InfoPress

quarta-feira, 23 de março de 2016

ONU, Cepal e OEA manifestam preocupação com ameaças à democracia no Brasil

Paulo Victor Chagas

Representantes de entidades internacionais vieram a público nesta terça-feira (22) posicionar-se sobre o atual momento da política brasileira, defender conquistas democráticas e manifestar preocupação com o que chamam de “ameaças”. Por meio de comunicados públicos, as organizações criticaram ações como vazamentos e tentativas de obstruir a Justiça.
Sem mencionar diretamente o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, organismos como a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) manifestaram-se contrários a eventos no país que podem causar danos “duradouros” e “interromper o mandato conferido” à presidenta nas urnas.
O porta-voz do escritório da ONU, Rupert Colville, assinou uma nota em que menciona o “debate cada vez mais acalorado e politizado” que tomou conta do Brasil nas últimas semanas. Além de solicitar ação “escrupulosa” das autoridades judiciais e pedir que evitem tomar posições político-partidárias, o representante da organização também pede que não haja obstrução da Justiça.
“Apelamos ao governo, bem como aos políticos de outros partidos, que cooperem plenamente com as autoridades judiciais em suas investigações sobre alegações de corrupção de alto nível e que evitem quaisquer ações que poderiam ser interpretadas como um meio de obstruir a Justiça”, disse.
Colville afirma que uma espécie de “círculo vicioso” pode estar se desenvolvendo no país ao desacreditar o Executivo e o Judiciário, o que, segundo ele, pode provocar “danos sérios e duradouros ao Estado e às conquistas democráticas feitas nos últimos quase 30 anos”.
Cepal
Por meio de uma mensagem pública à presidenta Dilma Rousseff, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, manifestou preocupação pelo que classificou de ameaças à estabilidade democrática no Brasil.
Bárcena disse que assiste com “preocupação” o desenvolvimento dos acontecimentos políticos e judiciais no Brasil ao longo das últimas semanas e mencionou avanços sociais alcançados no governo de Dilma e no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A organização reconheceu os esforços dos tribunais brasileiros em acabar com a cultura de práticas corruptas e afirmou ter visto “valentia e honradez” na biografia de Dilma para criar uma nova legislação mais exigente.
“É por isso que nos agride que hoje, sem julgamento ou evidência, utilizando vazamentos e uma ofensiva de mídia que já emitiu condenação, tentar demolir sua imagem e legado, enquanto os esforços são multiplicados por minar a autoridade presidencial e interromper o mandato conferido pelos cidadãos nas urnas. Os eventos que estão sendo experimentados pelo Brasil nos dias de hoje ressoam com força além de suas fronteiras e ilustram para o conjunto da América Latina os riscos e as dificuldades a que a nossa democracia ainda está exposta”, escreveu.
OEA
Na última sexta-feira (18), o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, havia se manifestado sobre o assunto. Além de declarar respeito e elogiar a presidenta Dilma Rousseff, Almagro defendeu a garantia do seu mandato, a continuidade das investigações da Operação Lava Jato e o princípio de que todos são iguais perante a lei.
“Por outro lado, nenhum magistrado está acima da lei que deve aplicar e da Constituição, que dá garantias ao seu trabalho. A democracia não pode ser vítima do oportunismo, mas deve ser sustentada pelo poder das ideias e da ética”, disse na ocasião o secretário-geral da OEA.
Nesta terça, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, criticou as declarações de Almagro. Segundo o parlamentar, o teor das afirmações configura “nítida ingerência em questões de exclusiva soberania nacional”.
“É lamentável que o dirigente de uma organização internacional respeitável se curve a pressões de assessores palacianos do PT, em novo exemplo da nefasta prática de operar à margem dos canais diplomáticos submetidos ao controle das leis e da Constituição Federal. Almagro, ao emitir essas declarações, desqualifica-se como secretário-geral da OEA”, disse Aloysio Nunes, por meio de nota.

terça-feira, 22 de março de 2016

Liquidar o impeachment para dissolver a Lava Jato

Os governistas até se surpreenderam. Esperavam uma longa batalha na noite desta segunda-feira na comissão especial do impeachment, mas com muita facilidade o bloco pró-impeachment, composto pelos partidos de oposição, PMDB e trânsfugas da base governista entregou a rapadura. Desistiu de brigar pela inclusão da delação premiada do senador Delcídio do Amaral ao pedido original apresentado por Helio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Eles (petistas e aliados) vão recorrer ao STF e não podemos perder tempo, justificaram. A pressa não é para salvar o Brasil, mas a pele de cada um. Se aprovado o  impeachment, afastada Dilma, imolado Lula e sangrado o PT como bode expiatório, um densa poeira cobrirá o País e nela sumirão os corruptos dos outros partidos e se dissolverá a Lava Jato. Falta combinar com Sergio Moro. Ou talvez não falte.
Ao longo da semana passada, não se ouviu um pio dos “democratas” da oposição sobre as muitas ilegalidades cometidas pelo juiz da Lava Jato. Nada declararam sobre os arranhões nas garantias constitucionais. Se as vítimas eram do PT, e se a principal era Lula, tanto melhor. Mas lá adiante, se houver impeachment, vão providenciar um  enterro sem luxo para a  Lava Jato. Valendo-se do mal feito aos petistas. Moro terá feito o serviço e poderá ser despachado, operações poderão ser anuladas por conta de irregularidades  hoje ignoradas, exceto pelos que resistem ao golpe.
Agora, o negócio é acelerar. Para justificar a desistência do aditamento o bloco pró-impeachment alegou que o relator, Jovair Arantes, poderá fazer uso das denúncias de Delcídio para fundamenta seu parecer. Se o relator  fizer isso, o questionamento judicial voltará a aparecer. Foi só desculpa. Falou-se na apresentação de um novo pedido de impeachment, este baseado nas denúncias de Delcídio. Lorota. Dois trens não podem correr no mesmo trilho ao mesmo tempo. A oposição tem pressa, ligou o motor e acha que o empurrão das ruas e a desarticulação do governo, ainda mais sem Lula ministro, farão o resto. Na vertigem do impeachment, os outros escaparão. 
A pressa dos algozes de Dilma aumentou com a delação de Delcídio. Ele alvejou Michel Temer (que apresentou defesa ao STF) atribuindo-lhe a nomeação de Jorge Zelada e João Henriques, presos em Curitiba, e feriu Aécio Neves, exumando sua relação com a lista de Furnas. A Lava Jato, com a prisão em Lisboa, nesta segunda-feira, do operador Raul Schmidt, assustou o PMDB. Ele é ligado a Eduardo Cunha, mas tem vínculos com outros caciques do partido.
O fogo está se espalhando. Nesta segunda-feira, a Polícia federal indiciou por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa seis nomes do PP. Os ex-deputados João Alberto Pizzolatti e Mario Negromonte e os deputados Mario Negromonte Jr, José Otávio Germano, Luiz Fernando Ramos Faria e Roberto Pereira de Britto. Em depoimento no dia 24 de fevereiro, mas só vazado agora, o presidente da Odebrecht Infraesetrutura, Benedito Barbosa, esclareceu diálogos seus com o presidente da holding, Marcelo Odebrecht: falavam de doações para Aécio, que estava preocupado com a situação do ex-governador Sergio Cabral, do PMDB, acusado pela Lava Jato de receber propina pelas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj.
Se o governo corre contra o tempo, seus adversários também. É preciso liquidar a fatura  do impeachment  antes que  a Lava Jato comece a alcançar corruptos de outros partidos, ainda que seja para se fortalecer, depois do desgaste colhido por Moro com suas investidas contra a lei e a Constituição. É preciso encerrar o drama de modo a parecer que todo o mal foi removido. E o mal eram apenas o PT, Lula e Dilma. Depois, a vida continua, tal como disse o príncipe de Salinas em Il Gatopardo, de Lampedusa, sobre o fim da aristocracia:  É preciso que tudo mude, para que tudo permaneça como é.

