia ensino superior, ele não tinha conhecimento do ensino básico, até por isso sua gestão durou pouco.
A realidade é que o Mendonça Filho é ator externo à área, não é educador, como também nenhum outro ministro foi. Se for para adjetivar Mendonça Filho de despreparado, ele é tão despreparado quanto seus antecessores.
CC: A indicação de Mendonça Filho indica que rumo para a educação brasileira?
DC: Os assessores do presidente interino editaram dois documentos. Um eles tiveram coragem de publicar, o outro, vazaram. O que tiveram coragem de publicar foi o “Ponte para o futuro”, e isso só aconteceu porque quem patrocinou o processo de impeachment foi a elite empresarial brasileira, que é altamente patrimonialista, pouco dedicada às questões públicas.
É orientada para o próprio umbigo e com um raciocínio extremamente retrógrado e curto. Ela só quer se apropriar do que é público, mas não quer investir, construir empresas sólidas, produzir capital. É uma elite vampiresca, não é uma elite capitalista avançada.
Michel Temer edita essa proposição econômica que diz, em outras palavras, que os direitos sociais da Constituição Federal de 1988 não cabem no orçamento público. Quando afirma isso, ele está dizendo que o povo não cabe no orçamento público.
Trata-se de uma experiência de liberalismo mais radical do que qualquer outra implantada no Brasil, certamente até mais radical do que a do regime militar.
Ele vai fazer uma política contracionista de recursos para as áreas sociais com a desculpa de reequilibrar as contas públicas, gerando prejuízo para milhões de brasileiros. Contudo, isso não é uma história nova, é razoavelmente estabelecida na trajetória política social e brasileira.
A exceção possível seria o governo FHC, de caráter neoliberal, mas certamente menos agressivo do que outros países da região, e que não desconstruiu toda a pauta social. Até deu bases para o trabalho que foi muito mais avançado e bem sucedido quando liderado pelo presidente Lula e pelo menos durante o primeiro mandato de Dilma. Depois ela se perde.
Quando se observa o Travessia social, que vazaram, vê-se que ele está subordinado à Ponte para o futuro. A política social de Temer só será possível se não chocar ou constranger a proposta ultraliberal econômica.
Quando [Temer] diz que não haverá cortes em programas sociais, está dizendo que na prática não vai tomar uma decisão radical de extinguir o programa, mas vai esvaziá-los, vai fazer uma ultrafocalização com resultados dramáticos.
Isso porque estamos em uma situação recessiva. Ele está excluindo o fato de que milhões de brasileiros estão perdendo emprego, muitos vão voltar para a extrema pobreza, e vão precisar das políticas sociais.
CC: Quais foram os principais avanços no governo Sarney, quando houve a separação das pastas, e quais podem ser os retrocessos agora que elas voltam a ser uma só?
DC: A separação na época do Sarney foi um avanço. A política de cultura teve alguns momentos que não foram tão brilhantes durante o lulismo, mas foi uma pasta que ficou muito relevante e, sem dúvida, o Brasil produziu, incentivou e investiu mais em cultura a partir de Sarney, especialmente de 1995 para cá e mais fortemente depois de 2003. 

Depois ter ajudado inflamar o golpe, OAB critica nomeação e defende saída de ministros investigados na Lava Jato

Depois ter ajudado inflamar o golpe, OAB critica nomeação e defende saída de ministros investigados na Lava Jato. A OAB foi uma das que protocolou o pedido de impeachment  na Câmara dos Deputados contra a presidenta Dilma. Na ocasião o presidente da instituição, Claudio Lamachia, não apontou um ato específico de crime de responsabilidade cometido pela presidente. Segundo ele, o Conselho Federal da OAB entendeu que Dilma deveria ser processada pelo "conjunto da obra". Na verdade era uma maneira da ordem se precaver se caso o pedido elaborado pelo os juristas (a) Miguel Reale Junior, Janaina Paschoal e Helio Bicudo não fosse aprovado na Câmara dos Deputados.  O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de ministros investigados ou citados na Operação Lava Jato pelo presidente interino, Michel Temer, e disse que poderá avaliar o uso de instrumentos jurídicos para pedir o afastamento de ministros que venham a se tornar réus. 
“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em nota.
“No futuro, se necessário, a Ordem avaliará o uso dos instrumentos jurídicos cabíveis para requerer o afastamento das funções públicas dos ministros que se tornarem réus. Foi com base nesse entendimento que a OAB pediu o afastamento do deputado Eduardo Cunha e do então senador Delcídio do Amaral”, completou.
Na equipe ministerial de Temer, o único investigado na operação é Romero Jucá (Planejamento), mas outros dois ministros foram citados na Lava Jato: Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Além de Jucá que é senador, os dois últimos passam a ter foro privilegiado e, a partir de agora, podem ser investigados apenas pelo Supremo Tribunal Federal.
No documento, Lamachia observa ainda que o novo governo, alçado ao poder pela via constitucional e não pela via eleitoral, “precisa ser um exemplo ético para poder atender aos anseios da sociedade e validar sua legitimidade”. E acrescenta que a OAB acredita no sucesso do Brasil, por isso, “cobrará que, diferentemente do anunciado, o novo ministério não seja composto por pessoas sobre as quais pesem dúvidas”.
Ainda na nota, Lamachia defende que todos cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal, mas acredita que a equipe de ministros precisa estar acima de qualquer suspeita.

