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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Rede Globo: Temer entra para a história pela porta dos fundos

Co-responsável pelo golpe que derrubou a presidente legítima Dilma Rousseff e destruiu a imagem e a economia do Brasil, a Globo tem agora um pepino nas mãos, chamado Michel Temer; diante das provas irrefutáveis de corrupção e fisiologismo, a Globo está em campanha aberta para se distanciar de Temer e removê-lo do Planalto —aonde, vale lembrar, ele não teria chegado sem seu apoio; nesta quarta, o conglomerado da família Marinho divulgou um duro editorial contra o peemededebista, em que diz com todas as letras: Temer entrará para a história pela porta dos fundos
O jornal O Globo publica nesta quarta-feira um duro editorial contra Michel Temer. Intitulado "Temer entra na História pela porta dos fundos", o texto enumera a sucessão de tramóias praticadas pelo peemedebista.
"Temer conseguiria, de fato, lugar na História, mas como o primeiro presidente em exercício a ser denunciado por corrupção. O passado e as práticas do PMDB — em especial, do grupo do presidente na Câmara, em conexão com o encarcerado Eduardo Cunha — foram mais fortes que possíveis intenções de Temer de abrilhantar a biografia. Por isso, manteve os esquemas do fisiologismo do toma lá dá cá, e, como se vê, não obstruiu o fluxo de dinheiro de propina pelos subterrâneos do partido. Ao contrário, transferiu o propinoduto para o porão do Palácio do Jaburu, já na condição de presidente da República", diz o editorial.
Confira abaixo a íntegra do texto:
Temer entra na História pela porta dos fundos
Não que o advogado Michel Temer, vice de Dilma Rousseff — chapa nascida da aliança entre PMDB e PT, negociada em bases nada republicanas —, fosse de absoluta confiança. Mas, político rodado, presidente da Câmara dos Deputados três vezes e do próprio partido, Michel Temer assumiu no impeachment de Dilma com o trunfo de, com base em toda esta expertise de transitar com facilidade pelo Congresso, poder aprovar, em pouco menos de dois anos, as principais reformas de que o Brasil necessita para voltar a crescer. Conquistaria lugar de destaque na República.
Temer conseguiria, de fato, lugar na História, mas como o primeiro presidente em exercício a ser denunciado por corrupção. O passado e as práticas do PMDB — em especial, do grupo do presidente na Câmara, em conexão com o encarcerado Eduardo Cunha — foram mais fortes que possíveis intenções de Temer de abrilhantar a biografia. Por isso, manteve os esquemas do fisiologismo do toma lá dá cá, e, como se vê, não obstruiu o fluxo de dinheiro de propina pelos subterrâneos do partido. Ao contrário, transferiu o propinoduto para o porão do Palácio do Jaburu, já na condição de presidente da República.
Encaminhada na segunda à noite ao Supremo Tribunal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a denúncia de corrupção passiva se baseia em depoimento e gravação de conversa com o presidente feitos pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS. Mas não só. Joesley, segundo acordo de delação premiada assinado com a PGR, colaborou, ainda, em uma “operação controlada”, nos termos da legislação, em que, além de gravações, foi feito vídeo da entrega de mala com R$ 500 mil ao deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR), indicado por Temer ao empresário para tratar de “tudo”, de qualquer assunto de interesse de Joesley.
Somadas, as provas sustentam uma denúncia sólida contra Temer: gravação do presidente indicando Loures para Joesley abordar temas subterrâneos, na falta do ex-ministro Geddel Vieira, sob investigação; Loures, também em gravação, dispondo-se a defender interesses de Joesley no Cade e na CVM; e o acerto de uma generosa mesada a Loures, em troca da ajuda na solução de uma pendência com a Petrobras sobre o preço do gás cobrado a uma termelétrica da JBS.
O quadro se fecha com um depoimento do executivo do JBS Ricardo Saud comprovando ser correta a evidência de que Loures recebia o dinheiro em nome de Temer. Os dois, como disse o executivo, teriam bela “aposentadoria” . Pois, paga ao longo de 25 a 30 anos, a propina chegaria a centenas de milhões.
O presidente decidiu rebater a acusação da PGR em pronunciamento, ontem à tarde, no Planalto, diante de uma plateia de aliados, com os quais espera contar na votação da denúncia, a ser enviada à Câmara pelo Supremo. Mas, em vez de responder a questões objetivas da acusação, partiu para o ataque a Janot. Para Temer, a PGR “reinventou o Código Penal”, ao instituir a “denúncia por ilação”. Mais: a delação de Joesley Batista foi negociada por um ex-procurador que trabalhara com o procurador-geral e, por este trabalho, teria ganhado muito dinheiro. Aproveitou para insinuar que Janot teria recebido parte do pagamento, mas disse que não faria a denúncia, porque, assim, repetiria a acusação da PGR contra ele.
É muito difícil que a aplicação do velho chavão — a melhor defesa é o ataque — funcione diante de tantos indícios e provas em sentido contrário. Para descredenciar a gravação feita por Joesley da conversa noturna no porão do Jaburu, Temer insistiu com o laudo feito por perito contratado por sua defesa, quando a Polícia Federal acabara de atestar como verdadeiro o áudio. As 294 paralisações da gravação, segundo a PF, não são intervenções fraudulentas, mas característica do gravador, que para quando ninguém está falando.
Ainda há mais acusações a caminho contra Temer. A de obstrução da Justiça foi reforçada com a elucidação, pela PF, de trechos que eram inaudíveis. A criação de obstáculos para a ação do Estado na repressão ao crime ficou configurada quando Joesley e Temer trataram da ajuda financeira a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro, operador financeiro de Cunha e de outros do PMDB.
Joesley fazia pagamentos periódicos a Cunha e Funaro, em troca do silêncio dos dois. Houve grande controvérsia em torno de algumas palavras, mas o trabalho feito nos laboratórios da PF reforça a acusação do procurador-geral de que Temer, naquela noite, estimulou o empresário a continuar com os pagamentos aos dois. Esta é uma passagem tóxica para Michel Temer.
Na segunda-feira, o presidente aproveitou solenidade no Planalto para dar um grito de guerra: “Nada nos destruirá, nem a mim, nem aos ministros” . Resta saber como. À noite, depois de formalizada a acusação, Temer se reuniu em Palácio com o ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência; a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e advogados que o defendem no STF. As tropas de Temer, porém, são mais numerosas.
Elas já devem estar fazendo intenso trabalho junto aos membros da Comissão de Constituição e Justiça, para onde a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, enviará a denúncia. Conseguir que a CCJ rejeite o pedido — mesmo que ele siga de qualquer forma ao plenário — é importante para Temer. Deverá ser feito “o diabo”, nos termos usados por Dilma Rousseff, na obtenção de votos na comissão. Caberá vigilância estreita sobre as transações que inevitavelmente transcorrerão na Câmara.
São conhecidas as manobras para trocas de deputados com assento na CCJ, para se garantirem resultados nas votações. Nesta hora, pesam os vínculos e compadrios construídos por Temer e seu grupo durante muito tempo de convívio no Congresso. A não ser que conte a impopularidade recorde do presidente. Mas ele jogará tudo para fazer morrer na Câmara a acusação, evitando que chegue aos 11 ministros do Supremo, Corte muito diferente do TSE.
O resto é zelar pelos trâmites constitucionais, sem manobras protelatórias, para se desatar o nó político-institucional, pelas regras legais. A economia ainda emite sinais positivos decorrentes do que pôde ser feito até o porão do Jaburu ser iluminado pela delação de Joesley. Mas seria um milagre o PIB se desconectar de uma crise que tem nome: Michel Miguel Elias Temer Lulia. Porém, importa agora é que as instituições decidam, essencial para manter a segurança jurídica, independentemente de qual será o desfecho.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Vídeo- ‘Tenho certeza que a possibilidade de ganhar as eleições é muito grande’, diz Lula à Itatiaia

