quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Sem-teto acha R$ 500, devolve e ganha R$ 25 mil de recompensa
Presidente da Riachuelo se arrepende de apoiar o Impeachment: 'achamos que Dilma era a culpada'
Segundo a companhia, o desempenho mais fraco foi reflexo da queda nas vendas mesmas lojas e do aumento dos encargos da folha de pagamentos.
Flávio Rocha, presidente da empresa, defendeu em março que o empresariado do país precisava "sair da toca" sobre suas posições políticas para garantir uma guinada liberal no Brasil – caminho que, na sua avaliação, poderia tirar o país da crise.
Agora, Flávio se arrepende. A interlocutores, o empresário admitiu que a política econômica de Dilma nunca foi o problema do país, e que as coisas estão piores. Vale lembrar, no início do ano, o grupo Riachuelo foi condenado por praticar trabalho escravo.
Na ocasião, uma costureira que trabalhava para o grupo relatou uma série de abusos físicos e psicológicos. As funcionárias não bebiam água e quase não faziam necessidades fisiológicas por conta das limitações de trabalho impostas.
A ex-funcionária desenvolveu Síndrome do Túnel do Carpo, que provoca dores e inchaços nos braços. A ação aponta que a trabalhadora teve a sua capacidade laboral diminuída devido ao ritmo de trabalho exaustivo demandado pela fábrica potiguar, onde são confeccionadas peças de roupa vendidas pelas lojas da Riachuelo.
O erro fatal de Dilma e Lula no trato com a mídia
Num determinado momento, Maranhão citou traços fundamentais de RC.
Um deles, típico dos liberais clássicos, era a fé cega no mercado. O governo, para RC, jamais deveria se meter na economia.
É um credo compartilhado pelos demais barões da mídia.
Nos meus tempos de Globo, lembro que um dia João Roberto Marinho sugeriu que grafássemos Estado com o “e” inicial minúsculo. Era uma forma de mostrar o desprezo pelo Estado.
O problema é que todas as empresas jornalísticas brasileiras — eu disse todas — dependem visceralmente do governo.
Nenhuma delas sobreviveria se o governo seguisse o conselho delas e se ausentasse da economia.
São estadodependentes. Morreriam sem as mamatas e os privilégios que o Estado lhes oferece há décadas.
Publicidade bilionária, empréstimos em bancos oficiais a juros maternais e por aí vai — tudo com dinheiro público.
Maranhão, no Roda Viva, falou do dinheiro que a Abril gasta em papel todos os anos para imprimir suas revistas: 100 milhões de dólares.
O que ele não disse é que a Abril não recolhe impostos sobre o papel importado. Nem ela e nem qualquer outra empresa de mídia impressa. É o infame papel imune. (Imune de impostos.)
Com recursos do contribuinte, as companhias jornalísticas cresceram barbaramente.
Em tese, os governos petistas teriam armas para pressionar os barões a lhes dar um tratamento justo.
O ministro da Justiça de Geisel, Armando Falcão, dizia que isso jamais deveria ser esquecido pelos governantes: o poder do governo de influenciar as corporações de mídia em troca dos favores oferecidos.
Mas Lula e Dilma esqueceram, com as conhecidas consequências. Deram muito e não cobraram nada.
Foi seu erro fatal.
Veio o impeachment, veio o golpe — e os donos da mídia puderam continuar a louvar, com imensurável descaro, as virtudes de uma sociedade em que o Estado está fora da economia.
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Salário mínimo não tem aumento acima da inflação pela 1ª vez desde 2003
O salario mínimo não subiu acima da inflação pela primeira vez desde 2003, no início da série medida pelo Dieese. Começou a valer no dia 1º o novo salário mínimo nacional. De R$ 880, o valor passou para R$ 937: um reajuste de 6,48%. No entanto, o reajuste teve a mesma variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O maior aumento real foi em 2006, de 13,04%. O menor foi em 2016, de 0,36%.