JURISTAS DO PARANÁ REALIZAM ATO CONTRA GOLPE

Advogados e juristas participaram nesta terça (22) na Universidade Federal do Paraná (UFPR), de um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff; os participantes do Ato em Defesa da Democracia também criticaram a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato em primeira instância; o advogado e professor de Direito na UFPR Juarez Cirino dos Santos criticou a Lava Jato, dizendo que a operação tem violado princípios legais; no evento, foi lida uma carta do ex-presidente da OAB Marcelo Lavenère: "A democracia que vocês defendem permanecerá sobre a intolerância, preconceito e a tentativa de impeachment”

Agência Brasil
Estudantes, representantes de movimentos sociais e sindicais, advogados e juristas participaram, na noite de hoje (22), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), de um ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os participantes do Ato em Defesa da Democracia também criticaram a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato em primeira instância.
No evento, foram lidos manifestos de juristas e defensores públicos. Além disso, oradores atuantes na área do direito tomaram a palavra e se opuseram ao impeachment de Dilma, em tramitação na Câmara dos Deputados. Para eles, não há justificativa para uma saída precoce de Dilma da Presidência da República. Houve ainda espaço para críticas à Lava Jato, conduzida por Moro no âmbito da Justiça Federal. Moro, inclusive, leciona na UFPR.
A advogada e membro da Comissão Estadual da Verdade do Paraná, Ivete Caribé da Rocha, fez um paralelo entre a situação de Dilma e a do presidente João Goulart, que foi destituído do cargo por um golpe de Estado em 1964. Para Ivete, há, entre a sociedade, uma disseminação de ódio semelhante à que Goulart sofreu quando tentou implementar as chamadas reformas de base (medidas de reestruturação de de diversos setores econômicos e sociais).
“Quando se tenta mudar alguma coisas na situação dos mais vulneráveis, levanta-se esse ódio. Naquela época,tratava-se do combate ao comunismo. Hoje é o combate à corrupção. Mas ela [corrução] não é de hoje, vem de muito antes e está sendo colocada de um lado só, como se fosse de hoje”, criticou Ivete.
O advogado e professor de Direito na UFPR Juarez Cirino dos Santos criticou a Lava Jato, dizendo que a operação tem violado princípios legais. “A Lava Jato, do ponto de vista processual, é a mais criticável possível, pela violação frequente do devido processo legal. Não existem os princípios do contraditório, da ampla defesa. E sobretudo foi cancelado o princípio de presunção de inocência”, afirmou o professor.
Durante o evento, foi lida uma carta do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcelo Lavenère. Na carta, Lavenère diz que a “a ilicitude dos métodos investigatórios […] estimula o ataque ao mandato da presidente da República". "A democracia que vocês defendem permanecerá sobre a intolerância, preconceito e a tentativa de impeachment”, destaca o texto.
Lavenère se opôs ao apoio da OAB ao impeachment, decidido após reunião extraordinária do Conselho Federal da entidade. Na reunião, ocorrida na última sexta-feira (18), 26 bancadas se posicionaram a favor do impeachment. Lavenère, que tem direito a voto, e a bancada do Pará, posicionaram-se contra.
A internet transmitiu o evento desta terça-feira pela TV15, um veículo de comunicação de propriedade do senador Roberto Requião (PMDB-PR). Organizador do ato, o ex-procurador-geral do estado e professor Carlos Marés, criticou a posição da Ordem. “A OAB, como defensora da legalidade, não poderia fazer isso porque o processo de impedimento de um presidente é um processo técnico e, tecnicamente, não poderia ser apoiado pela Ordem. Portanto, o princípio deste ato é de razões técnico-jurídicas”.
Na oficialização do apoio ao impeachment, o presidente do Conselho Federal da OAB, Carlos Lamachia, justificou o apoio com o entendimento de haver elementos jurídicos suficientes para o impedimento. “A Ordem dos Advogados do Brasil não tomou uma decisão com base apenas em notícias de revistas e jornais, tomou a decisão com base em elementos técnicos, com base em provas que foram coletadas e que nos levaram a esta conclusão neste momento”, disse Lamachia, na ocasião.