O ex-presidente Lula concedeu entrevista à Rádio Itatiaia na manhã desta terça-feira. Entre outros temas, o petista falou sobre a corrida presidencial do próximo ano, a denúncia criminal feita pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, a possibilidade de eleições diretas, além da sentença do julgamento sobre o caso do tríplex do Guarujá.
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada pelo jornal ‘Folha de São Paulo’ nessa segunda-feira colocou Lula em primeiro lugar nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, com 30% da preferência do eleitor. Na sequência, estão Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede), com 16% e 15%, respectivamente.
Além de praticamente confirmar sua candidatura, o petista mostrou muita confiança na vitória. “Sabe qual é a impressão que eu tenho depois de olhar a pesquisa? É que eles estão tentando fazer uma procura de um candidato para me enfrentar. Qualquer dia eles vão colocar placa num poste, como se estivessem procurando emprego. Ou seja, procura-se alguém para tentar derrotar o Lula. Eu vou te dizer uma coisa com muita humildade. Se for necessário ser candidato, serei candidato. E se for candidato, tenho convicção, tenho certeza que a possibilidade de ganhar as eleições é muito grande”, disse o ex-presidente.
Sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva no caso JBS, Lula não quis condenar o peemedebista antecipadamente. “O Temer pode cair, mas um processo qualquer que aconteça contra um presidente, ou contra qualquer ser humano, precisa ser investigado para saber se são verídicas as denúncias, se tem provas concretas. Se tiver provas concretas, efetivamente o Temer não tem como continuar na Presidência da República. Verdade que ele tem uma maioria no Congresso, mas é verdade que essa maioria também está fragilizada, tal é a grandeza da vontade da sociedade que o Temer deixe a Presidência da República”, analisou.
Nos próximos dias, o juiz federal Sérgio Moro pode anunciar a sentença do julgamento em que Lula é acusado de receber propina da construtora OAS por contratos da empreiteira com a Petrobras através da compra e reforma de um apartamento tríplex no Guarujá, no litoral paulista. O petista negou mais uma vez que seja do imóvel. “Sinceramente, se tiver uma decisão que não seja a minha inocência, eu quero dizer para você que não vale a pena você ser honesto neste país”, afirmou. “Desafio o Ministério Público a provar que o apartamento é meu, que tem um documento, que tem um centavo, que tem um real, que tem um documento assinado, que tenha alguma coisa no cartório. Ou seja, eu continuo desafiando o Ministério Público a apresentar uma prova, porque não é possível que eu tenha um apartamento que não é meu, que não tem documento, que eu nunca fui lá, nunca morei”, assegurou.
Ouça acima a entrevista completa do ex-presidente Lula à repórter Edilene Lopes:

TRF4 reverte decisão de Moro e absolve Vaccari em processo da Lava Jato

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) absolveu hoje (27) em segunda instância o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ele havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em uma ação penal resultante da 10ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2015.
Por maioria de votos, a 8ª Turma do TRF4 considerou que as provas contra Vaccari são insuficientes por se basearem apenas em delações premiadas.
“A existência exclusiva de depoimentos prestados por colaboradores não é capaz de subsidiar a condenação de 15 anos de reclusão proferida em primeiro grau de jurisdição, uma vez que a Lei 12.850/13 reclama, para tanto, a existência de provas materiais de corroboração que, no caso concreto, existem quanto aos demais réus, mas não quanto a João Vaccari”, disse o desembargador federal Leandro Paulsen ao proferir seu voto.
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no TRF4, defendeu a condenação do ex-tesoureiro do PT, mas foi voto vencido.
O TRF4 também aumentou a pena do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, condenado por Moro a 20 anos e oito meses de prisão. Com a decisão da segunda instância, a pena foi elevada para 43 anos e nove meses de prisão.
O julgamento desta ação havia sido suspenso no dia 6 de junho, quando o desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus pediu vistas do processo.

DESESPERO! Temer ataca Janot e insinua que procurador levou dinheiro da JBS


247 – Michel Temer partiu para o ataque contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em pronunciamento feito à imprensa na tarde desta terça-feira 27 para se defender da denúncia por corrupção passiva apresentada contra ele.Temer ironizou ao dizer que não queria fazer “ilações”, ou “acusações sem provas” – como afirmou terem feito contra ele -, mas insinuou que Janot teria recebido dinheiro da JBS por meio de um ex-procurador, Marcelo Miller, que segundo Temer “abandonou o Ministério Público” para ir trabalhar “numa empresa que faz delações”, onde teria ganhado “milhões em poucos meses”.“Ainda não está claro o que moveu Janot, que homologou uma delação e distribuiu o prêmio da impunidade”, declarou, em alusão aos benefícios recebidos pelo dono da JBS, o empresário Joesley Batista, autor da delação que o atinge.