Segundo o Dieese, com o novo valor de R$ 937 e considerando uma taxa mensal da inflação medida pelo INPC para dezembro em 0,05%, o salário mínimo terá acumulado ganho real de 77,17% desde 2003.
(Foto: Arte/G1)Impactos na economia
O Dieese estima que 47,9 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo. A elevação do mínimo corresponde a R$ 35 bilhões de incremento de renda na economia e R$ 18,865 bilhões de aumento na arrecadação tributária sobre o consumo.
Previdência
O peso relativo dos benefícios de até 1 salário mínimo é de 48,3% e corresponde a 68,6% do total de beneficiários, segundo o Dieese. O acréscimo de cada R$ 1 no salário mínimo tem impacto estimado de R$ 300,7 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. Assim, o impacto do aumento para R$ 937 (variação de R$ 57 em relação ao salário mínimo anterior) significará custo adicional ao ano de cerca de R$ 17,142 bilhões para os 23,13 milhões de beneficiários.
Empregados
Entre os 12,2 milhões de empregados, o impacto anual decorrente do aumento é de R$ 9,049 bilhões. O impacto entre os 8,6 milhões de trabalhadores por conta própria é de R$ 5,872 bilhões. Já entre os 3,8 milhões de trabalhadores domésticos é de R$ 2,809 bilhões.
Cesta básica
Com o valor do salário mínimo em R$ 937 e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 435 na cidade de São Paulo, o salário mínimo teria poder de compra equivalente a 2,15 cestas básicas, segundo o Dieese. Levando em conta a série histórica que relaciona as médias do salário mínimo e da cesta básica anuais, o levantamento mostra que a quantidade de 2,15 cestas básicas corresponde ao maior valor verificado desde 1979.
Regiões
Entre os ocupados, o salário mínimo teve maior força nas regiões Norte e Nordeste em 2015. No Norte, 40,9% recebiam até 1 salário mínimo e 36,5% mais de 1 até 2 salários. No Nordeste a proporção era de 54% e 30%, respectivamente. No Sudeste 18,1% recebiam até 1 salário mínimo e 45% mais de 1 até 2 salários. No Sul a proporção era de 16% e 44,1%, respectivamente. No Centro-Oeste era 20% e 41,4%. No Brasil, a média era de 28,3% e 40,3%, respectivamente.
Confira também, Senador Humberto Costa é agredido por fascista em livraria
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Governo Temer quer recuperar concessões de rádio e TV para políticos
Segundo informações do Supremo, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 429 na última segunda-feira (7) e, na quarta (9), a ação foi distribuída para a ministra Rosa Weber.
A AGU alegou que proibir a posse de veículos de comunicação a parlamentares fere “preceitos fundamentais como o do valor social do trabalho e da livre iniciativa, da primazia da lei, da livre expressão e da liberdade de associação.”
Para a defesa de Temer, “o Poder Judiciário vem proferindo decisões conflitantes a respeito da matéria“, e por isso o Supremo deveria se manifestar sobre a constitucionalidade da proibição.
O MPF tem ajuizado diversas ações civis públicas nas quais postula o cancelamento ou a não renovação das concessões, permissões e autorizações de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens a empresas que tenham como sócios titulares de mandado eletivo. Além dessas ações, aponta que tramitam no MPF investigações preliminares sobre a matéria, inclusive com expedição de recomendações a parlamentares no sentido da sua exclusão do quadro societário dessas empresas.
Os procuradores usam o artigo 55 da Constituição, que veda, desde a expedição do diploma, deputados e senadores de “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes“.
Mas, na visão da AGU, os serviços de radiodifusão estão submetidos a atos reguladores próprios, e a participação de parlamentares não está proibida pela Constituição. “O artigo 222 da Constituição, que traz limitações à propriedade e ao quadro societário dessas empresas, não faz qualquer referência ao fato de determinado sócio ser detentor de mandato eletivo”, sustenta. “E se não há restrição constitucionalmente estabelecida nesse sentido, não pode sequer a lei fazê-lo”.