Jornalista Glenn Greenwald denuncia tentativa de golpe em curso no Brasil

Miguel do Rosário, O Cafezinho

Glenn Greenwald, jornalista escolhido por Edward Snowden para revelar ao mundo a espionagem do governo americano, publicou uma fortíssima denúncia contra a tentativa de golpe em curso no Brasil com o apoio de grandes veículos de comunicação – sobretudo a Rede Globo, emissora que já apoiou um outro golpe no passado



O site norte-americano The Intercept publicou uma matérianesta sexta-feira (18/03) na qual afirma que “as corporações de mídia” do Brasil agem como “organizadoras de protestos” contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na matéria, a grande imprensa é classificada ainda como “máquinas de relações públicas de partidos de oposição”. O Intercept pontua que perfis pessoais de jornalistas da Rede Globo no Twitter exibem uma “incessante agitação anti-PT”.
Um dos editores e cofundadores de The Intercept é o jornalista Glenn Greenwald, que assina a matéria desta sexta e foi vencedor em 2014 do prêmio Pulitzer por Serviço Público após a publicação de relatórios sobre vigilância dos governos dos EUA e do Reino Unido. Greenwald teve como base documentos vazados por Edward Snowden, ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).
Confira trechos:
“Ao contrário da descrição romantizada e mal informada (para dizer o mínimo) do Chuck Todd e Ian Bremmer de protestos sendo levantados “pelo Povo”, esses são, na verdade, incitados pela mídia corporativa intensamente concentrada, homogeneizada e poderosa, e compostos por (não exclusivamente, mas majoritariamente) pela parte mais rica e branca dos cidadãos, que por muito tempo guardaram rancor contra o PT e contra qualquer programa social que combate a pobreza.
A mídia corporativa brasileira age como os verdadeiros organizadores dos protestos e como relações-públicas dos partidos de oposição. Os perfis no Twitter de alguns dos repórteres mais influentes (e ricos) da Rede Globo contém incessantes agitações anti-PT. Quando uma gravação de escuta telefônica de uma conversa entre Dilma e Lula vazou essa semana, o programa jornalístico mais influente da Globo, Jornal Nacional, fez seus âncoras relerem
teatralmente o diálogo, de forma tão melodramática e em tom de fofoca, que se parecia literalmente com uma novela distante de um jornal, causando ridicularização generalizada nas redes. Durante meses, as quatro principais revistas jornalísticas do Brasil dedicaram capa após capa a ataques inflamados contra Dilma e Lula, geralmente mostrando fotos dramáticas de um ou de outro, sempre com uma narrativa impactantemente unificada.
Para se ter uma noção do quão central é o papel da grande mídia na incitação dos protestos: considere o papel da Fox News na promoção dos protestos do Tea Party. Agora, imagine o que esses protestos seriam se não fosse apenas a Fox, mas também a ABC, NBC, CBS, a revista Time, o New York Times e o Huffington Post, todos apoiando o movimento do Tea Party. Isso é o que está acontecendo no Brasil: as maiores redes são controladas por um pequeno número de famílias, virtualmente todas veementemente opostas ao PT e cujos veículos de comunicação se uniram para alimentar esses protestos.
Resumindo, os interesses mercadológicos representados por esses veículos midiáticos são quase que totalmente pró-impeachment e estão ligados à história da ditadura militar. Segundo afirma Stephanie Nolen, correspondente no Rio para o canadense Globe and Mail: “Está claro que a maior parte das instituições do país estão alinhadas contra a presidente”.
De forma simples, essa é uma campanha para subverter as conquistas democráticas brasileiras por grupos que por muito tempo odiaram os resultados de eleições democráticas, marchando de forma enganadora sob uma bandeira anti-corrupção: bastante similar ao golpe de 1964. De fato, muitos na direita do Brasil anseiam por uma restauração da ditadura, e grupos nesses protestos “anti-corrupção” pediram abertamente pelo fim da democracia.”
Abaixo, o texto completo, para registro histórico:
O BRASIL ESTÁ SENDO ENGOLIDO PELA CORRUPÇÃO — E POR UMA PERIGOSA SUBVERSÃO DA DEMOCRACIA
Glenn Greenwald, Andrew Fishman e David Miranda, Intercept – Mar. 18 2016, 9:59 p.m.
AS MÚLTIPLAS E IMPRESSIONANTES crises que assombram o Brasil agora atraem substancialmente a atenção da mídia internacional. O que é compreensível, já que o Brasil é o quinto mais populoso do mundo e a oitava economia do mundo. Sua segunda maior cidade, o Rio de Janeiro, é a sede das Olimpíadas deste ano. Porém, boa parte dessa cobertura internacional é repetidora do discurso que vem das fontes midiáticas homogeneizadas, anti-democráticas e mantidas por oligarquias no Brasil e, como tal, essa informação é enviesada, pouco precisa e incompleta, especialmente quando vem daqueles profissionais com pouca familiaridade com o país (mas há vários repórteres internacionais que trabalham no Brasil fazendo um ótimo trabalho).
Seria difícil exagerar quando se afirma a gravidade da situação no Brasil em várias esferas. O trecho a seguir, publicado ontem por Simon Romero, o correspondente do The New York Times no Brasil, evidencia o nível de calamidade da situação:
O Brasil está enfrentando sua pior crise econômica das últimas décadas. Um enorme esquema de corrupção tem prejudicado a empresa pública petrolífera nacional. A epidemia de Zika espalha desespero ao longo da região Nordeste. E, pouco antes de hordas de estrangeiros vierem ao país para as Olimpíadas, o governo luta pela sobrevivência com quase todas as frentes do sistema político sob uma nuvem de escândalo.
A extraordinária crise política brasileira apresenta algumas semelhanças com o caos liderado por Trump nos EUA: um circo sui-generis, fora de controle, gerando instabilidade e libertando forças sombrias, com um resultado positivo quase impossível de se imaginar. A antes remota possibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff parece, agora, provável.
Porém, uma diferença significante em relação aos EUA é que a agitação no Brasil não se limita a apenas um político. O contrário é verdade, conforme Romero comenta: “quase todas as frentes do sistema político sob uma nuvem de escândalo”. O que inclui não apenas o PT, partido trabalhista de centro-esquerda da presidenta – atravessado por casos sérios de corrupção – mas também a grande maioria dos grupos políticos e econômicos de centro e de direita que agem para destruir o PT, que estão afundando em uma quantidade ao menos igual de criminalidade. Em outras palavras, o PT é, sim, profundamente corrupto e banhado em escândalos, mas, virtualmente, assim também são todos os grupos políticos trabalhando para minar o partido e obter o poder que foi democraticamente entregue a ele.
Quando a mídia internacional fala sobre o Brasil, ela tem focado nos crescentes protestos de rua que pedem o impeachment de Rousseff. Essas fontes midiáticas tipicamente mostram os protestos de forma idealizada, com uma certa adoração: como movimentos de massa inspiradores que se levantam contra um regime corrupto. Ontem, Chuck Todd, da NBC News, retuitou Ian Bremmer (do Eurasia Group) descrevendo os protestos anti-Dilma Rousseff como “O Povo contra A Presidente” – um tema fabricado, condizente com o que é noticiado por grupos mídiáticos brasileiros anti-governo, como a Globo:
Essa narrativa é, no mínimo, uma simplificação radical do que está acontecendo e, mais provavelmente, uma propaganda feita para minar um partido de esquerda há muito mal visto pelas elites políticas dos EUA. A caracterização dos protestos ignora o contexto histórico da política no Brasil e, mais importante, uma série de questões críticas: quem está por trás dos protestos, quão representativos eles são em relação à população brasileira e quais são seus verdadeiros interesses?
A atual versão de democracia no Brasil é bastante jovem. Em 1964, o governo de esquerda democraticamente eleito foi derrubado por um golpe militar. Oficiais norteamericanos negaram envolvimento tanto publicamente quanto perante o Congresso, mas – nem precisaria ser dito – documentos e registros posteriormente revelados provaram que os EUA apoiaram diretamente o golpe e ajudaram em seu planejamento.
Os 21 anos de ditadura militar de direita pró-EUA que se seguiram foram brutais e tirânicos, especializando-se em técnicas de tortura usadas contra dissidentes políticos que eram ensinadas pelos EUA e pelo Reino Unido. Um relatório compreensível da Comissão da Verdade, em 2014, informou que ambos os países “treinaram interrogadores brasileiros em técnicas de tortura”. Dentre as vítimas, estava Rousseff, então guerrilheira da esquerda democrata, presa e torturada pelo regime militar nos anos 70.
O golpe em si e a ditadura que se seguiu foram apoiados pelas oligarquias regionais e por suas grandes redes midiáticas, lideradas pela Globo, a qual – de forma notável – apresentou o golpe de 1964 como uma nobre derrota de um governo esquerdista corrupto (soa familiar?). Tanto o golpe quanto o regime ditatorial foram apoiados também pela extravagante (e absurdamente branca) elite econômica do país, além de sua pequena classe média. Como opositores da democracia geralmente fazem, as classes altas viam a ditadura como uma proteção contra as massas de população pobre, composta majoritariamente por pessoas negras e pardas. Conforme o jornal The Guardian publicou sobre informações da Comissão da Verdade: “Assim como em toda a América Latina dos anos 60 e 70, a elite e a classe média se alinharam como o regime militar para afastar o que elas viam como uma ameaça comunista”.
Essas divisões severas de classe e raça no Brasil continuam como dinâmica dominante. Segundo a BBC, em 2014, baseada em vários estudos: “o Brasil apresenta uma das maiores níveis de desigualdade de renda do mundo”. O editor-chefe do Americas Quarterly, Brian Winter, em reportagem sobre os protestos, escreveu nessa semana: “O abismo entre os ricos e pobres continua sendo o fato central da vida no Brasil – e nesses protestos, isso não é diferente”. Se você quiser entender qualquer coisa sobre a atual crise política no Brasil, é crucial entender também o que Winter quer dizer com essa afirmação.
O partido de Dilma, PT, foi formado em 1980 como um partido socialista de esquerda clássica. A fim de melhorar seu apelo nacional, o partido moderou seus dogmas socialistas e se tornou, gradualmente, mais próximo dos chamados social-democratas da Europa. Agora, existem partidos populares à sua esquerda; de fato, Dilma, por vontade própria ou não, defendeu medidas de austeridade para resolver problemas econômicos e passar confiança aos mercados estrangeiros, e justamente nessa semana assinou uma draconiana lei “anti-terrorismo”. Ainda assim, o PT se mantém na centro-esquerda do espectro político brasileiro, e seus apoiadores são, surpreendentemente, as minorias raciais e classes pobres. Enquanto no poder, o partido promoveu reformas sociais e econômicas que levaram benefícios governamentais e oportunidades para tirar milhões de brasileiros da pobreza.
O Partido dos Trabalhadores está na presidência há 14 anos: desde 2002. Sua popularidade foi um subproduto do antecessor carismático de Dilma, Luis Inácio Lula da Silva (universalmente referido como “Lula”). A ascensão de Lula à presidência foi um símbolo poderoso da luta da classe pobre no Brasil durante a democracia: um trabalhador e líder sindical, de uma família pobre, que deixou a escola na segunda série e não sabia ler até os 10 anos, preso pela ditadura por atividade na luta sindical. O ex-presidente foi motivo de riso para elites brasileiras por meio de um tom classista no discurso sobre seu jargão trabalhista e sua forma de falar.
Lula and Dilma campaign together in 2010 election (Photo: Eraldo Peres/AP) ASSOCIATED PRESS Depois de tres tentativas infrutíferas de chegar à presidência, Lula provou ser uma força política imbatível. Eleito em 2002 e reeleito em 2006, ele deixou o cargo com taxas de aprovação tão altas que foi capaz de garantir a eleição de Dilma, sua sucessora, antes desconhecida pela população, e que foi reeleita em 2014. Há muito tempo se cogita que Lula – um político que se opõe publicamente a medidas de austeridade – pretende concorrer novamente para a presidência em 2018 depois de completo o segundo mandato de Dilma, e forças anti-PT se sentem petrificadas com a ideia de que Lula vença novamente.
Embora a classe oligárquica da nação tenha usado o PSDB, partido de centro-direita, de forma bem sucedida como um contrapeso, o partido foi impotente para derrotar o PT em quatro eleições presidenciais consecutivas. O voto é obrigatório, e os cidadãos de baixa renda garantiram as vitórias do PT.
A corrupção entre a classe política Brasileira – incluindo o alto escalão do PT – é real e substancial. Mas os plutocratas brasileiros, a mídia, e as classes altas e médias estão explorando essa corrupção para atingir o que eles não conseguiram por anos de forma democrática: remover o PT do poder.
Ao contrário da descrição romantizada e mal informada (para dizer o mínimo) do Chuck Todd e Ian Bremmer de protestos sendo levantados “pelo Povo”, esses são, na verdade, incitados pela mídia corporativa intensamente concentrada, homogeneizada e poderosa, e compostos por (não exclusivamente, mas majoritariamente) pela parte mais rica e branca dos cidadãos, que por muito tempo guardaram rancor contra o PT e contra qualquer programa social que combate a pobreza.
A mídia corporativa brasileira age como os verdadeiros organizadores dos protestos e como relações-públicas dos partidos de oposição. Os perfis no Twitter de alguns dos repórteres mais influentes (e ricos) da Rede Globo contém incessantes agitações anti-PT. Quando uma gravação de escuta telefônica de uma conversa entre Dila me Lula vazous essa semana, o programas jornalístico mais influente da Globo, Jornal Nacional, fez seus âncoras relerem teatralmente o diálogo, de forma tão melodramática e em tom de fofoca, que se parecia literalmente com uma novela distante de um jornal, causando ridicularização generalizada nas redes. Durante meses, as quatro principais revistas jornalísticas do Brasil dedicaram capa após acapa a ataques inflamados contra Dilma e Lula, geralmente mostrando fotos dramáticas de um ou de outro, sempre com uma narrativa impactantemente unificada.
Para se ter uma noção do quão central é o papel da grande mídia na incitação dos protestos: considere o papel da Fox News na promoção dos protestos do Tea Party. Agora, imagine o que esses protestos seriam se não fosse apenas a Fox, mas também a ABC, NBC, CBS, a revista Time, o New York Times e o Huffington Post, todos apoiando o movimento do Tea Party. Isso é o que está acontecendo no Brasil: as maiores redes são controladas por um pequeno número de famílias, virtualmente todas veementemente opostas ao PT e cujos veículos de comunicação se uniram para alimentar esses protestos.