Segundo Temer, a denúncia da PGR apresentada ontem “é uma peça de ficção”, uma “denúncia frágil e precária”, baseada em uma delação de alguém movido pelo “desespero de se safar da cadeia”, em referência a “Joesley e seus capangas”, como descreveu o dono da JBS.

A respeito do encontro no Palácio do Jaburu, onde recebeu Joesley num domingo à noite, sem que o empresário se identificasse antes de entrar, Temer disse que recebia na residência oficial da vice-presidência “o maior produtor de proteína animal do País, senão do mundo”. Para ele, a gravação feita por Joesley “é uma prova ilícita, inválida para a Justiça”.

Temer criticou ainda o fatiamento da denúncia pela PGR: querem “provocar fatos semanais contra o governo”. E afirmou que “inexistem” provas concretas de recebimento de valores indevidos por ele. “Vejam vocês que fui denunciado por corrupção passiva, a essa altura da vida, sem ter recebido qualquer valor ilícito”, disse. “Este é um ataque injurioso, indigno, infamante à minha dignidade pessoal”, acrescentou.

No auge do cinismo, Temer disse que está “recolocando o país nos trilhos”, e que por isso tem sido “vítima dessa infâmia”, e afirmou ainda que não sabe como ‘Deus o colocou na presidência’, ignorando o golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff do poder.

“Eu tenho orgulho de ser presidente, é algo tocante. Não sei como Deus me colocou aqui, me dando uma tarefa difícil. Tenho honra do trabalho que estou fazendo pelos avanços que meu governo praticou, não fugirei de batalhas”.

Temer orientou Cunha a derrubar todos projetos de Dilma e deixar governo travado para derrubá-la

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a Casa já “derrubou o governo” e que não será votado qualquer projeto enviado pelo governo Dilma Rousseff, como o projeto que renegocia a dívida dos estados e do Distrito Federal, enviado ao Congresso em março. “A não ser que seja para derrubar”: — Acho que não vai ser votado nenhum projeto do governo aqui, a não ser que seja para derrubar.

Ele também disse que os deputados não devem participar de uma sessão do Congresso Nacional para apreciar alterações na meta fiscal de 2016. Caso ela não seja apreciada pelo Congresso até o dia 22 de maio, segundo integrantes da equipe econômica do governo, será preciso fazer um novo contingenciamento de gastos que vai paralisar a máquina pública, o chamado shutdown.E voltou a defender que o Senado dê celeridade ao julgamento do processo de impeachment.

— Então o Senado deveria votar rapidamente, porque a Câmara dificilmente vai participar de uma sessão do Congresso Nacional para votar esse projeto.

Perguntado se a votação não deveria ocorrer já de olho num governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), Cunha deu de ombros:

— Não importa, é uma questão política, é um projeto vindo do governo mudando a meta. Não há condição política de votar um projeto desse, não se votará. Se o Brasil vai entrar em shutdown por isso, então mais uma razão para o Senado apressar.

Para o presidente da Câmara, a ‘Câmara já derrubou o governo’.
— Para o país, essa postergação (no Senado) vai causar muitos prejuízos porque, na verdade, a Câmara derrubou o governo. A Casa já fez sua parte da avaliação, então para a Câmara não tem governo, ficou um meio governo. O Senado tem o direito até de rever a decisão da Câmara. Mas, enquanto o Senado não rever, a decisão política prevalecendo para a Câmara é a que ela proferiu — disse, chamando Dilma de “ainda presidente”.

— O que vai acontecer a partir da semana que vem é que temos uma ainda Presidente da República e ninguém vai reconhecer absolutamente nada para efeito de matérias. É uma paralisia do Congresso Nacional até o Senado decidir — afirmou Cunha.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Um ano de golpe: Temer e Aécio mortos, Lula e PT crescendo e Janaína Paschoal limpando banheiro

Por Kiko Nogueira - Um ano depois do golpe, o cenário para seus artífices é de terra arrasada e faltPor Kiko Nogueira - Um ano depois do golpe, o cenário para seus artífices é de terra arrasada e falta de perspectiva.a de perspectiva.Para resumir: Temer e Aécio destroçados, Lula favorito para 2018 e a popularidade do PT crescendo juntamente com ele.

Segundo todas as pesquisas, Lula lidera isolado nas intenções de voto para presidente. A mais recente, encomendada pelo Poder360, traz o petista em primeiro com 27% nos 2 cenários testados.O desempenho, diz o site, é “estável, com ligeira tendência de alta – ele teve pontuações positivas em relação a estudos anteriores, mas sempre dentro da margem de erro”.

Em abril, Lula amealhou 24% e 25% da preferência do eleitorado, sendo que, em maio, o número era também 25%.

O Datafolha de domingo, 25, crava que o PT atingiu a maior popularidade desde a segunda posse de Dilma. É o partido preferido de 18% das pessoas ouvidas.

Voltou a crescer em maio, quando alcançou 15%, de acordo com o instituto. Em segundo lugar, empatados com 5%, estão o PSDB e o PMDB.

Fica patente também o fracasso da dobradinha de Sergio Moro com a mídia. Três anos de perseguição a Lula e o que temos? Procuradores viciados em aparecer a qualquer custo enquanto sua nêmesis cresce na foto.

A fraude da derrubada de Dilma foi um péssimo negócio para os sócios. 

Há um recado esperançoso da democracia para essa canalha: você consegue enganar alguns parte do tempo, mas não todo mundo o tempo todo.

Talvez nada represente melhor esse fiasco do que Janaína Paschoal, a pomba gira que ainda vive de seus 15 minutos de fama do pedido de impeachment: tuiteira e fiscal de banheiro.

