InfoPress

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Senado corta salário e verba indenizatória e recolhe carro oficial de Aécio Neves

O Senado comunicou o Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o salário e a verba indenizatória de Aécio Neves (PSDB-MG), devido ao afastamento do senador. O carro oficial também foi recolhido. As informações foram enviadas por ofício pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do recurso de afastamento do parlamentar no Supremo. Eunício alega que as medidas foram tomadas em 18 de maio, mesma data de afastamento de Aécio por decisão liminar do ministro Edson Fachin. Nesta quarta-feira, o Senado também apagou o nome do tucano do painel de votações do plenário e passou a identificar o senador como "afastado por decisão judicial" no site oficial do órgão. É a primeira vez que o Senado torna públicas as medidas que tomou em razão do afastamento de Aécio. Até a terça-feira (12), o presidente do Senado, assim como a Mesa Diretora da Casa, não haviam sido claros sobre quais seriam as limitações do afastamento de Aécio. Não havia qualquer indicação de corte salarial ou benefícios. Na segunda-feira (12), o Senado publicou uma nota em que dizia que cabia ao STF esclarecer o que caracteriza o afastamento do senador. A posição foi vista como uma forma de enfrentamento à decisão judicial e criticada pelo ministro Marco Aurélio.

Pavor em Brasília: Cunha vai falar e entregar todo mundo, diz seu advogado

ValorSegundo a defesa de Cunha informou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o ex-deputado “tem interesse em depor” e deve responder a algumas perguntas sobre a investigação de Temer com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.Na terça-feira (13), os advogados de Cunha pediram o adiamento do depoimeno sob o argumento de que ainda não tiveram acesso total ao processo. Porém, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirma que o ex-deputado irá depor “independentemente” do acesso ao conteúdo integral dos autos.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Vídeo- Emílio Odebrecht afima não conhecer contratos que o MP usa na acusação de Lula.


Prisão de Aécio Neves será votada na próxima terça-feira

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta terça-feira (13) que levará o pedido de prisão contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para julgamento na Primeira Turma da Corte na próxima terça-feira (20).
A prisão foi inicialmente negada pelo relator anterior do caso, ministro Edson Fachin, que decidiu somente afastar Aécio das atividades de senador. A Procuradoria-Geral da República entrou com um agravo contra a decisão, ao mesmo tempo em que a defesa do tucano interpôs um agravo para garantir a liberdade dele.
Ambos os pedidos serão levados à votação na Primeira Turma no mesmo dia, disse hoje o ministro Marco Aurélio, que foi sorteado o novo relator do caso de Aécio após ser acatado um pedido da defesa pela redistribuição do processo. “Serão analisados os extremos”, disse.
O ministro ressaltou que, caso provocado pela PGR, poderá pedir esclarecimento ao Senado sobre o cumprimento da decisão que determinou o afastamento de Aécio das atividades parlamentares. Para Marco Aurélio, não basta que o senador se afaste voluntariamente, mas que o cargo seja considerado vago, sendo convocado um suplente, o que ainda não foi feito.
“Fica uma cadeira vaga. O desejável não isso, é que ela esteja preenchida”, disse Marco Aurélio. “Ao que tudo indica, o episódio de dezembro está fazendo escola. Não me passa pela cabeça que o Senado não cumpra decisão judicial”, acrescentou o ministro, fazendo referência ao caso Renan Calheiros, no fim do ano passado, quando a Mesa Diretora do Senado decidiu não cumprir decisão liminar pelo afastamento do político alagoano da presidência da Casa.
Agência Brasil

Alexandre de Moraes tenta libertar Andrea Neves, mas STF mantém prisão. Agora falta o Aécio

247 - A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu neta terça-feira, 13, a prisão da jornalista Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (MG).


O relator da matéria, ministro Marco Aurélio Mello, votou pela libertação de Andrea. Ele disse que prisão preventiva só deve ser aplicada quando outras medidas cautelares não possam ser determinadas. Seu voto foi acompanhado pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele argumentou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não imputou a Andrea questão de obstrução de Justiça e ainda de participação em organização criminosa.A divergência foi aberta pelo ministro Luis Roberto Barroso. O magistrado afirmou que o quadro não mudou desde o pedido da prisão preventiva de Andrea Neves. Barroso diz que áudios mostram a habitualidade que Andrea Neves operava. "Em plena Lava Jato o modus operandi continuava como se não tivessem o risco de serem alcançados pela Justiça", disse o magistrado, ao votar pela permanência de Andrea Neves na prisão. A ministra Rosa Weber acompanhou a divergência, votando pela manutenção da prisão.No voto de desempate, o ministro Luiz Fux destacou que o caso provocou perplexidade.

