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quarta-feira, 26 de abril de 2017

[VÍDEO] Glauber Braga humilha Bolsonaro que entra em desespero

Glauber e Bolsonaro tiveram um forte embate no plenário 3, da Câmara dos Deputados, onde os dois parlamentares participaram de uma atividade do Estágio Visita (programa que possibilita a universitários de todo o país o acesso a conhecimentos relacionados ao funcionamento da Câmara e a forma de atuação de seus representantes, incentivando a participação democrática e o exercício da cidadania).Bolsonaro falou que algo mais grave que a corrupção é a questão ideológica que forma “militantes com cérebro de ovo cozido”, desrespeitando claramente os presentes. Glauber respondeu. Assista!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Moro admite que depoimento de Léo Pinheiro pode ser falso

Ex-sócio da OAS incluiu acusação a Lula em testemunho a fim de obter acordo de delação premiada com o MPF-PRO 

O juiz Sérgio Moro, responsável por processo que tem como acusados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Léo Pinheiro, ex-sócio da construtora OAS, afirmou que o depoimento deste último à Justiça concedido na semana passada pode ter sido feito em meio a uma negociação do réu com o Ministério Público Federal para a obtenção de um acordo de delação premiada, e que pode conter inverdades, mas que o depoente tem direito de dizê-las.
A afirmação foi proferida pelo juiz quando o advogado de Lula indagou, antes que tivesse início o depoimento de Pinheiro na semana passada, a respeito da condição jurídica em que o réu se encontrava na oitivia que estava para começar.  
O defensor Cristiano Zanin Martins afirmou que a situação indefinida de Pinheiro era prejudicial à defesa de Lula. "Hoje, o interrogando tem direito de ficar calado e até mentir [pois é co-réu], mas se ele é delator, a situação se altera", disse Martins. lembrando que um colaborador da Justíça presta um depoimento atrelado à sua delação, que por sua vez é concedida dentro de uma estratégia acusatória montada pelo Ministério Público Federal. "Se há versões sendo negociadas, a Defesa tem que saber", ponderou o advogado.
Moro concordou com o defensor a respeito da possibilidade de ser mentira o que viria a contar Léo Pinheiro, entendendo que, como co-réu, ele teria direito a dar suas versões dos fatos, "quer sejam verdadeiras, quer não sejam verdadeiras". O juiz disse ainda que o fato de existir acordo em andamento sem que se saiba se isso vai ser efetivado não seria suficiente para suspender o andamento do processo.
O advogado Cristiano Zanin Martins solicitou à Procuradoria Geral da República uma investigação sobre o depoimento de Léo Pinheiro a Sergio Moro. Isso porque a imprensa publicou, dias antes da audiência em Curitiba, que Pinheiro "negociou" com os procuradores da Lava Jato os detalhes de tudo que deveria ser dito contra Lula. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Pinheiro daria diante de Moro um "aperitivo" de tudo que poderia dizer contra Lula em sua delação premiada acordada com os procuradores da Lava Jato. Além disso, no mesmo dia da audiência de Pinheiro em Curitiba, o jornal Valor Econômico antecipou, com base em fontes ligadas ao processo, tudo que ele iria dizer e efetivamente disse.

domingo, 23 de abril de 2017

Globo e Folha ignoram provas de U$ 65 milhões a Temer

Folha e O Globo trazem hoje relatos sobre as provas oferecidas pela Odebrecht e pela OAS para ratificar as declarações dos delatores contra, respectivamente, Michel Temer e o ex-presidente Lula.A Odebrecht apresentou , segundo o jornal paulista, “extratos que seriam de pagamento de propina vinculada por delatores a uma reunião com o presidente Michel Temer em 2010”.Os valores superam os US$ 40 milhões que, segundo ex-executivos, tiveram o repasse acertado em encontro com o hoje presidente, em seu escritório político paulistano.

A propina é ligada, de acordo com a Odebrecht, a um contrato internacional da Petrobras, o PAC-SMS, que envolvia certificados de segurança, saúde e meio ambiente em nove países onde a estatal atua. O valor inicial era de US$ 825 milhões.
Já a OAS, diz o jornal dos Marinho, pretende apresentar a agenda de seu executivo Léo Pinheiro como prova de que este teve encontros com Lula, à qual a Força Tarefa pretende anexar um relatório de pedágio demonstrando que os carros que servem a Lula teriam ido, ao longo de dois anos, seis vezes ao Guarujá. É capaz de eu ter ido umas seis vezes a Petrópolis ao longo de dois anos, que fica do Rio mais ou menos à mesma distância e nem por isso tenho um “simplex” lá, que dirá um triplex.

De um lado, situações objetivas, retratando a movimentação de mais de uma centena de milhões de reais – “os extratos atingem US$ 54 milhões, mas a soma de planilhas anexadas chega a US$ 65 milhões – saídos de cinco empresas em “mais de 50 depósitos em offshores fora do Brasil que vão de US$ 280 mil a US$ 2,3 milhões”.

Ou seja, de onde veio e para onde foi. Uma riqueza probatória que nem mesmo no caso das contas suíças de Eduardo Cunha se dispunha.

Do outro lado: “eu digo que foi”, “eu tenho meu diário”, ninguém ouviu, mas ele me disse” e outras coisas do gênero que podem ser acusações, mas não adquirem a materialidade da prova: um documento, um depósito, um registo bancário, uma procuração, nada que se possa usar para dizer: sim, o apartamento pertenceu a Lula.

O Globo, porém, produz a melhor das provas circunstanciais de que Léo Pinheiro mentiu em sua delação.

É que informa que o jornal publica, desde 2010, reportagens dizendo que o tríplex seria de Lula.

Não seria preciso apenas ser corrupto, mas muito burro para operar um favorecimento na troca de um apartamento no Guarujá que há quatro anos já despertava os inquisidores da “Lava Globo”.

O contraste das duas investigações é impressionante.

Uma é tudo o que se quer que seja. Na outra, mesmo estando evidente que é, não é para ser.