Ricos estão mais satisfeitos com Temer do que pobres, mostra pesquisa

No blog do Sakamoto - O governo Michel Temer é considerado ótimo ou bom por apenas 7% dos entrevistados, de acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (24). Para entender o tamanho da tragédia, é um número comparado apenas ao da gestão de José Sarney, na época da crise da hiperinflação. Ou seja, com o inferno.Uma análise dos números do Datafolha mostra que ele encontra mais respaldo entre os mais ricos. Sua taxa de ruim e péssimo é de 71% para os que têm renda familiar de até dois salários mínimos e de 55% entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos. E antes que alguém grite que isso tem a ver com escolaridade, a pesquisa mostra que as pessoas com ensino superior completo apresentam taxa de 71%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.Considerando a média da população, 65% acham que sua saída ajuda o país, 76% defende que ele renuncie, 81% quer abertura de processo de impeachment e 83% prefere a convocação de eleições diretas imediatamente, sendo que apenas 12% quer eleição indireta. Porém, entre os que têm renda familiar de mais de dez salários mínimos, 42% acha que é melhor que ele conclua o mandato, 67% defende que ele renuncie, 68% que sofra impeachment. E 25% querem que seja o Congresso Nacional e não a população que eleja um sucessor.

Esses números indicam que os mais pobres e parte da classe média perceberam que a fatura da crise econômica está caindo em seu colo. E que o momento está sendo mais suave para os mais ricos (não houve aumento de impostos para eles, tampouco o governo voltou a taxar os dividendos de suas empresas, suas fortunas e suas heranças e seguem recebendo gordos subsídios para seus negócios). Que, além disso, veem sua agenda de reformas ser implementada pelo governo federal

Tivemos a aprovação da PEC do Teto dos Gastos – impedindo o crescimento do investimento para a melhoria do serviço público por 20 anos e afetando áreas como educação e saúde. E da Lei da Terceirização Ampla – precarizando trabalhadores e impondo a eles perdas salariais e aumentos de jornadas, enquanto reduz os custos do empresariado.

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está em análise pelo Senado Federal o projeto de Reforma Trabalhista – que vai reduzir a proteção à saúde e à segurança do trabalhador e aumentar a lucratividade e a competitividade de grandes empresas. E o governo tenta empurrar goela abaixo algo cuja impopularidade só rivaliza com a de Temer: a Reforma da Previdência – pela qual trabalhadores pobres serão afetados, por exemplo, com o aumento do tempo de contribuição mínimo para 25 anos, mas que ampliará as possibilidades de ganhos para o mercado de fundos de aposentadoria privados.

O mais ricos temem que Temer esteja ferido de morte e incapaz de entregar a Terra Prometida. E, no caso de sua substituição, preferem uma eleição indireta pelo Congresso Nacional (onde detém larga influência) do que uma eleição direta após cassação de chapa eleitoral – saída mais democrática. Afinal, sabe que apenas um governo que não foi eleito e que não pretende ser reeleito e aceita ser impopular pode fazer as mudanças que eles querem.

Não significa que os mais ricos o amem. Pelas declarações frequentes de empresários, boa parte tem ojeriza às suas práticas e a seu grupo político. Mas, ao que tudo indica, o pragmatismo dos negócios continua maior do que a defesa da ética por aqui.

Machismo

Outro número interessante: as mulheres puxam para cima a taxa de rejeição do governo. O total de ruim e péssimo chega a 73% no eleitorado feminino, contra 69% da média geral. Considerando os episódios de machismo explícito de Michel Temer, ainda ficou barato para ele.

Desde a montagem inicial de um ministério só de homens e brancos, igual a uma convenção de fazendeiros do Império, ele coleciona gafes. Por exemplo, no Dia Internacional das Mulheres, deste ano, ele escancarou o que pensa delas em seu discurso.

Primeiro, que a mulher é, seguramente, a única responsável pela gestão da casa e o futuro das filhas e dos filhos (”Tenho absoluta convicção, até por formação familiar e por estar ao lado da Marcela, do quanto a mulher faz pela casa, pelo lar. Do que faz pelos filhos. E, se a sociedade de alguma maneira vai bem e os filhos crescem, é porque tiveram uma adequada formação em suas casas e, seguramente, isso quem faz não é o homem, é a mulher”).

Mas também que a grande participação da mulher na economia é através da administração do lar (”Na economia, também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados mais do que a mulher. Ninguém é capaz melhor de identificar eventuais flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico maior ou menor”).

Isso sem falar de sua opinião de que a mulher deve ser feliz por poder trabalhar, desde que não abandone os afazeres domésticos (”Com a recessão indo embora, volta o crescimento, volta o emprego. Hoje, graças a Deus, as mulheres tem possibilidade de empregabilidade que não tinha no ano passado. Com a queda da inflação, dos juros, significa que também, além de cuidar dos afazeres domésticos, terá um caminho cada vez mais longo para o emprego”).

Em abril, durante uma entrevista, ele cravou: ”Governos agora precisam passar a ter marido, viu, porque daí não vai quebrar”.

Pesquisa DataPoder360

Outra pesquisa, a do DataPoder 360, divulgada nesta quarta (21), apontou que 79% da população quer a renúncia ou cassação de Temer, ao passo que 12% acha que ele deve continuar no cargo. Caso ele saia, a pesquisa mostra que 87% das pessoas é favorável à eleição direta pela população de um substituto para conduzir o país até 31 de dezembro de 2018 e 4% defende uma eleição indireta, por escola de deputados federais e senadores. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

A mesma pesquisa do DataPoder360 mostra que apenas 2% da população considera seu governo positivo, contra 75% de negativo e 18% de regula

Janot diz em parecer não ter dúvidas que Temer é o chefe da quadrilha

Com informações do Jornal O Globo - O procurador-geral da República Rodrigo Janot deve apresentar até esta terça-feira (27) um denúncia contra o presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um parecer protocolado na última semana, Janot disse que não há dúvida de que Temer cometeu crime de corrupção e sugeriu que deixá-lo no cargo de presidente contribui para a continuidade dos crimes.