Andrea foi presa na Operação Patmos, da Polícia Federal, acusada de pedir R$ 2 milhões em propinas à JBS. Em troca, ela favoreceria interesses do grupo de Joesley Batista na Vale, mineradora que é privada, mas sofre forte influência do governo federal.Um primo de Aécio, Frederico, também foi preso e filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil em propinas, que foram entregues a empresas do senador Zezé Perrella (SD-MG), para suposta lavagem de dinheiro.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

STF acovardado? Já está tudo pronto e organizado para salvar Aécio

O esquema está montado e o senador Aécio Neves será salvo. É o que tudo indica. O grande articulador político veio diretamente do Judiciário, do Supremo Tribunal Federal (STF), para entabular a negociação. De acordo com o site ‘O Antagonista’, Michel Temer será salvo por Gilmar Mendes, que, na contrapartida, irá operar a salvação de Aécio Neves no Senado Federal.A entrevista do presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto de Souza, elucida a negociação. Questionado sobre os áudios de Aécio pedindo propina para Joesley e se estes seriam suficientes para cassá-lo, o presidente do Conselho de Ética deu uma resposta que beira a cretinice.‘Primeiro é preciso saber se os áudios são verdadeiros. Porque o senador recorreu. Preciso antes permitir que ele se defenda para ver o que vou fazer. Ele alega que foi armação’.
Na sequência, indagado se o clima era de absolvição, o senador, bem sonso, disse o seguinte: ‘O que eu sinto é que o Senado não concorda com o afastamento do senador. Eles questionam: Por que afastar? Por qual argumento?’

Assim, em outras palavras, o circo está montado.

Janot vai denunciar Temer como chefe de quadrilha; Congresso votará ’impeachment’

Pessoas próximas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmam que o MPF (Ministério Público Federal) está focado em construir uma denúncia consistente o suficiente para acusar Michel Temer de atuar como “chefe de organização criminosa”.Do outro lado, aliados do peemedebista dizem estar preparados para uma escalada no tom da PGR e se armam para apontar suposta “violência processual” de Janot, criticando seu “rito” e sua “pressa”.
As informações são da coluna Painel na Folha de S.Paulo.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Sonegação de banqueiros e grandes empresários chega a 500 bilhões/ano e poderia financiar a Previdência

Entrevista com Grazielle David, assessora política do Inesc, no jornal Tribuna do Norte (do Rio Grande do Norte).Os números do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e da ONU são bem semelhantes: a sonegação fiscal no Brasil chega a um valor em torno de R$ 500 bilhões. Por ano. Essa montanha de dinheiro representa 27% do valor que deveria ser arrecadado pelo governo brasileiro, ou 10% do PIB. “Esse valor é extremamente alto, e se a gente for pensar esse valor de R$ 500 bilhões, ele é todo o valor do orçamento da Previdência Social”, afirma Grazielle David, assessora política do Inesc, que em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, analisa os impactos da sonegação para o país e medidas que podem ser tomadas para combater esse crime.Grazielle David lembra que os defensores da Reforma da Previdência afirmam que o sistema é deficitário e não cabe no orçamento da União, mas nunca fazem referência à sonegação e como o combate a ela poderia resolver a questão previdenciária no Brasil. “A Previdência poderia ser toda financiada com o dinheiro que é sonegado. A sonegação tem um impacto sério, pois a Previdência é a maior despesa social que a gente tem no orçamento e a sonegação fiscal poderia cobrir toda ela, por exemplo, e ter todo esse dinheiro liberado para políticas públicas.”

Os números do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e da ONU são bem semelhantes: a sonegação fiscal no Brasil chega a um valor em torno de R$ 500 bilhões. Por ano. Essa montanha de dinheiro representa 27% do valor que deveria ser arrecadado pelo governo brasileiro, ou 10% do PIB. “Esse valor é extremamente alto, e se a gente for pensar esse valor de R$ 500 bilhões, ele é todo o valor do orçamento da Previdência Social”, afirma Grazielle David, assessora política do Inesc, que em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, analisa os impactos da sonegação para o país e medidas que podem ser tomadas para combater esse crime.