Ou, pelo menos, enquanto não de quiser um novo impeachment.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lula elege Globo como inimiga e aponta hipocrisia da emissora

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu a Globo como sua principal adversária em uma entrevista concedida nesta manhã a uma rádio de Sergipe. Lula destacou que a emissora terá de provar as acusações que faz contra ele e lembro que "já apareceu" que o "candidato deles" tem conta no exterior.Eles vão ter que provar tudo o que eles estão falando", afirmou, pouco depois de dizer que estava tranquilo sobre o depoimento que prestará ao juiz Sergio Moro no próximo dia 3 de maio. "São eles que vão ter que provar que eu sou culpado, não sou eu que tenho que provar que sou inocente", lembrou.A Globo vai ter que provar que o apartamento é meu, vai ter que provar que a chácara é minha, vai ter que provar que eu tenho conta, porque os candidatos deles já têm conta, porque já apareceu. Então eu tenho dito isso, eu quero que eles apresentem uma conta de um centavo meu", declarou, expondo um dilema da emissora, que tem seus aliados políticos envolvidos em escândalos da Lava Jato.
No início do mês, o senador Aécio Neves foi capa da revista Veja com a acusação do delator Benedicto Junior, da Odebrecht, de que teria recebido propina da empreiteira em uma conta em Nova York, nos Estados Unidos, operada pela irmã e braço-direito do tucano, a jornalista Andrea Neves. Campeão de citações nas delações de executivos da Odebrecht, Aécio é o político que recebeu uma das mais altas somas da construtora, R$ 70 milhões.

Antes, Lula já havia criticado a cobertura da Globo sobre ele: "Tem gente que fala mal de mim 365 dias por ano. Se você pegar um jornal da Rede Globo de Televisão, você percebe que nesses últimos oito meses teve mais de 16 horas de notícia negativa contra o Lula. Todo o dia o Lula acabou, é no jornal da manhã, é no jornal do meio-dia, é no jornal da noite, da tarde, da madrugada, todo dia o Lula acabou. Não tem uma notícia favorável ao Lula, é só notícia contra o Lula"

domingo, 16 de abril de 2017

Vídeo- Temer, à vontade, diz que golpe saiu por chantagem não atendida.

A confissão de Michel Temer  – feita para que se acredite no inacreditável, que o presidente da Câmara agiu isoladamente no golpe – de que Eduardo Cunha colocou em votação o processo de impeachment da Presidenta da República apenas porque o PT (ele não diz, mas também Dilma) se recusaram a dar três votos que o absolveriam no Conselho de Ética do parlamento é estarrecedora.
Um homem de algum caráter, ainda mais porque era o beneficiário direto de um impedimento da Presidente, não tinha o direito de tratar de algo tão grave como se fosse uma conversinha íntima destas que a gente tem, não concorda, mas deixa para lá, por desimportante.
O que Temer está dizendo é que se rompeuo processo democrático por simples mera  chantagem para beneficiar um escroque, flagrado de posse  de contas obscuras na Suíça. E ele diz isso candidamente, como se fosse um episódio normal, até um folclore da política.
Michel Temer porta-se como quem tem a canalhice como naturalidade. Não tem padrão moral para dirigir um boteco, o que dirá o quinto maior país do mundo.
Ganha a companhia de uma crônica política, na grande mídia que partilha, contra seus inimigos, deste mesmo padrão ético: “é, isso é triste, mas nos deu a alegria do impeachment”. É ela que permite que um desclassificado moral faça isso impunemente.Sabe aquilo tudo que você teve de ouvir sobre “pedaladas fiscais”, operações de crédito em desacordo com a Lei de Responsabilidade Social, tudo isso servido ao molho de Lava Jato? Conversa fiada, o impeachment , nas palavras de Temer, é fruto da retaliação de um corrupto a quem não lhe quis ceder à chantagem e garantir sua impunidade.
Assista o trecho de sua entrevista á Band e veja que não há exagero em dizer a Temer, de fato, cabe a frase sobre a ousadia dos canalhas.

Emílio Odebrecht: “Por que não fizeram isso há 10, 15, 30 anos?”

Revista Fórum- O empresário Emílio Odebrecht, ao qual analistas e imprensa se referem como “patriarca” da empreiteira considerada um dos grandes alvos da Operação Lava Jato, afirmou em depoimento a procuradores da República, em Brasília, que a mídia sempre soube dos fatos hoje denunciados como escândalo. Ele manifestou perplexidade e “tristeza” com a dimensão dada às revelações, que, graças aos elos estabelecidos com a Petrobras, serviram de combustível para o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e continua a alimentar a crise política.“O que me entristece (…) é que a imprensa toda sabia que efetivamente o que acontecia era isso. Por que agora estão fazendo isso? Por que não fizeram isso há 10, 15, 30 anos?”, questionou Odebrecht. “A imprensa sabia disso e agora fica com essa demagogia.”
Segundo ele, as informações divulgadas a partir das investigações da Força Tarefa estão longe de ser novidade e são conhecidas de políticos, empresários e imprensa há 30 anos.O que me surpreende é quando vejo todos esses poderes, até a imprensa, todos como se fosse uma surpresa. Me incomoda isso. Não exime em nada nossa responsabilidade. Não exime em nada nossa benevolência. Não exime em nada que nós praticamente passamos a olhar isso com normalidade. Porque em 30 anos, é difícil não ver isso como normalidade”, disse Odebrecht. De acordo com o depoimento do empresário, as práticas que hoje são sinônimo de crime eram um “negócio institucionalizado” no país.

Iniciada em março de 2014, a Lava Jato é considerada por diversos analistas um catalisador da grave crise econômica e política brasileira e responsável por iniciar a destruição da indústria naval do Brasil.