No pedido de liminar para suspender a tramitação de todas as ações que tratam do tema, a AGU aponta o risco de serem proferidas novas decisões que provoquem a suspensão dos serviços. “Vale ressaltar que a radiodifusão constitui o único meio de comunicação realmente universalizado no Brasil”, argumenta. “A suspensão do serviço e da concessão de novas outorgas ensejaria irremediável prejuízo à população, em detrimento da necessária continuidade do serviço público e implicaria danos particulares às pessoas jurídicas e físicas envolvidas em sua prestação”.
Rosa Weber, contudo, já proferiu opinião contrária. Na Ação Penal 530, a ministra afirmou que, “a proibição específica de que parlamentares detenham o controle sobre empresas de radiodifusão”, pela Constituição, visou evitar o “risco de que o veículo de comunicação, ao invés de servir para o livre debate e informação, fosse utilizado apenas em benefício do parlamentar, deturpando a esfera do discurso público”.
Para a ministra, segundo matéria daCartaCapital, “democracia não consiste apenas na submissão dos governantes a aprovação em sufrágios periódicos. Sem que haja liberdade de expressão e de crítica às políticas públicas, direito à informação e ampla possibilidade de debate de todos os temas relevantes para a formação da opinião pública, não há verdadeira democracia”. E “para garantir esse espaço livre para o debate público, não é suficiente coibir a censura, mas é necessário igualmente evitar distorções provenientes de indevido uso do poder econômico ou político”.
Segundo levantamento do Intervozes, há atualmente 40 deputados federais e senadores no corpo societário de empresas de comunicação.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Pior que condução coercitiva: a PF tirou Aécio da praia para depor
Pois o senador foi ouvido no inquérito que apura se ele fraudou dados da CPI dos Correios, de 2005.
Se houve vazamento para a imprensa, ninguém deu prosseguimento. Mais provavelmente, nada foi vazado.
Também não teve cobertura ao vivo na GloboNews, helicóptero, agentes com fuzis e muito menos condução coercitiva. Tudo nas mais perfeitas calma e civilidade.
Sob essa cortina de silêncio, escapou a razão do depoimento. Em sua delação premiada homologada no STF, Delcídio do Amaral contou que o mineiro maquiou informações obtidas no Banco Rural pela Comissão Parlamentar de Inquérito que ele presidiu.
Suspeita-se da ocultação da relação entre o Banco Rural e o mensalão mineiro.
Delcídio também implicou Eduardo Paes, na época deputado federal pelo PSDB, e Clésio de Andrade.
“Que os dados atingiriam em cheio a pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais”, lê-se na delação.
Sobra ainda para Carlos Sampaio, o pitbull de Aécio ao longo de 2015 e meados de 2016. Sampaio saberia da tentativa de maquiagem.
Em outubro, Gilmar Mendes atendeu ao pedido de Janot e autorizou a PF a analisar vídeos do transporte de documentos da CPI dos Correios.
No dia em que o inquérito sobre Aécio foi aberto, 3 de maio, servidores transportaram caixas de uma sala para a Coordenação de Arquivo do Senado a pedido do gabinete do tucano.
Aécio alegou que estava colhendo elementos para apresentar a sua defesa. Você acredita se quiser.
O maior desrespeito dos agentes que quiseram ouvi-lo na terça foi tirar Aécio Neves da praia com um sol desses. Isso não se faz.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
O preço da imprensa brasileira: 900% de aumento em verbas publicitárias. E Padilha some do noticiário
Por Altamiro Borges, em seu blog
Na semana passada, o desesperado Michel Temer se reuniu com João Roberto Marinho, um dos três herdeiros do império da Rede Globo, e pediu uma cobertura jornalística mais generosa da empresa.
Também nos últimos dias, vários prepostos da mídia monopolista visitaram os aspones da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. Pelo jeito, as conversas renderam frutos.
Somente as revistonas – como Veja, Época e IstoÉ – tiveram um aumento de 900% nas verbas publicitárias.