Grazielle David lembra que os defensores da Reforma da Previdência afirmam que o sistema é deficitário e não cabe no orçamento da União, mas nunca fazem referência à sonegação e como o combate a ela poderia resolver a questão previdenciária no Brasil. “A Previdência poderia ser toda financiada com o dinheiro que é sonegado. A sonegação tem um impacto sério, pois a Previdência é a maior despesa social que a gente tem no orçamento e a sonegação fiscal poderia cobrir toda ela, por exemplo, e ter todo esse dinheiro liberado para políticas públicas.”

terça-feira, 6 de junho de 2017

Lava Jato reconhece que não tem “provas cabais” contra Lula e pede condenação dele por “dúvida razoável”


Cíntia Alves - Em alegações finais, República de Curitiba sustenta que é “razoável reconhecer a dificuldade probatória” contra Lula, no caso triplex, e cita trecho de livro de Sergio Moro em que o juiz aborda a dispensa de “provas cabais” durante um julgamento

Jornal GGN – Em mais de 300 páginas de alegações finais, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba inseriu um capítulo inteiro sobre a dificuldade de processar crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa, como os imputados a Lula no caso triplex, e apela por uma “flexibilização” do material probatório, ou seja, que o juiz Sergio Moro dê um desconto pela inexistência de “provas cabais”.As alegações finais foram apresentadas pela equipe de Deltan Dallagnol no dia 2 de junho, explorando o uso de “indícios e presunções” como provas, a partir de um livro do coordenador da força-tarefa, além de outra obra, publicada por Moro, sobre a dispensa de “provas cabais” quando a dificuldade em coletá-las é grande.



No caso triplex, os procuradores dividiram as acusações contra Lula em três eixos: no primeiro, o ex-presidente é acusado de liderar um engenhoso esquema de corrupção que perpetuou o PT no poder e ajudou a comprar partidos aliados, além de promover o enriquecimento ilícito dos agentes envolvidos nos crimes. Nesse cenário, só a OAS pagou R$ 87,6 milhões em propina, em troca de 3 contratos com a Petrobras. Lula teria ficado com cerca de 2% desse valor, relacionados ao eixo 2 da acusação: o recebimento de um apartamento triplex no Guarujá, reformado e contruído com recursos da OAS, no valor de R$ 2.424.990,83. O terceiro eixo diz respeito à contratação da empresa Granero, pela OAS, para armazenar o acervo presidencial, ao custo total de R$ 1.313.747,24.Para construir o enredo do eixo 1, a Lava Jato destacou trechos da delação premiada de Delcídio do Amaral (que a defesa de Lula aponta ter sido negociada após tortura do ex-senador) e do depoimento de Pedro Corrêa (cuja delação, misteriosamente, não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal).

Ambos os colaboradores colocaram Lula no topo de comando das decisões em torno da Petrobras, a partir de suas experiências políticas. Como Lula supostamente teria sido o responsável final pela indicação e manutenção de diretores condenados por corrupção na estatal, ele é considerado o mentor do “complexo esquema criminoso”.

A defesa de Lula, por outro lado, diz que o Ministério Público Federal sequer consegue detalhar a participação do ex-presidente nesse suposto esquema e, consequentemente, não construiu com clareza a parte da denúncia que deveria tratar do crime antecedente à lavagem de dinheiro por meio do triplex, necessário à condenação por esse tipo de delito.

“O ponto aqui é que disso tudo flui que os crimes perpetrados pelos investigados são de difícil prova. Isso não é apenas um ‘fruto do acaso’, mas sim da profissionalização de sua prática e de cuidados deliberadamente empregados pelos réus”, rebate a Lava Jato. “Ficou bastante claro que os envolvidos buscavam, a todo momento, aplicar técnicas de contrainteligência a fim de garantir sua impunidade em caso de identificação pelos órgãos de repressão penal do Estado”, acrescenta.

Mesmo diante de questionamentos múltiplos, se consideradas as defesas dos demais réus, a Lava Jato insiste na solidez da teoria acusatória e afirma que, como o caso em torno de Lula é de notável “dificuldade probatória”, “a solução mais razoável” é reconhecer isso e “medir adequadamente o ônus da acusação”.

Em um dos trechos do documento, o MPF chega a citar o voto de Rosa Weber no julgamento do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal, invocando o paralelo que a ministra fez com casos de estupro, em que é preciso acreditar no relato da vítima para dimensionar o tamanho da pena do agressor, tendo em vista que esse tipo de crime raramente é cometido diante de testemunhas. Ou seja, para a Lava Jato, na falta de elementos probatórios irrefutáveis, é preciso acreditar na palavra dos delatores contra Lula.

“A Ministra bem diagnosticou a situação: em crimes graves e que não deixam provas diretas, ou se confere elasticidade à admissão das provas da acusação e se confere o devido valor à prova indiciária, ou tais crimes, de alta lesividade, não serão jamais punidos e a sociedade é que sofrerá as consequências.”

“Uma condenação pode legitimamente ter por base prova indiciária no lugar de uma prova cabal”. Para isso, basta “produzir convicção para além da dúvida razoável”.