Memória técnica
Em seminário realizado em São Paulo ainda no final de 2014, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo já alertava para os riscos de se comprometer os investimentos no país, fundamentais para a então esperada retomada de um crescimento econômico a médio prazo. “Tem de separar as malfeitorias e punir. Tem de substituir a direção das empresas e preservá-las. Porque não se vai reinventar de repente uma grande construtora que participou, por exemplo, de Itaipu e outras grandes obras. Você não vai substituir a memória técnica dessas empresas por outra que se vai inventar na hora”, afirmou na ocasião.

destruição da indústria naval brasileiracomeçou com a Operação Lava Jato em 2014. No segundo mandato do governo Dilma Rousseff, o setor empregava 83 mil trabalhadores. Depois da crise, com o agravamento da recessão, são pouco mais de 30 mil.

Em debate na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, há um ano, o jurista Gilberto Bercovici e o jornalista Luis Nassif também discutiram o tema com abordagem semelhante. “Ninguém é contra combater a corrupção, mas não se pode violar direitos e garantias individuais, nem se pode punir empresas no lugar de punir pessoas”, afirmou Bercovici, professor de Direito Econômico da Universidade de São Paulo (USP), no evento.

sábado, 15 de abril de 2017

Odebrecht pagou 50 milhões de reais para Cunha sabotar Dilma

Tijolaço- Começam a aparecer os sinais de que a Odebrecht se meteu numa conspiração com a turma do PMDB, capitaneada por Michel Temer e Eduardo Cunha, para detonar a autoridade política de Dilma Rousseff na presidência.Fica-se sabendo, por uma pequena nota noValor, de uma pequena pérola de R$ 50 milhões , não mencionados por Marcelo Odebrecht, dados pela empreiteira a Eduardo Cunha para que comprasse apoio para minar a posição de Dilma Rousseff, contrária à entrada de Furnas no negócio da Hidrelétrica do Jirau, em Rondônia, em 2009.
“Doutor Marcelo [Odebrecht] me deu o número de R$ 50 milhões para eu colocar na mesa como oferecimento ao doutor deputado Eduardo Cunha para que ele, com esse dinheiro, buscasse o apoio político a critério dele, buscasse distribuir de tal forma que obtivesse o apoio político necessário para neutralizar esta ação, principalmente da Casa Civil”, disse o o ex-presidente da Odebrecht Energia, Henrique Valladares, em sua delação premiada.A Casa Civil, à época, era comandada por Dilma Rousseff.

Repare bem, a Odebrecht pagaria (ou pagou) a Eduardo Cunha R$ 50 milhões para sabotar a posição de Dilma Rousseff.

Isso é coisa de quem é “amigo” da ex-presidente? Ou de quem acertava negócios às suas costas e, depois, no máxim, saía pela tangente, como no caso do contrato com a Petrobras que ele narrou ontem, curiosamente o mesmo que motivou a reunião, presidida por Temer, para o achaque de US$ 40 milhões (R$126 milhões).

Juntem as histórias, senhoras e senhores, e vejam porque Graça Foster e Dilma Rousseff estavam de cabelo em pé com os boatos e qual a razão de Odebrecht ter mandado fazer chegar aos ouvidos de Michel Temer que a ex-presidenta estava querendo saber se seu vice “metera a mão”?

Não nego a possibilidade de que alguém do PT, como disse Odebrecht, tenha entrado no negócio e, amadores como são perto da turma do PMDB, tenham levado alguma “merreca” – Odebrecht não menciona o valor – para entrar na lambança e ficar enlameado.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Documento e delação mostram que Moro ajudou Temer a encobrir reunião de acerto de propina

Tijolaço- O mais importante, agora, é que se investiguem os fatos nos depoimentos dos executivos da Odebrecht com muito mais afinco do que as alegações e, de toda a batelada de informações que ontem vieram à tona um fato com local, hora e participantes absolutamente definidos, caracterizando um verdadeiro achaque, coordenado pessoalmente pelo então candidato a vice-presidente da República e hoje o homem no comando do país.Um fato que não pode permanecer no limbo pela simples alegação de que ele, por salvaguarda constitucional, não pode ser criminalmente responsabilizado até que se encerre a sua passagem pelo Palácio do Planalto, até porque há outros participantes que detinham (e um deles ainda detém) funções públicas.
Foi essa situação, chocante e escusa, da qual Sérgio Moro protegeu o Sr. Michel Temer ao vetar a pergunta de número 34 da lista de questões feitas por Eduardo Cunha a ele, que transcrevo, literalmente:

34-“Vossa Excelência tem conhecimento se houve alguma reunião sua com fornecedores da área internacional da Petrobrás com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010, no seu escritório político na Avenida Antônio Batuíra, nº 470, em São Paulo/SP, juntamente com João Augusto Henriques?”Pois ago
ra surge a informação precisa desta reunião: foi neste endereço, no dia 15 de julho de 2010, às 11h30. Não é preciso muito esforço, está na lista telefônica que ali é o escritório de Michel Elias Lulia Temer, telefone 3816-39XX

Temos um fato concreto, com data, hora, local e lista de participantes. Há fartos meios de prova, como passagens aéreas e agendas dos envolvidos. E não há um pedido de ajuda para campanha, mas um ato de exigir vantagens financeiras para a assinatura de um contrato.

Esta é a primeira providência: confirmar, objetivamente, a reunião do achaque, o destino e a forma dos pagamentos da impressionante quantia de US$ 40 milhões (por favor, evite-se histórias de mochilas, para que não se tenha de fazer as contas do volume, porque é maior do que uma caixa d’água de mil litros cheia até à boca com notas de R$ 100).

Isto é, faço questão de apresentar aos neojornalistas e neopoliciais-procuradores, abastecidos de convicções, o que antigamente chamávamos de “Sua Excelência, o fato”.

Ou para esta imensa teia que temos aí só interessam as “moscas selecionadas”?

As denúncias em relação a Lula, Dilma e outros que estão fora do poder devem ser apuradas, mas estão na base do “tenho certeza de que era para eles”.

Esta tem nome, sobrenome, endereço e fartas impressões digitais.