Resumindo, os interesses mercadológicos representados por esses veículos midiáticos são quase que totalmente pró-impeachment e estão ligados à história da ditadura militar. Segundo afirma Stephanie Nolen, correspondente no Rio para o canadense Globe and Mail: “Está claro que a maior parte das instituições do país estão alinhadas contra a presidente”.
De forma simples, essa é uma campanha para subverter as conquistas democráticas brasileiras por grupos que por muito tempo odiaram os resultados de eleições democráticas, marchando de forma enganadora sob uma bandeira anti-corrupção: bastante similar ao golpe de 1964. De fato, muitos na direita do Brasil anseiam por uma restauração da ditadura, e grupos nesses protestos “anti-corrupção” pediram abertamente pelo fim da democracia.
Nada aqui é uma defesa do PT. Tanto por causa da corrupção generalizada quanto pelas dificuldades econômicas, Dilma e PT estão intensamente impopulares entre todas as classes e grupos, mesmo incluindo a base trabalhadora do partido. Mas os protestos de rua – como inegavelmente grandes e energizados – são direcionados por aqueles que tradicionalmente apresentam hostilidade contra o PT. O número de pessoas participando desses protestos – enquanto milhões – é muito pequeno em relação aos votos que reelegeram Dilma (54 milhões). Em uma democracia, governos são eleitos pelo voto, não por demonstrações de oposição na rua – particularmente quando os manifestantes vem de um segmento social relativamente limitado.
Como Winter informou: “No ultimo domingo, quando mais de um milhão de pessoas foram às ruas, pesquisas de opinião indicaram que mais uma vez a multidão era significantemente mais rica, mais branca e com maior educação formal do que a média dos brasileiros”. Nolen afirmou algo similar: “A meia-dúzia de grandes demonstrações de movimentos anti-corrupção no passado foram dominadas por manifestantes brancos e de classes altas, que tendem a apoiar a oposição representada pelo PSDB e a ter pouca apreciação pelo partido trabalhista de Rousseff”.
No último final de semana, quando uma grande massa de protestos anti-Dilma tomou diversas cidades brasileiras, uma fotografia de uma família se tornou viral, um símbolo do que esses protestos realmente são. Mostrava um casal branco e rico vestidos com adereços anti-Dilma que caminhava com seu cachorro de raça, acompanhados pela babá negra – vestindo o uniforme branco que muitas famílias brasileiras ricas exigem que suas empregadas domésticas usem – empurrando um carrinho de bebê com os dois filhos do casal.
Como Nolen apontou, essa foto se tornou uma verdadeira síntese, da essência altamente ideológica desses protestos: “Brasileiros, que são hábeis e rápidos com memes, repostaram a foto com centenas de legendas sarcásticas, como ‘Apressa o passo aí, Maria, nós temos que ir ao protesto contra o governo que nos fez pagar um salário mínimo para você’”.
Acreditar que as figuras políticas agindo para o impeachment de Dilma estão sendo motivadas por uma autêntica cruzada anti-corrupção requer extrema ingenuidade ou ignorância. Para começar, as partes que seriam favorecidas pelo impeachment da Dilma estão pelos menos tão envolvidas quanto ela por escândalos de corrupção. Na maioria dos casos, até mais.
Cinco dos membros da comissão de impeachment estão sendo também investigados por estarem envolvidos no escândalo político. Isso inclui Paulo Maluf, que enfrenta um mandato de prisão da Interpol e não pode sair do país há anos; ele foi sentenciado na França três anos atrás por lavagem de dinheiro. Dos 65 membros do comitê de impeachment do congresso, 36 atualmente enfrentam processos judiciais.
No congresso, o líder do movimento pelo impeachment, o líder extremista evangélico Eduardo Cunha, foi descoberto que possuía múltiplas contas secretas em bancos na Suíça, onde ele guardava milhões de dólares que os promotores acreditam ser dinheiro recebidos como suborno. Ele também é alvo de múltiplas investigações criminais em andamento.
Enquanto isso, o senador Aécio Neves, o líder da oposição brasileira que foi derrotado por muito pouco na eleição contra Dilma em 2014, teve pelo menos 5 denúncias diferentes de envolvimento com o escândalo de corrupção. Uma das mais recentes testemunhas favoritas dos promotores acusou-o de aceitar suborno. Essa testemunha também implicou que o vice-presidente do país, Michel Temer, da oposição do PMDB iria substituir a Dilma caso ela fosse cassada.
E ainda tem o recente comportamento do juiz chefe que está supervisionando a investigação de corrupção e tornou-se um herói popular por sua atuação agressiva durante as investigações de algumas das maiores e mais poderosas figuras políticas do país. O juiz, Sérgio Moro, essa semana efetivamente divulgou para a mídia uma conversa gravada, extremamente vaga, entre Dilma e Lula, o que a Globo e outras forças anti-PT imediatamente retrataram como criminosas. Moro divulgou a gravação da conversa apenas algumas horas depois de ter sido feita.
Mas a conversa gravada foi liberada pelo juíz Moro sem nenhum processo e, pior, com claras intenções políticas, não judiciais: ele estava furioso de que sua investigação sobre Lula seria finalizada pela nomeação dele ao gabinete de ministro feita por Dilma (ministros só podem ser investigados pelo Supremo Tribunal). O vazamento planejava humilhar Dilma e Lula e dar vazão para protestos nas ruas, e, no entanto, acabou recebendo críticas, incluindo dos seus próprios fãs, de que estava abusando de seu poder tornando-se uma figura política. Pior, a gravação em si parece ter sido ilegalmente obtida porque foi feita depois da expiração do mandato feita pelo juiz Moro. O chefe da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, chamou a ação de Moro de “um nauseante constrangimento”.
Tudo isso deixa claro o perigo de que a investigação criminal e o processo de impeachment não são exercícios legais para punir líderes criminosos, mas mais uma arma anti-democrática usada por adversários políticos para remover uma presidenta democraticamente eleita. Esse perigo ficou nitidamente em destaque ontem, quando foi revelado que um juiz que emitiu uma ordem de bloqueio a nomeação de Lula ao gabinete feita pela Dilma tinha postado mais cedo no seu Facebook inúmeras selfies dele marchando num protesto contra o governo no final de semana. Como Winter escreveu, “Convencer o público de que o judiciário brasileiro está ‘em guerra’ com o Partido dos Trabalhadores é uma tarefa mais fácil agora do que duas semanas atrás”.
Não há dúvida de que o PT é repleto de corrupção. Existem sérios indícios envolvendo o Lula que merecem ser investigados de maneira imparcial e justa. E o impeachment é um processo legítimo em uma democracia quando provado que o suspeito é culpado de vários crimes e a lei deve ser seguida claramente quando o impeachment é efetuado.
Mas o retrato emergindo no Brasil em volta do impeachment e os protestos nas ruas são bem mais complicadas, e muito mais ambíguas, do que vem sendo dito. O esforço para remover Dilma e seu partido do poder lembram mais uma clara luta anti-democrática por poder do que um movimento genuíno contra a corrupção. E pior, foi armado, projetado e alimentado por várias forças que estão enfiadas até o pescoço em escândalos políticos, e que representam os interesses dos mais ricos e mais poderosos segmentos sociais e sua frustração pela falta de habilidade em derrotar o PT democraticamente.