No mesmo documento, Janot defende a manutenção da pisão do ex-deputado e ex-assessor de Temer, Rocha Loures. No texto, o procurador-geral diz que é clara a atuação conjunta dos dois nos crimes apontados na delação dos executivos do frigorífico JBS. Janot ainda alegou que se Rocha Loures for solto voltará a praticar crimes para ajudar Michel Temer.Janot afirmou ainda que Temer teria feito uma confissão extrajudicial quando, em pronunciamentos, reconheceu ter se encontrado com Joesley e confirmou o teor da gravação feita pelo empresário.

Processo 

Depois que a denúncia de Janot for protocolada no STF, é preciso ainda aval de dois terços dos deputados — 342 de 513 — para que ela tenha prosseguimento. O regimento da Câmara diz que cabe à presidente do STF, Cármen Lúcia, enviá-la ao Congresso. 

Já o regimento do tribunal diz que o relator, o ministro Edson Fachin, pode fazer o encaminhamento sozinho. Fachin analisa entre outras questões, ele está analisando se abre prazo para Temer se manifestar antes de o caso seguir ao Congresso.

Com Temer e PSDB pobreza aumenta pelo segundo ano consecutivo no Brasil

No Diário do Pernambuco - A parcela de brasileiros abaixo da linha da pobreza aumentou pelo segundo ano consecutivo em 2016, após uma década de redução. Refletindo o impacto do desemprego e da inflação na renda do trabalho, o percentual, que já tinha subido de 8,4% para 10% em 2015, atingiu 11,2% no ano passado, pelos cálculos do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social).A corrosão da renda do trabalho, formal e informal, ajudou a jogar na pobreza cerca de 5,9 milhões de pessoas nesses dois anos. Esse segmento, que era próximo de 16 milhões em fins de 2014, alcançou cerca de 22 milhões, disse ao Correio o economista Marcelo Neri, presidente do FGV Social e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).Os números resultam de projeções feitas a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Neri considerou abaixo da linha da pobreza brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 230,00 por mês, a preços de 2016.

O aumento da pobreza desde 2015 foi reflexo da queda da atividade da economia, em um cenário de inflação ainda não domada. A inflação por si só já corrói o valor real dos salários. Ao provocar desemprego por causa da retração de investimentos e consumo, a recessão, instalada em meio a incertezas de empresas e consumidores sobre consequências econômicas do complicado quadro político, só piorou as coisas.

Em dois anos, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 7,2%. Com as empresas produzindo menos, o desemprego disparou. Medida pelo IBGE, a taxa de desocupação de trabalhadores saltou de 6,5% para 12% entre os últimos trimestres de 2014 e de 2016. E continuou piorando em 2017, chegando a 13,7% no trimestre findo em março.

Horror

A redução dos empregos levou muita gente a aceitar remuneração menor ou a ficar sem salário. Assim, afetou a renda do brasileiro e o nível de pobreza. No Brasil, a renda do trabalho é determinante para a entrada ou saída de famílias das estatísticas de pobreza, lembra o sociólogo Rafael Guerreiro Osório, pesquisador do Ipea. “O que mais importa é o desempenho do mercado de trabalho”, disse ele, avaliando que “os dados da Pnad Contínua estão um horror” desde 2015.

Após cair 2% no último trimestre de 2015, a renda habitual do trabalho, indicador do IBGE que captura remuneração apenas de pessoas ocupadas, seguiu em declínio nos três primeiros trimestres de 2016 (-3,2%, -4,2% e de -2,1%, respectivamente), na comparação com igual trimestre do ano anterior.

Quando se olha a renda do trabalho pelos critérios do FGV Social, a situação revela-se ainda mais grave. A fundação considera os desempregados em sua base de cálculo e, portanto, que parte dos trabalhadores ficou sem salário, com a consequente piora da renda per capita das suas famílias. Por isso, o indicador da FGV detectou reduções mais fortes que as observadas pelo IBGE na mesma sequência de quatro trimestres: -4,21% -5,02% -6,03% e -5,17%. O dado do FGV Social também leva em consideração a renda informal, aspecto importante entre os mais pobres, cujas relações de trabalho são mais sujeitas à informalidade.

As estatísticas do IBGE sobre renda de pessoas ocupadas certamente também foram afetadas pelo desemprego, pois o aumento de disponibilidade de mão de obra tende a barateá-la. Mas o impacto fica mais evidente quando se consideram, como faz o FGV Social, os trabalhadores que ficaram sem salário por falta de emprego.

Embora em ritmo mais lento, o indicador do FGV Social seguiu em declínio inclusive quando a renda habitual do trabalho parou de cair. Enquanto o dado do IBGE mostrou estabilidade, a renda do trabalho considerada nas contas de Marcelo Neri caiu 2,83% no último trimestre de 2016 e 1,6% nos primeiros três meses de 2017.

Como disparou em 2016 e ainda está alta, a taxa de desemprego neste início de 2017 está influenciando a renda do trabalho até mais do que influenciou nas comparações de 2015 com 2016. Segundo Neri, o desemprego respondeu por nada menos que 80% da variação negativa de 1,6% detectada na renda no primeiro trimestre de 2017.

Mais comportada atualmente, a inflação deixou de ser fator preponderante em 2017, contribuindo para desacelerar a trajetória de redução da renda real do trabalho. Neri informa que, no seu momento de queda anual mais acentuada (-6,03% no segundo trimestre de 2016) o indicador do FGV Social chegou a ter 73% de sua variação negativa explicada pela inflação. No fim daquele trimestre, a variação em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, chegou a 8,84%.

Corrosão

A inflação corrói o poder de compra dos salários. Daí a importância das políticas macroeconômicas para manter relativa estabilidade de preços. Medida pelo IPCA, a inflação anual bateu em preocupantes 10,67% em 2015. Em 2016, caiu para 6,29 %, mas ainda ficou acima da meta do governo (4,5%). Em 2017, recuou bem, encerrando maio em 3,6% na medição em 12 meses.

A queda, em parte, foi decorrência da própria recessão dos últimos dois anos, que, ao ter inibido demanda por consumo, desestimulou reajustes de preços. A inflação também caiu por causa da política monetária do Banco Central, que, embora já tenha retomado o processo de redução da taxa básica de juros, ainda a mantém em patamar elevado. A chamada Taxa Selic influencia custos de financiamentos e empréstimos e juros de aplicações financeiras. Isso interfere nas decisões de consumo.