Vai prevalecer o veto do Doutor Moro e a Procuradoria e a mídia também vão deixar para lá, pois não vem ao caso?

“Grosseira manipulação”: ex-editor do JN critica cobertura do caso Dilma/Odebrecht

Publicado no facebook do Mario Marona, ex-editor do JN.A GloboNews acaba de botar no ar longo trecho de depoimento de Marcelo Odebrecht em que ele cita Dilma. Uma história sobre corrupção na Petrobras, com flagrante tom de fofoca. A emissora vende a notícia como se fosse uma denúncia de envolvimento da ex-presidenta.Mas o vídeo demonstra exatamente o oposto: Dilma não sabia do caso de suborno abordado no interrogatório e, quando soube, cobrou responsabilidades dos supostos envolvidos. Marcelo chega a relatas que o então ministro Edison Lobão contou a ele que foi duramente interpelado por Dilma, depois deste encontro. E diz que Dilma surpreendeu-se, inclusive, ao ser informada por ele que gente do PT também poderia estar recebendo propina. Marcelo ressalta que esta foi a única vez em que tratou este tipo de assunto com Dilma.Posteriormente, depois desta suposta conversa, Dilma afastou vários executivos da Petrobras, justamente por ter passado a suspeitar da idoneidade deles.

Mas a imprensa transforma a declaração do delator no seu exato oposto.

Interpreta como sinal de culpa o que na verdade é uma indicação de lisura.

Os comentaristas da Globo News fazem este jogo.

Invertem o sentido da declaração do delator.

AS TVs e os jornais impressos de amanhã farão o mesmo.

Cinco minutos depois de ter ido ao ar, o trecho é repetido, introduzido pela chamada: “Neste trecho do depoimento Marcelo Odebrecht cita a ex-presidente Dilma”.

Esta farsa será repetida à exaustão, até que ganhe ares de verdade.

Em tempo: há minutos, a âncora da Globo News entendeu que precisava incitar ainda mais os dois comentaristas: “Marcelo revelou que Lula e Dilma sabiam do A-P-O-I-O que a Odebrecht deu às campanhas do PT”.

Como não saberiam? A Odebrecht apoia as campanhas de praticamente todos os partidos desde sempre.

No depoimento exibido, Marcelo não diz em nenhum momento que Lula e Dilma conheciam alguma irregularidade nas doações. E acrescenta que sempre patrocinou as candidaturas de Aécio e que o senador tucano nem precisava pressionar porque receberia o que fosse necessário a qualquer momento. Bastava ligar ou mandar algum preposto ligar.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Urgente: Estados Unidos atacam Afeganistão

Os Estados Unidos lançaram a bomba não nuclear mais potente do mundo contra uma região comandada pelo Estado Islâmico no Afeganistão.

Vídeo: Emílio Odebrecht questiona por que só investigam agora esquemas que tem décadas

Emilio Odebrecht, em depoimento bombástico, detona a imprensa e sua omissão: essa imprensa sabia disso tudo e fica agora com essa demagogia."Porque agora estão fazendo tudo isso? Porque não fizeram isso há 10, 20 anos atrás? Porque tudo isso é feito há 30 anos.”

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Marcelo Odebrecht assume que Lula não lhe pediu dinheiro

Fernando Brito, Tijolaço- Marcelo Odebrecht,em seu depoimento a Sérgio Moro, agora tornado formalmente publico – antes, só um site de de extrema-direita tinha acesso a ele – algumas questões vão ficando mais claras, apesar da forma que são expostas na grande mídia.Tal como em relação a Dilma Rousseff, o executivo não recebeu nenhum pedido de recursos de Lula e disse ter certeza apenas por episódios em que “ficou evidente para mim” esse destino.
As duas únicas comprovações que eu teria de que Lula de certo modo tinha um conhecimento dessa provisão foi quando veio o pedido para compra do terreno do Instituto IL, que eu não consigo me lembrar se foi via Paulo Okamotto ou via Bumlai. Com certeza foi um dos dois e depois eu falei com os dois. Deixei bem claro que se fosse comprar o terreno sairia do valor provisionado. A gente comprou o terreno, saiu do provisionado e depois o terreno acabou… A gente vendeu o terreno e voltou a creditar.”
O empreiteiro delator disse ainda. “E teve também, faz parte da minha colaboração, uma doação para o Instituto Lula em 2014 que saiu do saldo ‘amigo’. São as únicas duas coisas que eu consigo dizer. O resto, essa informação vinha do Palocci, quando ele pedia para Brani pegar o dinheiro em espécie. Ele dizia: ‘Olha, era para abater do saldo ‘amigo’ ou do saldo ‘Itália’ que era gerido por ele’.“

Será que com tanto contato com Lula, como se alega, com ajuda à empreiteira em obras no exterior e viagens em jatinho, a sós, o empresário não teria dado um jeitinho de fazer Lula “assinar recido”, com um comentário casual, do tipo “aquele assunto do Palloci chegou direitinho para o senhor”?

Nada mais conveniente a quem está, supostamente, “comprando” alguém do que passar-lhe um laço no pé? “Isso é pra você ficar sabendo que eu sei tudo, certo?”

Ainda mais quando a “prova” que se tem – e que deram “certeza” a Marcelo – é a compra de um terreno para o Instituto Lula, teoricamente a pedido de Lula, negócio que foi desfeito em seguida, por desinteresse, provavelmente de Lula. Ora, não seria óbvio que os supostos mensageiros de Lula já tivessem ir pedir a compra do terreno quando esta já estivesse definida pelo principal interessado?

Os repasses em dinheiro, numa quantia volumosa (R$ 13 milhões), implica em outro problema? Conde guardar esta fábula? No armário? Como gastar, recebendo das mãos de Lula. É evidente que ele mandar entregar a alguém um “paco” de dinheiro criaria uma situção em que haveria dúzias de “recebedores” dizendo: “Lula me deu 50 mil em dinheiro, Lula me deu R$ 100 mil em dinheiro” e por aí…

A história, até agora, só tem como provas as declarações e papéis da empreiteira. Falta uma conta, um destino físico para o dinheiro. Falta o que se chamava, na Justiça de antigamente, materialidade.