domingo, 15 de maio de 2016

Papa critica quem tem compaixão por animais e indiferença pelo vizinho

Francisco falava perante dezenas de milhares de pessoas, debaixo de chuva, naquilo a que se chama uma audiência jubilar, cerimônia que se realiza um sábado por mês, e alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita.
O papa disse que é preciso “não confundir a piedade com a comiseração, que consiste apenas em uma emoção superficial, que não se preocupa com o outro”, afirmou.
E perguntou: “Quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?”
“Não se pode confundir com a compaixão pelos animais, que exagera no interesse para com eles, enquanto fica indiferente perante o sofrimento do próximo”, acrescentou.
O papa explicou aos fiéis que, para Jesus, sentir piedade é “compartilhar a tristeza de quem se encontra, mas, ao mesmo tempo, agir na primeira pessoa para transformá-la em alegria”.
Francisco apelou ao cultivo da piedade, “sacudindo de cima [de si próprios] a indiferença” que impede cada um de reconhecer o sofrimento dos outros e libertando-se da “escravatura do bem-estar material”.

A singular e dolorosa trajetória de um partido resistente que, em busca de poder, passou a se esmerar em traições

Montagem Diário Online Brasil 

Do dr. Ulysses a Temer


A eleição presidencial de 1989, a primeira disputa direta após a ditadura militar, deixou marcada na história do PMDB a grande traição cometida pelo partido.Ulysses Guimarães, referência política importante da história republicana brasileira, disputou a eleição pela legenda fundada em 1965, batizada então de MDB, e por ele presidida a partir de 1971. Ganharia um “P” com a reforma partidária imposta pela ditadura em 1979.  
O candidato contava com a força eleitoral do partido e com a histórica foto na qual erguia um exemplar da Constituição, batizada de “Cidadã”, bem como com seu digno passado de anticandidato em 1973 e de “Senhor Diretas Já”, em 1984. 
Parecia uma arma eleitoral insuperável. Foi um fiasco, para o orgulho do sóbrio e confiante Ulysses. Ele ficou em sétimo lugar com modestos 3,2 milhões de votos, em um eleitorado de 82 milhões.
Esta foi a primeira deslealdade do PMDB. Para isso, o partido abriu mão de tentar conquistar o poder pelo voto popular. Assim, postou-se como guardião das tradições contra um operário metalúrgico chamado Lula que, inesperadamente, ameaçava os candidatos tradicionais. 
Ulysses Guimarães constituição.jpg
O digno líder traído na eleição de 1989
Forçado pelas circunstâncias, o PMDB não titubeou. Descartou Ulysses. Apostou todas as fichas em Fernando Collor, um carioca desconhecido formado politicamente em Alagoas. Uma facada. Seja qual for a explicação, Ulysses foi vítima da deslealdade do PMDB. Uma traição. A primeira, mas não a última.
Posteriormenteem 1994, o partido, sem condições de alcançar o poder, fechou com a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. Chamado até então de “príncipe da sociologia brasileira”, foi reduzido à condição de sociólogo temporário. 
Em 2002, após os oito anos de FHC, em boa parte calamitosos, Lula venceu a disputa. Para formar uma base governista sólida, convocou o PMDB como aliado. O PT reagiu. Rangeu os dentes. Cedeu, ao cabo, e entrou no jogo.
Ao fim de dois mandatos, Lula fez de Dilma Rousseff a sua sucessora. Para suprir eventuais dificuldades eleitorais escolheu Michel Temer como vice-presidente na chapa governamental.
Contava com a influência do PMDB nos confins do País. O partido não tinha identidade política. Era, e ainda é, um ajuntamento de pessoas. Uma diversidade de interesses. Não olha o Brasil, e sim seus interesses. O PMDB, mais uma vez, é o instrumento do jogo de sempre.
O partido, supostamente aliado da presidenta Dilma Rousseff, tornou-se promotor da conspiração golpista. 
E Michel Temer traiu.