Embora em ritmo mais lento graças à queda da inflação, a renda do trabalho mais afetada pelo desemprego continuou perdendo valor real mesmo quando o nível de atividade econômica deu, recentemente, sinal de que o Brasil pode estar saindo da recessão.
Em relação a igual período de 2016, o PIB brasileiro se retraiu (- 0,4%) no primeiro trimestre de 2017. Mas teve aumento real de 1 % em relação aos três meses anteriores, interrompendo um ciclo de quedas que já durava oito trimestres. Ainda assim, por causa da elevada taxa de desocupação, a renda do trabalho medida pelo FGV Social teve perda real de 1,6%. O sinal, ainda fraco, de redução do desemprego só veio em abril, quando a taxa, apurada pelo IBGE, baixou de 13,7% para 13,6%.

A retomada econômica sem aumento de emprego se explica pela composição do crescimento do PIB. Pelo lado da demanda, a alta da atividade econômica foi puxada pelo comércio exterior e não pelo consumo do mercado interno. Não por acaso, pelo lado da produção, o que se destacou foi o agronegócio, que puxa exportações.

Desigualdade

Marcelo Neri destaca ainda que houve aumento da desigualdade de renda em 2015 e 2016. “O Índice de Gini (quanto mais alto, maior a desigualdade), que vinha caindo desde 2001, subiu forte nos últimos dois anos”. Ele ponderou, por outro lado, que o percentual de brasileiros abaixo da linha da pobreza já foi muito maior do que os 11,2% observados em 2016. Em 2004, era de 25%. Proporcionado, entre outros fatores, pelo crescimento da economia em anos anteriores, o avanço social ficou longe de ser revertido.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Vídeo- Vereador perde aposta e tem órgão genital grampeado a mesa; vídeo causa polêmica

Um vereador da cidade de Witmarsum, em Santa Catarina, teve o órgão genital grampeado a uma mesa após perder uma aposta, na terça-feira (20), e virou assunto na região. Um vídeo que mostra toda a situação foi compartilhado por meio do WhatsApp e viralizou nos últimos dias. Nas imagens, Marcos Montibeller (PMDB-SC) aparece seminu enquanto um colega realiza a ação.
Moradores do município ficaram chocados com as cenas e o partido que detêm a suplência da cadeira de Montibeller, o PDT, quer que providências sejam tomadas. O presidente do partido, Joacy Mayer, sugere que uma investigação seja realizada para definir se houve ou não quebra de decoro por parte do vereador. No entanto, para que a apuração aconteça, é necessário que uma denúncia formal seja apresentada à Câmara Municipal para a abertura de um processo.
O PMDB explicou que prefere focar no bom trabalho realizado pelo vereador e que não vai comentar o assunto. Montibeller também evitou falar com a imprensa a respeito do assunto. No vídeo, ainda é possível vê-lo tentando tirar o grampo do órgão genital com a ajuda de um garfo e uma chave de fenda. A Rede Bela Aliança produziu uma reportagem sobre o caso. Veja:

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Senador do PMDB acusa Temer de chantagem e cobra renúncia do presidente: 'governo corrupto'

Um dos três votos da base aliada que ajudaram a derrotar a reforma trabalhista em comissão do Senado, o senador Hélio José (PMDB-DF) afirmou nesta quarta-feira, 21, ter sido alvo de retaliação do governo com a demissão de dois indicados seus em órgãos do Executivo. Em um discurso de oposição, acusou o presidente Michel Temer de chantagem e cobrou sua renúncia.
“Nós não podemos permitir que o governo transforme votações em balcão de negócios. Esse governo está podre. Esse governo corrupto tinha que ter vergonha na cara e renunciar”, afirmou Hélio José.
O peemedebista surpreendeu na terça-feira, 20, o governo ao votar contra o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Um texto alternativo, contra a reforma, foi aprovado por 10 votos a 9.
“A reforma trabalhista é equivocada. Vem precarizar ainda mais as relações de trabalho. É inadmissível, um governo mergulhado nesse emaranhado de corrupção, tome esse tipo de atitude de retaliação de quem quer fazer as coisas de forma adequada. É uma falta de consideração”, afirmou Hélio José. “Não dá para ser coagido, chantageado, por causa de posto no governo.”
Os indicados de Hélio José exonerados hoje foram Vicente Ferreira, que deixou a Diretoria Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), e Nilo Gonsalves, exonerado do cargo de superintendente do Patrimônio da União no Distrito Federal (SPU-DF).
“Acho que o governo está para o que der e vier. Eles enlouqueceram. Pegar um senador da República e retaliar com duas indicaçõezinhas não é justo. Não é um governo correto.”
Posição
Segundo Hélio José, sua posição contrária à reforma já havia sido externada a parlamentares do seu partido. Ele admite a influência do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), em seu voto. O ex-presidente do Senado tem adotado posições críticas às reformas propostas pelo governo.
Questionado se houve alguma ameaça de que poderia perder cargos antes da votação na CAS, o senador afirmou que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o havia alertado para não votar contra a proposta. Ele disse, no entanto, que não havia conversado com o correligionário após a votação de terça-feira.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Americanos querem tomar reservas de gás xisto dos rios brasileiros

No Valor Econômico – Em apenas três bacias hidrográficas, a do Paraná, Solimões e Amazonas, o Brasil possui 6,93 trilhões de metros cúbicos de gás de xisto recuperáveis e 5,54 bilhões de litros de óleo, estimou o Departamento de Energia dos Estados Unidos, em seu estudo mais abrangente, até agora, que avaliou reservas potenciais em 42 países.Das três, a bacia do Paraná (formação de Ponta Grossa) é a mais promissora, com 4,3 bilhões de barris de óleo e 2,4 trilhões de metros cúbicos de gás. Para o gás, a do Amazonas (formação de Barreirinha) tem reservas recuperáveis de 2,83 trilhões de metros cúbicos.