Como contrapartida, a mídia mercenária parece que deu uma trégua ao covil golpista. Um dos chefes da quadrilha, o ministro Eliseu Padilha, por exemplo, já sumiu do noticiário.
No início de dezembro, o ministro-chefe da Casa Civil e mais seis sócios foram alvos de duas ações de bloqueio de R$ 108 milhões em bens por degradação ambiental.
Por determinação da Justiça, uma operação conjunta das polícias Militar, Civil a Ambiental de Mato Grosso encontrou cerca de 1.900 cabeças de gado durante os mandados de busca e apreensão nas fazendas do homem de confiança do Judas Michel Temer.
Reportagem da Folha registrou que “também foram encontrados espingardas, 18 armas de fogo, uma motosserra e um trator… No local, além das diversas armas de fogo, foram encontradas provas de desmatamento em área de preservação permanente e produtos ou substâncias tóxicas nocivas à saúde humana e ao meio ambiente, segundo o Ministério Público Estadual “.
Ainda de acordo com a matéria, “em uma das fazendas interditada, de acordo com a Promotoria, os policiais encontraram péssimas condições das acomodações dos funcionários. As imagens foram encaminhadas aos Ministérios Público do Trabalho, Federal e ao Ministério do Trabalho, diante da suspeita de trabalho análogo à escravidão”.
E a Folha completou, apimentando ainda mais o caso: “A esposa do ministro Eliseu Padilha, Maria Eliane, também foi alvo do bloqueio da Justiça por ser sócia do marido em uma das fazendas. O valor bloqueado é de mais de R$ 3 milhões”.
Na ocasião, o ativo líder do “golpe dos corruptos” — também chamado nos bastidores de Brasília de “Eliseu Quadrilha” — disse que ficou surpreso com a existência das duas ações civis públicas e com a busca e bloqueio dos seus bens.
Em nota, ele afirmou que o juiz deferiu as liminares sem que ele fosse ouvido e que tudo o que ele tem de bens está disponível ao conhecimento de qualquer cidadão.
“Não foi bloqueada a dita importância [$ 108 milhões] em minha conta corrente bancária, até porque o saldo dela era de R$ 2.067,12, que foi bloqueado”. Coitado! É um pobretão!
O episódio esquentou os rumores de que o amigo do Judas Michel Temer seria o próximo ministro a ser defecado do covil golpista.
Na bolsa de apostas de Brasília, sua cotação cresceu.
Diante da onda de boatos, o próprio usurpador fez questão de garantir, em coletivas à imprensa, que não exoneraria o seu braço direito e homem de confiança.
Depois das conversas com João Roberto Marinho e das boas novas em publicidade para os veículos impressos, o bloqueio de bens de Eliseu Padilha simplesmente sumiu da mídia mercenária.
Nada mais sobre crimes ambientais e depósito de armas. Nada mais sobre exploração de trabalho análogo à escravidão.
Nada mais sobre “Eliseu Quadrilha”. Coincidência?
sábado, 17 de dezembro de 2016
Governo Temer: Bem-vindos à barbárie
Assista “O BRASIL NÃO RESOLVE SUA CRISE SEM ELEIÇÃO DIRETA E GOVERNO LEGÍTIMO”
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Delação diz que Dilma descobriu e cortou propina da Odebrecht, isso levou ao Impeachment
Plantão Brasil - Na noite de ontem, uma nova delação premiada da Odebrecht atingiu Michel Temer. Ela foi feita pelo executivo Márcio Faria, ex-vice-presidente da empreiteira, que relatou um encontro no escritório de Michel Temer, em São Paulo, com Eduardo Cunha e o lobista João Augusto Henriques, às vésperas da eleição presidencial de 2010.
No encontro, segundo o delator, teria ficado acertado que a Odebrecht faria doações ao PMDB, tendo como contrapartida contratos na área internacional da Petrobras, que era comandada pelo partido. Ou seja: a doação era propina (leia mais aqui).