Mas, como este é um processo nas mãos de Sérgio Moro, isso não vem mais ao caso.

terça-feira, 11 de abril de 2017

A lista de Fachin

Um estrondo o número de inquéritos abertos por ordem de Luís Edson Fachin, ministro do TSE, a partir dos pedidos de inquéritos mandados por Rodrigo Janot. Há outros, e provavelmente também contra Lula e Dilma, que não estão na alçada do Supremo, que fica com aqueles que têm prerrogativa de função e os que, conexos a eles, são acusados dos mesmos fatos.
Aécio e Jucá são os campeões em pedidos de inquérito, com cinco para cada um. Presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira, também estão no “listão”.
A República está no Tribunal.
A Lista, segundo o Estadão:
Senador da República Romero Jucá Filho (PMDB-RR)
Senador Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG)
Senador da República Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ministro da Casa Civil Eliseu Lemos Padilha (PMDB-RS)
Ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD)
Senador da República Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Deputado Federal Paulinho da Força (SD-SP)
Deputado Federal Marco Maia (PT-RS)
Deputado Federal Carlos Zarattini (PT-SP)
Deputado Federal Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
Deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA)
Deputado federal Milton Monti (PR-SP)
Governador do Estado de Alagoas Renan Filho (PMDB)
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco (PMDB)
Ministro da Cultura Roberto Freire (PPS)
Ministro das Cidades Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB-PE)
Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Antônio Pereira (PRB)
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Borges Maggi (PP)
Ministro de Estado da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB)
Senador da República Paulo Rocha (PT-PA)
Senador Humberto Sérgio Costa Lima (PT-PE)
Senador da República Edison Lobão (PMDB-PA)
Senador da República Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Senador da República Jorge Viana (PT-AC)
Senadora da República Lidice da Mata (PSB-BA)
Senador da República José Agripino Maia (DEM-RN)
Senadora da República Marta Suplicy (PMDB-SP)
Senador da República Ciro Nogueira (PP-PI)
Senador da República Dalírio José Beber (PSDB-SC)
Senador da República Ivo Cassol
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Senadora da República Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Senadora da República Kátia Regina de Abreu (PMDB-TO)
Senador da República Fernando Afonso Collor de Mello (PTC-AL)
Senador da República José Serra (PSDB-SP)
Senador da República Eduardo Braga (PMDB-AM)
Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Senador da República Valdir Raupp (PMDB)
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Senador da República Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Senador da República Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Senador da República Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Deputado Federal José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Deputado Federal Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Deputado Federal Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
Deputado Federal Nelson Pellegrino (PT-BA)
Deputado Federal Jutahy Júnior (PSDB-BA)
Deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS)
Deputado Federal Felipe Maia (DEM-RN)
Deputado Federal Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
Deputado Federal Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE)
Deputado Federal Vicente “Vicentinho” Paulo da Silva (PT-SP)
Deputado Federal Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
Deputada Federal Yeda Crusius (PSDB-RS)
Deputado Federal Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)
Deputado Federal José Reinaldo (PSB-MA)
Deputado Federal João Paulo Papa (PSDB-SP)
Deputado Federal Vander Loubet (PT-MS)
Deputado Federal Rodrigo Garcia (DEM-SP)
Deputado Federal Cacá Leão (PP-BA)
Deputado Federal Celso Russomano (PRB-SP)
Deputado Federal Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
Deputado Federal Pedro Paulo (PMDB-RJ)
Deputado federal Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
Deputado Federal Paes Landim (PTB-PI)
Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB-GO)
Deputado Federal Alfredo Nascimento (PR-AM)
Deputado Federal Zeca Dirceu (PT-SP)
Deputado Federal Betinho Gomes (PSDB-PE)
Deputado Federal Zeca do PT (PT-MS)
Deputado Federal Vicente Cândido (PT-SP)
Deputado Federal Júlio Lopes (PP-RJ)
Deputado Federal Fábio Faria (PSD-RN)
Deputado Federal Heráclito Fortes (PSB-PI)
Deputado Federal Beto Mansur (PRB-SP)
Deputado Federal Antônio Brito (PSD-BA)
Deputado Federal Décio Lima (PT-SC)
Deputado Federal Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho
Governador do Estado do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD)
Governador do Estado do Acre Tião Viana (PT)
Prefeita Municipal de Mossoró/RN Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora do Estado
Valdemar da Costa Neto (PR)
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-Senador da República
Edvaldo Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais/Codemig (tesoureiro de Aécio Neves_
Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Cândido Vaccarezza (ex-deputado federal PT)
Guido Mantega (ex-ministro)
César Maia (DEM), vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Paulo Bernardo da Silva, então ministro de Estado
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
José Dirceu
Deputada Estadual Ana Paula Lima (PT-SC)
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Suplicy
Napoleão Bernardes, Prefeito  de Blumenau/SC
João Carlos Gonçalves Ribeiro,ex-secretário de Planejamento do Estado de Rondônia
Ulisses César Martins de Sousa, ex- Procurador-Geral do Estado do Maranhão
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romer Jucá
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio
Eron Bezerra, marido da senadra Vanessa Grazziotin
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu, em nome de quem teria recebido os recursos
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
José Feliciano

Temer libera 1.8 bilhão aos deputados para aprovar Reforma da Previdência

A Portaria n.º 163 do Ministério da Fazenda publicada nesta segunda-feira, 10, no Diário Oficial da União remanejou recursos para emendas impositivas individuais que estavam programados para serem liberados apenas em outubro, novembro e dezembro. Com isso, R$ 1 bilhão serão liberados para projetos de parlamentares neste mês e R$ 800 milhões em maio.A liberação ocorre na semana que antecede a apresentação do relatório do deputado Arthur Maia, na comissão especial que discute a Reforma da Previdência.Conforme informações do Estadão, os valores liberados podem ajudar o governo a reverter o placar desfavorável para a votação da Reforma da Previdência na Câmara. São necessários 308 votos para a aprovação em cada um dos dois turnos de votação no Plenário, mostra que o governo tem só 100 votos favoráveis, enquanto 273 deputados já se manifestaram contrários.