Para sustentar esse ponto de vista, a República de Curitiba cita o livro “Autonomia do crime de lavagem de dinheiro e prova indiciária”, de Sergio Moro, que aborda um julgamento por tráfico de drogas, no qual se abre mão da “prova cabal”.

“O próprio entendimento segundo ‘o qual não é exigida prova cabal’ do crime antecedente da lavagem de dinheiro, que foi externado exemplificativamente nas apelações criminais 2000.71.00.041264-1 e ACR 2000.71.00.037905-4 pelo TRF4, citadas por Moro, indica a assunção da necessária flexibilização de standard dentro dos limites permitidos pelo modelo beyond a reasonable doubt.”

“Em conclusão, há farta doutrina e jurisprudência, brasileira e estrangeira, que ampara a dignidade da prova indiciária e sua suficiência para um decreto condenatório. Paralelamente, há um reconhecimento da necessidade de maior flexibilidade em casos de crimes complexos, cuja prova é difícil, os quais incluem os delitos de poder. Conduz-se, pois, à necessidade de se realizar uma valoração de provas que esteja em conformidade com o moderno entendimento da prova indiciária”, conclui a Lava Jato.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Cristiano Zanin cita trechos do livro “As lógicas das provas no processo: prova direta, indícios e presunções”, de Deltan Dallagnol, usado nas alegações finais. Já na introdução, o procurador diz que “provar é argumentar”. Mais adiante, diz que prova é “o nome dado a um crença que desenvolve função de suporte em relação a outra crença”. Ele ainda defende que “julgar é um ato de crença, ou seja, um ato de fé”, relata Zanin.

“Ora, não podemis admitir que provar é argumentar e ter crença, nem que julgar é um ato de fé”, diz o defensor, citando o direito à presunção de inocência, que só pode ser afastado com provas cabais de crime.

“Se você defende e concorda com as alegações finais que o MP apresentou defendendo que alguém possa ser condenado por convicação, crençã e fé, você está se colocando contra o que diz a Constituição Federal. É preciso conhecer bem as teses que estão embasando o pedido de condenação do Ministério Público”, avalia Zanin.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Para condenar Lula, Dallagnol apela para argumento de Rosa Weber no mensalão: “não tenho provas, mas literatura me permite”

Escrito por Miguel do Rosário - Agora que o documento completo da turma de Curitiba, contendo as alegações finais dos procuradores pedindo a condenação de Lula, já está disponível na internet, a gente pode observar que se trata da mais desonesta e ilegal peça jurídica já escrita na história mundial dos processos penais. Em primeiro lugar, as alegações finais copiam totalmente a denúncia inicial. Ou seja, o MPF ignorou completamente todo o longo processo de defesa, que contou com dezenas de testemunhas e provas que inocentam cabalmente o ex-presidente de todas as acusações. Em segundo lugar, o MPF não conseguiu reunir uma mísera prova contra Lula. Para compensar, transformou o relatório num ensaio, com perdão da expressão, sociológico vagabundo, de quinta-categoria, cheio de adjetivos e ilações de botequim.

É tanta besteira que não sabemos nem por onde começar. Para não cansar o leitor, fiquemos somente nesse trecho:



Olha só! Os dallagnois de Curitiba, em seu linguajar empolado, admitem que não tem prova: é isso o que significa expressões como “crimes de difícil prova”, “dificuldade probatória”, etc.

Em seguida, eles copiam aquela decisão de Rosa Weber que chocou o mundo jurídico (que inclusive teria sido escrita pelo próprio Sergio Moro, que era assistente dela à época) e já se tornou legendária da literatura da jurisdição de exceção, na qual ela diz que “não tem provas para condenar José Dirceu, mas a literatura me permite fazê-lo”.

A tese do último livro de Wanderley Guilherme fica, assim, comprovada: o golpe de hoje começou no julgamento do mensalão, quando a jurisdição de exceção foi instituída, sem que se notasse uma reação à altura.


domingo, 4 de junho de 2017

VÍDEO- Lula: "Eu já provei minha inocência, agora precisam provar minha culpa"

[Lula: "Eu já provei minha inocência, agora precisam provar minha culpa"]

O ex-presidente Lula disse que já provou sua inocência e agora a Lava Jato precisa provar que ele é culpado. Lula discursou durante o 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, que começou nesta quinta-feira.

sábado, 3 de junho de 2017

Cristiano Zanin, um dos advogados de Lula, postou agora há pouco um vídeo onde analisa as alegações finais apresentadas ontem à noite pela Força Tarefa

Cristiano Zanin, um dos advogados de Lula, postou agora há pouco um vídeo onde analisa as alegações finais apresentadas ontem à noite pela Força Tarefa ao juiz Sérgio Moro, na tentativa de condenar o ex-presidente.