Sem ter como negar o encontro, Temer o confirmou, mas disse que, se alguém pediu dinheiro, foi Cunha, não ele. E o contrato em questão dizia respeito à manutenção de plataformas da Petrobras no exterior pelo PMDB.
Pois bem: em 2013, após uma auditoria interna, a gestão da ex-presidente Graça Foster na Petrobras cortou em 43% o valor do contrato com a Odebrecht, que caiu de US$ 840 milhões para US$ 480 milhões, numa decisão que revoltou o PMDB, o então vice-presidente Michel Temer e seus principais aliados.
É mais um indício de que o golpe parlamentar de 2016 foi uma reação de forças corruptas da política brasileira contra a presidente honesta.
Abaixo, reportagem publicada à época pelo Estado de S. Paulo:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-corta-em-43-contrato-de-us-840-milhoes-com-a-odebrecht-imp-,1038200
(3 de junho de 2013, dez dias antes do início das manifestações contra Dilma)
Petrobrás corta em 43% contrato de US$ 840 milhões com a Odebrecht
Uma auditoria interna da Petrobrás contestou contrato da petroleira com o grupo Odebrecht em torno de US$ 840 milhões para serviços em dez países. Depois de análise do órgão interno, que atua com independência, o montante a ser pago foi reduzido em 43% do valor original, a cerca de US$ 480 milhões.
O acordo inclui trabalhos de manutenção na refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), onde a Petrobrás é investigada por ter firmado um contrato com falhas e comprado a unidade por preço acima do de mercado, como revelou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em julho do ano passado (leia texto ao lado).
O contrato foi tema de pauta em reunião de conselho de administração da companhia realizada há pouco mais de dois meses. A presidente Graça Foster fez questão de relatar o caso aos outros nove administradores da estatal, no conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em seu relato ao conselho, Graça Foster não comentou que estavam incluídos no contrato trabalhos na refinaria de Pasadena. O serviço foi contratado durante a gestão de seu antecessor, José Sérgio Gabrielli.
Destino. Apenas US$ 400 milhões foram inicialmente destinados para a Odebrecht. Restaram em torno de US$ 80 milhões a serem pagos pela Petrobrás. Graça disse na reunião que o montante só seria desembolsado caso empresas locais oferecessem preços mais altos pelos trabalhos acordados inicialmente com a Odebrecht. Todos os valores são aproximados.
O acordo foi feito com Odebrecht Engenharia Industrial, braço da construtora responsável por obras industriais da empresa no Brasil e no exterior, em áreas como petróleo, mineração, petroquímica e metalurgia.
A empresa é responsável pelo contrato de prestação de serviços para a área de Negócios Internacionais da Petrobrás, dentro do plano de ação de certificação em segurança, meio ambiente e saúde, denominado Projeto PAC SMS.
O contrato guarda-chuva contempla vários países e, em 2011, foi ampliado para incluir serviços específicos em Pasadena.
Sem comentários. Procurada, a Odebrecht não quis comentar. A Petrobrás também não se manifestou oficialmente. A petroleira não informou o motivo da redução dos valores, nem por que o contrato foi revisto. Tampouco detalhou os serviços e países envolvidos.
Mas o Broadcast apurou que o contrato revisto do Projeto PAC SMS inclui, além dos Estados Unidos, nove países que têm refinarias e estações de serviços da Petrobrás. São eles Argentina, Japão, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Bolívia e Brasil. Segundo uma fonte, o acordo foi reduzido quase à metade por ter sido considerado caro demais para os serviços oferecidos.
As obras são conduzidas em parceria com a Foz do Brasil, uma empresa do grupo Odebrecht para projetos ambientais. Conta com 26,53% de participação acionária do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
O contrato suplementar para Pasadena foi firmado para recuperação, construção, montagem e elaboração de estudos e diagnósticos das áreas de SMS. Também inclui colocação de equipamentos e realização de serviços para contingência e combate a incêndios.