Denúncia: houve falsificação de provas contra Lula e petistas na Lava Jato (com provas)

Parte do depoimento de Nelma Kodana ao delegado Mario Fanton, em 24 de março de 2015 em que ela fala da compra do chip.Dias antes de deflagrada a primeira fase da Operação Lava Jato – iniciada no sábado, 15 de março de 2014, quando a doleira Nelma Kodama foi presa ao tentar embarcar para Milão (Itália), com 200 mil Euros em espécie escondidos na calcinha – uma equipe da Polícia Federal do Paraná esteve na região de Jundiaí (SP).O Agente Federal tinha uma ordem expressa de seus superiores. Deveria adquirir um chip, de qualquer operadora, mas registrá-lo em nome de uma das empresas utilizadas pelo doleiro Alberto Youssef: a Labogen S.A. Química Fina e Biotecnologia ou a Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen S.A.De posse desse chip registrado no CNPJ de uma das duas empresas, faria uma ligação para a doleira. O interesse dos delegados da Lava Jato, antes de deflagrarem a operação em si, era forjar um vínculos entre Nelma e a Labogen, vínculo este que pelo seu depoimento constata-se que já existia, mas não por meio de ligações telefônicas. Houve, portanto, uma tentativa frustrada de se criar falsa prova, algo jamais investigado.


Surge agora, a partir de uma decisão da Receita Federal suspendendo a isenção fiscal do Instituto Lula, um e-mail com endereço fictício que, embora endereçado a uma funcionária do Instituto, jamais foi lido por ela. A mensagem chegou ao final da noite do dia 3 de março de 2016. Na madrugada do dia 4, a Polícia Federal invadiu o prédio e recolheu os computadores, cumprindo o mandado de Busca e Apreensão expedido pelo juiz Sérgio Moro. Embora o texto do e-mail especifique que é um endereço fictício, ele serviu à Receita para suspender o benefício fiscal que o Instituto gozava. Serviu ainda para que o juiz Moro embasasse a sua decisão de autorizar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, apesar de inexistir qualquer relação direta entre o e-mail e o motivo da condução de Guimarães.

No caso da doleira, a tentativa não deu resultado pois o agente de Polícia Federal não conseguiu registrar o chip no CNPJ de uma das firmas de Alberto Youssef. Em março de 2015, ao depor ao delegado Mario Fanton, ela explicou:

“Que outro fato que seu advogado narrou, por meio de informações que obteve por esse grupo de policiais descontentes com a Lava Jato, dentro da PF de Curitiba, era que eles (grupo de policiais) achavam injusta a condenação da depoente , pois que um Agente da PF teria comprado um chip de celular de qualquer oper4adora , para registrar em nome da empresa investigada Labogen, de propriedade de Leonardo Meirelles, para que fossem efetuadas ligações entre esse chip e o telefone da depoente, com o intuito de “linkar” e “vincular” um envolvimento criminoso com aquela empresa, sobre operações ilícitas de câmbio; Que esclarece, por oportuno, que de fato teve um envolvimento indireto com referida empresas, mas nunca por meio de ligações telefônicas direta“.

O depoimento da doleira consta do Inquérito 737/2015, instaurado para investigar os supostos dissidentes da Polícia Federal, que o delegado Igor Romário de Paulo, coordenador regional do Combate ao Crime Organizado, alardeou ter sido formado para desacreditar a Lava Jato, mas a Polícia Federal jamais provou sua existência.

Embora tenha se dedicado a uma acusação que não conseguiu provar, a Corregedoria Geral do Departamento de Polícia Federal (DPF), jamais se debruçou sobre a revelação de Nelma, ou seja, a tentativa de forjarem provas na investigação da Lava Jato. Mas, em Curitiba, não é difícil encontrar entre agentes e delegados federais quem indique o nome do policial que fez a compra do chip, supostamente a mando do delegado Marcio Adriano Anselmo – na época, coordenador da Lava Jato. Este agente até recentemente guardava-o com a respectiva nota fiscal, mesmo sem que tivesse sido registrado no CNPJ de alguma das empresas de Youssef.


O e-mail, de endereço fictício, serviu à Receita para suspender a isenção fiscal do Insituto Lula e ao juiz Sérgio Moro para autorizar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, sem maiores justificativas.....
O e-mail, de endereço fictício, serviu à Receita para suspender a isenção fiscal do Insituto Lula e ao juiz Sérgio Moro para autorizar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, sem maiores justificativas…..

Surge, agora, a suspeita de uma nova tentativa de falsificação de provas, como relatou a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em petição apresentada ao juiz Sérgio Moro em 06 de abril. O e-mail, com endereço fictício (veja ilustração ao lado) embora enviado ao Instituto Lula em março de 2016, sua existência só chegou ao conhecimento dos dirigentes da ONG e da defesa de Lula a partir da decisão da Receita Federal. Curiosamente, a mesma mensagem serviu ao juiz Sérgio Moro para justificar a condução coercitiva de Guimarães, embora, aparentemente, não haja ligação entre os dois fatos. O e-mail com endereço fictício fala de supostos valores que seriam endereçados à família Bumlai. A investigação onde Guimarães depôs, refere-se a um hipotético crime de obstrução da Justiça. Este fato se tornou público a partir da petição da defesa de Lula onde consta:

“Recentemente, foi possível ter conhecimento, ainda, de que este Juízo utilizou-se do referido e-mail como suposto indício da ocorrência do crime insculpido no artigo 2º, §1º da Lei 12.850/13, para, na sequencia, respaldar medidas de busca e apreensão e condução coercitiva em desfavor de Francisco José de Abreu Duarte e Carlos Eduardo Cairo Guimarães (Pedido de busca e apreensão nº 5008762-24.2017.4.04.7000/PR)”.