Ele confirma, com sua avaliação, que não há fatos novos e o documento é, em essência, uma reprodução, em modo texto, do powerpoint com que Deltan Dallagnol fez todo aquele estardalhaço do “não temos provas, mas temos convicções”.

Vídeo- BOMBA; “Já se fala em uma desfiliação em massa do PSDB", diz Natuza DA GLOBO NEWS


Justiça manda Gentili tirar vídeo imundo do ar. Vai rasgar também, bobão?

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou a retirada imediata do vídeo veiculado no Twitter, YouTube e Facebook com agressões proferidas por Danilo Gentili à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), onde ele rasga uma citação, a esfrega dentro da calça e simula colocar num “Sedex” para Rosário..
O desembargador Túlio de Oliveira Martins diz “o vídeo veiculado é de natureza misógina, representando agressão despropositada a uma parlamentar e às instituições” e afirma que  a gravação materializa um crime “que, se for o caso, deverá ser apurado em instância própria”.
 “O conteúdo apresentado naquilo que seria um vídeo humorístico em verdade não é notícia, nem informação, nem opinião, nem crítica, nem humor, mas apenas agressão absolutamente grosseira marcada por prepotência e comportamento chulo e inconsequente”.
É pouco, para quem age como um comportamento como o deste senhor, que já tem idade para saber que crítica e gozação não são a mesma coisa que imundície, ofensa e imbecilidade.
Será que o senhor Gentili vai ser valente de rasgar a sentença, esfregar naquelas partes e mandar de volta para o juiz?
Macho que é macho…

Preso Roucha Loures. O homem da mala de Temer

247 – Foi preso na manhã deste sábado Rodrigo Rocha Loures, que recebeu uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS.De acordo com a empresa, o dinheiro seria entregue a Michel Temer.

A partir de agora, o Ministério Público tem 15 dias para finalizar a denúncia que pode sacramentar a queda de Temer.

A informação foi confirmada à jornalista Mônica Bergamo por Cezar Bittencourt, advogado de Rocha Loures. 

"O ex-parlamentar foi preso em sua casa, em Brasília, informa ainda Bitencourt. O advogado está em Porto Alegre, pegando avião para se dirigir à capital federal", diz a jornalista.

Há a expectativa de que ele possa fazer uma delação premiada, revelando quem era o destinatário do dinheiro.

Grávida de oito meses, sua mulher o incentiva a delatar Temer, que será denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial – um caso inédito na história do Brasil e de qualquer democracia moderna.

Todas provas que Moro sonhava encontrar na casa de Lula encontraram na casa de Aécio

Tijolaço-A divulgação do rol de objetos e documentos apreendidos no apartamento de Aécio Neves, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, no Rio, consta o encontro de “diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição ‘cx 2’ ”Pode ser muito, pode ser nada além do que já é sabido.

Mas há outros papéis que vão abalar ainda mais os já combalidos nervos do senador mineiro defenestrado do comando do PSDB, como está no pé da matéria do Estadão:O relatório do material apreendido no gabinete do senador inclui ainda “folhas impressas no idioma aparentemente alemão, relative a Nobert Muller”. Norbert Muller e a esposa Christine Puchmann são doleiros que já foram investigados na Justiça Federal do Rio de Janeiro, na Operação Norbert. O casal, segundo as investigações no Rio de Janeiro, seria responsável por criar e manter contas bancárias em Liechtenstein, paraíso fiscal na Europa. Na investigação havia uma referência a Inês Maria Neves Faria, mãe do senador Aécio Neves. Os doleiros foram denunciados mas o inquérito foi arquivado.

O senador cassado Delcídio do Amaral, quando fez acordo de colaboração premiada, relatou ter ouvido de José Janene — ex-líder do PP, morto em 2010 — que Aécio Neves era beneficiário “de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves”.

A história desta conta foi descrita, há mais de um ano, pela insuspeita revista Época.

De resto, há material para todos os gostos: planilha de indicações de cargos federais, anotações sobre a Odebrecht, menções a Marcelo Navarro Dantas, ministro do STF e até um bloqueador de sinal de telefone celular, destes que se usam em penitenciárias.

É o primeiro caso de ironia eletrônica de que se tem notícia, que acerta em cheio aquele que mais insuflou a mistura de política com polícia.