O Brasil tem seis outras bacias com potencial de gás de xisto, mas faltam dados geológicos que permitam qualquer estimativa, avalia o estudo.Se explorados todos os recursos avaliados, a oferta mundial de petróleo crescerá 11% e a de gás, 47%.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Desde que a delação do Grupo JBS - veio à tona, em 17 de maio, Temer liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares

Em busca de apoio, Michel Temer libera R$ 1 bilhão em emendas durante crise

Desde que a delação do Grupo J&F - controlador da JBS - veio à tona, em 17 de maio, o governo liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, a maior parte para a sua base aliada no Congresso. O repasse desse volume de recursos a deputados e senadores já estava previsto e a liberação coincidiu com o agravamento da crise política.
Para arregimentar apoio à reforma da Previdência - projeto considerado crucial pelo Planalto -, a Secretaria de Governo da Presidência, responsável pela articulação com o Congresso, já tinha pedido a antecipação do pagamento de R$ 1,8 bilhão em emendas parlamentares para conseguir reverter o placar desfavorável ao projeto na Câmara. A previsão era de desembolso de R$ 1 bilhão em abril e R$ 800 milhões em maio.
Levantamento feito por consultores do Orçamento no Congresso, a pedido do Estado, mostra, porém, que a liberação de verbas de emendas ocorreu de fato no período posterior à delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Com base na delação, o presidente Michel Temer passou a ser investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se prepara para apresentar denúncia contra o presidente. O STF só poderá julgar a acusação formal caso obtenha uma autorização de 2/3 da Câmara, ou 342 deputados.
Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, uma nova rodada de pagamentos será feita até o fim do mês. No ano, estão previstos R$ 6,3 bilhões no Orçamento para emendas parlamentares.
Para o Planalto, a preservação da base de apoio no Congresso e a manutenção da agenda de reformas são fundamentais para que a gestão Temer supere a sua mais aguda crise.
Imbassahy negou que o aumento dos repasses tenha relação com a delação da J&F. "Não tem nenhuma orientação para pagar nem mais nem menos", disse. De acordo com ele, a liberação de recursos está seguindo "uma sequência normal". "As emendas são impositivas e, portanto, com execução obrigatória. À medida que os ministérios informam para a secretaria que um projeto já foi fiscalizado, estamos liberando o pagamento, dentro do limite orçamentário."
O levantamento foi feito com base no Siafi - sistema que acompanha as contas do governo em tempo real. Entre 17 de maio e 13 de junho foram liberados R$ 486,4 milhões em restos a pagar (valores de outros anos) e mais R$ 467,5 milhões empenhados (compromissos de pagamentos), somando um total de R$ 953,6 milhões em recursos para deputados e senadores em quase um mês, metade do que foi autorizado desde o início deste ano. Neste último mês, 94% das emendas parlamentares foram empenhadas e um terço das emendas que tinham sido autorizadas em exercícios anteriores foi quitado.
Segundo os consultores do Congresso, a liberação de recursos deve se intensificar nas próximas semanas. Cada parlamentar pode apresentar até 25 emendas. O pagamento desses valores é visto como moeda de troca entre o Planalto e o Legislativo, e costuma ser usado pelo governo para garantir apoio no Congresso. O dinheiro é o principal recurso destinado aos parlamentares para que eles possam viabilizar obras e benfeitorias em seus redutos eleitorais.
Impeachment
No ano passado, a ex-presidente Dilma Rousseff usou do mesmo artifício para tentar barrar o impeachment no Congresso. Somente nos primeiros dias de maio, ela empenhou R$ 1,4 bilhão em emendas para deputados e senadores, quase a totalidade do que havia liberado no acumulado de 2016 até maio. O afastamento de Dilma, porém, foi aprovado pelos senadores em 12 de maio. Ao assumir a Presidência, Temer continuou com o ritmo acelerado de liberação de verbas e empenhou outros R$ 2,4 bilhões no restante de maio.
A maior parte dos recursos liberados até agora tem como foco deputados e senadores da base do governo. Os dez parlamentares que encabeçam o ranking das emendas empenhadas são do DEM, PMDB, PP e PR, todos partidos aliados de Temer. O deputado que recebeu o maior valor foi Marco Rogério (DEM-RO), cotado a relator da provável denúncia contra o peemedebista e relator do pedido de cassação de Eduardo Cunha.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Janot usa postagem de Aécio com Cássio para reforçar pedido de prisão para o mineiro

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, utilizou postagem do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em rede social para reforçar argumentos do pedido de prisão do tucano. No dia 30 de maio, o presidente licenciado do PSDB publicou foto de reunião com os senadores Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP). "Na pauta, votações no Congresso e a agenda política", escreveu Aécio.

O julgamento do pedido de prisão de Aécio será julgado na próxima terça-feira, 20, ao mesmo tempo que o pedido de anulação do afastamento, apresentado pela defesa. "A despeito da suspensão do exercício das funções parlamentares, decretada judicialmente no âmbito dessa Ação Cautelar, Aécio Neves continuou exercendo suas funções, conforme reunião divulgada por ele mesmo em redes sociais no dia 30/05/2017", disse Janot.

Janot afirmou que Aécio faz "uso espúrio do poder político" e que isso é possibilitado pelo "aspecto dinâmico de sua condição de congressista representado pelo próprio exercício do mandato em suas diversas dimensões, inclusive a da influência sobre pessoas em posição de poder". Outro ponto que Janot atribui a Aécio é "sua plena liberdade de movimentação espacial e de acesso a pessoas e instituições, que lhe permite manter encontros indevidos em lugares inadequados"."Tem-se, assim, robustos elementos apresentados alhures demonstrativos da imprescindibilidade da prisão do Senador Aécio Neves, para preservar, não apenas a ordem pública, mas também a própria instrução criminal das investigações em curso. Com mais razão ainda, os mesmos fundamentos servem de base para a indispensável manutenção das medidas cautelares diversas fixadas, provisoriamente, na decisão monocrática de 17/5/2017", afirmou Janot sobre o post que aparece os Senadores Cássio Cunha Lima, José Serra, Tasso Jereissati e Antonio Anastasia, juntos com Aécio Neves.

“Reuni-me na noite desta terça-feira, 30/05, com os senadores Tasso Jereissati, Antonio Anastasia, Cássio Cunha Lima e José Serra. Na pauta, votações no Congresso e a agenda política”, diz Aécio no post. O senador é suspeito de ter pedido e ser o destinatário final de R$ 2 milhões repassados pela JBS em vantagens indevidas.