Isso tudo corrobora que a Operação Lava Jato, embora deflagrada com propósitos aparentemente justificáveis – combater corrupção – enveredou por interesses outros e é capaz, para atingi-lo, usar de métodos pouco ortodoxos. Atropelou a Constituição que garante, indeterminadamente – e não apenas a jornalistas – o direito ao sigilo da fonte. Ao apreender computador e celulares do blogueiro, a Polícia Federal passou a ter chance de chegar às “fontes” de Guimarães. O seja, significa quebrar o sigilo profissional do mesmo. Sem falar na sua condução coercitiva sem que ele jamais tenha sido intimado a ir depor na investigação de um vazamento que ele não provocou, apenas noticiou. Essas arbitrariedades estão bem explicadas por Luiz Nassif, no JornalGGN, na postagem – Xadrez dos abusos no caso Eduardo Guimarães

Ao levarem Guimarães para o tornarem réu, assim como, quando usam um e-mail que declaradamente é fictício, sem a preocupação de checar origem e veracidade do mesmo, evidencia-se que a todo custo buscam atingir o ex-presidente Lula, correndo atrás de provas – que ainda não conseguiram – da suposta tentativa de obstrução da Justiça.

Tudo isso, passando por cima – ou jogando para debaixo do tapete – de irregularidades cometidas ou tentadas. Certamente por entenderem que o chamado combate a corrupção permite tudo. Mas, por tudo o que se vê, não é só a corrupção que estão combatendo. Os indícios existentes já mostram que ela nem mais parecer ser o prin

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Há vítimas mortais no ataque americano à base aérea Síria

Sputnik- O ataque dos EUA a uma base das Forças Aéreas sírias causaram mortes, afirmou uma fonte citada pela Reuters. Fontes disseram à Sputnik que soldados russos estavam no local no momento do ataque, embora não haja informações sobre feridos e mortos do país.O ataque dos EUA a uma base das Forças Aéreas sírias causaram mortes, afirmou uma fonte citada pela Reuters. Fontes disseram à Sputnik que soldados russos estavam no local no momento do ataque, embora não haja informações sobre feridos e mortos do país."Uma das nossas bases aéreas na parte central sofreu nesta manhã ataques com mísseis pelos EUA, que causaram mortes", disse a fonte.A Reuters informou que os militares dos EUA lançaram cerca de 70 mísseis Tomahawk de navios no Mar Mediterrâneo. Segundo a fonte síria, o ataque resultou em mortes, notícia não confirmada por autoridades sírias até agora.

O que dizem os EUA

O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Capitão Jeff Davis, disse que a avaliação inicial do lançamento de mísseis mostra danos à aeronaves da Síria, infraestrutura de apoio e equipamentos."Estamos avaliando os resultados do ataque", disse Davis. "As primeiras informações indicam que este lançamento causou graves danos ou destruiu aviões da Síria, à infraestrutura e ao equipamento no aeródromo de Shayrat, reduzindo a capacidade do governo sírio de lançar mais armas químicas".Segundo a autoridade, não havia informação imediata sobre possíveis vítimas fatais.

Vereador mostra que empresas de Dória tem dívida com prefeitura e União

Diário do Centro do Mundo-O vereador Antônio Donato, do PT, denunciou, da tribuna da Câmara Municipal de São Paulo, novas dívidas de João Doria, desta feita de seus empreendimentos.Uma delas é a Doria Administração e Eventos, que atua, oficialmente, na área de propaganda. Foi fundada em 1996. O capital social, de acordo com o site EmpresasCNPJ, é de 40 milhões de reais.A outra é a Doria Eventos Internacionais — que, curiosamente, tem a mesma descrição oficial: “empresa privada que atua na área de propaganda”.
Não se sabe a quantia devida. “O sistema não permite acesso aos números”, afirma Donato. “Neste país, empresa é mais protegida que cidadão”.


Artigo 145 do Código Processual Civil destrói Gilmar Mendes e derruba golpe de Temer

Na abertura do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, a convivência entre Gilmar Mendes e Michel Temer chama a atenção de toda pessoa preocupada em preservar a respeitabilidade das togas negras que expressam a severidade da Justiça, a venda nos olhos que simboliza isenção, a balança que é sinônimo de equilíbrio -- tudo isso para compor um ritual que diz que homens e mulheres, independente de origem social, raça ou credo político, tenham direitos iguais diante da lei.Desde que Michel Temer tornou-se presidente da República, em abril de 2016 como interino, em 31 de agosto como definitivo, os dois se encontraram seis vezes. Nem sempre foram eventos oficiais, com pauta definida e resoluções comunicadas ao país. Mas eventos fora de agenda, cujo conteúdo permanece reservado aos participantes. No dia 28 de maio, Gilmar foi ao Jaburu. Em 2 de agosto, foi a vez de Temer ir a um jantar na casa do ministro. Em 10 de janeiro, viajaram para Lisboa no avião presidencial. No dia 22, o presidente do TSE voltou ao Jaburu para um jantar com Temer. Em 6 de fevereiro, os dois se encontraram novamente no final de semana. Em 12 de março -- quando faltavam 25 dias para a abertura do julgamento, nova conversa.
No final de um encontro, com a presença de Moreira Franco, os três em trajes informais, como convém às conversas num domingo à tarde, a assessoria de Gilmar Mendes disse ao Fantástico que se tratava de "uma conversa casual, entre amigos há mais de 30 anos."É uma situação grave, tanto pela movimentação dos personagens como pelo cenário político em que ela ocorre. Entende-se a questão a partir do artigo 145 do novo Código de Processo Civil. Em seu parágrafo I, o artigo prevê a suspeição juiz que seja "amigo ou inimigo íntimo de qualquer das partes." É impossível negar que Gilmar pode ser enquadrado, simultaneamente, na condição de amigo de uma parte e inimigo da outra.