Em outras palavras, tudo isso parece historicamente familiar, particularmente para a América Latina, onde governos de esquerda democraticamente eleitos tem sido repetidamente removidos por meios não legais ou democráticos. De muitas maneiras, o PT e Dilma não são vítimas que despertam simpatia. Grandes segmentos da população estão genuinamente irritados com ambos por várias razões legítimas. Mas os pecados deles não justificam os pecados dos seus antigos inimigos políticos, e certamente não tornam a subversão da democracia brasileira algo a ser celebrado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Feminista publica foto minutos após ser estuprada e causa polêmica na web

Uma ativista feminista causou polêmica e controvérsia na internet depois de publicar uma foto logo após ter sido estuprada na África do Sul. Amber Amour, de 27 anos, contou na rede social que concordou em tomar banho junto um rapaz chamado Shakir, com quem ela já tinha ficado anos atrás.
Ela contou que ao chegar no banheiro, porém, ele a convidou para reviver o passado, mas ela negou afirmando que estava com outra pessoa.
“Eu disse sim porque a água do chuveiro no meu hostel é muito gelada e, depois de dois dias doente, eu só queria tomar um banho quente”, contou ela, que continuou dizendo que ele a fez se ajoelhar e depois de um tempo a levantou e a penetrou. “Eu dizia pare, mas ele ficava mais violento”.
Ela foi criticada por correr para publicar o caso logo após o acontecido, mas rebateu dizendo: “Eu imediatamente sabia que não poderia guardar o que me aconteceu. Aqui eu estava, falando todos os dias às sobreviventes que elas devem contar sempre. Eu sabia que eu tinha que praticar o que eu falava. Então a primeira coisa que eu fiz foi tirar uma foto e escrever um post descrevendo o que havia acontecido”, disse à ‘Marie Claire’.
foto

Cão tem recuperação inacreditável após ser encontrado abandonado em pilha de lixo e coberto de feridas

Cão tem recuperação inacreditável após ser encontrado abandonado em pilha de lixo e coberto de feridas
Um cão abandonado que foi encontrado jogado em uma pilha de lixo e coberto de feridas, fez uma recuperação inacreditável após ser adotado em um novo lar.
Zeus foi levado para uma instituição de abrigo animal depois que foi encontrado na área de Newport (País de Gales) onde foi emitido um apelo de realojamento para tentar encontrar um lar de amor que ele merecia.
Uma família apareceu e mudou completamente a vida de Zeus. Ele ficou completamente irreconhecível depois de se mudar para o novo lar.
Seu novo proprietário disse: “Ele está ficando fantástico e é bastante surpreendente. Ele tem ido a todos os lugares, do litoral para a floresta.”
Cão Zeus, que foi abandonado jogado em uma pilha de lixo e coberto de feridas, fez uma recuperação inacreditável após ser adotado em um novo lar. Foto: Mirror
O homem continuou dizendo: “Nós ainda damos banhos de medicamentosos uma vez a cada 10 dias, mas sua pele está linda. Ele é um menino tão bonito.”
Foto: Mirror
Foto: Mirror
A inspetora do centro de abrigo animal RSPCA, Emma Smith, disse que o veterinário encontrou diversos problemas com Zeus quando ele foi levado para a cirurgia após ser resgatado. Agora ele é outro cão.
Foto: Mirror
Foto: Mirror
Foto: Mirror
Foto: Mirror
Foto: Mirror
Foto: Mirror
Fonte: Mirror
Gostou? Então compartilhe:

Globo aplica punição em participante do BBB que não quis ficar pelado diante das câmeras

A TV Globo aplicou uma punição no participante Tamiel, da 16ª edição do BBB. Acontece que o rapaz, que é professor de ecologia foi para o banheiro para se trocar, para que não ocorresse a falha dele mostrar algo que não devia, como sempre acontece com alguns participantes.
“Se eu aparecer pelado aqui, meus alunos nunca mais vão me respeitar”, disse ele, demonstrando ter ficado preocupado com o fato de aparecer pelado. Aparentemente arrependido de ter entrado no programa, ele contou que “comeu o pão que o diabo amassou” para constituir uma carreira e que tem medo do programa prejudicá-lo.
Segundo Tamiel, ele não está no programa por causa do dinheiro, mas apenas pela diversão. “O sonho da minha vida eu já conquistei. Entrei no programa pra me divertir e não por causa do dinheiro”, contou.
A punição que ele recebeu não foi revelada, mas pode culminar em uma possível desistência dele.

ONGS QUE VIABILIZAM GOLPES DE ESTADO A SERVIÇO DOS EUA PELO MUNDO SÃO PROIBIDAS NA RÚSSIA.