sábado, 14 de maio de 2016

Venezuela, Uruguai e El Salvador não reconhecem Michel Temer presidente do Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, pediu na sexta-feira (13) ao embaixador do país no Brasil para regressar a Caracas, depois de o Senado brasileiro ter aprovado a abertura do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff. Os governos de El Salvador e Uruguai fizeram anúncios semelhantes.
“Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas”, disse Nicolas Maduro, que considera que houve “um golpe de Estado” no Brasil, em declarações transmitidas pela rádio e pela televisão.
“Estivemos a avaliar (…) esta dolorosa página da história do Brasil (…). Quiseram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve o Brasil”, afirmou.
Maduro classificou o afastamento de Dilma Rousseff, na sequência da decisão do Senado, “uma canalhada contra ela, contra a sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro”.
Refirmando que houve um golpe de Estado no Brasil, apelou aos seus homólogos na região para que reflitam no que aconteceu com Dilma Rousseff.
Nicolas Maduro advertiu para o perigo do “vírus do golpismo” voltar a tomar conta da América Latina, arrastando consigo “grandes convulsões sociais outra vez”.
Na sexta-feira (13), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) rebateu as críticas dos governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua quanto a legalidade do processo deimpeachment da presidenta afastade Dilma Rousseff.
Em nota, o Itamaraty disse “rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por partes desses governos em relação ao impeachment. A assessoria do Ministério de Relações Exteriores informou que o afastamento de Dilma ocorreu “em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal”.
Uruguai e El Salvador
Neste sábado, o presidente de El Salvador, Salvador Sánchez, anunciou a decisão de não reconhecer a presidência interina de Michel Temer (PMDB) e de retirar a embaixada do Brasil. “Tomamos a decisão de não reconhecer o governo provisório do Brasil, e pedimos à nossa embaixadora que retornasse a El Salvador”, afirmou o mandatário pelo Twitter.
Twitter/Reprodução
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Na quinta-feira, ministro das Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, já havia afirmado que o governo não reconhece Temer. “O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. Com certeza estamos muito preocupados com esta situação e esperamos que tudo ocorra dentro dos parâmetros constitucionais e institucionais. A posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito disso”, afirmou a jornalistas locais.Com agências Brasil e Lusa

Lava Jato vira incógnita em governo Temer

Hegemônico, PMDB é apontado como um dos 'eixos-centrais' de 'organização criminosa'. PT teme que seletividade avance
Em seu primeiro discurso, o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) disse que aOperação Lava Jato “deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la”. A continuidade das investigações foi uma das condições do PSDB, segundo partido com mais ministros, para apoiar o peemedebista. Garantias de que a Lava Jato seguirá? Não exatamente. 
Há dúvidas razoáveis sobre o futuro das apurações. O PMDB, partido hegemônico no governo provisório, no comando de sete das 23 pastas, é um dos mais implicados na Lava Jato. 
No início de maio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ampliação do inquérito-mãe da Lava Jato para incluir novos alvos. No texto, o PMDB é apontado como um dos dois “eixos centrais” da “organização criminosa” investigada por atuação na Petrobras e em outros órgãos públicos – o outro eixo seria o PT. 
Um dos alvos listados no inquérito-mãe é o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, senador pelo PMDB de Roraima. Jucá não é o único representante do núcleo duro do governo provisório na mira. O peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, à frente da Secretaria de Governo, é outro. Idem para o peemedebista potiguar Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo.
A primeira opção de Temer para comandar a Justiça, pasta que controla a Polícia Federal e dialoga com membros do Poder Judiciário, era um advogado, Antonio Mariz de Oliveira, crítico da Lava Jato, a qual abusaria de delações premiadas. O escolhido final, Alexandre de Moraes, do PSDB, também gera dúvidas, apesar de seu partido em público defender a Lava Jato. 
Moraes foi advogado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em uma ação penal aberta pelo STF em 2013 por uso de documentos falsos. Apesar de a papelada ser comprovadamente fajuta e só existir para salvar Cunha em uma acusação de corrupção no passado, ele foi absolvido. Para o relator, Gilmar Mendes, não havia prova de que o deputado afastado soubesse da fajutice. 
Cunha deflagrou o impeachment de Dilma Rousseff por vingança contra ela e o PT, mas também por esperar que um governo Temer amordace a Lava Jato. Nos bastidores, ele às vezes sopra que o presidente interino é co-responsável por indicar um ex-diretor da Petrobras já condenado, Jorge Zelada. 
Um procurador de Justiça experiente e familiarizado com a Lava Jato e a corporação Ministério Público prevê: a investigação vai continuar, o MP está decidido a promover uma reforma política usando o Direito Penal, mas há uma boa chance de que seja seletiva daqui para a frente. “A Lava Jato quer dizimar a cúpula da esquerda”, diz.
É a mesma impressão de alguns graúdos do PT, “a cúpula da esquerda”, temerosos de a Operação ser direcionada cada vez mais ao partido. Seria uma forma de Temer mostrar à opinião pública que a Lava Jato continua, mas sem ameaçar os amigos. Caso seja presidente até 2018, ele poderá indicar, em 2017, o sucessor de Janot, oportunidade para negociar certos compromissos com a PGR.