PS. Não se sabe se os jornais ou a PF “aliviaram” a presença de objetos estranhos à investigação. Claro que com Lula não “aliviaram” nem a camiseta do Corinthians.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Grampos com Aécio mostram que TV Record negociou entrevista com Temer em troca de patrocínio na Caixa


Do Buzzfeed - Conversas interceptadas mostram Aécio Neves e o ministro Moreira Franco falando em “entrar no circuito” em favor da Record dentro do banco estatal, com anuência do presidente.Conversas entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record indicam uma negociação para a emissora ter demandas atendidas pela Caixa Econômica Federal em troca de fazer uma entrevista com o presidente Michel Temer (PMDB).A conversa, travada entre Aécio e Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo, fala em “juntar tudo num pacote e sair”.

Em outra conversa, citando o conhecimento do presidente Temer do pedido da Record, Aécio cobrou o ministro Moreira Franco para “entrar no circuito com o cara da Caixa” e este disse que já tinha encaminhado a demanda da emissora.

Tratava-se de um pedido de patrocínio da Record à Caixa — que foi negado pela área técnica do banco. Segundo a Caixa, foi o próprio Moreira Franco quem encaminhou o pedido da emissora. A entrevista da Record com Temer não foi realizada.


quarta-feira, 31 de maio de 2017

Delegado que investigava morte de Teori Zavascki é assassinado em SC

Foi morto nesta madrugada em Florianópolis o delegado designado pela Polícia federal para investigar a morte do ministro do STF, Teori Zavascki, morto em janeiro num acidente de avião em Paraty-RJ. Adriano Antonio Soares estava com outro colega, Elias Escobar quando teriam sido mortos após um desentendimento em uma casa noturna. As informações são “Zero Hora”.Adriano era o chefe da Polícia Federal em Angra dos Reis desde 2009 e era delegado da PF desde 1999. Junto com Adriano estava Elias Escobar, que chefiou a PF em Niterói e Volta Redonda e investigou envolvimento de policiais civis com o tráfico de drogas e ação de milícias.

De acordo com informações da Polícia Militar, uma terceira pessoa também foi baleada. A ocorrência foi registrada por volta das 2h.

Os policiais estavam em uma casa noturna na rua Fúlvio Aducci, no bairro Estreito quando teria ocorrido um desentendimento entre frequentadores e tiroteio. Eles não estavam em serviço.

Um deles teria morrido no local e outro no hospital. A terceira pessoa baleada seria um dos envolvidos no desentendimento e até o início da manhã seguia internada.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, com apoio da Polícia Federal.

Segundo a PF, as vítimas estavam em Florianópolis participando de um curso.

terça-feira, 30 de maio de 2017

‘Não faço nada de errado; eu só trafico drogas’, diz Perrella em áudio com Aécio

Em uma conversa telefônica grampeada pela Polícia Federal no dia 13 de abril, o senador Aécio Neves (PSDB) conversa com o também senador Zezé Perrella (PMDB) sobre uma entrevista dada por Perrella à rádio Itatiaia. No diálogo, Aécio cobra um posicionamento do companheiro que, segundo Neves, o jogou na lama com seu discurso.
Entretanto, em um trecho da gravação, Perrella diz tentar se defender do caso do helicóptero encontrado com cocaína, caso que foi associado ao seu nome. “Qual a maneira que eu encontrei de rebater essas coisas que eles falam de mim do helicóptero até hoje?”, afirma o senador. Logo após, Perrella diz:  “Não faço nada de errado, eu só trafico drogas”.
A áudio com a conversa foi descrito pelo movimento Jornalistas Livres, fato que ajuda a entender melhor a conversa. Confira o vídeo com a gravação e legendas:


Nesta terça-feira (30), Perrella fez um pronunciamento no Senado para falar sobre o assunto. Entre outras coisas, ele disse que “está absolutamente tranquilo” em relação às acusações que tem recebido e que vai provar “item por item” que não tem participação em nada ilícito. “Minha vida sempre fui muito tranquila e aberta”, disse.
A assessoria do senador também enviou uma nota ao Diário Online Brasil. Veja na íntegra:
“Basta ouvir o áudio na íntegra e contextualizar a expressão mencionada.
Durante o diálogo, o senador Zeze Perrella cita o episódio do helicóptero referindo-se ao fato de que, mesmo após ter sido comprovada sua inocência, lamentavelmente, a imprensa ainda insiste em associar o seu nome ao caso.
Seu incômodo está explícito no áudio, antes mesmo do momento em questão. Fica óbvia, inclusive pela reação do interlocutor, a ironia expressa pelo Senador Zezé Perrela em relação à forma criminosa e caluniosa que abordam o assunto”.
Procurada pelo Diário Online Brasil , a Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, informou que tem ciência das informações relativas aos áudios gravados que integram as colaborações premiadas. Informou também que as informações estão sendo apuradas mas que não poderia adiantar quais seriam suas próximas ações.