Rússia proíbe as organizacões de George Soros em seu território.
A Oficina de Fiscalização Geral da Rússia declarou a Open Society Institute de George Soros e a outra organização afiliada como grupos indesejáveis e tem proibido aos cidadãos e entidades jurídicas de Rússia que participem em seus projetos, apontou RT.
Numa declaração publicada na segunda-feira (7/12), os fiscais disseram que as atividades do Open Society Institute e a Open Society Institute Assistance Foundation resultam uma ameaça para a ordem e a segurança nacional da Rússia. Deste modo, ambos grupos serão incluídos na lista de organizacões estrangeiras indesejáveis da Rússia.
Os fiscais iniciaram uma investigação sobre as atividades das duas organizações – ambas patrocinadas pelo financista norte-americano George Soros. Este ano, os parlamentares russos aprovaram a Lei de Organizações Estrangeiras Indesejáveis, que executam atividades contrárias aos interesses do país. Quando uma organização for declarada indesejável, seus ativos na Rússia são congelados, suas oficinas fechadas e a distribuição de seus materiais proibida.
Se estas proibicões são violadas, o pessoal estrangeiro do grupo e qualquer cidadão russo que coopere com este podem ser condenados a multas, ou a penas de prisão no caso de reincidência ou casos graves.
Os legisladores elaboraram uma lista onde figuravam inicialmente 12 grupos, incluindo vários norte-americanos como a National Endowment for Democracy; a Freedom House e a Fundação MacArthur. Também figuram o Instituto Internacional Republicano e o Instituto Nacional Democrático, ambos vinculados aos dois principais partidos dos EUA.
Leia também: A maldição das ONGs: EUA e Turquia ignoram a advertência russa e avançam sobre a Síria.
No final de Julho, o Ministério da Justiça russo declarou a National Endowment for Democracy como grupo indesejável depois que os fiscais descobriram que a ONG norte-americana havia gastado milhões em seus intentos de questionar a legitimidade das eleições russas e manchar o prestígio do servíço militar do país.
A Fundação Soros começou a trabalhar na Rússia por volta dos anos noventa, mas parou suas operações ativas em 2003.
Leia também: George Soros
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

Fonte: Almanar.com

Casais de três ou parceiros conseguem documentos de união estável poliamorosa no Brasil

Reportagem publicada neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo conta o caso de mais uma relação poliafetiva que conseguiu ser registrada no Brasil. De acordo com o trabalho do repórter Thiago Amâncio, até o momento são pelo menos oito registros semelhantes no país, sendo eles héteros ou homossexuais.
A escrivã carioca Fernanda de Freitas Leitão, que fez o registro da união de três mulheres, que vivem juntas no Rio de Janeiro, explica qual o momento que passa o País:
“Ainda não há decisão que garanta direitos automaticamente a famílias poliafetivas que possuam o documento. Mas serve de base para que as pessoas pleiteiem esse direito na Justiça”.
Além da inclusão em planos de saúde, os documentos assinados pelas famílias poliafetivas procuram acrescentar os parceiros em planos de previdência e herança também.
Outro entrevistado é o presidente da Associação Brasileira de Direito da Família, Rodrigo da Cunha Pereira. Ele fala sobre lei costumes e como a legislação deve se adaptar às mudanças.

Suposto celular de 800 anos teria sido deixado na Terra por alienígenas; veja o vídeo

Um suposto celular com cerca de 800 anos tomou conta da internet nesta terça-feira. Durante uma escavação feita em Fuschl am See, na Áustria, arqueólogos afirmaram ter descoberto o aparelho, que teria sido deixado aqui por alienígenas.
O celular encontrado é bem parecido com um antigo aparelho produzido pela Nokia, um dos primeiros a serem lançados.
Teorias da conspiração
Não faltam opiniões na internet sobre de onde veio o suposto celular. Enquanto há quem jure que só pode ter sido nos enviado por extraterrestres, tem também os que dizem que o aparelho foi deixado no local por humanos que fizeram uma viagem no tempo.
Aversos a essas teorias, muitos dizem que tudo não passa de uma brincadeira de início de ano. Dando força a isso, está o fato de que a imagem não foi comprovada e que os arqueólogos responsáveis também não foram identificados.
Você acha que é possível que seja fruto de uma viagem no tempo ou alienígena?

Menino amputa própria mão para se ‘desculpar’ por insulto a Maomé e vira ‘herói’ no Paquistão

Um adolescente amputou por iniciativa própria uma de suas mãos após ter sido acusado publicamente de blasfêmia no Paquistão.
O incidente aconteceu quando Qaiser (nome fictício), um jovem de 15 anos, entendeu errado uma pergunta durante uma celebração a Maomé realizada em uma mesquita na Província de Punjab, no leste do país.
Durante a oração em homenagem ao nascimento do profeta, o clérigo perguntou aos presentes: “Quem entre vocês crê em Maomé?”. Todos levantaram as mãos. Em seguida, ele questionou: “Quem entre vocês não acredita nos ensinamentos do santo profeta? Levantem suas mãos!”.
Qaiser entendeu errado a pergunta e, sem querer, levantou a mão.
Havia cerca de cem pessoas na mesquita, e o clérigo imediatamente acusou o garoto de blasfêmia. Qaiser voltou para casa e quis provar seu amor pelo profeta – amputando sua própria mão com um cortador de grama. Depois, ele colocou-a em um prato e apresentou ao clérigo.

Peritos do INSS retomam trabalho com atendimento exclusivo para perícia inicial

Após mais de quatro meses de paralisação, médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retornaram hoje (25) ao trabalho. De acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos, todos os profissionais vão retomar suas atividades, mas será mantido o estado de greve.
Segundo a associação, o atendimento será exclusivo para perícias iniciais, caso de quem ainda está buscando o benefício. Não estão descartadas novas paralisações e o atendimento só será normalizado quando houver avanço nas negociações com o governo.
Em nota, o INSS  informou que a Central de Atendimento 135 está à disposição para orientar a população e também para fazer os agendamentos e/ou reagendamentos necessários. O órgão estima que 1,3 milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o início da greve, em setembro do ano passado. Mais 1,1 milhão de perícias médicas foram atendidas.
O INSS calcula que cerca de 830 mil pedidos de concessão de benefícios estejam represados (dado de 15/01/2016). O tempo médio de espera para o agendamento da perícia médica, na média nacional, passou de 20 dias, antes do início da paralisação, para os atuais 89 dias.


Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Sonda identifica possível gorila e camelo em Marte


Um gorila e um camelo foram encontrados em imagens feitas em Marte pela Nasa. Pelo menos é isto que algumas pessoas tem visto entre as imagens divulgadas pela agência espacial norte-americana. Na realidade, a teoria já existe desde 2012, no entanto ninguém antes teria percebido a possibilidade de haver um camelo na imagem também.
No vídeo criado para explicitar a desconfiança, o cidadão que levantou a hipótese misteriosa comentou: “Esta foto tirada pela câmera de expedição em Marte pode registrar uma prova no que diz respeito à civilização existente no planeta”. Ele ainda comenta que, caso houvesse cor na foto, ficaria muito mais claro enxergar os contornos. “Quando nós aproximamos a imagem é possível ver o que se parece com um gorila ou um grande urso”, comenta.
Ver as imagens
A Nasa não comentou a respeito da imagem, o que aumentaria talvez ainda mais a curiosidade daqueles que acreditam que realmente já pode haver vida no planeta vermelho. O que você enxerga?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Açougueiro suspeito de vender carne de cachorro em feira livre na cidade de Planalto



Um homem foi detido por suspeita de vender carne de cachorro no mercadão da cidade de Planalto, na região sudoeste da Bahia, neste sábado (23). Segundo o guarda municipal Iralton Oliveira, já na delegacia, o rapaz, que aparenta ter 35 anos, disse que matou o cachorro de estimação porque ele estava "dando trabalho".

Uma senhora que comprou a carne, ao saber da situação, foi à unidade policial e devolveu a mercadoria. "Ele disse, primeiro, que era carneiro. Depois, falou que o cachorro era dele, que estava dando trabalho e, para não morder gente, matou. Uma senhora comprou e depois devolveu. Ele separou os pedaços. Estão aqui, dentro de um balde. Vai ser investigado se ele tem problemas mentais ou se é viciado em drogas", disse o guarda municipal.

O suspeito foi encaminhado para a delegacia de Vitória da Conquista, a principal da região, para procedimento após o flagrante e deve voltar para Planalto ainda neste sábado. Ainda não há informações se ele permanecerá preso. (Giro em Ipiaú/Foto: Whatsapp Planalto na Mídia)

Esposa traída corta pênis do marido, hospital recoloca e ela corta novamente

Uma esposa abandonada foi presa depois cortar o órgão genital do marido duas vezes, ao descobrir que ele tinha uma amante. De acordo com relatos na China, Fan Lung, de 32 anos, usou o telefone da esposa para enviar mensagens picantes para sua amante, Zhang Hung, de 21 anos de idade. O caso aconteceu em Shangqiu, na China.
O homem acabou se esquecendo de sair de sua conta no celular, permitindo que a esposa descobrisse tudo. Atordoada, sua esposa, Feng, de 30 anos, começou a ter um ataque de raiva ao se deparar com diversas mensagens de infidelidade do marido.
Esposa Feng, que foi traída, acabou cortando órgão genital do marido, Fan Lung, por duas vezes seguidas, e foi presa. Caso aconteceu na China.
Furiosa, ela disse ter pegado um par de tesouras e invadido o quarto em que o marido dormia, cortando seu órgão genital.  Fan foi levado para o hospital, onde o órgão foi costurado de volta. No entanto, a esposa teria se deslocado até a sala do hospital, onde o marido estava internado, e cortado o órgão pela segunda vez, o jogando pela janela em seguida.
Um porta-voz do hospital disse que eles ficaram sabendo do segundo incidente após ser relatado que um homem nu estava espancando uma mulher na rua. A equipe do local saiu correndo para a rua, se deparando com o homem ferido, ainda com sangue escorrendo pelas pernas, batendo na mulher.
Ele foi interrompido e a mulher foi levada para o hospital, sendo descoberto posteriormente que ela havia cortado seu membro novamente.
Médicos e policiais vasculharam a área externa do hospital, mas não conseguiram encontrar o órgão cortado. Eles acreditam que ele possa ter sido levado por algum animal de rua. O homem acabou levado para uma cirurgia de emergência por estar perdendo muito sangue. De acordo com o hospital o quadro segue estável, porém ele se encontra extremamente abalado com o incidente.
Sua amante foi até o hospital, alegando que pretende se casar com o homem, mesmo sem ele possuir o órgão genital masculino. A esposa recebeu alta e agora está presa por lesão corporal grave.

Missionária manda foto sensual para o pastor, mas a esposa dele descobre e põe na net

Uma missionária aprendeu a não mandar nudes para um homem casado. Acontece que a esposa do pastor viu as imagens no celular do marido e acabou postando tudo na internet.
A mulher seria do interior do Rio de Janeiro e aparece em uma das imagens segurando um coelhinho de pelúcia. Com roupa bem sensual, ela parece fazer pose em frente ao espelho e provavelmente nunca esperaria que as imagens fossem se tornar públicas.
Os nomes e os rostos dos envolvidos foram ocultados para evitar um constrangimento para eles. As informações são do Portal Atualizado.

Vídeo mostra Ronaldinho Gaúcho chegando na Índia e quase sendo morto por poste que cai do nada


O ex-jogador do Atlético MG, Ronaldinho Gaúcho, passou por um enorme susto nesta segunda-feira ao chegar na Índia. O jogador estava dentro de um sedã branco quando por poucos segundos um poste não caiu em cima de seu carro.
Após o carro que o escoltava passar, o poste caiu aparentemente sem nenhum choque ou batida. Literalmente, do nada.
Os guardas tentaram remover o poste o mais rápido possível, mas vários fãs conseguiram chegar até o carro na tentativa de conseguir se aproximar do astro do futebol. Por sorte, ninguém se feriu. Assista:

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Adolescente brasileira prevê sua morte em mensagem do Whatsapp e morre poucas horas depois


Uma adolescente de 14 anos teria prevido sua própria morte através de uma mensagem de texto pelo aplicativo de mensagens instantâneas, Whatsapp. É que ela foi encontrada morta poucas horas depois de mandar uma sinistra mensagem para uma amiga.
Regina Carneiro foi encontrada morta dentro da casa onde morava na última quarta-feira na cidade de Nova Fátima, na Zona Norte da Bahia. Ela foi encontrada por seu pai e ainda não se sabe qual foi o motivo da morte.
Em mensagens desconexas enviadas a uma amiga, a adolescente dizia que estava tendo um dia ruim e que achava que morreria. “Tô sentindo que vou morrer hj”, disse ela.
No Facebook, diversos amigos lamentaram a morte dela.

Publicidades

B01 340x40

Publicidades

Banner Futebol 320x50

Anúncios

Logo_120x60