Quilate

"Também não convém menosprezar a periculosidade de parlamentares corruptos do quilate de Aécio Neves, tampouco dos seus comparsas de longa data, pela mera constatação de que, muito embora graves, os crimes apurados na 'Operação Lava Jato' e nos seus desdobramentos foram praticados sem violência ou grave ameaça", afirmou Janot no pedido de prisão.

A manifestação de Janot foi enviada na sexta-feira, 9, ao Supremo, mas só se tornou disponível para acesso na terça-feira, 13.

Além de pedir a prisão do senador afastado, Janot também se manifestou pela manutenção das prisões da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do assessor parlamentar e cunhado do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.

Janot declarou que, devido à alta gravidade do delito e o risco de reiteração, a prisão preventiva é "imprescindível para a garantia da ordem pública". Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente".

Na terça-feira, 20, além dos recursos em relação a Aécio, serão analisados pela 1.ª Turma do STF os pedidos de liberdade apresentados pelos três que já estão presos preventivamente na investigação. Na terça-feira 13, o Supremo negou libertar Andrea Neves, por 3 votos a 2.

Isonomia

Janot diz que, se os investigados no caso não forem presos, isso "violaria o princípio constitucional da isonomia", na medida em que se deixaria "de aplicar o entendimento exposto - a regra da prisão na hipótese de habitualidade delitiva - ao caso deste processo, em que há elementos concretos apontando para o desvio e o branqueamento de dezenas de milhões de reais".

"Em outras palavras, apenas decretar a prisão preventiva para crimes cometidos com violência 'tradicional' seria justamente reconhecer que a custódia cautelar deveria ser reservada, como regra, para os criminosos de baixa renda, imunizando-se aqueles responsáveis por crimes intitulados do 'colarinho branco' - hipótese essa em que se criaria uma odiosa distinção processual entre imputados ricos e pobres. Da mesma forma como a prisão preventiva não pode ser utilizada apenas porque o agente possui condições econômicas, igualmente não significa imunizá-los de aplicação da prisão preventiva, quando presentes os requisitos legais", disse Janot.

Defesa

Em nota, a defesa do senador afastado reafirma que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal. O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção. "O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos", diz a nota.

Redação

Coronel foi cobrado por reforma da casa da filha de Temer

Coronel João Baptista Lima Filho, amigo de longa data de Michel Temer, virou alvo da Operação Lava Jato depois de denúncia de executivo da JBS

São Paulo – A Polícia Federal encontrou a cópia de um e-mail na casa do coronel João Baptista Lima Filho, amigo de longa data do presidente Michel Temer, que indica que ele pode ter cuidado de despesas da reforma da casa de Maristela de Toledo Temer, filha do presidente, feitas entre 2014 e 2015.
O coronel virou alvo da Operação Lava Jato a partir da delação da JBS. Ele é investigado no mesmo inquérito aberto contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), suspeitos de terem sido usados como laranja do peemedebista.
O executivo e delator da JBS Ricardo Saud disse ter entregado 1 milhão de reais em dinheiro na sede de uma das empresas Coronel no final da campanha de 2014, parte da soma de 15 milhões de reais acertada com Temer.
As informações são da Folha de S. Paulo, jornal que teve acesso ao conteúdo do e-mail. Segundo o veículo, na mensagem o arquiteto Luiz Visani, da Visani Engenharia, cobra da mulher do coronel, Maria Rita Fratezi, o pagamento total de 44.394 reais.
“Segue a previsão de pagamentos deste mês”, diz Visani, listando três itens: “1. Mão de obra R$ 26.610,00; “2. Reembolso de material R$ 14.501,70”; “3. Complemento 5 de setembro/14 R$ 3.282,72”.
Maria Fratezi é arquiteta na empresa do marido, a Argeplan. O papel com a mensagem foi localizado no apartamento do coronel, alvo de busca e apreensão da PF em 18 de maio, um dia depois da denúncia de Joesley Batista contra o presidente virem à tona.
A casa da filha de Temer fica no Alto de Pinheiros, região nobre da capital paulista, e é avaliada em 4 milhões de reais.
Para a Folha, a assessoria de Temer disse que a filha do presidente na época tinha dinheiro para custear a obra e não explicou por que, então, os pagamentos teriam sido feitos por meio de Maria Fratezi.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Senado corta salário e verba indenizatória e recolhe carro oficial de Aécio Neves

O Senado comunicou o Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o salário e a verba indenizatória de Aécio Neves (PSDB-MG), devido ao afastamento do senador. O carro oficial também foi recolhido. As informações foram enviadas por ofício pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do recurso de afastamento do parlamentar no Supremo. Eunício alega que as medidas foram tomadas em 18 de maio, mesma data de afastamento de Aécio por decisão liminar do ministro Edson Fachin. Nesta quarta-feira, o Senado também apagou o nome do tucano do painel de votações do plenário e passou a identificar o senador como "afastado por decisão judicial" no site oficial do órgão. É a primeira vez que o Senado torna públicas as medidas que tomou em razão do afastamento de Aécio. Até a terça-feira (12), o presidente do Senado, assim como a Mesa Diretora da Casa, não haviam sido claros sobre quais seriam as limitações do afastamento de Aécio. Não havia qualquer indicação de corte salarial ou benefícios. Na segunda-feira (12), o Senado publicou uma nota em que dizia que cabia ao STF esclarecer o que caracteriza o afastamento do senador. A posição foi vista como uma forma de enfrentamento à decisão judicial e criticada pelo ministro Marco Aurélio.

Pavor em Brasília: Cunha vai falar e entregar todo mundo, diz seu advogado

ValorSegundo a defesa de Cunha informou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o ex-deputado “tem interesse em depor” e deve responder a algumas perguntas sobre a investigação de Temer com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.Na terça-feira (13), os advogados de Cunha pediram o adiamento do depoimeno sob o argumento de que ainda não tiveram acesso total ao processo. Porém, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirma que o ex-deputado irá depor “independentemente” do acesso ao conteúdo integral dos autos.

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