Fachin autoriza e Temer será interrogado pela PF

247 - O ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, autorizou nesta terça-feira 30 que Michel Temer seja interrogado pela Polícia Federal no inquérito em que ele é investigado com base nas delações premiadas dos donos da empresa JBS.A defesa de Temer queria adiar o interrogatório e só falar com a PF após a perícia oficial no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu em março, mas Fachin deu prosseguimento ao caso.O interrogatório poderá ser feito por escrito e deverá ser respondido por Temer em um prazo de 24 horas após a entrega das perguntas pelos investigadores. Temer é investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça.

Fachin também decidiu nesta terça dividir a investigação contra Temer e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do inquérito que também investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Fachin atendeu pedido da defesa de Temer.Leia mais na Agência Brasil:

Ministro do STF autoriza depoimento de Temer à PF por escrito

André Richter - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou hoje (30) a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento do presidente Michel Temer. De acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24 horas para responder aos questionamentos dos delegados após receber as perguntas sobre as citações nos depoimentos de delação da JBS.

"A oitiva deve ocorrer, por escrito, com prazo de 24 (vinte e quatro) horas para as respostas formuladas pela autoridade policial, a contar da entrega, ante a existência de prisão preventiva vinculada ao caderno indiciário", decidiu Fachin.

Na semana passada, a defesa de Temer recorreu Supremo para suspender a tentativa da PF de ouvir o presidente, investigado na Corte após Temer ter sido citado nos depoimentos de delação premiada da JBS.

Em petição enviada ao ministro, relator do inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo feita pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou uma conversa com o presidente.

"Não obstante, com o devido respeito, entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas – até o momento – por três perícias divulgadas", disse a defesa.

Na mesma decisão, Fachin concedeu prazo de dez dias para que a PF finalize a investigação.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Temer teve encontro fora da agenda com Janot para falar de Cunha

O Palácio do Planalto encaminhou à Procuradoria-Geral da República documento no qual afirma que Michel Temer e Rodrigo Janot tiveram seis reuniões entre 2015 e maio de 2017. Auxiliares do presidente listaram, além das audiências registradas em agenda pública, um encontro não oficializado, em março de 2015, que teria ocorrido no Palácio do Jaburu, residência oficial do peemedebista, quando ele ainda era vice de Dilma Rousseff. Os dados teriam sido enviados a pedido da PGR.Na ocasião, Janot teria avisado a Temer sobre pedido de inquérito contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), então presidentes da Câmara e do Senado. A solicitação das investigações foi noticiada em 3 de março. Na época, a informação foi atribuída a integrantes do Planalto.

Daniela Lima e Thais Arbex – Painel

Juiz e cúmplice? Temer age para inquérito de Rocha Loures, da mala de propina sair de Fachin e ir para Moro

O Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi demitido. Para o seu lugar, vai o atual Ministro da Transparência (sic), Torquato Jardim, ex-ministro do TSE e por lá ainda influente.Dia 6, como se sabe, a cassação de Temer irá à pauta do Tribunal, embora seja, provavelmente, travada por um pedido de vistas.

A demissão de Serraglio, porém, tem uma consequência imediata. A menos que seja nomeado para outro posto, ele volta para a Câmara e, com isso joga o delatado maleiro Rodrigo Rocha Loures para o foro comum, caso o TSE não o faça co-réu no processo que, fatalmente, se abrirá contra Michel Temer.Como há um pedido de prisão pendente contra Loures, feito por Rodrigo Janot, será Sérgio Moro quem o decidirá, no caso de que ele perca o foro privilegiado.

E as negociações por sua delação premiada voltam à estaca zero, porque, em princípio, terão de ser fechadas com a PGR curitibana, leia-se a Força Tarefa.

Hora de ver como se portará o “coração generoso” de Sérgio Moro.

Serraglio, que resistiu mudo e calado ao embrulho que tirou do país com a Operação Carne Fraca vinha sendo mantido com nitritos e conservantes no cargo, apesar dos odores que emanava.

Agora, porém, foi queimado no altar das necessidades temeristas. Mas queimado morto, enquanto Rocha Loures, se não encontrar a generosidade morista, será queimado vivo, com o risco de urrar como um boi no matadouro.

sábado, 27 de maio de 2017

Moro também teve “coração generoso” com os tucanos graúdos da corrupção do Banestado

Bilhões de dólares e uma conta chamada tucano - Por Armando Rodrigues Coelho Neto
Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.Também meio antes, durante ou depois – a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio – “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.