Dois exemplos. Jogou contra Dilma num lance decisivo, ao impedir a posse de Lula na Casa Civil e evitar que o plenário do Supremo tivesse a chance de debater a questão coletivamente. Aliado assumido de Temer, Gilmar é um dos responsáveis pelo avanço programado da reforma trabalhista, como explica Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico, com base no trabalho dos acadêmicos Luiz Guilherme Migliora e Rafael de Fillipis: "em outubro do ano passado, Gilmar determinou, liminarmente, a suspensão de todos os processos e decisões da Justiça do Trabalho que tratem de acordos coletivos. A liminar afetou súmula do TST que estendia direitos previstos em acordos coletivos até que novas normas fossem pactuadas."Para entender a relevância de amizades e inimizades na Justiça, que permitem proteger ou perseguir, é bom lembrar que as restrições não incluem apenas os próprios acusados, mas também advogados. Foi por isso que Edson Fachin, com um ano e dez meses na corte, contra 15 anos de Gilmar, declarou-se suspeito para julgar um habeas corpus de Lula -- ele é padrinho da filha de um dos advogados que assinou a petição. A atitude pode até chamar atenção, mas reflete a postura de quem segue as regras explícitas do jogo. Está prevista no parágrafo 1º do mesmo 145. Até para proteger o exercício da função, ali que, antecipando-se a qualquer ação que possa ser levada ao julgamento do tribunal, todo juiz pode "declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões."

Há outro ponto, de particular interesse para hoje. O item II do artigo 145 afirma que "há suspeição" quando o juiz "aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa." Todo cidadão brasileiro tem o direito de especular o teor das conversas tão frequentes de Gilmar Mendes com Michel Temer e imaginar que o processo no TSE tenha entrado em pauta. 

Em junho de 2016 -- coincidência ou não, dias depois de um jantar no Jaburu -- quando a aprovação do impeachment pelo Senado parecia assegurada, a ameaça maior sobre o futuro de Temer até 2018 se encontrava no TSE do qual Gilmar se tornara presidente pela segunda vez apenas um mês antes.

No esforço para derrubar Dilma de qualquer maneira, o PSDB pagava o preço de quem tinha ido com muita sede ao pote. Não só havia seguido o caminho convencional, de batalhar pelo impeachment através do Congresso, em aliança com o suíço Eduardo Cunha, mas também sustentava a denúncia no TSE, apresentada dias depois da eleição. 

Interessados na impugnação completa da chapa, os advogados do PSDB acusavam "Dilma e Michel" -- assim, na primeira pessoa -- de "abuso de poder político", e pretendiam com isso impedir sua posse. Como se não bastasse a jurisprudência antiga nesses casos, que assegura tratamento em bloco para titular e vice, a denúncia era explícita, daquela vez. Também pedia a posse imediata de Aécio Neves.

Em junho de 2016, Gilmar falou a vários jornalistas sobre aquilo que chamou de "nova configuração" do caso. Prevendo que o julgamento só iria ocorrer no ano seguinte, Gilmar lembrou que, em situações normais, o TSE não separa o presidente e o vice e que a "responsabilidade recai sobre os dois." A diferença, esclareceu, é que Dilma fora afastada e, "num cenário em que o impeachment venha a ser aceito, o processo teria que tramitar contra ele, não mais contra a presidente Dilma." Nesta nova situação, o foco deveria mudar -- apontando para o vice.

Estava configurada, assim, a estratégia A de Michel Temer a partir de hoje -- deixar Dilma no fogo, enquanto ele tentará fazer-se de inocente. Caso venha a dar com os burros n'água, resta a estratégia B -- conservar os direitos políticos e tentar uma eleição indireta pelo Congresso, acrobacia fácil de anunciar, difícil de entregar quando se trata de presidente no fundo do poço.

Adversário público do Partido dos Trabalhadores desde 2012, quando acusou Lula de tentar fazer uma chantagem para inocentar os acusados na AP 470, Gilmar teve um papel protagonista no julgamento do TSE caso desde o início.

Relator das contas de campanha da chapa Dilma-Temer, seu voto foi acompanhado de suspense até os últimos parágrafos. Depois de um discurso com argumentos que sugeriam que as contas poderiam ser impugnadas, o que implicaria em suspender a posse de Dilma e confrontar os votos ainda frescos de mais de 54 milhões de eleitores, pediu a aprovação "com ressalvas". Por esse cuidado, as contas foram aprovadas por unanimidade. Mas as "ressalvas" deixaram uma janela escancarada para que as investigações pudessem prosseguir, ao sabor de um momento político cada vez mais desfavorável ao governo -- situação produzida, em grande parte, pelo próprio Judiciário. 

Em agosto de 2015, a ministra Maria Tereza Moura, a quem coube julgar as denúncias do PSDB, anunciou um voto que pedia o arquivamento. Gilmar virou o debate para estabelecer uma nova maioria, auxiliado por um novo momento político, alimentado pelas delações e novas denúncias da Lava Jato. Para defender o arquivamento, Maria Tereza explicou que eram fatos ocorridos depois da apresentação das denúncias, colocando-se fora da Justiça Eleitoral. Também lembrou um ponto essencial -- a falta de denuncia de denúncias contra Dilma. "Até agora não se imputou à candidata nenhum fato", disse Maria Tereza. Mesmo assim, em oito meses, o jogo tinha virado no TSE e o processo seguiu o curso de hoje.

A novidade relevante é conhecida. De Aécio, candidato a presidente no TSE, a coalização golpista passou para Michel Temer, responsável pelos votos que Eduardo Cunha garantiu no Congresso. As alianças mudaram. A configuração do governo também.

Mas, mesmo fora do lugar do ponto de vista do pacto político que derrubou Dilma, a denúncia permanece mais atual do que nunca.

(Este artigo já fora publicado quando o TSE decidiu interromper o julgamento e dar prazo para que novas testemunhas sejam ouvidas).

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