Vídeo: Viajante do tempo na lutar de Mike Tyson?

Site mostra o que parece ser um telefone inteligente que está sendo usado para filmar uma luta Mike Tyson em 1995 - cinco anos antes da primeira câmera do telefone foi vendido.
O clipe tem levado a especulações entre os teóricos da conspiração que viajar no tempo podem realmente ser possível e que ele já foi usado no futuro. Tyson estava lutando com Peter McNeeley em Las Vegas, quando o viajante do tempo (ou o estrangeiro em férias) foi inadvertidamente filmado no fundo.
UFO spotter Scott C Waring explicou: "O que temos aqui é um viajante do tempo voltando para assistir seu lutador favorito e senta-se na primeira fila.
"Já em 1995 eles tinham telefones, mas eles ainda não têm câmeras neles. Por que um viajante do tempo não gostaria de ver Mike Tyson lutar? '

Por que não de fato.
No entanto, pode, na verdade, ser uma explicação lógica.
Enquanto telefones com câmera / telefones inteligentes não foram inventados na época, câmeras digitais foram - incluindo um que parece suspeito semelhante ao que na luta Tyson.
Killjoys sugeriram que poderia realmente ter sido uma câmera digital
Killjoys sugeriram que poderia realmente ter sido uma câmera digital
Killjoys sugeriram que poderia realmente ter sido uma câmera digital (Foto: Snopes)
Fonte: Metro
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Morre o gato mais velho do mundo

Este é Scooter, ido, mas não esquecido.
Ele pode não estar mais conosco, mas ele certamente tinha um bom período de atividade
O gato Siamese era o gato mais velho vivo do mundo -, mas não viveu para ver o título conferido a ele.
Ele marcou o seu 30º aniversário em 26 de março - fazendo dele o equivalente a 136 anos humanos.
Sua posição foi confirmada pelo Livro Guinness de Recordes Mundiais em 8 de abril.
Infelizmente por esse tempo, ele tinha ido para a grande caixa de areia no céu.
Ele viveu em Mansfield, Texas, com o proprietário Gail Floyd.
Parece que Texas é um terreno pisando feliz para gatos de vida longa.
O gato mais antigo já registrado é Creme Puff, que morreu em 2005 na idade de 38 anos e três dias - o equivalente a 168 anos.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Vídeo: mãe empurra carrinho de bebê e salva filho antes de ser atingida na cabeça por pedaço enorme de concreto

Câmeras de um circuito interno mostraram o momento em que uma mãe conseguiu salvar a vida de seu bebê ao empurrá-lo para frente segundos antes de um bloco de concreto cair no local em que o carrinho da criança estava.
O objeto caiu e atingiu a cabeça da mãe, a fazendo desmaiar instantaneamente.
A mulher de 31 anos milagrosamente sobriveu, mas foi levada às pressas para o hospital de São Petersburgo, na Rússia, com ferimentos graves na cabeça. Acredita-se que sua condição seja grave.
Ela foi atingida por um pedaço de uma laje de concreto que caiu de uma varanda no momento em que empurrou o carrinho de seu bebê em direção à porta de um edifício residencial em Yaroslav Gashek Street.
O bebê poderia ter sido a vítima caso a mulher não o tivesse arredado momentos antes, praticamente em uma fração de segundos.
A polícia está investigando o caso e procura por testemunhas sobre o incidente.
Câmeras mostraram o momento em que uma mãe salvou a vida de seu bebê ao empurrá-lo segundos antes de um bloco de concreto cair no local em que o carrinho da criança estava.
Fonte: Mirror

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