Família de Gilmar Mendes mantém negócios milionários com a JBS/Friboi

Folha de São PauloA família do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é fornecedora de gados para a JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo e que acaba de ter um acordo de delação premiada homologado pelo tribunal.A informação foi dada pelo ministro à Folha. No cargo, Gilmar pode ter de tomar decisões sobre a delação. A reportagem questionou o ministro sobre encontro recente que teve com o empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS que gravou secretamente o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Gilmar confirmou a reunião, ocorrida, segundo ele, a pedido do advogado Francisco de Assis e Silva, um dos delatores da empresa. Joesley, de acordo com Gilmar, apareceu de surpresa ao encontro, que, diz o ministro, tratou de questão referente ao setor de agronegócio.A conversa ocorreu fora do Supremo, no IDP, escola de direito em Brasília da qual o ministro do STF é sócio. A data da conversa, segundo Gilmar, é posterior a 30 de março, quando o tribunal realizou um julgamento sobre o Funrural, fundo abastecido com contribuições de produtores rurais à previdência.

Os ruralistas questionavam o pagamento ao fundo na Justiça e o STF manteve a obrigatoriedade. O ministro afirmou que votou contra os interesses da JBS.

A gravação de Joesley com Temer foi feita no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu.

Gilmar afirmou que conheceu Joesley por causa de negócios na área de agropecuária. Disse que não o via havia mais de um ano, até o encontro recente, em Brasília.

“Minha família é de agropecuaristas e vendemos gado para a JBS lá (Mato Grosso)”, afirmou, acrescentando que um irmão é quem negocia os valores com a empresa.

“Eu já havia o [Joesley] encontrado em outras ocasiões. A JBS tem um grande frigorífico em Diamantino (MT), minha terra, implantado pelo grupo Bertin no governo Blairo [Maggi, governador do Mato Grosso entre2003 e 2010]”.

Segundo o ministro, a relação comercial com a empresa não é motivo para ele se declarar impedido de participar das votações futuras relacionadas à JBS no STF.

“Não. Por quê? As causas de impedimentos ou suspeição são estritas”, disse.

“[Se fosse assim] Eu não poderia julgar causas da Folha, Carrefour, Mercedes-Benz, Saraiva”, acrescentou, fazendo referências a empresas com quem tem alguma relação comercial [no caso, empresas das quais é cliente].

As declarações foram dadas por ele à Folha antes das 13h, ao ser questionado sobre o encontro que teve com Joesley. Depois, em entrevista a jornalistas no STF, ele declarou que o plenário do tribunal tem de discutir os termos do acordo de delação da JBS, alvo de críticas por supostas fragilidades em relação a penas dos envolvidos.

Para Gilmar, não cabe apenas ao relator (no caso, o ministro Edson Fachin) homologar um acordo. “Me parece que nesse caso, como envolve o presidente, certamente vamos ter que discutir o tema no próprio plenário”, disse.

Perguntado pela Folha se tem receio de ter sido gravado, assim como ocorreu com Temer e Aécio, o ministro do STF respondeu: “Não [tem receio]. Como lhe disse, a conversa se limitou a esse tema [Funrural]”, respondeu.

VOTAÇÃO EM MARÇO

Mendes argumentou que foi um dos seis ministros que votaram a favor de manter a cobrança das contribuições para o Funrural no dia 30 de março, indo contra o pedido dos ruralistas (incluindo a JBS) – o placar foi de 6 a 5.

“Votei contra os meus próprios interesses econômicos, pois minha família terá de pagar a contribuição atrasada.”

“O advogado dele havia procurado para falar sobre o caso julgado pelo STF sobre o Funrural. O setor estava em polvorosa. Eu já havia recebido toda a bancada ruralista, que alegava a necessidade de modularmos efeitos da decisão”, acrescentou Gilmar.

Ele afirmou também que o pedido de Joesley, posterior ao julgamento, foi para encontrar uma fórmula que permitisse o alongamento da contribuição.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Segundo jornalista, donos de mídia caíram nos grampos da PF com pessoas envolvidas em corrupção

Blog do RovaíOs grampos realizados pela Polícia Federal em Aécio Neves, Rodrigo Rocha Loures e outros investigados da última operação coordenada pelo Ministério Público não tiveram como única vítima da mídia o blogueiro Reinaldo Azevedo.Aliás pelo que este blog apurou os áudios vazados de Reinaldo são o café pequeno do banquete. Proprietários de veículos de comunicação e executivos teriam sido gravados em conversas nada republicanas com pessoas envolvidas em esquemas de corrupção.Alguns desses áudios já estariam circulando em grupos de policiais federais. Leia a matéria completa no Blog do Rovaí.

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